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Informativo de Elevadores

Publicação Mensal do Mundo do Elevador – Julho/2014

NOTA IMPORTANTE: Este Informativo de Elevadores e seus anexos podem conter informações privilegiadas e/ou de caráter confidencial,
não podendo ser retransmitidos sem autorização do Mundo do Elevador. Se você não é o destinatário ou pessoa autorizada a recebê-los,
informamos que o uso, divulgação, cópia ou arquivamento dos mesmos são proibidos. Estão autorizados a receber cópias deste Informativo
de Elevadores as empresas associadas do SECIESP em 30/06/2014.

Anexo a esta edição encontra-se o artigo técnico do engº Francisco Thürler Valente


“Ensaios no elevador a serem realizados na obra para demonstrar a conformidade
com as normas técnicas da ABNT”. Este artigo técnico trata dos ensaios a serem
providos pela Instaladora/Fornecedora do elevador por exigência das normas técnicas
da ABNT, lembrando que o cumprimento das normas da ABNT é obrigatório por lei mu-
nicipal como, por exemplo, nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
USO EXCLUSIVO DO SECIESP MEDIANTE CONTRATO

1. O que aconteceu na reunião mensal de especialistas de eleva-


dores da ABNT
Status quo da última reunião da ABNT/CB-04/CE-04:010.13 Elevadores, realizada na ABIMAQ (São
Paulo) e no CREA-MG (Belo Horizonte).

GT Revisão da norma ABNT NBR 16042:2012


Elevadores elétricos de passageiros – Requisitos de segurança para construção e instalação de ele-
vadores sem casa de máquinas

Estágio atual:

A Secretaria do CB-04 solicitou ao Sr. Carlos Bigatan (ABNT, Rio) acelerar o processo de publicação
da revisão da norma técnica dos elevadores sem casa de máquinas para corrigir os erros de chamada
que passaram pelo processo de revisão.

GT Revisão da norma ABNT NBR NM 207:1999


Elevadores elétricos de passageiros – Requisitos de segurança para construção e instalação
Coordenador de GT: engº Carlos Augusto
Estágio atual:

A comissão de elevadores decidiu que incluirá na revisão da norma NBR NM 207:1999 o elevador sem
casa de máquinas (NBR 16042:2012), o elevador hidráulico (NBR NM 267:2002), o elevador unifamiliar
(NBR 12892:2009) e o elevador de passageiros e carga (a ser desenvolvido) de modo que todos os
elevadores que transportam pessoas estejam reunidos em uma só norma.

A comissão de elevadores decidiu também que os requisitos aprovados pela CE durante o desenvol-
vimento de tais normas permanecerão na versão com as normas reunidas.

Assim que o projeto de norma for concluído, a comissão de elevadores da ABNT enviará cópia a todos
os países do Mercosul para conhecimento dos mesmos.

Devido à urgência da aplicação da norma no Brasil, ocasionada pela introdução de novos elementos
de segurança e novas atualizações tecnológicas pela norma da comunidade europeia, é possível que
INFORMATIVO DE ELEVADORES
JULHO/2014

a ABNT, em comum acordo com a secretaria do MERCOSUL, adote inicialmente tal norma como
norma brasileira e posteriormente como norma MERCOSUL.

GT Inspeções e Ensaios de Elevadores - Projeto de norma 04:010.13-006


O projeto de norma está sendo desenvolvido pelo CREA-MG, em Belo Horizonte.
Relator do GT: engº Ronaldo Chartuni Bandeira
Estágio atual:
O engº Ronaldo Bandeira fez sua apresentação do texto do projeto de norma à comissão de elevadores
e apresentou o andamento dos trabalhos realizados no CREA-MG.
O projeto de norma de inspeção de rotina será concluído com a introdução dos check-lists.

GT Revisão da norma ABNT NBR NM 195:1999


Escadas rolantes e esteiras rolantes - Requisitos de segurança para construção e instalação
Relator do GT: O engº Guilherme Kariya
Textos base:
 ABNT NBR NM 195:1999
 BS EN 115-1:2008+A1:2010, Safety rules for the construction and installation of escalators and pas-
senger conveyors
Estágio atual:
Continuam os estudos para análise e comentários à proposta entregue pelo engº Guilherme Kariya.

GT Projeto de norma ISO 14798:2009


Lift (elevators) escalators and moving walks – Risk assessment and reduction methodology
Relator do GT: engº Aldo da Silva Leal
Estágio atual:
O projeto de norma NBR/ISO preparado pelo relator está sendo analisado pela CE levando em conta
as sugestões apresentados pelo engº Mário Sineta.

GT Revisão da norma NBR 10982:1990


Elevadores – Dispositivos de operação e sinalização.
Relator do GT: engº Bernt Eriksson
Estágio atual:
O engº Bernt está desenvolvendo o trabalho.
A CE decidiu que usará a norma ISO 4190-5:2006, Lift (elevator) installation – Part 5: Control devices,
signals and additional fittings como texto base.

GT Elevadores para transporte exclusivo de cargas


Elevadores acessíveis para transporte exclusivo de cargas – Requisitos de segurança para construção
e instalação
Este novo GT foi criado para atender à solicitação do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego (engª
Aida Cristina Becker) em sua “observação de forma” na primeira Consulta Nacional referida com a
revisão da norma NBR 14712:2001.
Em complementação, o engº Sérgio Aguiar Corrêa informou que o mercado está exigindo este tipo de
elevador para o transporte exclusivo de cargas.

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INFORMATIVO DE ELEVADORES
JULHO/2014

Relator do GT: engº Francisco Thurler Valente


A CE decidiu usar como texto base a norma EN 81-31:2010, Safety rules for the construction and
installation of lifts – Lifts for the transport of goods only – Part 31: Accessible goods only lifts.
Estágio atual:
O engº Francisco está traduzindo a norma europeia EN 81-31:2010.

Novo plano de normalização para o ano de 2014 e seguintes


A Comissão de Estudos de Elevadores atualizou o plano de normalização para o ano de 2014 e se-
guintes conforme tabela a seguir:

Norma de referên- Priori-


Descrição Relator do GT Status
cia dade
NBR NM 207:1999 Elevadores elétricos de passageiros – Requisitos de se-
Carlos Augusto 1 Texto em preparação
EN 81-1+A3:1998 gurança para construção e instalação.
Elevadores, escadas rolantes e esteiras rolantes – meto-
ISO 14798:2009 Aldo da Silva Leal 2 Em análise pela CE
dologia da determinação do risco e da redução do risco.
NBR NM 195:1999 Escadas rolantes e esteiras rolantes Guilherme Kariya 2 Projeto concluído
MB-129 / MB-130 Inspeções e Ensaios de Elevadores Elétricos Ronaldo Bandeira 2 Em andamento
NBR 10982:1990
Elevadores – Dispositivos de operação e sinalização Bernt Eriksson 2 Em andamento
ISO 4190-5:2006
Requisitos de segurança para construção e instalação de
EN 81-31:2010 elevadores – Elevadores para transporte exclusivo de Francisco Valente 2 Em tradução
cargas
ISO 25745 / VDI
Conservação de energia Mario Sineta 3 Texto em preparação
4707:2009
EN 12015:2004 Compatibilidade Eletromagnética - Emissão Carlos Augusto 3 Não iniciado
EN 12016:2004 Compatibilidade Eletromagnética - Imunidade Carlos Augusto 3 Não iniciado
ISO/TS 22559:2004 Requisitos de segurança essenciais globais (GESR). Aldo da Silva Leal 4 Não iniciado

Elevadores de passageiros - Requisitos de segurança


para construção e instalação – Requisitos particulares
NBR NM 313 Ver Nota 1
para a acessibilidade das pessoas, incluindo pessoas
com deficiência
Elevadores hidráulicos de passageiros – Requisitos de Será incluída junto
NBR NM 267 1
segurança para construção e instalação. com a NBR NM 207
Elevadores unifamiliares ou de uso restrito à pessoa com
Será incluída junto
NBR 12892:2009 mobilidade reduzida – Requisitos de segurança para 1
com a NBR NM 207
construção e instalação
Os elevadores que
Elevadores elétricos e hidráulicos – Elevadores de carga, transportam passa-
NBR 14712:2013 monta-cargas e elevadores de maca – Requisitos de se- 1 geiros e cargas serão
gurança para construção e instalação incluídos na NBR NM
207
Elevadores elétricos de passageiros – Requisitos de se-
Será incluída junto
NBR 16042:2012 gurança para construção e instalação de elevadores sem 1
com a NBR NM 207
casa de máquinas
Nota 1: Possivelmente será integrada com futura revisão da NBR NM 207. A CE está estudando essa possibilidade.

Outros assuntos da reunião da CE-04:010.13


Na reunião de 06/08/2014 (quarta feira) entre 9 h e 11:40 h, o engº Gustavo Binotti da ZIEHL-ABEGG
fará uma palestra para os membros da CE de elevadores sobre novas tecnologias de cabos de aço.
Estarão também presentes os representantes da CIMAF e DRAKO.
Quem estiver interessado em participar desta reunião, por favor, entrem em contato do Dª Cida do CB-
04/ABNT, fone: (11) 5582-6330 ou e-mail cida.formicola@abimaq.org.br, manifestando esse interesse.
A reunião será realizada na ABIMAQ, à Av. Jabaquara 2925, São Paulo, sala 406.

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INFORMATIVO DE ELEVADORES
JULHO/2014

2. Interpretação de requisitos de normas técnicas de elevadores


da ABNT
Orientações gerais
Os pedidos de interpretação só podem ser feitos por Contratante através de um e-mail enviado ao Mundo do Elevador
( valente@mundoelevador.com.br ).
Citar a norma e a edição para a qual o pedido de interpretação é feito. Citar a subseção da norma e uma descrição concisa.
O pedido de interpretação deve ser claro e sem ambiguidade. Faça uma pergunta para um requisito específico adequada ao entendimento
e uso geral e não como pedido de aprovação de uma situação particular ou projeto patenteado. A questão deve ser formulada de modo a
permitir "sim" ou "não" como resposta. O consulente pode incluir quaisquer esquemas ou desenhos que sejam necessários para explicar a
questão.
Para evitar que o entendimento da questão seja diferente do pretendido, pedidos de interpretação que não estejam neste formato não serão
atendidos.

PEDIDOS DE INTERPRETAÇÃO DE REQUISITOS DE NORMAS TÉCNICAS

Não houve

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INFORMATIVO DE ELEVADORES
JULHO/2014

3. Manuais do Mundo do Elevador


São os seguintes os manuais à venda pelo Mundo do Elevador
Capa Título, Autor, Conteúdo
Novo Glossário Ilustrado – Elevadores, escadas rolantes e equipamentos
afins + New Illustrated Glossary – Elevators, escalators and relatives – 5ª
Edição (2003)
Autor: Engº Francisco Thürler Valente
Juntos no mesmo CD-ROM: Português-Inglês – English-Portuguese

Ensaios de componentes de elevadores, escadas rolantes e


afins – 1ª Edição (2014)
Este manual ensina todos os passos que o Construtor/Instalador de elevadores, esca-
das rolantes e equipamentos afins deve seguir para fazer na obra os ensaios exigidos
para conformidade com as normas técnicas da ABNT.
Autor: Engº Francisco Thürler Valente

NOVO
Elevadores - Artigos Técnicos Publicados na Revista Elevador Brasil – 2ª Edi-
ção (2013)
Este manual contém artigos técnicos do autor publicados na revista Elevador Brasil, como: Pilar
sólido, Tração entre polia motriz e cabos, Seleção e cálculo de guias, Dossiê técnico, Condenação
do sistema de cabos, Formato das ranhuras da polia motriz, Preparação da obra para instalação
de elevadores, Avaliação da conformidade, e outros. 274 páginas
Autor: Engº Francisco Thürler Valente
Modernização legal de elevadores de passageiros – 4ª Edição (2010)
Como deve ser realizada a modernização de elevadores para atendimento às normas da ABNT e à Lei
Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor). 72 páginas
Autor: Engº Francisco Thürler Valente

Elevadores novos em edifícios existentes – 2ª Edição (2013)


O condomínio decidiu-se por instalar um elevador novo em um edifício existente. Certamente,
você vai encontrar algumas dificuldades de adaptação. O que seria adequado fazer para continuar
mantendo a segurança exigida pelas normas de elevadores? 33 páginas
Autor: Engº Francisco Thürler Valente

Comparações entre as exigências das normas NBR 7192 da ABNT e NM 207 do


Mercosul – 1ª Edição (1999)
Tabela mostrando item a item todas as diferenças entre as duas normas de elevadores.
Ideal para quem estava acostumado a usar a norma de construção e instalação de elevadores da
ABNT NBR 7192 e, de repente, viu-se obrigado a ter que usar a nova norma ABNT NBR NM 207
que a substituiu. 140 páginas
Autor: Engº Francisco Thürler Valente
Elevadores – Manual de Socorro da NBR NM 207 – 4ª Edição (2007)
Este é um manual de interpretações dos requisitos da norma ABNT NBR NM 207. Explica a razão
de certas exigências, torna fácil a aplicação de alguns requisitos, apresenta exemplos esclarece-
dores, há muitas ilustrações através de figuras que facilitam o entendimento, analisa o grau de
segurança pretendido, faz comparações com outras normas de elevadores, dá muitos conselhos.
284 páginas
Autor: Engº Francisco Thürler Valente

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INFORMATIVO DE ELEVADORES
JULHO/2014

Capa Título, Autor, Conteúdo


Dossiê Técnico de Elevadores Elétricos – 3ª Edição (2007)
Documentação técnica exigida pela norma NBR NM 207 a ser apresentada pelo vendedor/fornece-
dor para instalações novas ou modernizadas com memorial de cálculo. Este dossiê técnico é exi-
gido pela subseção 16.1.1 da norma ABNT NBR NM 207 e mostra que documentos e certificados
devem ser fornecidos aos compradores de uma instalação elevadora para comprovar que a insta-
lação está bem construída, bem montada e está de conformidade com os requisitos da norma. 33
páginas
Autor: Engº Francisco Thürler Valente
Elevadores Sem Casa de Máquinas – Manual de Socorro da ABNT NBR 16042 –
1ª Edição (2012)
Este manual apresenta os conceitos do elevador sem casa de máquinas das grandes empresas de
elevadores. É também um manual de interpretações dos requisitos da norma ABNT NBR 16042.
Explica a razão de certas exigências, torna fácil a aplicação de alguns requisitos, apresenta exem-
plos esclarecedores, há muitas ilustrações através de figuras que facilitam o entendimento, ana-
lisa o grau de segurança pretendido, faz comparações com outras normas de elevadores, dá mui-
tos conselhos. 320 páginas
Autor: Engº Francisco Thürler Valente
Manuais em Acidentes com elevadores e escadas rolantes e como evitá-los
preparação São analisados os principais acidentes ocorridos e você ficará sabendo como eles aconteceram e
como poderiam ter sido evitados e, consequentemente, poderá se prevenir para que o mesmo não
aconteça em suas instalações.
BREVEMENTE Autor: Engº Francisco Thürler Valente

Faça sua encomenda ao MUNDO DO ELEVADOR: valente@mundoelevador.com.br


Enviamos a sua encomenda pelos Correios por Sedex ou por e-mail no mesmo dia.

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O construtor/instalador de elevador deverá demonstrar ao comprador e aos órgãos do governo (municipal, estadual ou federal), antes de colocar
o elevador em serviço normal, que o seu produto atende aos requisitos das normas técnicas da ABNT. Alguns desses requisitos exigem que a
demonstração de conformidade seja feita através de ensaios realizados na obra pelo construtor/instalador do elevador e testemunhados por uma
pessoa ou órgão competente, que emitirá um laudo técnico de conformidade atestando que a instalação de elevador atende aos requisitos das
normas técnicas pertinentes.

Por: Engº Francisco Thürler Valente

xigências de que sejam rea- ção, exige que o pessoal de inspe- Neste livro, há procedimentos de en-

E lizados ensaios nos eleva-


dores
Todas as normas de elevadores da
ção seja livre de qualquer pressão
comercial, financeira ou outras que
possam afetar o julgamento e apre-
saios para todos os tipos de eleva-
dores como elevadores de aciona-
mento à tração por cabos, de acio-
senta procedimentos a serem imple- namento hidráulico, de acionamento
ABNT possuem exigências para en-
mentados para assegurar que pes- por tambor de enrolamento, bem
saios de aceitação de elevadores –
soas ou organizações externas ao como para escadas rolantes. Os
às vezes chamados de ensaios de
organismo de inspeção não possam procedimentos de ensaio estão dis-
recebimento ou ensaios antes de
influenciar os resultados de inspe- tribuídos em divisões como EN-
entrar em serviço ou ainda ensaios
ções realizadas. O inspetor de ele- SAIOS DE ACEITAÇÃO, ENSAIOS
de comissionamento – que podem
vador não pode estar engajado com PERIÓDICOS e ENSAIOS DE RO-
ser resumidas no seguinte pará-
nenhum tipo de atividade que possa TINA e há subdivisões para os en-
grafo, extraído das normas técnicas
causar conflito com a sua indepen- saios que devem ser realizados a
NBR NM 207, NBR 16042 e
dência de julgamento e integridade partir de locais diversos como dentro
NBR NM 267:
com relação às suas atividades de da casa de máquinas, no topo do
“16.1.2 Antes de entrar em serviço, inspeção, o que significa que ele não carro, dentro do poço. Um docu-
os elevadores devem ser inspecio- pode estar diretamente envolvido mento interessante sugerido pelo
nados e ensaiados para verificar a com o projeto, fabricação, forneci- autor é a DECLARAÇÃO DE EN-
conformidade com esta Norma.” mento, instalação, uso ou manuten- SAIOS, um relatório resumido que
ção dos itens inspecionados, ou contém os dados e resultados mais
Depois que as instalações tiverem
itens competitivos similares. importantes do ensaio que serve
entrado em serviço, as normas exi-
para atestar que o ensaio foi reali-
gem que sejam realizados ensaios Material técnico sobre ensaios de
zado e como foi, durante o ensaio, o
periódicos e ensaios depois de mo- elevadores
comportamento e o desempenho do
dificações importantes ou após um
Por ocasião da feira bianual Expo- item ensaiado (figura 1.1.2.8(f).
acidente – exigências essas que po-
Elevador 2014, realização da Car-
dem ser resumidas nos seguintes Os ensaios referidos nesse livro são
doso Almeida Eventos e Editora
parágrafos, extraídos das normas aqueles realizados na obra para
World Press, a ser realizada entre
NBR NM 207, NBR 16042 e cada elevador para demonstrar que
12 e 13 de agosto de 2014 no Centro
NBR NM 267: um componente instalado ou o ele-
de Exposições Imigrantes, em São
vador como um todo funciona do
“Inspeções e ensaios devem ser re- Paulo, será lançado pelo engenheiro
modo que lhe é requerido nas condi-
alizados depois de modificações re- mecânico Francisco Thürler Valente
ções intrínsecas da instalação. Não
levantes ou depois de um acidente o livro técnico ENSAIOS DE COM-
é o caso, por exemplo, dos ensaios
para assegurar que o elevador con- PONENTES DE ELEVADORES.
de itens isolados realizados em la-
tinua a atender esta Norma”. Esse trabalho do engenheiro Va-
boratórios especializados para
lente é a mais completa obra técnica
A definição de pessoa ou órgão emissão de certificados de tipo. To-
existente sobre ensaios de elevado-
competente para realizar inspeções mando como exemplo o ensaio de
res. Baseado em sua larga experiên-
e ensaios de elevadores está con- aceitação de atuação do sistema li-
cia como Inspetor de Elevador, ele
tida na norma ABNT NBR 14364 mitador de velocidade / freio de se-
escreveu este livro considerando to-
Elevadores e escadas rolantes – gurança descrito no livro, o ensaio
dos os ensaios que devem ser reali-
Inspetores de elevadores e escadas visa determinar o correto funciona-
zados numa instalação de elevador
rolantes – Qualificação. mento do sistema nas condições em
para conformidade com os requisi-
que está instalado, ou seja, a correta
A norma técnica ABNT NBR tos das normas técnicas de elevado-
montagem, o correto ajuste, a robus-
ISO/IEC 17020:2006, Avaliação da res da ABNT, o que inclui a norma
tez do conjunto carro, freio de segu-
conformidade – Critérios gerais para técnica de elevadores de passagei-
rança, guias e suportes de guias e
o funcionamento de diferentes tipos ros do Mercosul (NM 207:1999).
suas fixações ao edifício.
de organismos que executam inspe-

1
Entre outros, são os seguintes os  Deslizamento do cabo na garra Para cada ensaio, o autor apresenta
ensaios do elevador que devem ser do limitador de velocidade; um procedimento detalhado que
realizados na obra e que constam da  Energia e corrente elétrica con- contém uma descrição do procedi-
referida obra técnica: sumidas pelo elevador; mento, local onde normalmente o
 Iluminação: intensidade da ilumi-  Botoeira de inspeção no topo do ensaio é realizado, tipo de ensaio,
carro; equipamento recomendado, pré-re-
nação normal e iluminação de
emergência da cabina, ilumina-  Dispositivo de desengate; quisitos do ensaio, ações no mo-
 Para-choques com percurso inte- mento do ensaio e pós-requisitos do
ção adjacente às portas de pavi- ensaio.
mento, iluminação da casa de gral e reduzido;
máquinas e casa de polias;  Atuação do freio eletromecânico Em muitas inspeções e ensaios de
 Portas: posição fechada, força de com uma e duas sapatas atu- elevadores é comum faltar algum
fechamento, energia cinética e ando; item que impede ou atrasa a realiza-
velocidade, força de abertura da  Nivelamento: velocidade; ção do ensaio. Nesse caso, o téc-
porta da cabina com o elevador  Operação do elevador com fonte nico da instaladora geralmente tem
em movimento, resistência me- de emergência; que voltar ao escritório para pegar o
cânica;  Dispositivo de cabo frouxo; item faltante, o que pode ocasionar
 Botões e dispositivos na boto-  Válvula de alívio, válvula de con- um atraso considerável nos traba-
eira: dispositivo de alarme e in- trole, mangueiras e acessórios, lhos. Caso mais desagradável pode
tercomunicação; cilindro hidráulico, interruptor de ocorrer ainda se o escritório da ins-
 Protetor da plataforma (avental): pressão. taladora não tem ou não antecipou a
resistência mecânica; aquisição de certo equipamento ne-
Para facilitar o entrosamento com a cessário à realização do ensaio. O
 Portas de pavimento: dispositi- norma técnica de elevadores da
vos de travamento; autor dessa obra técnica preocupou-
ABNT, o autor lista em uma tabela se com essa possibilidade. A lista de
 Velocidade do elevador em via- os ensaios exigidos indicando a sub-
gem e em nivelamento; equipamentos necessários e a lista
seção onde tal requisito é citado. de pré-requisitos serve como uma
 Limitador de velocidade: veloci-
dade de desarme mecânico e da A obra técnica apresenta uma lista- advertência do que deve ser provido
atuação do contato de sobrevelo- gem de todos os equipamentos ne- antes de realizar o ensaio para evitar
cidade; cessários para a realização dos en- contratempos. Lembrar que, além
saios (dinamômetro, luxímetro, tacô- do técnico da instaladora, que rea-
 Atuação do sistema limitador de
metro etc.), com uma descrição de- liza os ensaios, outras pessoas po-
velocidade/freio de segurança;
talhada de cada um e as suas carac- dem estar presentes ao evento
 Atuação dos limitadores de per-
terísticas ou capacidade recomen- como o inspetor de elevador (teste-
curso normal e/ou final instalados
dadas em cada caso. Por exemplo, munha de terceira parte), autoridade
na casa de máquinas e na caixa;
para a medida de força, energia ci- do governo, representante do com-
 Operação manual de emergência prador e seria bastante constrange-
nética e velocidade de fechamento
(simulação do resgate de passa- dor atrasar ou postergar a realização
de portas, o equipamento recomen-
geiros presos na cabina); do ensaio.
dado é o mostrado na Tabela 1 adi-
 Operação elétrica de emergência
ante.
(simulação do resgate de passa-
geiros presos na cabina);

Tabela 1 – Exemplo de equipamento recomendado para a realização de ensaios em elevadores


EQUIPAMENTO DESCRIÇÃO CAPACIDADE/CARACTERÍSTICAS
Medidor da força, ener- O FM300 da DriveTest é um sistema eletrô- Determina os seguintes parâmetros:
gia cinética e velocidade nico de medição da força de fechamento, da Força máxima, força residual, energia cinética
de fechamento de porta energia cinética e da velocidade de porta de e velocidade
elevador. Aplicações típicas incluem a inspe- Característica da mola: 25 N/mm
ção de aceitação de novas instalações, e en- Campo: 0 – 2000 N
saios periódicos de conformidade dos equi- Precisão
pamentos existentes. Força: 3 N ou 3%
Energia: 0,2 J
Velocidade: 0,1 m/s
Folgas: mín. 160 mm
Peso: 2400 g

Vamos mostrar, a título de ilustra- 1.1.2.8 OPERAÇÃO MANUAL DE Local do ensaio: Dentro da casa de
ção, um dos ensaios descritos pelo EMERGÊNCIA (SIMULAÇÃO DO máquinas.
autor em seu livro: a operação ma- RESGATE DE PASSAGEIROS
Objetivo: Simular a operação ma-
nual de emergência (simulação do PRESOS NA CABINA)
nual de emergência para o resgate
resgate de passageiros presos na
Requisito da norma ABNT NBR NM de passageiros presos na cabina.
cabina) para efeito de recebimento
207:1999: 12.5
do elevador assim como é apresen- A operação manual de emergência
tado pelo livro. é exigida pelo requisito 12.5.1 da
2
norma NBR NM 207:1999 para to- i. Conferir que todos os docu- da máquina a qual pertence
dos os elevadores de passageiros, mentos, instruções, ferra- (se pertinente);
se o esforço manual requerido para mentas e pessoal necessá-
iv. Verificar se os cabos de
mover o carro em subida com sua rios estão presentes no lo-
suspensão (ou o cabo do li-
carga nominal não exceder 400 N. cal;
mitador de velocidade) es-
Quando este esforço for maior do
ii. Portar os EPI’s necessários tão marcados com tinta
que 400 N, a norma requer operação
ao ensaio (luvas, calçados mostrando as posições nas
elétrica de emergência, mas nada
etc.); quais a cabina está nive-
impede que seja utilizada operação
lada com um pavimento (Fi-
elétrica de emergência quando tal iii. Se o volante é do tipo re-
gura 1.1.2.8(e);
esforço não exceder 400 N. movível, constatar que ele
está colocado em local v. Posicionar a cabina nive-
Tipo de ensaio: Funcional
acessível dentro da casa de lada com o pavimento de
Pré-requisito(s) do ensaio: máquinas e que ele está carregamento e colocar
identificado com o número 125 % da carga nominal na
cabina; __________ kg.

 Volante
 Empurrar

Figura 1.1.2.8(a) – Foto mostrando o volante removível em um local da Figura 1.1.2.8(b) – Foto mostrando a instalação do volante removível
casa de máquinas. na ponta de eixo do motor (encaixar na ponta do eixo e empurrar).

Figura 1.1.2.8(c) – Foto mostrando as setas de sentido de movimento Figura 1.1.2.8(d) – Foto mostrando a abertura do freio eletromecânico
da cabina marcadas próximo ao volante (nesta simulação, girar o pela atuação na alavanca de liberação (segurar o volante firme, abrir o
volante no sentido horário para subir a cabina). freio eletromecânico e depois girar o volante para o sentido de cabina
ascendente).

Ações no momento do ensaio: Nota: Essa posição inicial da ca- Nota: Os dispositivos de segu-
bina foi escolhida por motivos es- rança devem permanecer atuan-
1. Estacionar a cabina carregada
tratégicos para facilitar a comuni- tes.
no pavimento imediatamente
cação e o envolvimento com a
abaixo do pavimento extremo su- 3. Se o volante for do tipo removí-
casa de máquinas.
perior, mas fora da zona de des- vel, retirar o volante do local onde
travamento da porta de pavi- 2. Na casa de máquinas, desligar o está armazenado (figura
mento; interruptor principal do elevador 1.1.2.8(a), posicionar o furo cen-
correspondente com a operação tral do volante com a ponta do
manual de emergência;

3
eixo motor e empurrá-lo firme- Nota: Esta operação pode exigir 6. Estando nivelada a cabina com o
mente até encaixá-lo totalmente duas pessoas. A tendência de pavimento, parar de girar o vo-
(figura 1.1.2.8(b); movimento neste ensaio é de ca- lante e soltar a alavanca de libe-
bina descendente (a cabina está ração do freio eletromecânico
Nota 1: Estar atento para a seta
sobrecarregada com 125 % da para que ele atue e mantenha o
que indica o sentido de giro do
carga nominal). Portanto, ficar elevador estacionado;
volante (subida ou descida da ca-
atento para soltar imediatamente
bina). Como estamos fazendo 7. Tentar girar o volante para am-
a alavanca de liberação do freio,
essa simulação de resgate com bos os lados com o freio eletro-
se a cabina começar a se acele-
125 % da carga nominal, a ten- mecânico acionado. Não pode
rar rapidamente para baixo.
dência natural da cabina é des- ocorrer nenhum movimento do
cer. 5. Girar o volante do motor com as volante;
mãos no sentido de subida da ca-
Nota 2: A seta que indica o sen- 8. Abrir a porta de pavimento junto
bina até que a cabina nivele com
tido de giro do volante pode estar com a porta da cabina (liberação
o pavimento extremo superior;
marcada no próprio volante ou dos passageiros presos);
próximo dele (figura 1.1.2.8(c). Nota: A partir da casa de máqui-
9. Anotar na Declaração de Ensaios
nas, a posição do nivelamento da
4. Segurar com as mãos, pela peri- os campos que forem requeridos.
cabina deve ser possível de ser
feria, o volante já montado no
observada com base nas marcas
eixo e puxar a alavanca de libe-
nos cabos de suspensão (ou no
ração do freio eletromecânico da
cabo do limitador de velocidade)
máquina de acionamento;
(ver figura 1.1.2.8(e).

Figura 1.1.2.8(e) – Foto mostrando as marcas nos cabos de tração que indicam
que a cabina está nivelada com um pavimento.

 Fim do ensaio 

para o ensaio deve ser uma carga


Comentários sobre o ensaio de Depois que o elevador tiver sido
morta (pesos) e não pessoas.
aceitação da operação manual de posto em serviço normal, a opera-
emergência Nota: Nos elevadores antigos com ção manual de emergência numa si-
mecanismo sem-fim e coroa com re- tuação real com o carro travado com
O ensaio de aceitação da operação
lação de redução alta pode ocorrer o piso da cabina fora de nivelamento
manual de emergência (simulação
que não haja tendência de movi- com um pavimento qualquer, quer
do resgate de passageiros presos
mentação descendente suficiente. O seja por motivo de defeito ou de fa-
na cabina) apresentado pelo autor
elevador apresenta-se bloqueado. lha do fornecimento de energia elé-
em seu livro e conforme está deta-
Nesse caso, o técnico que realiza o trica, deve ocorrer nas mesmas con-
lhado acima visa tão somente a
ensaio deve forçar o volante no sen- dições do ensaio acima descrito.
constatação de que a operação de
tido de subida da cabina para nivelar Deve estar claro que a descrição da
emergência é realizável e é segura
o piso da cabina com o piso do pavi- operação de emergência fornecida
para efeito de recebimento do eleva-
mento imediatamente acima. Evi- pela instaladora do elevador no Ma-
dor. Nesta simulação da operação
dentemente que nesse instante o nual de Instruções deve ser a real e
manual de emergência, o ensaio é
freio deve estar aberto. não a operação manual de emer-
realizado com a cabina sobrecarre-
gência para efeito de recebimento
gada com 125 % da carga nominal, Comentários sobre a operação
do elevador como descrita pelo au-
então, o técnico que realiza o ensaio manual de emergência real
tor em seu livro. Na operação de
sabe antecipadamente que a ten-
emergência real a posição de pa-
dência do movimento é cabina des-
rada do carro bloqueado deve ser
cendente. A carga posta na cabina
4
procurada pelo técnico que está re- as instruções da operação manual a alavanca de abertura do freio ele-
alizando o resgate e um tipo de con- de emergência descritas no Manual tromecânico que, muitas vezes, é
versação prévia deveria ser feita de Instruções sejam conveniente- uma peça avulsa removível que ge-
para acalmar os ânimos das pes- mente avaliadas para que não ralmente é encontrada num canto da
soas retidas e avisar que o resgate ocorra nenhuma surpresa e nenhum casa de máquinas ou dependurada
está em andamento. Ainda na ope- risco de acidente com as pessoas em uma das paredes e que é usada
ração manual de emergência real, a envolvidas no resgate. É bom alertar para abrir os freios eletromecânico
carga na cabina é variável em cada que as instruções da operação ma- de todos os elevadores da mesma
situação. Assim, a tendência de mo- nual de emergência contidas no Ma- casa de máquinas.
vimento pode ser com cabina su- nual de Instruções devem ser as
Dada a utilidade desse livro técnico
bindo ou cabina descendo, depen- mais claras e detalhadas possíveis e
para a área de elevadores, é muito
dendo do número de passageiros devem ser rigidamente seguidas
conveniente que cada técnico pos-
dentro da cabina. Observar que os pelo técnico que realiza o resgate
sua um exemplar pessoal do
passageiros são liberados com a ca- porque, dependendo do modelo,
mesmo. Para informações, contate
bina nivelada num pavimento e, por- marca, ou ano de instalação do ele-
o Mundo do Elevador pelo e-mail va-
tanto, eles sairão da cabina como vador etc., algumas variantes no
lente@mundoelevador.com.br.
normalmente o fazem e esse é o es- procedimento podem estar diferen-
pírito da norma técnica. Convém que tes. Um bom exemplo de variante é

Figura 1.1.2.8(f) - Amostra da folha de Declaração de Ensaios corres-


pondente ao Ensaio de Comissionamento da operação manual de
emergência

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