Você está na página 1de 15

SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS

Técnicas, táticas e operacionalização; objeto e modus operandi. Análise de Riscos: riscos, ameaças, danos e
perdas; diagnóstico; aplicação de métodos. Planejamento de contingências: necessidade; planejamento;
componentes do planejamento; manejo de emergência; gerenciamento de crises; procedimentos
emergenciais.

Técnicas, táticas e operacionalização; objeto e modus operandi.


Para execução da segurança pessoal a primeira coisa a se fazer é executar técnicas preventivas. Logo a
segurança pessoal age em torno de técnicas eminentemente preventivas e ostensivas; e eventualmente
repressiva ou efensiva.

As técnicas preventivas englobam todas as ações desencadeadas pela equipe de segurança, pelo dignitário e
pela sua família, objetivando evitar quaisquer tipos de hostilidades. Além dessas ações, englobas também as
medidas de segurança física, as quais tem a mesma finalidade: evitar crimes ou atentados.

Segurança física - a parte de segurança que se preocupa com as medidas físicas destinadas a salvaguardar o
pessoal e prevenir acessos não autorizados a informações, materiais e instalações, contra a espionagem,
sabotagem, danificação e roubo, tanto nos locais de fabrico ou armazenagem como durante deslocações.

O Agente de Segurança que executa a proteção de dignitário deve ter três qualidades: conhecimento técnico;
conhecimento tático e controle emocional.

CONHECIMENTO TÉCNICO é o saber acerca das leis, normas, regulamentos e doutrinas de segurança,
funcionamento de todos os dispositivos de emergência e de proteção (alarmes, armas letais e não letais,
extintores, hidrantes, viatura, etc.)

CONHECIMENTO TÁTICO é a forma em que a pessoa empregará o seu conhecimento técnico. Isto é:
seu posicionamento, postura, agilidade, rapidez, eficácia, observância das leis, normas, doutrinas de
segurança, etc. É sua tática que definirá se o agente vai viver ou morrer em um sinistro; se ele será absolvido
ou condenado após sua ação.

CONTROLE EMOCIONAL é o mecanismo psicológico que traz a tona a verdade ou a mentira; o


profissionalismo ou o amadorismo; a sabedoria ou a ignorância, a razão ou a emoção; vitória ou a derrota.
Como assim? Se a pessoa empregar todos os preceitos dos conhecimentos Técnicos x Táticos evidenciará a
profissionalismo, a verdade, a sabedoria, a razão e a vitória; todavia, se for precipitado em sua ação
evidenciará o amadorismo, a ignorância, a emoção, a derrota e a vergonha do ser humano.

Os objetivos técnicos são:

Detectar os riscos; Estabelecer os meios necessários (dispositivos, barreiras físicas e eletrônicas,


equipamentos, alterações estruturais, enfim, todos os recursos logísticos, humanos e materiais) para tornar o
ambiente seguro; Elaborar manuais, normas e procedimentos de segurança preventivos e contingenciais;
Elaborar: planejamento de segurança; planejamento de emergência ou contingencial; planejamento de
manutenção do nível de segurança e planos de auditoria.

Objeto e modus operandi.


A violência e a criminalidade são inerentes ao homem e sempre estarão presentes em suas ações.
Existe todo um sistema voltado a analisar, compreender, estudar e tratar a questão da
criminalidade e da violência. A solução para tais questões não serão encontradas em ações
políticas e governamentais que atuam somente sobre as consequências da violência e da
criminalidade e sobre os órgãos responsáveis pela manutenção da ordem e da segurança pública,
eis que se originam no próprio homem, na falta de valores éticos, morais e de dignidade
humana, se estabelecem a partir de desigualdades e exclusões sociais, mantidas por falta de
políticas públicas voltadas a enfrentar suas causas e não somente a contabular suas
consequências materiais e visíveis na sociedade.

O convívio social moderno nos coloca muito próximo dessas questões e o indivíduo não pode
apenas creditar ao poder público a responsabilidade pela preservação de sua segurança; é
necessário estar atento e estabelecer critérios e adotar condutas que possibilitem diminuir os
riscos a que todos estamos expostos no dia a dia

1. Os crimes ocorrem quando falha a segurança, seja qual for o nível ou escalão
considerado; Para abordagem é necessário aproximação, esteja atento sempre; Os
criminosos valem-se do fator surpresa, antecipe-se a isso, não seja desatento;
Delinquentes desarmados se acovardam; Delinquentes que encontram resistência ou
dificuldades em razão de conduta preventiva (análise do risco), normalmente mudam seus
objetivos; Delinquentes que perdem o "fator surpresa" normalmente desistem ou não
prosseguem com a ação; Jamais reaja após ter sido surpreendido por um criminoso, ele já
esta com vantagem sobre você e sempre pronto a reagir; Nenhum criminoso age em
estado psicológico e emocional considerado normal e, suas atitudes podem ser
imprevisíveis; Quando age, o criminoso já prevê a possibilidade de reação por parte da
vítima, estando preparado para isso, sendo este um fator de vantagem para o mesmo;
Estando na condição de vítima, mantenha a calma, a coerência, o controle emocional,
atitudes moderadas e inteligentes, procure traçar o perfil de seu agressor e interaja com
ele baseando-se em suas características pessoais; O descontrole ou atitudes precipitadas
podem lhe custar a vida; Valorize a prevenção, antecipe-se preventivamente e evite ações
criminosas; Se não estiver habilitado e treinado, não use armas; O uso de arma de fogo
requer conhecimento específico, treinamento, condicionamento e preparo psicológico
para agir; Tenha cuidado extremo com situações anormais, imprevistas, dissimuladas, etc,
que podem representar risco ou perigo potencial; Analise seu potencial de risco e, diante
disso, utilize um sistema de segurança adequado (desde de uma mudança
comportamental, um mero reforço na segurança em suas instalações físicas, ou até mesmo
a constituição de uma equipe de segurança pessoal privada); Não trate sobre sua
segurança pessoal com aventureiros e pessoas não habilitadas, procure sempre um
profissional qualificado e confiável.

Análise de Riscos: riscos, ameaças, danos e perdas; diagnóstico;


aplicação de métodos.
ANÁLISE DE RISCOS

Em segurança, consideramos risco todo evento capaz de produzir perdas ou danos, seja de ordem humana
(vidas/integridade física) ou patrimonial (bens tangíveis e intangíveis). A análise de risco visa detectar todos
os riscos aos quais o dignitário, sua família e empresa estão sujeitos. Após a detecção, os riscos precisam ser
classificados de acordo com a probabilidade de acontecimento. Nesta classificação é necessário que conste o
grau de risco/gravidade e seus efeitos/conseqüências/danos humanos, materiais ou financeiros (valor do
prejuízo, transtornos e possibilidade de recuperação do patrimônio ou de contornar a situação). Com estes
dados em mãos, adotam-se as medidas preventivas necessárias (elaboração de normas, projetos e sistemas de
segurança, plano de contingência para cada risco, adoção de barreiras físicas e eletrônicas de segurança,
equipe de vigilância, monitoramento, etc.). Para cada risco haverá duas linhas táticas:

1. TÁTICAS PREVENTIVAS – são as medidas e normas preventivas estabelecidas neste programa,


adotadas antes da concretização do risco, que devem prevalecer e serem eficazes o suficiente para nunca ser
necessário usar táticas contingenciais.

2. TÁTICAS CONTINGENCIAIS – são os procedimentos de segurança, previstos no plano de


contingência, adotados durante e após a ocorrência de um sinistro (o risco se concretizou). Resta ao agente
de segurança agir para reduzir seus efeitos e consequências.

APLICAÇÃO DE MÉTODOS VIA ANÉIS DE PROTEÇÃO

Tanto na segurança patrimonial como na pessoal, podemos aplicar o método de segurança estabelecendo três
anéis de proteção.
3º. Perímetro (externo)

Segurança ostensiva

2º. Perímetro (intermediário)

Segurança velada

1º. Perímetro (interno) - VIP

e escolta ou segurança

1. Ameaça: sinais que anunciam algum mal que possa causar prejuízo.

Vulnerabilidade: falhas da segurança que permitem ser atingido por algo indesejável.

Risco: fatores adversos que se antepõem aos esforços do indivíduo para atingir suas
finalidades e que podem trazer prejuízos ou dano a pessoa, aos bens, serviços e
instalações; são os possíveis perigos; os inconvenientes previsíveis; a provável fatalidade;
a possibilidade de ocorrência de evento que possa trazer prejuízo ou dano; é fator
aleatório que não pode ser totalmente previsto.

AMEAÇA + VULNERABILIDADE = RISCO

O conhecimento de nossas vulnerabilidades permite estabelecermos qual o grau de perigo


que temos para sermos atingidos por uma ameaça. Como não é possível atuarmos
efetivamente sobre as ameaças, para diminuição dos riscos, cabe-nos atuar sobre as
vulnerabilidades para obtenção de um menor risco.
Diagnóstico: Os fatores de risco são na realidade a origem e ou causa de cada perigo. Para
compreender o risco – a condição – a soma de todos os fatores, há a necessidade de dissecar o fluxo de cada
processo. Utilizamos a técnica do Diagrama de Causa e Efeito, o chamado Diagrama de Ishikawa e ou de
Espinha de Peixe para poder dissecar os fatores que influenciam a concretização do perigo.

Esta técnica é uma notação simples para identificar fatores que causam o evento

estudado. Em 1953 o Professor Karou Ishikawa, da Universidade de Tóquio Japão,

sintetizou as opiniões dos engenheiros de uma fábrica na forma de um diagrama de

causa e efeito, enquanto eles discutiam problemas de qualidade.

Adaptamos a técnica da qualidade para a segurança, inserindo os seguintes fatores

de riscos: Meios Organizacionais, Recursos Humanos da Segurança, Meios

Técnicos Passivos, Meios Técnicos Ativos, Ambiente Interno e Ambiente Externo. O

diagrama de causa e efeito fica assim exemplificado:

Aplicação de métodos.

A análise de riscos estruturada possui dois parâmetros claros a serem estudados:

- PRIMEIRO: saber qual a chance, a probabilidade, dos perigos virem a acontecer,

frente à condição existente – risco;

- SEGUNDO: calcular o impacto seja ele operacional como financeiro.

A Microsoft, em seu Guia de Gerenciamento de Riscos, enfatiza que deve haver

uma declaração estruturada do risco, também sob os dois aspectos: Impacto e

Probabilidade.

Com estes dois critérios bem definidos podemos calcular a Perda Esperada – PE,

que é a multiplicação direta entre a probabilidade – Pb do risco vir a acontecer


versus seu impacto financeiro – I F.

A perda esperada é a fotografia de cada risco nas matrizes de monitoramento, pois

representa o patamar máximo de investimento a ser realizado pela empresa na

mitigação de seu risco. Os métodos de análise de riscos podem ser divididos em

duas categorias: métodos objetivos (quantitativos) e métodos subjetivos

(qualitativos).

AVALIAÇÃO DE RISCOS QUANTITATIVA - OBJETIVA

O objetivo das avaliações de risco quantitativas é tentar calcular valores numéricos

objetivos para cada um dos componentes coletados durante as fases de análise de

custo/benefício e de avaliação de risco. Por exemplo, você pode estimar o valor real

de cada ativo de negócios em termos do custo de substituição, do custo associado à

perda de produtividade, do custo representado pela reputação da marca e outros

valores comerciais diretos ou indiretos. Você deverá usar a mesma objetividade ao

calcular o custo de exposição do ativo, o custo dos controles e todos os outros

valores identificados durante o processo de gerenciamento de riscos.

AVALIAÇÃO DE RISCO QUALITATIVA

A diferença entre a avaliação de risco qualitativa e a avaliação de risco quantitativa é

que, na avaliação qualitativa, você não tenta atribuir valores financeiros fixos aos

ativos, às perdas esperadas e ao custo de controles. Em vez disso, você tenta

calcular valores relativos.

A análise de risco é geralmente conduzida utilizando uma combinação de questionários, workshops,


brainstorming colaborativos envolvendo pessoas de diversos grupos na organização, como especialistas em
segurança, gerentes e gestores das áreas da empresa e usuários de ativos de negócios. Se utilizados, os
questionários devem ser distribuídos alguns dias ou semanas antes do primeiro workshop. Os questionários
são projetados para descobrir que ativos e controles já estão implementados, e a informação coletada poderá
ser útil durante o workshop subseqüente.
Nos workshops, os participantes identificam os ativos e estimam seus valores relativos. Em seguida, tentam
reconhecer as ameaças enfrentadas por cada ativo, e tentam imaginar quais tipos de vulnerabilidades
poderiam ser explorados por tais ameaças no futuro. Em geral, os especialistas em segurança sugerem
controles para atenuar os riscos a serem considerados pelo grupo, bem como o custo de cada controle. Por
fim, os resultados são apresentados à gerência para serem levados em conta durante a análise de
custo/benefício.

ANEL DE PROTEÇÃO VOLTADO A SEGURANÇA PATRIMONIAL

2º. Perímetro (intermediário - Áreas de acesso parcialmente liberado sob preciso controle da
portaria e vigilância: administrativo, área de vendas, seção de exposição, atendimento ao
público, etc.) Também pode ser considerada a trajetória, ou seja, todas as áreas perimetrais e
vias de acesso em que o agressor ou causador do dano deverá passar para afetar e causar algum
dano ao patrimônio (muros, grades, portões, portas, terrenos, jardins, saguões, telhado, recepção,
salas, etc.)

3º. Perímetro (externo – Áreas de livre acesso: Rua, calçadas, pátio, estacionamentos livres) –
Prever segurança ostensiva por meio de muros, grades, cerca lét i it t l t ô i i ilâ i( d ) t 1º.
Perímetro (interno – Áreas de acesso proibido ou restrito. Podem ser consideradas áreas
restritas: gabinetes da presidência/diretoria, tesouraria, cofres, caixa forte, sala forte, casa de
força, laboratórios, produção, etc. Para chegar até essas áreas, deve existir uma parafernália de
obstáculos e barreiras de segurança, o suficiente para desestimular a ação criminosa.

As vias de acesso a essas áreas devem ser monitoradas e equipadas com dispositivos de alarmes;

O departamento não deve ser identificado por sinalização. Exemplo: Gabinete do Presidente;
Diretor Geral; Casa de Força. A sinalização deve se ater a placas indicando a proibição de
circulação de pessoas. Se o acesso é proibido, a pessoa que utiliza o departamento ou sala sabe
muito bem o caminho e não precisa de sinalização;

Nenhuma das quatro paredes destas áreas/departamentos pode ser extremidade do imóvel, pois a
área restrita deve ser no centro da construção, ou seja: ao seu redor devem existir outros
cômodos, cujo acesso também é de considerável controle e vigilância;

A segurança é executada de fora para dentro;

A elevação do nível da segurança de áreas restritas é diretamente proporcional à proximidade,


ou seja, quanto mais a pessoa se aproximar destas áreas, mais obstáculos e procedimentos de
segurança ela deve encontrar;
Planejamento de contingências: necessidade; planejamento;
componentes do planejamento; manejo de emergência; gerenciamento
de crises; procedimentos emergenciais.

Necessidade

Toda empresa com potencial de gerar uma ocorrência anormal, cujas conseqüências possam provocar sérios
danos a pessoas, ao meio ambiente e a bens patrimoniais, inclusive de terceiros, devem ter, como atitude
preventiva, um Plano de Contingência (ou Emergência).

A operação em contingência é uma atividade de tempo real que mitiga os

riscos para a segurança do sistema e contribui para a manutenção da qualidade do negócio, em casos de
insdiponibilidade de funcionalidades dos sistemas.

O Plano de Contingência é um documento onde estão definidas as responsabilidades estabelecida em uma


organização, para atender a uma emergência e também contêm informações detalhadas sobre as
características da área ou sistemas envolvidos. É um documento desenvolvido com o intuito de treinar,
organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias às respostas de controle e combate às
ocorrências anormais.

Para que um plano possa ser redigido é necessário realizar previamente as

seguintes reflexões:

● Identificar os processos de negócio importantes para a organização e os

serviços do sistema que automatizam estes processos;

● Avaliar os impactos em caso de falhas e identificar como e quem deve

resolver as mesmas.
Planejamento;

PLANEJAMENTO DE CONTINGÊNCIAS

Planejamento de contingência se resume em um documento normativo que

descreve de forma clara, concisa e completa a resposta ou ação que deverá ser

desencadeada diante de adversidades ou em caso de acontecimento de um sinistro, perda ou dano, seja ele de
ordem pessoal (humana) ou patrimonial (bens tangíveis e

intangíveis).

É neste plano que o homem buscará informações para desencadear suas atitudes

diante de um sinistro. No plano, estarão pré-estabelecidas todas as táticas o contingenciais (o que deve ser
feito e como será executado).

O planejamento de contingência é uma segurança reserva (uma carta na manga);

ele visa assegurar a continuidade operacional da empresa/residência reduzir ou anular as

conseqüências do sinistro e evitar que outros sinistros aconteçam em decorrência das

condições especiais.

Plano de Segurança

A fim de otimizar a atuação preventiva da equipe de segurança é indispensável a elaboração de um plano de


segurança, cujo objetivo é a padronização dos procedimentos, obedecendo as peculiaridades locais e as situações de
normalidade e de anormalidade.

A eficiência da atuação operacional da equipe de segurança é comparada à de uma engrenagem, se as peças não
estiverem em harmonia a máquina não funciona de acordo com o esperado.

O profissional de segurança atuando desordenadamente não conseguirá atingir o objetivo da vigilância patrimonial
que é a prevenção de qualquer ato contra a pessoa e o patrimônio, com a satisfação do usuário final.
Planejar a atuação de acordo com a ocasião, treinamento permanente, instalação de medidas estáticas, estabelecer
atividades, dividir funções e atribuir responsabilidades são as maneiras mais eficientes para garantir a segurança e a
paz interna em um estabelecimento, em todos os momentos.

Componentes do planejamento

FORMATO DO PLANO

1 Quadro inicial

1. Nome do sistema: informe o nome do sistema que pertence a contingência.

2.Histórico: Tabela utilizada para controle das mudanças/atualizações e

versionamento da contingência.

Contingência Funcional

1. CF000: Campo utilizado para definir um número de ordem de criação da

contingência.

2. Caso de uso/Funcionalidade: informar o nome do caso de uso que a

funcionalidade faz parte, bem como a funcionalidade tratada no documento.

3. Objetivo: Descrever o resultado esperado dos procedimentos que irão ser

utilizados durante a contingência.


3 Identificação da Contingência e Procedimentos

Neste tópico o Analista de Sistemas deverá descrever o(s) evento(s) necessários

para identificar que a funcionalidade necessita de um processo de contingência,

bem com os respectivos procedimentos mínimos para prover a mesma.

4 Considerações

Deve-se descrever neste tópico as informações que podem diferenciar dos

procedimentos acima, ou até indicar outra Contingência Funcional (CF000).

5 Pré-condições

Deve-se descrever neste tópico as condições necessárias para executar os

procedimentos da contingência, como lista de escala e telefone dos plantonistas,

documentos a serem impressos antecipadamente, hardware e softwares

necessários.

6 Pós-condições

Deve-se descrever neste tópico as condições e produtos gerados após a

finalização da Contingência, procedimentos básicos e responsáveis para atualizar o

sistema com dados novos caso necessário.

Manejo de emergência

Podemos definir um plano de controle de emergência como um conjunto de diretrizes e

informações visando a adoção de procedimentos lógicos, técnicos e administrativos, estruturados de forma a


propiciar resposta rápida e eficiente em situações emergenciais (SERPA, 2002). Assim, um plano de
controle de emergência constitui um instrumento simultaneamente preventivo e de gestão operacional, uma
vez que ao identificar os riscos, estabelece os meios para agir face ao acidente.
Segundo Cardella (1999), a função controle de emergência é o conjunto das ações que visam obter o
controle das situações nas quais os fatores do risco emergem como fatos atuais, ameaçando produzir danos e
perdas, enquanto que, o sistema de gestão da função controle de emergência é o conjunto de instrumentos
que a organização utiliza para planejar, operar e controlar suas atividades no exercício da função controle de
emergência.

Os objetivos específicos de um plano de emergência são:

− Localizar os casos de emergências que possam surgir e, se possível impedir que ocorram; (OIT, 2002).

− Solucionar nas melhores condições todos os problemas que se apresentam, desde o surgimento da
emergência;

− Organizar a luta contra a emergência de maneira a evitar sua extensão sobre as pessoas, a propriedade e o
meio ambiente interno e externo e para tanto, articular todas as ligações necessárias entre os recursos;

− Solucionar todos os problemas que se apresentam após o final da emergência a fim de manter a segurança
e organizar o retorno à situação norma.

De uma maneira geral, podemos concluir que o objetivo principal de um plano de controle de emergência é
preservar as vidas humanas, as instalações e o meio ambiente, minimizando os efeitos de uma situação
acidental sobre estes patrimônios. Assim sendo, um plano de controle de emergência se aplica a toda
situação de crise que demande ações de socorro às pessoas, proteção da propriedade ou do meio ambiente.

Controlar emergência é adquirir o poder de levar a situação para o estado que se julgar mais conveniente
(CARDELLA, 1999). Numa situação de emergência em uma unidade industrial, a mesma é afetada no
mínimo pelos riscos de acidentes pessoais e de incêndio, mas caso a indústria utilize produtos químicos,
devem ser considerados os riscos inerentes aos produtos ou das reações que estes produtos podem provocar
(incêndios, explosões e emissões). Acidentes naturais como os riscos de inundações e desmoronamentos,
também devem ser considerados como potencializadores de riscos industriais específicos ou de grandes vias
de circulação.

Gerenciamento de crises;

1 - CONCEITO DE CRISE

Um evento ou situação crucial que exige uma resposta especial da polícia, a fim de

melhor assegurar um solução aceitável. (FBI/NA)


2 - CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS

1. Compressão de tempo ( urgência )

2. Ameaça de vida

3. Necessidade de:

a) Postura organizacional não-rotineira;

b) Planejamento analítico especial e capacidade de implementação; e

c) Considerações legais especiais.

3 - OBJETIVOS

1 - Preservar Vidas

Reféns

Cidadãos

Policiais

Causadores da Crise

2 - Aplicar a lei

Procedimentos emergenciais

É importante enfatizar que a metodologia utilizada para o levantamento das informações contidas neste
roteiro, foi um trabalho de revisão bibliográfica em normas internacionais e nacionais, convenções e
publicações sobre o assunto. Trabalhos estes, que surgiram após exaustivos estudos de grupos de
profissionais especializados no tema, levando em consideração principalmente lições deixadas após várias
ocorrências históricas de acidentes industriais ampliados, alguns citados neste trabalho.

A elaboração de um plano de controle de emergência pode ser dividida em 6 fases:

a) Levantam controle de emergência adequado, para fazer frente aos possíveis danos causados por acidentes
numa instalação industrial, é um detalhado estudo de análise de riscos de modo que as tipologias acidentais,
os recursos a as ações necessárias para minimizar os impactos, possam ser adequadamente dimensionados
(FREITAS, 2000).

Deve-se relacionar os riscos que justificam um plano de controle de emergência para a unidade industrial,
tais como: Quantidade de materiais perigosos, localização e transporte destes materiais, propriedade dos
materiais, equipamentos e máquinas que operem em alta pressão e temperatura, localização de válvulas de
isolamento, manobras operacionais de alto risco, entre outros, considerando as causas e conseqüências
internas e externas, levando-se também em conta que os riscos são funções características dos produtos,
processos, localização e efetivo.

Para facilitar o estudo dos riscos, a alocação de recursos e o treinamento, é conveniente dividir a área objeto
do controle de emergências em subáreas. Exemplo: trânsito, almoxarifado, laboratório, planta de
processamento e vegetação (CARDELLA, 1999).

Também devem ser considerados os riscos da área circunvizinha a unidade industrial como:

Propriedades e quantidades dos materiais perigosos das fábricas vizinhas, rodovias próximas, rios e represas
presentes nas adjacências. Como parte da avaliação, os riscos identificados devem ser separados de acordo
com o grau e importância potenciais do impacto. Considerando-se para a avaliação: Zona potencial de
impacto, número de pessoas em risco, tipo de risco, impactos em longo prazo, impactos ao meio ambiente
(MANUAL APELL, 1990).

b) Definição dos meios de intervenção - Estes podem ser internos e externos e serão usados para um controle
aceitável das conseqüências de um sinistro, podendo ser humanos e materiais. É claro concluir que não se
pode estabelecer regras gerais para uma emergência, pela diversidade das situações (meio-ambiente e riscos)
que podem ocorrer. Segundo a norma regulamentadora nº 23 do MTb, deve-se garantir um mínimo de
proteção contra incêndio (extintores, sistemas fixos), como também a formação de brigadas de incêndio e de
socorristas. Considera-se também importante o estabelecimento de procedimentos de evacuação de área,
instalação de sistemas de alarmes, detectores de gases tóxicos e inflamáveis, indicadores de velocidade e
direção dos ventos, radio comunicação, equipamentos de proteção individual para bombeiros, veículos de
atendimento de emergências e garantia de suprimentos médicos de emergência, e um centro de controle da
emergência, onde serão dirigidas e coordenadas as operações de gerenciamento (OIT, 2002).

A organização pode se demonstrar descrente em relação ao retorno dos investimentos, neste caso é preciso
fornecer informações e trazer especialistas no assunto para proferir palestras.

c) Definição de um grupo de trabalho interno e externo – Para coordenar recursos e ações é necessário se
estabelecer um grupo de trabalho heterogêneo, ou seja, com componentes representantes das diversas áreas
da indústria (segurança, utilidades, manutenção, serviço médico etc.), onde os mesmos deverão procurar
discutir sobre o modo mais eficaz para coordenar os recursos e ações necessárias ao controle da situação de
emergência considerada.
As funções podem ser desdobradas com a criação de sub-grupos, como por exemplo: Gerência,
Coordenação, Relações Públicas, Técnico, Logística, Contenção e Combate (CARDELLA, 1999).

Devem ser definidas e descritas as funções de cada componente, como também definido um líder para o
grupo de preferência ligado a gerência operacional.

Levando em consideração que a ocorrência de uma emergência pode ultrapassar os limites da indústria, faz-
se necessário que sejam previstas orientações para estes casos. O primeiro passo seria a formação de um
grupo de trabalho externo, fruto de uma articulação interinstitucional, composto por representantes
governamentais (Polícia, Bombeiros, Defesa Civil, Defesa Ambiental, Serviço Emergencial de Saúde),
comunitários, e da própria indústria, que teria o objetivo de elaborar um plano de auxílio mútuo composto
por todas as orientações para o controle externo da emergência.

d) Redigir os procedimentos – A documentação dos procedimentos é de vital importância, os mesmos


devem ser seguidos, quando na ocorrência de um sinistro, segundo sua natureza, considerando,
principalmente o controle do tempo de intervenção, que é definido pelo próprio evento e por suas
conseqüências, e geralmente é escasso, devendo ser compensado por habilidade, materiais e equipamentos.

Os procedimentos podem ser divididos em: De intervenção: Ações de alertas, controle da emergência e
socorro as vítimas; De informação: A hierarquia implicada pela natureza do sinistro, este procedimento tem
o objetivo de informar o público interno e externo a natureza dos riscos e as conseqüências do sinistro,
situação de vítimas; De normalização: Após o sinistro, considerando-se a necessidade de inquéritos e das
autorizações eventuais necessárias. Estes procedimentos devem ser adaptados a cada ação ou risco, e
conhecidos pelos que terão que utilizá-los. Daí a necessidade de formação do pessoal e de exercício de
simulação do plano com todos os envolvidos.

e) Formalizar um Manual - “Plano de Controle de Emergência” – Este manual conterá todos os


procedimentos e informações necessárias à gestão de um sinistro. O manual deverá ser elaborado sob a
responsabilidade do gerente da unidade industrial, e coordenação dos profissionais de segurança da mesma,
que farão a atualização periódica em função da evolução dos riscos, da organização, das estruturas e dos
meios de intervenção. O manual deve ser conhecido pelas pessoas da unidade industrial chamadas a intervir
ou tomar decisões em caso de sinistro, como também deve ficar a disposição dos mesmos em local fixo pré-
estabelecido.

f) Validação dos Procedimentos de Emergência – Nesta etapa os procedimentos constantes no manual


deverão ser colocados à prova, com a realização de exercícios simulados, aproveitando também o momento
para verificação das necessidades de adequação dos procedimentos operacionais, lay-out e equipamentos aos
novos procedimentos de emergência, como também que os procedimentos sejam exaustivamente analisados
para levar em consideração falhas e omissões.(OIT, 2002).
13

Você também pode gostar