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CONTROLO DE RISCOS

PROFISSIONAIS

1
CONTEÚDOS
1. * Princípios gerais de prevenção;
2. Medidas de prevenção e de protecção:

2.1. Medidas de engenharia (ex.: modificação de processos e


equipamentos, processos por via húmida, manutenção, ventilação,
acústica, isolamentos, barreiras, amortecedores);

2.2. Medidas organizacionais (gestão dos tempos de exposição aos


factores de risco, procedimentos, rotação e permuta de trabalhadores,
sistemas de coordenação, arrumação e limpeza dos locais de
trabalho);
2.3. Medidas de informação e de formação;

2.4. Medidas de protecção colectiva: critérios de selecção, manutenção


e conservação dos equipamentos de protecção colectiva;
2.5. Equipamentos de protecção individual (tipos, componentes, órgãos
a proteger, classes de protecção) e respectivos critérios de selecção;
2.5.1. Critérios de utilização, manutenção e conservação dos EPI’s;
2
CONTEÚDOS

3. Sinalização de segurança: critérios de selecção, instalação e


manutenção;

4. Medidas de prevenção e protecção adequadas à fase do projecto;

5. Medidas de prevenção e protecção em situação de perigo grave e


imediato;

6.* Critérios para a programação da implementação de medidas (ex.:


hierarquização das medidas, recursos disponíveis, articulação com os
diferentes departamentos da empresa);
*(INCLUÍDO EM 1.)

3
CONTEÚDOS
7. Técnicas de acompanhamento e controlo da execução das
medidas de prevenção;
7.1 Técnicas de acompanhamento e controlo da execução das medidas
de prevenção;
7.2. Metodologias e técnicas para a avaliação do grau de cumprimento
de procedimentos;
7.3. Técnicas de avaliação da eficácia das medidas (ex.: reavaliação dos
riscos, entrevistas, questionários).
8. Metodologias e técnicas para a avaliação do grau de cumprimento
de procedimentos;

9. Critérios de avaliação do custo e benefício das medidas de


prevenção e de protecção;

10. Técnicas de avaliação da eficácia das medidas (ex.: reavaliação


dos riscos, entrevistas, questionários).
4
PRINCIPIOS GERAIS
DE
PREVENÇÃO

5
1. Princípios gerais de prevenção

z Conceitos de:
z Perigo;
z Risco;
z Acidente (definição e fórmula);
z Incidente;
z Prevenção;
z Controlo do Risco;
z Não conformidade;
z Acção preventiva;
z Acção correctiva.
6
1. Princípios gerais de prevenção

z PERIGO:

z Conjunto de factores dos sistema de trabalho (homem, máquinas e


ambiente de trabalho) com propriedades capazes de causar
acidentes ou danos.
z É a propriedade ou capacidade intrínseca de um componente do
trabalho que seja potencialmente causador de danos, podendo,
deste modo, relacionar-se quer com os componentes físicos, quer
com os componentes humanos (fisiológicos, psicológicos ou
psicossociais) do trabalho.

7
1. Princípios gerais de prevenção

z RISCO:

z Produto da probabilidade de uma ocorrência


(acontecimento perigoso) pela sua severidade:

R=P*S

8
1. Princípios gerais de prevenção
NA PRÁTICA:
P

A probabilidade e a severidade têm curvas de desenvolvimento inversas…

9
1. Princípios gerais de prevenção

z ACIDENTE:
z O acidente é um acontecimento não planeado que se
verifica no local e tempo de trabalho e produza directa
ou indirectamente lesão corporal, perturbação funcional
ou doença de que resulte redução na capacidade de
trabalho ou de ganho ou a morte.

z NUNCA É FRUTO DO ACASO!

EXPOSIÇÃO AO RISCO + ACONTECIMENTO DETONADOR = ACIDENTE + DANO

10
1. Princípios gerais de prevenção

z INCIDENTE:
z Acontecimento perigoso que pode dar origem a um
acidente ou ter potencial para conduzir a um acidente,
mas do qual não resultam danos.

EXPOSIÇÃO AO RISCO + ACONTECIMENTO DETONADOR

= INCIDENTE (S/ DANO)

11
1. Princípios gerais de prevenção

z PREVENÇÃO:
z Conjunto de métodos e técnicas que em conjunto apresentam
como objectivo central: evitar ou reduzir (quando não é possível
eliminar) através de um conjunto de medidas implementadas em
todas as fases (concepção/projecto, produção, comercialização,
etc.) o nº de acidentes e doenças profissionais da organização.

z Está implícita a prevenção integrada, cuja integração na estrutura


da organização inclui a gestão da Segurança, Higiene e Saúde no
Trabalho (SHST).

z A prevenção Integrada inclui o planeamento, medidas


organizativas e medidas de engenharia.

12
1. Princípios gerais de prevenção

z CONTROLO DO RISCO:

z Controlar os riscos significa intervir sobre eles, obtendo


a minimização dos seus efeitos até a um nível
aceitável.

z A eficácia do controlo depende, assim, em larga


medida de tal acção incidir na fonte da sua génese e se
direccionar no sentido da adaptação do trabalho ao
homem.

13
1. Princípios gerais de prevenção

z NÃO CONFORMIDADE:

z Qualquer desvio:
z das normas de trabalho,
z das práticas,
z dos procedimentos, dos regulamentos,
z do desempenho do sistema de gestão, etc.,

que possa, directa ou indirectamente conduzir a lesões ou


doenças, a danos para a propriedade, a danos para o
ambiente do local de trabalho, ou a uma combinação
destes.
14
1. Princípios gerais de prevenção

z ACÇÃO PREVENTIVA:
z Acção para eliminar a causa de uma potencial não
conformidade ou de uma potencial situação indesejável

z ACÇÃO CORRECTIVA:
z Acção para eliminar a causa de uma não conformidade
detectada ou de outra situação indesejável.

15
Princípios Gerais da Prevenção Matriz
(art.º 8.º/DL/ 441/91) Metodológica
1. Evitar os riscos Avaliação
De
2. Avaliar os riscos não evitados Riscos

3. Combater os riscos na Origem

Gestão de riscos
4. Adaptar o trabalho ao homem

5. Atender ao estádio da evolução técnica


Controlo
6. Substituir o que é perigoso pelo que é De
isento de perigo ou menos perigoso Riscos
7. Planificar a prevenção com um sistema
coerente
8. Priorizar a protecção colectiva
relativamente à individual
9. Formar, informar e consultar Comunicação
De Riscos
16
CONTEÚDOS

6. Critérios para a programação da


implementação de medidas
(ex.: hierarquização das medidas, recursos
disponíveis, articulação com os diferentes
departamentos da empresa)

17
Identificação
Identificaçãodo
do
perigo
perigo
GESTÃO
GESTÃO
Analise
Analise
DE
DE
Identificação
Identificaçãodos
Trabalhadores
dos
Trabalhadoresexpostos
expostos
do
do RISCOS
RISCOS
Risco
Risco
Avaliação
Avaliação
do
do
Estimativa
Estimativado
do Risco
Risco Avaliação
Avaliação
Risco
Risco ee
controlo
controlo
de
de
Riscos
Riscos
Valoração
Valoraçãodo
do
Risco
Risco

Controlo
Controlodo
do
Risco
Risco

18
FLUXOGRAMA DE AVALIAÇÃO E CONTROLO
DE RISCOS
Estabelecer Programa Estruturar a avaliação Reunir informação
Escolher a abordagem Ambiente/tarefas/população/
de Avaliação de Riscos experiências anteriores
(geográfica/funcional/processual)

Identificar quem está Identificar padrões de


Identificar perigos
exposto a riscos exposição a riscos

Avaliar Riscos
(Probabilidade de dano/severidade
Investigar opções para Estabelecer
nas circunstância reais) eliminar ou controlar prioridades de acção e
(Conformidade das medidas os riscos fixar medidas de controlo
existentes ou não)

Verificar a eficácia
Controlar a aplicação Registar a avaliação
da medida

Avaliação continua Controlar o programa de


Avaliação de Riscos
e Revisão (necessidade de alteração?)
19
Controlo das Situações de Risco –
Opções
Normativo
Legal

NA PRÁTICA?

Normativo Normativo
de Gestão Técnico

20
Controlo das Situações de Risco –
Opções

Normativo
NA PRÁTICA: Legal

Normativo
Técnico

Normativo
de Gestão

21
Critérios para Controlo das Situações de
Risco

Disposições Legais…

Normas e directrizes constantes de publicações:


Normas Técnicas Nacionais, códigos de boas práticas,
níveis de exposição profissional, normas de associações
industriais, guias de fabricantes…

Princípios da Hierarquia da Prevenção de Riscos…

22
Princípios da Hierarquia do
Prevenção/Controlo de Riscos

Desenvolver uma política global e coerente que abranja


tecnologia, organização de trabalho, condições laborais, relações
sociais e a influência de factores relacionados com o ambiente de
trabalho

Eliminar os Riscos

Combater os Riscos na fonte

Reduzir os riscos, substituindo elementos perigosos por outros


menos ou não perigosos

23
Princípios da Hierarquia do
Prevenção/Controlo de Riscos

Aplicar medidas de protecção colectiva de preferência a medidas


de protecção individual (Circunscrever o Risco e Afastar o
homem da fonte emissora)

Adaptação ao progresso técnico e às alterações na informação

Procurar sempre o melhor nível de protecção individual

Nunca transferir riscos, nem de uma parte da organização para


outra, nem para fora da mesma.

24
Princípios da Hierarquia do
Prevenção/Controlo de Riscos
SÍNTESE:

Nas situações de risco, a


sequência das interven-
ções para o seu controlo
deve ser:
na fonte emissora,

sobre o ambiente geral,

no próprio indivíduo.

25
Controlo das Situações de Risco –
Prevenção
SÍNTESE:

Os processos de controlo
do risco devem portanto
ser aplicados nesta
sequência:

Eliminar/reduzir o risco
Circunscrever o risco
Afastar o homem da fonte
emissora
Proteger o homem

26
Controlo de Risco – Medidas de Protecção e
Controlo
Eliminar Implicam medidas de engenharia, que actuam nos processos
Reduzir o risco produtivos, nos equipamentos e nas instalações (Ex: arejamento,
aspiração localizada).
Circunscrever o
Actuação é a mais eficaz e a que deve ser encarada na fase de
risco
concepção ou de projecto.
Processo controlado Ö o risco de exposição presente, deve
intervir-se protegendo o trabalhador, afastando-o da fonte de risco ou
Afastar o reduzindo o tempo de exposição.
homem da
fonte emissora Podem ser aplicadas medidas de carácter organizacional, como,
por exemplo, a rotação dos trabalhadores nos postos de trabalho de
maior risco.
Intervenções anteriores não resultarem, ou quando a exposição
se limitar a tarefas de curta permanência (por exemplo: casos de
Proteger o manutenção e de limpeza), há o recurso a medidas de prevenção de
homem carácter individual, ou seja, a utilização de equipamento de protecção
individual (EPI).

27
CONTEÚDOS

2. Medidas de prevenção e de protecção

28
CONTEÚDOS

6. Critérios para a programação da


implementação de medidas
(ex.: hierarquização das medidas, recursos
disponíveis, articulação com os diferentes
departamentos da empresa)
FLUXOGRAMA DE AVALIAÇÃO E CONTROLO
DE RISCOS
Estabelecer Programa Estruturar a avaliação Reunir informação
Escolher a abordagem Ambiente/tarefas/população/
de Avaliação de Riscos experiências anteriores
(geográfica/funcional/processual)

Identificar quem está Identificar padrões de


Identificar perigos
exposto a riscos exposição a riscos

Avaliar Riscos
(Probabilidade de dano/severidade
Investigar opções para Estabelecer
nas circunstância reais) eliminar ou controlar prioridades de acção e
(Conformidade das medidas os riscos fixar medidas de controlo
existentes ou não)

Verificar a eficácia
Controlar a aplicação Registar a avaliação
da medida

Avaliação continua Controlar o programa de


Avaliação de Riscos
e Revisão (necessidade de alteração?)
Controlo das Situações de Risco –
Opções
Normativo
Legal

NA PRÁTICA?

Normativo Normativo
de Gestão Técnico
Controlo das Situações de Risco –
Opções

Normativo
NA PRÁTICA: Legal

Normativo
Técnico

Normativo
de Gestão
Critérios para Controlo das Situações de
Risco

Disposições Legais…

Normas e directrizes constantes de publicações:


Normas Técnicas Nacionais, códigos de boas práticas,
níveis de exposição profissional, normas de associações
industriais, guias de fabricantes…

Princípios da Hierarquia da Prevenção de Riscos…


Princípios da Hierarquia do
Prevenção/Controlo de Riscos

Desenvolver uma política global e coerente que abranja tecnologia,


organização de trabalho, condições laborais, relações sociais e a
influência de factores relacionados com o ambiente de trabalho

Eliminar os Riscos

Combater os Riscos na fonte

Reduzir os riscos, substituindo elementos perigosos por outros menos ou


não perigosos
Princípios da Hierarquia do
Prevenção/Controlo de Riscos

Aplicar medidas de protecção colectiva de preferência a medidas de


protecção individual (Circunscrever o Risco e Afastar o homem da fonte
emissora)
Por exemplo: controlar a exposição a fumos através de uma exaustão de fumos
local de preferência a respiradores individuais)

Adaptação ao progresso técnico e às alterações na informação

Procurar sempre o melhor nível de protecção individual

Nunca transferir riscos, nem de uma parte da organização para outra, nem
para fora da mesma.
Princípios da Hierarquia do
Prevenção/Controlo de Riscos
SÍNTESE:

Nas situações de risco, a


sequência das interven-
ções para o seu controlo
deve ser:
na fonte emissora,

sobre o ambiente geral,

no próprio indivíduo.
Controlo das Situações de Risco –
Prevenção
SÍNTESE:

Os processos de controlo
do risco devem portanto
ser aplicados nesta
sequência:

Eliminar/reduzir o risco
Circunscrever o risco
Afastar o homem da fonte
emissora
Proteger o homem
Controlo de Risco – Medidas de Protecção e
Controlo
Eliminar Implicam medidas de engenharia, que actuam nos processos
Reduzir o risco produtivos, nos equipamentos e nas instalações (Ex: arejamento,
aspiração localizada).
Circunscrever o
Actuação é a mais eficaz e a que deve ser encarada na fase de
risco
concepção ou de projecto.
Processo controlado Ö o risco de exposição presente, deve
intervir-se protegendo o trabalhador, afastando-o da fonte de risco ou
Afastar o reduzindo o tempo de exposição.
homem da
fonte emissora Podem ser aplicadas medidas de carácter organizacional, como,
por exemplo, a rotação dos trabalhadores nos postos de trabalho de
maior risco.
Intervenções anteriores não resultarem, ou quando a exposição
se limitar a tarefas de curta permanência (por exemplo: casos de
Proteger o manutenção e de limpeza), há o recurso a medidas de prevenção de
homem carácter individual, ou seja, a utilização de equipamento de protecção
individual (EPI).
Como estabelecer prioridades?

Possibilidade de um perigo identificado causar sérias


lesões ou efeitos prejudiciais para a saúde (Ex: doença
prolongada ou efeitos nocivos irreversíveis)…

Número de pessoas que poderão estar afectadas pelo


perigo…

Conhecimento dos acidentes ou das doenças que se


registam em locais semelhantes…

Conhecimento de acidentes ou doenças decorrentes de


perigos específicos identificados…
CONTEÚDOS
2. Medidas de prevenção e de protecção:
2.1. Medidas de engenharia (ex.: modificação de processos e
equipamentos, manutenção, ventilação, acústica, isolamentos,
barreiras, amortecedores);

2.2. Medidas organizacionais (gestão dos tempos de exposição aos


factores de risco, procedimentos, rotação e permuta de trabalhadores,
sistemas de coordenação, arrumação e limpeza dos locais de
trabalho);

2.3. Medidas de informação e de formação;

2.4. Medidas de protecção colectiva: critérios de selecção, manutenção


e conservação dos equipamentos de protecção colectiva;

2.5. Equipamentos de protecção individual (tipos, componentes, órgãos


a proteger, classes de protecção) e respectivos critérios de selecção;
2.5.1. Critérios de utilização, manutenção e conservação dos EPI’s; 1
FLUXOGRAMA DE
AVALIAÇÃO E CONTROLO DE RISCOS
Estabelecer Programa Estruturar a avaliação Reunir informação
Escolher a abordagem Ambiente/tarefas/população/
de Avaliação de Riscos experiências anteriores
(geográfica/funcional/processual)

Identificar quem está Identificar padrões de


Identificar perigos
exposto a riscos exposição a riscos

Avaliar Riscos
(Probabilidade de dano/severidade
Investigar opções para Estabelecer
nas circunstância reais) eliminar ou controlar prioridades de acção e
(Conformidade das medidas os riscos fixar medidas de controlo
existentes ou não)

Verificar a eficácia
Controlar a aplicação Registar a avaliação
da medida

Avaliação continua Controlar o programa de


Avaliação de Riscos
e Revisão (necessidade de alteração?)
2
Controlo das Situações de Risco

Após a caracterização das situações de risco de um local


de trabalho terão de ser desenvolvidos:
PROGRAMAS DE PREVENÇÃO
PARA CONTROLO E CORRECÇÃO…

Estes programas comportam prescrições de vária ordem:


Legal
Saúde
Psicotécnica
Organizativa
Técnica

3
Controlo de Risco – Medidas de Protecção e
Controlo

As medidas de protecção e controlo podem ser


classificadas em:

A – Medidas técnicas de prevenção para reduzir ou


eliminar situações de risco:
z Por alteração do ambiente de trabalho ou dos processos.

B – Medidas técnicas de prevenção para diminuir o


risco potencial:
z Sem alteração do posto de trabalho.

4
A – Medidas técnicas de prevenção para reduzir ou eliminar
situações de risco nos locais de trabalho, por alteração do
ambiente de trabalho ou dos processos

z Substituição de substâncias perigosas por outras de menor


perigosidade…
.

z Instalação de sistemas de controlo


– arejamento dos locais de trabalho (ventilação geral);
– exaustão localizada (sistema de ventilação adequado);
– isolamento parcial ou total de processos perigosos (fonte emissora).

z Alteração de práticas de trabalho


– embalagens vedadas e bem rotuladas;
– localização do trabalhador.

5
B – Medidas técnicas de prevenção para diminuir o risco
potencial de um local de trabalho sem efectivamente
este ser alterado.

z Formação, aconselhamento e treino do trabalhador: deve ser


devidamente informado sobre os riscos inerentes ao seu posto de
trabalho e modo de os controlar;

z Utilização de EPI: de salientar o uso de luvas e fatos próprios no caso


de substâncias com grande poder de penetração cutânea;

z Medidas organizacionais: rotação de trabalhadores por postos de


trabalho;

z Rastreios para detecção atempada de situações de alteração da


saúde dos trabalhadores (vigilância do estado de saúde).

6
Controlo de Risco
Medidas de Protecção e Controlo
z Medidas de engenharia – concepção dos postos e processos de
trabalho (ex.: modificação de processos e equipamentos,
manutenção, ventilação, acústica, isolamentos, barreiras,
amortecedores)

z Medidas organizacionais – organização do trabalho (gestão dos


tempos de exposição aos factores de risco, procedimentos,
rotação e permuta de trabalhadores, sistemas de coordenação,
arrumação e limpeza dos locais de trabalho)

z Medidas de informação e de formação…

z Medidas de protecção colectiva…

z Medidas de protecção individual…

7
 … Proposta de trabalho … 
z Leitura e análise da legislação seguinte:
A. DL nº 441/91, de 14 de Novembro (com a redacção do DL 133/99,
de 21 de Abril e Lei nº 118/99 de 11 de Agosto)
B. Portaria nº 53/71, de 3 de Fevereiro (com a redacção da Portaria
nº 702/80, de 22 de Setembro)
C. DL nº 243/86, de 20 de Agosto
D. DL nº 368/99, de 18 de Setembro

z Nos próximos 30 minutos identificar e registar o maior número de


exemplos possíveis de medidas de engenharia, organizacionais,
de informação e de formação, de protecção colectiva e de
protecção individual a que a legislação faz referência.

z Apresentação dos resultados e debate .


8
Medidas de engenharia –
concepção dos postos e processos de
trabalho

S
Medidas de redução do ruído no local de trabalho:

O
z

PL
EM
z Na fonte, eliminado ou reduzindo na origem:

EX
z Substituir máquinas antigas por novas menos ruidosas;
z Actuar ao nível da manutenção, no aperto das peças
soltas, evitando o choque entre os componentes das
máquinas;
z Blindagem de partes ruidosas de máquinas, utilizando
paredes internas mais absorventes;
z Montar silenciadores nas aberturas de entradas e saídas
de ar de refrigeração.
9
Medidas de engenharia –
concepção dos postos e processos de
trabalho
z Medidas de redução do ruído no local de trabalho:

z Na transmissão, eliminado ou reduzindo a propagação:

z Tratamento de superfícies, como tectos, paredes e


pavimentos com materiais absorventes acústicos;
z Afastamento das fontes sonoras das superfícies
reflectoras;
OS
z Paredes espessas e porosas; L
M P
E
z Painéis absorventes no tecto. EX

10
Medidas de engenharia –
concepção dos postos e processos de
trabalho
MPLOS
EXE

z Medidas de redução do ruído no local de trabalho:

z Na recepção:

z Utilização de protectores de ouvidos


z Rotação de operadores entre tarefas ruidosas e não
ruidosas

11
Medidas organizacionais –
organização do trabalho
“A nossa experiência em relação ao trabalho depende muito
do número de horas trabalhadas, do ritmo de trabalho
e da organização das tarefas. Actualmente
dá-se maior ênfase ao conteúdo e
à organização do trabalho.”
z Organização inadequada:
z Tarefas muito simplificadas Ö monótonas e repetitivas
z Tarefas que não oferecem oportunidade de trabalho conjunto Ö
Ö isolamento
z Tarefas que não permitem uma aprendizagem ou uma evolução
Ö limitam as possibilidades de carreira do trabalhador

z A organização inadequada do trabalho prejudica os trabalhadores e


a empresa, os trabalhadores devem ter oportunidade de
desenvolver-se e exercer as suas aptidões, para que possam
contribuir no alcance das metas previstas para a produção, se os
trabalhadores são tratados como máquinas e as suas capacidades
ignoradas, cria-se uma atmosfera de insatisfação, altamente
improdutiva e um terreno fértil para a eclosão de problemas em
matéria de SHST.
12
Medidas organizacionais –
organização do trabalho
z Trabalhadores frustrados e fatigados, dificilmente estarão
empenhados em produzir e estarão mais susceptíveis a:
z Cometer erros;
z Sofrer acidentes;
z Faltarão mais ao trabalho;
z Se tiverem oportunidade, pedirão a demissão.

z Um ambiente de trabalho satisfatório é aquele que:


z Não há riscos de acidentes ou de stress físico e mental
z Está adaptado às necessidades e limitações do homem
z Onde há participação activa dos trabalhadores no
planeamento do seu local de trabalho e das tarefas.
13
Medidas organizacionais –
organização do trabalho
z Variedade e um horário de trabalho razoável
z Possibilidade de algumas escolhas em relação ao trabalho (requer
conhecimento e responsabilidade pelos resultados)
z Oportunidades para a comunicação e apoio entre colegas
z Suficiente capacidade, por parte do trabalhador, de modo a que
tenha auto-confiança e que seja respeitado pelos outros
z Formação continua no trabalho
z Possibilidade de ascensão na carreira
z Ter em conta as aptidões e deficiências pessoais, bem como as
atitudes em relação ao trabalho que variam de individuo para
individuo:
z Maior importância atribuída ao salário PLOS
E XEM
z Maior importância atribuída ao companheirismo
z Maior importância atribuída à aquisição de conhecimentos
14
Medidas organizacionais –
organização do trabalho EXEMPLOS
Como melhorar a organização do trabalho (Tarefas Individuais)?
z Melhorias ergonómicas, especialmente em relação ao equipamento
adequado e á sequência apropriada do trabalho
z Mudanças de “lay-out”, por ex.: a utilização de uma mesa redonda,
para facilitar a comunicação e cooperação
z Ampliação do conteúdo do trabalho, por meio da combinação de
tarefas, por ex.: a criação de linhas de produção paralelas e mais
curtas, cada uma com um ciclo de tempo maior
z Enriquecimento de trabalho com o acréscimo de tarefas que
requerem maior responsabilidade tais como a inspecção de produtos
ou máquinas inacabadas e a manutenção ou reparação de máquinas
ou equipamentos.
15
Medidas organizacionais –
organização do trabalho

Como melhorar a organização do trabalho (Tarefas Individuais)?

z Introdução de pequenas pausas durante as horas de trabalho

z Intervalos para refeições sempre assegurados

z Descanso diurno ou nocturno que garanta um nº mínimo de horas


para um período de sono suficiente, tempo adequado para o lazer e
outras actividades socio-familiares

z Descanso semanal LOS


MP
EXE
z …

16
SÍNTESE

z É difícil sistematizar todas as actividades individualmente em


cada uma das categorias “taxionómicas”…

z A legislação é rica em medidas de controlo e prevenção dos


riscos…

z A legislação em matéria de SHST é geralmente de natureza


prescritiva…

z O critério legal é preponderante quando no papel de Técnicos


Superiores de SHT prescrevemos qualquer tipo de controlo e
prevenção dos riscos…

17
SÍNTESE
%
50

40

30

20

10

0
ME MO MI&F MPC MPI

18
SÍNTESE

z As medidas de Engenharia constitui o método mais desejável e


eficaz de protecção

z Estas devem ser encaradas na fase de concepção ou de


projecto pois implicam maior racionalização e menores custos
(segurança integrada)

z A segurança aditiva é mais cara e em geral menos eficaz que


a primeira

19
CONTROLO DO RISCO

Mais conceitos…

20
CONTEÚDOS
2. Medidas de prevenção e de protecção:
2.1. Medidas de engenharia (ex.: modificação de processos e
equipamentos, manutenção, ventilação, acústica, isolamentos,
barreiras, amortecedores);

2.2. Medidas organizacionais (gestão dos tempos de exposição aos


factores de risco, procedimentos, rotação e permuta de trabalhadores,
sistemas de coordenação, arrumação e limpeza dos locais de
trabalho);

2.3. Medidas de informação e de formação;

2.4. Medidas de protecção colectiva: critérios de selecção, manutenção


e conservação dos equipamentos de protecção colectiva;

2.5. Equipamentos de protecção individual (tipos, componentes, órgãos


a proteger, classes de protecção) e respectivos critérios de selecção;
2.5.1. Critérios de utilização, manutenção e conservação dos EPI’s; 21
2.3. Medidas de informação e de
formação

A Importância da
Informação e da Formação.
________________________

Informação e Formação
para Quem?

22
A Perspectiva Legal

z O DL n.º 441/91de 14 de Novembro define, no Artigo 4º,


§3, e), que:
z a prevenção dos riscos profissionais deve ser desenvolvida através,
nomeadamente, da educação, formação e informação dos
trabalhadores;

z Referindo ainda no Artigo 8º que das obrigações gerais do


empregador fazem parte a identificação dos riscos
previsíveis (ao nível das instalações, locais e processos de
trabalho) e a avaliação dos riscos para a segurança e a
saúde dos trabalhadores;
23
A Perspectiva Legal

z Este último artigo foi complementado pelo DL n.º 133/99,


de 21 de Abril através da inclusão da alínea o), que
acrescenta às obrigações do empregador:
z Ter em consideração se os trabalhadores têm conhecimentos e
aptidões em matéria de segurança e saúde no trabalho que lhes
permitam exercer com segurança as tarefas de que os incumbir.

z O Artigo 9º refere o direito à informação e à consulta


dos trabalhadores, enquanto a obrigação por parte das
entidades patronais de assegurar a formação está patente
no Artigo 12º (§1 e §5).
24
A Perspectiva Legal…

z O DL n.º 26/94, de 1 de Fevereiro, consagra, no Artigo


12°, alínea c), como objectivo dos serviços de SHST:
z desenvolvimento de condições e meios que assegurem a
informação e a formação dos trabalhadores, bem como
permitam a sua participação

z O Artigo 13° atribui aos referidos serviços:


z as actividades de informação e formação sobre os riscos
para a segurança e saúde e sobre as medidas de prevenção
e protecção.

25
Exigência Legal – um incentivo?

z Estes diplomas legais em matéria de SHST têm


estimulado muitas organizações a desenvolver
actividades concretas no domínio da informação,
formação e participação dos trabalhadores, devido à
responsabilidade por estas iniciativas ser atribuída às
entidades patronais e, como tal, estas necessitarem de se
colocar numa situação de conformidade com a lei…

z Exemplos…

26
INFORMAÇÃO = ou ≠ FORMAÇÃO

Fundamentais em SHST, mas têm objectivos


diferentes, por isso há que distingui-las…

z INFORMAÇÃO:
z qualquer acção que pretenda transmitir/comunicar
pontualmente um conjunto de dados/informações
predeterminados a um elevado número de
pessoas…

27
INFORMAÇÃO = ou ≠ FORMAÇÃO

z FORMAÇÃO
z implica não apenas a transmissão de informações, mas
essencialmente a aprendizagem de novos
comportamentos, a alteração de atitudes e a
introdução de novos valores, baseando-se numa
pedagogia progressiva e dirigindo-se a grupos com
um número reduzido de participantes (de preferência,
não superior a vinte), para que seja possível
desenvolver a indispensável sinergia entre os
elementos do grupo que permite atingir os objectivos
propostos.
28
A EMPRESA E A PROBLEMÁTICA DA
FORMAÇÃO /INFORMAÇÃO EM SHST
z A maior parte dos acidentes (cerca de 80%) resulta não
de falhas técnicas, mas sim de falhas humanas, ou seja,
que os maiores perigos para a segurança e saúde são
criados pelos próprios trabalhadores…

z Factores explicativos:
z Problemas de carácter organizacional;
z Desconhecimento ou má interpretação do risco;
z Não observância das normas e regras de segurança;
z Improvisação;
z Atitudes/hábitos impróprios;
z Não utilização de equipamento de protecção individual.
29
A EMPRESA E A PROBLEMÁTICA DA
FORMAÇÃO /INFORMAÇÃO EM SHST

z Em termos gerais, podemos considerar que estes factores estão


relacionados com a falta ou insuficiência de informação e formação.
Senão, vejamos:

z para desenvolver a organização do trabalho e o uso correcto das


ferramentas de trabalho e dos equipamentos de protecção individual é
fundamental o conhecimento das suas características e correcta forma de
utilização;

z é essencial dar conhecimento a todos os trabalhadores:


a) dos riscos presentes na sua actividade;
b) dos comportamentos a desenvolver com vista a evitar situações de perigo;
c) das normas internas e das regras de segurança impostas por lei a respeitar
para a redução/eliminação do risco potencial;
d) das consequências de comportamentos incorrectos ou do desrespeito
pelas regras e procedimentos.

30
A EMPRESA E A PROBLEMÁTICA DA
FORMAÇÃO /INFORMAÇÃO EM SHST

z É fundamental desenvolver programas de informação e


formação com o objectivo de influenciar os actos voluntários
dos trabalhadores, salvaguardando a sua segurança e saúde,
bem como preservar o património da empresa e as condições
essenciais para o seu funcionamento…

z Simultaneamente, temos a considerar que as entidades


patronais têm a obrigatoriedade legal de assegurar a
formação em SHST, de acordo com o definido no DL n.º
441/91, de 14 de Novembro…

31
Informação e Formação para Quem?

z A administração, os quadros superiores, as chefias


intermédias e todos os indivíduos que assegurem a gestão da
produção e do pessoal (efectivo e temporário).

z Os indivíduos que ocupam estas posições devem compreender:


z os perigos e os riscos das tarefas e operações pelas
quais são responsáveis,
z as competências necessárias para desenvolver as
actividades com segurança e
z a necessidade de garantir que os procedimentos de
segurança no trabalho são respeitados pelo pessoal sob
o seu controlo…

32
Informação e Formação para Quem?
z Os trabalhadores recém-admitidos;

z Os trabalhadores que sejam incumbidos de realizar


actividades específicas relacionadas com a prevenção, a
protecção e as acções de emergência;

z Os trabalhadores que mudam de posto de trabalho e que


estão sujeitos a novas condições e novos riscos;

z Os trabalhadores que retomam a sua actividade após


ausência prolongada, tendo em conta não só que o
trabalhador esteve afastado do seu posto e ritmo habituais de
trabalho, mas também que poderão ter sido introduzidas
alterações no conteúdo da sua função e/ou nos meios que
utiliza;
33
Informação e Formação para Quem?

z Os fornecedores, trabalhadores temporários e visitantes


também devem ser incluídos, de acordo com o nível de riscos a
que podem estar expostos ou as situações de perigo que
podem causar;

z Em geral, todos os trabalhadores pois há necessidade de que


conheçam os riscos a que estão expostos nos locais de
trabalho e os comportamentos a ter perante esses riscos.

34
Algumas directrizes para intervir com
sucesso

z Proceder à identificação periódica e sistemática das


competências exigidas a cada elemento do pessoal, de
acordo com as características e evolução dos materiais
utilizados, dos equipamentos e dos processos de trabalho;

z Analisar o programa de SHST existente e as estatísticas de


acidentes dos últimos anos para avaliar a situação num
determinado momento da organização e a evolução
relativamente aos resultados ou condições observados
anteriormente, permitindo o planeamento e/ou correcção das
actividades a desenvolver;

35
Algumas directrizes para intervir com
sucesso
z Realizar periodicamente um levantamento de riscos com vista
a identificar os que se encontram presentes nas diversas
actividades, permitindo, através do conhecimento das suas
características, desenvolver formas de os evitar e proceder à
sua divulgação junto dos trabalhadores expostos,
antecipando-se, desta forma, à ocorrência de uma situação de
sinistro…

z A informação e a formação devem ser providenciadas


atempadamente, sempre que se verifique necessário e
especialmente quando ocorrem alterações nos equipamentos
e/ou processos de trabalho, nas instalações ou nas rotinas
estabelecidas.

36
Algumas directrizes para intervir com
sucesso

z Na sequência dos esforços desenvolvidos, devem avaliar-se os


indivíduos com vista a garantir que os
conhecimentos/informações necessários foram assimilados e se
se mantêm no nível de competência adquirida.

z Medir o impacte e os resultados concretos que essas iniciativas


têm, não só para validar os esforços efectuados, mas também
numa perspectiva de melhoria contínua e aperfeiçoamento.

z Criar meios/instrumentos adequados que permitam


garantir/avaliar a eficiência desses esforços e manter registos da
situação relativa a cada trabalhador.

37
O Papel dos Dirigentes

z As organizações devem demonstrar que estão empenhadas


na promoção da SHST no local de trabalho e que estão
dispostas a investir tempo e dinheiro para as fomentar,
nomeadamente ao nível da atitude da administração e dos
diversos responsáveis. Exige-se por isso:

z Uma atitude sincera e positiva por parte da administração


e, em geral, dos restantes responsáveis hierárquicos
traduzida, particularmente, no conhecimento, defesa e
cumprimento das regras e procedimentos relativos à
SHST (MODELOS DE ACTUAÇÃO).
38
O Papel dos Dirigentes

z Um reforço positivo e uma comunicação eficaz do


interesse genuíno da administração e dos responsáveis
pelas diversas áreas do pessoal onde se inclui a SHST, e o
seu apoio total à adopção das regras e procedimentos
que permitam o bem-estar dos seus trabalhadores;

Î Esta atitude é facilitadora para que os trabalhadores


assumam os comportamentos pretendidos

39
O Papel dos Dirigentes
z Deve existir, da parte dos responsáveis, uma atitude de
observação das alterações verificadas na actuação dos
trabalhadores;

z Os responsáveis devem encorajar e elogiar os


trabalhadores que adoptam um comportamento correcto
em relação à SHST no local de trabalho, por forma a
reforçar positivamente essa conduta e a estimular os
restantes trabalhadores a assumirem o mesmo tipo de
comportamentos;

z Devem ser criadas condições que permitam a tomada de


conhecimento por parte dos trabalhadores dos
resultados concretos decorrentes da alteração dos seus
comportamentos pois esta actua também como reforço das
suas acções e comportamentos;
40
ATENÇÃO
CONSCIÊNCIA
CONHECIMENTO DE
SEGURANÇA

“Para que o conhecimento gere o comportamento desejado, é fundamental que a


perspectiva da segurança, higiene e saúde no local de trabalho se converta num
valor pessoal presente em todas as acções do trabalhador, isto é, ele terá de
valorizar a sua segurança e acreditar que a adopção de determinados
comportamentos o irá proteger de riscos que efectivamente
estão presentes no seu ambiente de trabalho.”
41
COMO ESTIMULAR E DESENVOLVER
UMA CONSCIÊNCIA DE SEGURANÇA ?

z Normas e Procedimentos – transmitidos de forma clara, em


linguagem adequada aos destinatários (trabalhadores), permitindo a
compreensão dos conteúdos e da importância do seu cumprimento;

z Exemplo e Incentivo por parte das chefias;

z Garantir o acompanhamento aos trabalhadores necessário à


obtenção de bons resultados, na sequência dos esforços
desenvolvidos.

42
O Papel dos Trabalhadores

z A melhoria das condições de SHST tem de ser assumida


por toda a empresa de forma integrada, dependendo o
sucesso deste processo do nível de participação dos
trabalhadores…

Î MUDANÇA CULTURAL…

43
A PARTICIPAÇÃO DOS
TRABALHADORES:

z Permite uma colaboração de quem conhece o trabalho de


perto e as condições em que este decorre, aumentando a
consciência e interesse dos trabalhadores, e o grau de
comprometimento na aplicação das medidas/normas na
elaboração das quais também participaram…

z Gera um maior envolvimento e sentido de pertença,


promovendo a adopção de um comportamento seguro e
estimulando a incorporação da segurança como um valor
pessoal…

44
Quando consultar os trabalhadores?
z No estabelecimento de novos procedimentos e regras;

z Na identificação de situações em que se podem sentir tentados


a infringir as regras de segurança (e porquê) e sugestão de
meios que permitam evitar essas situações;

z No estabelecimento de um paralelo entre as normas


subjectivas (nomeadamente, as dos grupos, ou equipas, de
trabalho) e as normas para a segurança, com o intuito de
definir quais as que, efectivamente, protegem os trabalhadores;

z Na sugestão de formas de melhorar a segurança, higiene e


saúde, em geral.
45
Quando consultar os trabalhadores?
OBS:

z A discussão grupal, com objectivos formativos, tem a vantagem de


gerar um maior nível de interesse e participação, raciocínios mais
profundos relativos ao tema em questão e um maior compromisso
relativamente ao cumprimento das medidas advogadas, fomentando o
envolvimento.

z Por vezes, a aceitação prática de determinados comportamentos e


regras é fortemente influenciada pelos padrões reais de conduta do
grupo (equipa) de trabalho em relação ao que está estabelecido
formalmente na organização. Para que seja possível alterar a conduta
do grupo, é fundamental que a informação e/ou formação seja dada
simultaneamente a todos os seus membros e que se estabeleçam
metas colectivas e indicações claras a respeito da forma de as atingir,
destacando a importância dos esforço colectivo em detrimento do
individual (feedback e reforço positivo).

46
E mais…
z Tipos de informação (de suporte a realização de operações e de tarefas;
informação para a decisão e informação para a qualificação);
z Técnicas de informação, de comunicação e de negociação;
z Metodologias e técnicas adequadas para avaliação da qualidade e eficácia da
informação e comunicação;
z Técnicas de concepção de normas internas;
z Instrumentos de informação e seus domínios de aplicação utilizados na prevenção
de riscos profissionais (ex.: cartaz, boletim, videograma, diaporama);
z Princípios e técnicas básicas utilizadas na concepção/elaboração de instrumentos
de informação;
z Técnicas de utilização e suportes de informação;
z Metodologias e técnicas de identificação de necessidades de informação, em
função dos diversos públicos alvo;
z Tipos de informação específica no âmbito da prevenção de riscos profissionais
nomeadamente sinalização de segurança, rotulagem de produtos perigosos e
respectivas fichas de segurança, manuais de instruções de máquinas, normas
internas de procedimentos, manuais de segurança e higiene no trabalho;
z Metodologias e técnicas de comunicação individual e grupal;
z Princípios e técnicas de liderança, orientadas para a coordenação de equipas de
trabalho;
z Metodologias e técnicas de animação no domínio da prevenção de riscos
profissionais (animação de reuniões, de grupos de discussão, etc.).

Técnicasde
Técnicas deinformação,
informação,de
decomunicação
comunicaçãoeede
denegociação
negociação 47
E mais…
z Metodologias e técnicas de identificação de necessidades de formação,
em função dos diversos públicos alvo;
z Metodologias e técnicas de concepção de programas de formação
(definição de objectivos e conteúdos pedagógicos, recursos e condições
de execução da formação)
z Metodologias e técnicas de formação adequadas às estratégias
definidas (ex.: técnicas de motivação, métodos pedagógicos, gestão dos
tempos e dos meios necessários);
z Técnicas de utilização de equipamentos de formação
z Técnicas de avaliação dos formandos;
z Metodologias e técnicas adequadas para a avaliação da qualidade e
eficácia da formação.

Concepçãoeegestão
Concepção gestãoda
daformação
formação
48
CONTEÚDOS

2.4. Medidas de protecção colectiva: critérios de selecção,


manutenção e conservação dos equipamentos de
protecção colectiva;

2.5. Equipamentos de protecção individual (tipos,


componentes, órgãos a proteger, classes de protecção) e
respectivos critérios de selecção;

2.5.1. Critérios de utilização, manutenção e conservação


dos EPI’s;

49
PROTECÇÃO COLECTIVA
z O princípio da prioridade da protecção colectiva face à protecção
individual deverá ser considerado – se só se – a eliminação do risco
não for tecnicamente possível.

z A implementação da protecção colectiva consiste numa acção


estabelecida, preferencialmente, ao nível da fonte de risco
(componentes materiais do trabalho e meio envolvente) que, como tal,
estabelece uma protecção de considerável eficácia, face a toda e
qualquer pessoa que a ele esteja exposta.

z Este princípio levar-nos-á a intervenções, fundamentalmente, no


âmbito do envolvimento do risco, na escolha de materiais, através
de sistemas de protecção aplicados na fonte de risco tendo em conta:
z a estabilidade dos elementos que constituem a protecção
z a resistência dos materiais empregues
z a permanência da protecção (no espaço e no tempo).

50
PROTECÇÃO INDIVIDUAL
z A protecção individual constitui uma opção resultante do facto de
não se conseguir controlar eficazmente o risco, pelo que apenas se
torna possível proteger o homem.

z Não tendo sido possível realizar a "verdadeira" prevenção (adaptar o


trabalho ao homem), tenta-se adaptar o homem ao trabalho.

z Assim, a protecção individual deverá assumir, face à prevenção, uma


natureza supletiva (quando não é tecnicamente possível a protecção
colectiva), ou complementar (quando a protecção colectiva é
insuficiente).

z A protecção individual justifica-se, ainda, como medida de reforço de


prevenção face ao risco residual (imprevisível ou inevitável), mas
nunca pensar nela, em fase de projecto, como medida que possa vir a
prevenir os danos decorrentes de riscos ocupacionais.
51
 … Proposta de trabalho … 
1. Em pares comparar e os equipamentos de protecção
colectiva e individual, durante 10 minutos, quanto a:
z USO
z EFICIÊNCIA NO TRABALHO
z PROBLEMAS DISCIPLINARES
z CUSTO
z MANUTENÇÃO

2. Sugestão: Elaborar e preencher quadro semelhante ao que


vai ser mostrado
3. Apresentação e Correcção dos resultados
4. Debate .
52
 … Proposta de trabalho … 
PROTECÇÃO PROTECÇÃO
PC vs PI COLECTIVA INDIVIDUAL

USO

EFICIÊNCIA NO
TRABALHO

PROBLEMAS
DISCIPLINARES

CUSTO

MANUTENÇÃO

53
COMPARAÇÃO ENTRE OS EQUIPAMENTOS DE
PROTECÇÃO COLECTIVA E INDIVIDUAL

PROTECÇÃO PROTECÇÃO
PC vs PI COLECTIVA INDIVIDUAL

z Cómodo z Incómodo
USO z Não depende da vontade do z Dependendo da vontade do
indivíduo indivíduo

EFICIÊNCIA NO
z Geralmente não afecta z Geralmente afecta
TRABALHO
z Frequentemente causam
z Não causam pois o seu uso
PROBLEMAS alergias, e por isso o
faz-se independentemente da
DISCIPLINARES trabalhador muitas vezes
vontade do indivíduo
recusa-se a usá-lo

z Mais ou menos elevado,


CUSTO z Geralmente elevado dependendo do tipo e do
número

z Satisfatória (pode ser feita z Geralmente insatisfatória


MANUTENÇÃO por um pequeno grupo de (por desconhecimento ou
pessoas) descuido do trabalhador)
54
2.4 MEDIDAS DE PROTECÇÃO
COLECTIVA

z A protecção colectiva designa-se para os factores que afectam


vários trabalhadores (ou um sector)…

z O DL 441/91 veio dar-lhes maior ênfase, ao enunciar


claramente a sua prioridade sobre a protecção individual…

z Apresentam-se alguns planos de Protecção Colectiva…

55
2.4 MEDIDAS DE PROTECÇÃO
COLECTIVA

z Plano de Arrumação
z Plano de Limpeza
z Plano de Organização da Circulação
z Plano de Iluminação
z Plano de Protecção relativo ao Ambiente Térmico
z Plano de Protecção contra o Ruído
z Plano de Protecção contra Incêndio

56
CONTEÚDOS

2.4. Medidas de protecção colectiva: critérios de selecção,


manutenção e conservação dos equipamentos de
protecção colectiva;

2.5. Equipamentos de protecção individual (tipos,


componentes, órgãos a proteger, classes de protecção) e
respectivos critérios de selecção;

2.5.1. Critérios de utilização, manutenção e conservação


dos EPI’s;

57
O que é um equipamento de protecção
individual?

z Qualquer equipamento destinado a ser usado ou detido


pelo trabalhador para a sua protecção contra um ou mais
riscos susceptíveis de ameaçar a sua segurança ou saúde
no trabalho.

z Destina-se especificamente a proteger a saúde e a


segurança do trabalhador no trabalho, excluindo
qualquer outro objectivo de interesse geral para a
empresa ou para o indivíduo.
58
Como avaliar e concluir da necessidade do
uso de um EPI?

z A selecção dos dispositivos (ou equipamentos) de


protecção individual (EPI) deverá ter em conta:

z os riscos a que está exposto o trabalhador;

z as condições em que trabalha;

z a parte do corpo a proteger;

z as características do próprio trabalhador.

59
Como avaliar e concluir da necessidade do
uso de um EPI?
quedas
choques, golpes, impactes,
compressões
Mecânicos
perfurações, cortes, abrasões
vibrações
Escorregadelas
Riscos
físicos calor, chamas
Térmicos
frio
Eléctricos
não ionizantes
Radiações
ionizantes
Ruído
60
Como avaliar e concluir da necessidade do
uso de um EPI?

poeiras
Aerossóis fumos
névoas
Riscos
imersões
químicos Líquidos
salpicos, projecções
Gases e fumos
vapores névoas

61
Como avaliar e concluir da necessidade do
uso de um EPI?

Bactérias patogénicas

Vírus patogénicos

Dermatoses
Riscos
biológicos Fungos produtores de micoses
Etc …

Antigénicos biológicos não


microbianos

62
Requisitos dos EPI’s

z Um EPI deve:
— estar munido da etiqueta CE;
— ser apropriado aos riscos corridos;
— proteger realmente;
— ser confortável, bem conservado e bem utilizado;
— não deve perturbar o trabalho (leve, robusto e adaptável);
— deve ser usado permanentemente enquanto durar a exposição ao
risco contra o qual oferece protecção.

z Deve-se ter sempre em conta que a protecção colectiva é


prioritária, os EPI’s são a última defesa contra riscos.
63
Nesta problemática
proteger
significa:

TÃO POUCO
QUANTO POSSÍVEL,
MAS TANTO QUANTO
NECESSÁRIO

64
Legislação nacional

Decreto-lei n.º 128/93 de 22 de Abril


Portaria n.º 1131/93 de 04 de Novembro
Decreto-lei n.º 139/95 de 14 de Junho
Portaria n.º 109/96 de 10 de Abril
Portaria n.º 695/97 de 19 de Agosto
Decreto-lei n.º 374/98 de 24 de Novembro
Decreto-lei 329/2001 de 12 de Dezembro

65
Requisitos dos EPI’s
z Um aspecto muito importante a considerar na selecção dos EPI é a
certificação dos mesmos.

z O exame "CE" de tipo é o procedimento pelo qual um organismo de


inspecção notificado verifica e certifica que um determinado modelo
de equipamento de protecção individual satisfaz as disposições da
directiva em questão que lhe dizem respeito.

z O DL n.º 348/93, de 1 de Outubro, transpõe para a ordem jurídica


interna a Directiva n.º 89/656/CEE, do Conselho, de 30 de Novembro,
relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde dos
trabalhadores na utilização de equipamento de protecção individual.

z A descrição técnica deste equipamento, bem como das actividades e


sectores de actividade para os quais aquele pode ser necessário, é
objecto da Portaria n.º 988/93, de 6 Outubro.
66
Ensaio de EPI’s na Empresa

z Para testar um novo EPI devem, tanto quanto possível, escolher-se


trabalhadores com um critério objectivo de apreciação.

z É indispensável a sua elucidação quanto aos riscos a controlar, bem


como o ensaio de mais de um tipo de protecção.

z O registo de elementos como: durabilidade, efeito de protecção,


comodidade, possibilidade de limpeza, entre outros, é extremamente
importante para uma solução definitiva.

z A decisão final sobre a utilização do EPI deve ser tomada com base
numa análise cuidada do posto de trabalho, análise essa em que
devem participar chefias e trabalhadores.

z A co-decisão conduz a uma maior motivação para o seu uso.


67
PRINCIPAIS TIPOS DE PROTECÇÃO
INDIVIDUAL

PROTECÇÃO
DA
CABEÇA

68
PROTECÇÃO DA CABEÇA

z A cabeça deverá ser adequadamente protegida perante o risco


de queda de objectos pesados, pancadas violentas ou
projecção de partículas.

z A protecção da cabeça obtém-se mediante o uso de


CAPACETES de protecção, os quais devem apresentar
elevada resistência ao impacto e à penetração.

z Segundo a norma portuguesa NPEN 397 (1997), o capacete é


basicamente constituído pelo casco e pelo arnês.

69
Elementos constituintes de um capacete de
protecção

70
Elementos constituintes de um capacete de
protecção

z O casco é a parte exterior e resistente do capacete, com bordos livres


e arredondados, sendo constituído por:
– calote: elemento resistente, com acabamento liso, que dá a forma ao
capacete;
– aba: parte que circunda a calote, de dimensão variável;
– viseira: prolongamento da calote sobre os olhos.
71
Elementos constituintes de um capacete de
protecção
O arnês absorve a energia cinética
transmitida pelo choque e mantém uma
correcta posição do capacete sobre a
cabeça do utilizador. É constituído por:
– cintas de amortecimento: conjunto de
fitas resistentes (precintas) ligando o
casco à banda de cabeça e
destinadas a absorver e a distribuir a
energia cinética resultante do impacto
sobre o capacete;
– banda de cabeça: cinta flexível que
envolve e se ajusta ao perímetro do
crânio, estando ligada ao de cabeça
suspensor;
– precinta da nuca: apêndice da banda
de cabeça com funções de ajustamento
e consequente manutenção de uma
posição correcta do capacete.

72
Capacetes de protecção industriais –
materiais
– plásticos termoendurecíveis: resistem ao calor, ao frio, aos produtos
químicos e ao envelhecimento; são aplicáveis em diversas
actividades, designadamente soldadura a arco voltaico e trabalho ao
calor;

– liga de alumínio: permite uma boa irradiação de calor, não é


suportável durante longo tempo em empresas quentes devido à
transmissão de calor, permite a penetração de partículas
incandescentes, apresenta uma resistência limitada à fractura e às
baixas temperaturas e fraca resistência a produtos químicos; é
utilizável, sobretudo, em pedreiras. Também pode ser utilizada no
combate a incêndios, devido ao seu baixo peso;

– termoplásticos: apresentam fraca resistência a elevadas temperaturas


e às radiações ultravioleta; são, contudo, muito resistentes a baixas
temperaturas. São aplicáveis em oficinas, trabalhos de montagem e
construção civil, câmaras frigoríficas, etc.
73
Propriedades dos materiais constituintes de
capacetes de protecção individual

74
Protecção dos Olhos e do Rosto

75
Protecção dos Olhos e do Rosto
z Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo
onde os acidentes podem atingir a maior gravidade.

z As lesões nos olhos, ocasionadas por acidentes de trabalho,


podem ser devidas a diferentes causas:
z acções mecânicas, através de poeiras, partículas ou
aparas;
z acções ópticas, através de luz visível (natural ou artificial),
invisível (radiação ultravioleta ou infravermelha) ou ainda
raios laser;
z acções químicas, através de produtos corrosivos
(sobretudo ácidos e bases) no estado sólido, líquido ou
gasoso;
z acções térmicas, devidas a temperaturas extremas.

76
Protecção dos Olhos e do Rosto

z Os olhos e também o rosto protegem-se com óculos e viseiras


apropriados, cujos vidros deverão resistir ao choque, à corrosão
e às radiações, conforme os casos.

z Os óculos de protecção devem ajustar-se correctamente e não


devem limitar excessivamente o campo de visão (no máximo
20%).

77
Protecção dos Olhos e do Rosto
z Os vidros dos óculos e viseiras de protecção são,
fundamentalmente, de dois tipos:

z vidros de segurança, transparentes, contra acções


mecânicas ou químicas. Utiliza-se vidro temperado ou
plástico (termoplástico ou plástico termoendurecível).
Exemplo de aplicação: trabalhos de rebarbagem e
esmerilagem.

z vidros coloridos, de efeito filtrante, contra acções ópticas.


Podem utilizar-se os materiais anteriormente referidos ou
ainda vidro normal (sempre que não é previsível qualquer
acção mecânica).
Exemplo de aplicação: trabalhos de soldadura.
78
Protecção dos Olhos e do Rosto

z A norma DIN 4647-1 classifica os filtros de protecção contra


acções ópticas mediante um número N (grau de protecção)
dado pela seguinte expressão:

N = 1+7/3 log1/tv

em que tv é o factor relativo de transmissão no visível, ou


seja, a razão entre o fluxo luminoso transmitido pelo filtro e o
fluxo luminoso incidente.

z A classe ou grau de protecção dos filtros de soldadura é


igualmente referida na norma portuguesa NPEN 166 (1997).
79
Os lava-olhos de emergência

z Os lava-olhos de emergência são utilizados em todos os locais


com risco de contaminação por projecção de produtos químicos.

z A descontaminação por aspersão de água é considerada pela


classe médica e organizações de segurança como o melhor
tratamento, se efectuado poucos segundos após o acidente.

z Devem ser utilizados durante pelos menos 10 minutos.

80
Protecção das Vias Respiratórias

81
Protecção das Vias Respiratórias

z A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se, muitas vezes,


contaminada em virtude da existência de agentes químicos
agressivos, tais como:
z gases,

z vapores,

z neblinas,

z fibras,

z poeiras.

z A protecção das vias respiratórias é feita através dos chamados


dispositivos de protecção respiratória
82
Classificação dos dispositivos de
Protecção Respiratória

83
Classificação dos dispositivos de
Protecção Respiratória

z Os aparelhos filtrantes (máscaras) só devem ser utilizados quando


a concentração de oxigénio na atmosfera é de, pelo menos, 17% em
volume. Por sua vez, a concentração dos contaminantes não poderá
exceder um determinado valor, que é função do seu grau de
toxicidade.

z Os filtros de gases e vapores destinam-se à retenção de gases e


vapores do ar.

z Os filtros físicos ou mecânicos impõem-se na protecção contra


partículas em suspensão no ar (aerossóis sólidos ou líquidos).

z Por último, existem os filtros mistos (combinação de filtros de gases


e vapores e filtros de partículas), que se destinam à retenção de
partículas sólidas e/ou líquidas, bem como gases e vapores do ar.

84
Classificação dos dispositivos de
Protecção Respiratória

z A norma europeia EN 141 (1990) classifica os filtros de


gases e vapores segundo o tipo de contaminante a reter e
segundo a sua capacidade.

z Os quadros seguintes sintetizam estas duas


classificações.

85
Classificação dos dispositivos de
Protecção Respiratória

86
Classificação dos dispositivos de
Protecção Respiratória
z Os filtros de partículas podem ser divididos em 3 classes,
segundo a norma europeia EN 143 (1990):
z Classe P 1 – filtros de eficácia fraca
z Classe P 2 – filtros de eficácia média
z Classe P 3 – filtros de eficácia alta

z Dentro das classes P2 e P3 os filtros são subdivididos em


função das suas possibilidades de eliminar os aerossóis sólidos
(eventualmente aquosos) (notação "S"), ou sólidos e líquidos
(notação "SL").

z O quadro seguinte especifica melhor esta classificação,


designadamente quanto ao tipo de contaminante a reter e
respectiva concentração máxima admissível.
87
Classificação dos filtros de partículas

88
Ex: Semi-máscara respiratória
hipoalergénica

z Com rebordos vedantes


hipoalergénicos.

z Equipada com uma membrana


fónica.

z Correia dupla de ajustamento As máscaras com filtros não


rápido. devem ser utilizadas : sempre que
a concentração de oxigénio for
inferior a 17% ou a concentração
z O silicone garante uma grande tóxica for superior a 1 parte por
resistência ao envelhecimento e 1000 para as semi-máscaras ou 5
às lavagens repetidas. por 1000 para as máscaras
panorâmicas.

89
Ex: Semi-máscara respiratória anatómica

90
Ex: Filtros certificados para semi-máscaras
respiratórias

91
Ex: Máscara de protecção para soldador
CE categoria 3 classe FFP2

z Especialmente para
soldagem.

z Protege dos fumos metálicos


e do ozono.

z Para concentrações
< 10 x VME.

z Certificação EN 149 : 2001.

92
Ex: Máscaras de protecção
A1 B1 E1 K1 P3

z As máscaras certificadas (EN 149: 2001) para protecção contra aerossóis


sólidos e líquidos.

z Evacuação acelerada da humidade assegurada por novas válvulas de


expiração mais profundas.

z Risco alérgico nulo : estas máscaras não contêm látex, PVC ou silicone.

z Aplicações : vapores orgânicos e inorgânicos, gases ácidos, dióxido de


enxofre e amoníaco.
93
Ex: Máscaras de protecção respiratória
descartáveis - classe FFP2D

Máscaras com
semi-junta nasal,
válvula de expiração e
elásticos reguláveis

Classe FFP2D : para ambientes hostis com presença de tóxicos em maior


quantidade e com um grau de toxicidade mais elevado. Contra quartzo, cobre,
alumínio, titânio, bário, cromo, vanádio, enxofre, manganésio.

Aplicações: têxteis, minas, construção, siderurgias, carroçarias automóveis,


trabalhos em madeira, agricultura, soldagem, corte e moldagem de metais.
Protecção contra aerossóis sólidos e líquidos.
94
Ex: Máscaras de protecção respiratórias
descartáveis - classe FFP1D

Máscaras com
semi-junta nasal e
elásticos reguláveis

Classe FFP2D : contra poluentes de baixa toxicidade em concentrações até 4,5


vezes o VLEP (valor limite de exposição profissional). Contra poeiras e fumos
contendo enxofre, algodão, farinha, lã de vidro, carvão, metais ferrosos, óleos
vegetais e minerais.

Aplicações: têxteis, minas, construção, siderurgias, trabalhos em madeira.


Protecção contra aerossóis sólidos e líquidos.
95
Ex: Máscaras de protecção A1 P1

Aplicações: vapores orgânicos


(solventes e hidrocarbonetos)
com ponto de ebulição superior
a 65º.

96
Ex: Máscara respiratória completa -
utilização intensiva

z Concebida para utilizações intensivas com


manutenção limitada.
z Em silicone com visor em policarbonato de
amplo campo de visão.
z Possibilidade de trabalhar em sistema duplo,
ou seja, quer com o sistema de adução, quer
com cartuchos de filtro sempre que a adução
é desligada.
z Equipado com junta facial dupla para melhor
estanqueidade e membrana fónica para
melhor comunicação.
z Baixa resistência respiratória graças ao
conceito de filtro duplo.
97
Protecção das Vias Respiratórias
z Se há deficiência de oxigénio e/ou elevada concentração de
contaminantes na atmosfera dos locais de trabalho, devem ser
utilizados:
z aparelhos com fornecimento de ar (fresco ou comprimido)
z aparelhos autónomos.

z Os aparelhos com fornecimento de ar (fresco ou comprimido)


utilizam um tubo ou mangueira de aspiração, estando o seu uso
condicionado à possibilidade de fornecimento de ar fresco na
vizinhança do local de trabalho.
z Dado que neste equipamento a resistência respiratória aumenta com
o comprimento da mangueira deve limitar-se este a 20 metros.
Para maiores distâncias, deve instalar-se um ventilador ou ligar-se a
mangueira a uma rede de ar comprimido, com filtro adequado.
98
Protecção dos Ouvidos
z Damongeot e Pfeiffer propõem a seguinte classificação de
protectores auditivos (adoptada pela norma NP EN 458-1996) :

Segundo o modo de utilização:

z Abafadores (Protectores Auriculares)


z com banda (de cabeça, de pescoço, de queixo, nasal e
universal)
z montados em capacete de protecção
z Tampões Auditivos
z pré-moldados
z moldados pelo utilizador (compressíveis)
z feitos por medida
z ligados por uma banda

99
Segundo o modo de funcionamento:
z Protectores Passivos
(a atenuação acústica não depende do nível de pressão sonora)

z Protectores não Lineares ou Sensíveis à Amplitude


(a atenuação acústica depende do nível de pressão sonora exterior,
fornecendo uma protecção crescente à medida que aumenta o nível sonoro)

z Protectores com Redução Activa do Ruído (ANR)


(a atenuação é reforçada, sobretudo nas baixas frequências, por um
dispositivo electroacústico. Este é concebido para suprimir parcialmente o
som de entrada a fim de melhorar a protecção do utilizador)

z Protectores de Comunicação
(permitem a transmissão de mensagens ou a percepção de sinais
importantes para a realização das diferentes tarefas)

z Capacetes Anti-Ruído
(permitem reduzir, com vantagem, a transmissão das ondas acústicas
aéreas à caixa craniana)
100
101
Ex: Suporte auricular de protecção acústica

102
Ex: Protectores anti-ruído de fixação
cervical

Atenuação : 26 dB
103
Ex: Protectores anti-ruído do tipo pocket

Atenuação : 26 dB

104
Ex: Tampões em espuma de
poliuretano flexível

Atenuação : 31 dB

Atenuação : 84 dB
105
Protecção do Tronco
z O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser
confeccionado em diferentes tecidos.

z O vestuário de trabalho deve ser cingido ao corpo para se evitar a sua


prisão pelos órgãos em movimento.

z A gravata ou cachecol constituem, geralmente, um risco, devendo, por


isso, ser evitados.

z Em certos casos podem ser utilizados aventais contra a projecção de


líquidos (corrosivos ou não) ou contra radiações.

z Há uma grande variedade de tecidos cuja utilização é condicionada


pelo tipo de agente agressor.
106
Protecção do Tronco

z São utilizadas fibras naturais (algodão, lã) ou sintéticas


(poliéster, poliamidas) no vestuário normal de trabalho.
A lã resiste melhor do que o algodão a elevadas temperaturas, podendo
ambos ser impregnados com substâncias incombustíveis. A sua resistência a
produtos químicos é limitada, sendo preferentemente substituídos por fibras
sintéticas. Estas apresentam geralmente maior inflamabilidade.

z Certas fibras poliamídicas (ex.: aramid) constituem excepção a esta


regra, sendo utilizadas em trabalhos sob calor intenso e no combate a
incêndios.

107
Protecção do Tronco

z Para protecção contra óleos e outros produtos químicos serão de

preferir materiais plásticos como o PVC, o neopreno e o polietileno de

baixa densidade.

z Na defesa contra as radiações não ionizantes é aconselhável o couro.

Cita-se, como exemplo, o caso dos soldadores, que ficarão

igualmente protegidos contra os riscos das queimaduras.~~

108
Ex: Fato-macaco antiácidos

z Tecido induzido de PVC nas duas


faces, imputrescível e antifungos.
z Costuras estanques por colagem.
z Fecho de correr metálico com dobra e
botões de pressão.
z Ventilação nas costas em tela de linho.
z Lavagem com água morna (máx. 40ºC)
sabonada.

109
Ex: Avental de protecção agroalimentar
standard

z Suporte têxtil com indução de PVC


reforçado para maior resistência às
agressões mecânicas e às gorduras
animais.

z Alças em lamelas de têxtil reforçadas.

z Avental com rebordo em 3 lados.

110
Ex: Avental de soldador

z Linoflex reforçado, protecção total


contra as radiações nocivas e as
projecções incandescentes.

z Excelente resistência aos rasgões e à


abrasão.

z Boa resistência aos agentes químicos


correntes.

z Aba de reforço, alças em lamelas


plásticas reforçadas com ilhós.

111
Ex: Avental de protecção em couro

z Couro seco para utilizações


polivalentes com boa resistência à
abrasão.
z Couro seco anti-calor para
soldadores com costuras em fio de
Kevlar.
z Couro flor que não desfia para boa
resistência aos golpes.

112
Protecção dos Pés e dos Membros Inferiores

z A protecção dos pés deve ser considerada quando há possibilidade


de lesões a partir de efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou
eléctricos.

z Quando há possibilidade de queda de materiais, deverão ser usados


sapatos ou botas (de couro, borracha ou matéria plástica) revestidos
interiormente com biqueiras de aço, eventualmente com reforço no
artelho e no peito do pé. É o caso de determinados trabalhos de
manutenção e de conservação.

113
Protecção dos Pés e dos Membros Inferiores

z Em certos casos verifica-se o risco de perfuração da planta dos pés


(ex.: trabalhos de construção civil), devendo, então, ser incorporada
uma palmilha de aço no respectivo calçado.

z A sola é um componente muito importante do calçado de protecção. O


neopreno, o poliuretano, e, mais recentemente, o elastómero de
acrilonitrilo são os materiais mais utilizados na sua confecção.

114
Protecção dos Pés e dos Membros Inferiores

z Os trabalhos em meios húmidos ou encharcados obrigam à utilização


de botins de borracha de cano alto, de preferência com solas
antiderrapantes (em PVC ou neopreno) para melhor aderência ao
solo.

z Para resistir ao calor deve ser utilizado o couro ou, em casos mais
graves, fibras sintéticas com revestimento reflector (aluminizado).

z O couro é muito utilizado nas polainas dos soldadores, com vista à


protecção dos membros inferiores.

115
Ex: Botas de segurança
z Fabricadas em Softane.
z 30% mais leves em relação às botas
clássicas.
z Ajustam-se ao pé e às cavilhas.
z Amortecimento dos saltos.
z Isolamento térmico notável.
z Concebidas para estaleiros e trabalhos
exteriores, fabricadas em Softane injectado
para maior conforto e leveza.
z O Softane é um material tratado anti-
bacteriano que oferece uma leveza e
aderência excelentes graças aos seus
grampos.
z Biqueira em aço.
z Sem sola em aço.

116
Ex: Calçado de segurança baixo
z Cano em couro flor granulado.
z Forro posterior em couro.
z Pala e protecção dos maléolos em
couro seco.
z Sola em poliuretano de dupla
densidade.
z Sola anti-escorregamento com
travessas para facilitar a evacuação
de detritos.
z Os modelos possuem a certificação
CE EN 345-1, Incluem uma
estrutura e uma sola em aço
(estrutura largura 10).
117
Ex: Vestuário de soldador : polainas

z Polainas em couro seco de bovino.

z Presilhas com fivela sob o pé.

z Costuras em fio de Kevlar.

118
Protecção das Mãos e dos Membros
Superiores

z Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente


que ocorre na indústria

z O braço e o antebraço estão, geralmente, menos expostos do que as


mãos, não sendo, contudo, de subestimar a sua protecção.

z Como dispositivos de protecção individual usar-se-ão luvas, dedeiras,


mangas ou braçadeiras.

119
Protecção das Mãos e dos Membros
Superiores

z Os materiais utilizados dependem do agente agressor:

z Couro – tem boa resistência mecânica e razoável resistência


térmica. Pode ser utilizado em trabalhos com exposição a calor
radiante, desde que impregnados com uma película reflectora, que
permite a respiração cutânea em virtude da sua porosidade;

z Tecidos – são utilizados em trabalhos secos, que não exijam


grande resistência térmica ou mecânica. Dada a sua porosidade e
flexibilidade, são, geralmente, agradáveis para o utilizador,
permitindo a realização de trabalhos finos. Com determinados
acabamentos é possível obter uma razoável resistência térmica e
mecânica;
120
Protecção das Mãos e dos Membros
Superiores

z Borracha natural (látex) – é utilizável em trabalhos húmidos e em


presença de ácidos ou bases. É contra-indicada para óleos,
gorduras ou solventes. Não é porosa e, no caso de utilização
demorada, pode provocar irritação da pele. As luvas de protecção
contra a corrente eléctrica (alta tensão) são em borracha natural,
tendo gravados o nome da entidade testadora e a voltagem de
ensaio.

z Plásticos – são de vários tipos (PVC, neopreno, polietileno, etc.) e


utilizados, em geral, para substâncias como: óleos, solventes,
gorduras, etc). Resistem aos líquidos, gases e, em certos casos, a
substâncias radioactivas. Não podem ser utilizados em trabalhos
ao calor. Determinados tipos de luvas destes materiais são,
também, bastante flexíveis e resistentes ao corte.

121
Protecção das Mãos e dos Membros
Superiores

z Malha Metálica (em aço) – é utilizada contra o risco de corte ou


ferimentos graves nas mãos em trabalhos com lâminas afiadas
(em talhos ou matadouros). A luva de malha metálica pode ser
combinada com uma luva de couro ou de tecido para maior
comodidade de utilização.

122
Protecção das Mãos e dos Membros
Superiores

z Como meio de protecção da pele das mãos contra a acção


agressiva de certos produtos químicos (ácidos, bases,
detergentes, solventes), podem, ainda, utilizar-se cremes
protectores.

z Estes são aplicáveis depois de lavar as mãos e formam uma


película muito fina que não altera a sensibilidade táctil e resiste
durante algumas horas.

z A sua protecção não é, obviamente, tão eficiente como a que


se obtém pelo uso de luvas.

123
Ex: Vestuário de soldador : mangas

- Mangas em couro seco de


bovino com fechos elásticos
nas extremidades.

- Costuras em fio de Kevlar.

124
Protecção contra Quedas

z A protecção contra quedas em altura deve ser feita com um arnês


ligado a um sistema pára-quedas.

z Na posição de trabalho pode o trabalhador eventualmente ficar preso


a uma corda de amarração, a qual lhe permite dispor das mãos livres
para a execução de qualquer tarefa.

z O sistema pára-quedas pode ser do tipo retráctil ou amortecedor de


quedas.
z Para escadas fixas existe igualmente um equipamento contra quedas
baseado num cabo (linha de vida) e num mecanismo capaz de parar o
movimento do utilizador no sentido da queda, através do
accionamento automático do sistema de bloqueio. Este pára-quedas é
vulgarmente designado por deslizante.

125
O Arnês de segurança
Trata-se de um equipamento muito personalizado...

z É o componente mais personalizado do equipamento anti-queda.


z Deve ser seleccionado em função da morfologia do utilizador, assim
como das tarefas habitualmente realizadas e da posição normalmente
adoptada durante as mesmas.
z A posição de trabalho determina se a fixação ao sistema anti-queda
deverá ser dorsal, peitoral, ventral ou lateral.
z É indispensável que o utilizador receba formação em termos de
regulação do arnês, de forma a que consiga obter uma segurança
máxima sem prejuízo da sua liberdade de movimentos.
z Os arneses são submetidos a inspecções anuais a cargo de pessoal
qualificado. Todos os arneses devem estar conformes à norma EN361
- Certificação CE.
126
Ex: Arnês anti-queda de 1 ponto
z Simplicidade de abertura (fivelas rápidas).
z Possibilidade de abertura das fivelas para
retirar ou colocar o arnês sem alteração das
regulações já efectuadas.
z Recomendado para trabalhos simples,
ocasionais ou de curta duração.
z Arnês anti-queda constituído por uma fixação
dorsal em aço forjado e correias em poliester
com 45 mm de largura.
z Parte superior cor-de-laranja e parte inferior
em cinzento para identificação visual da Estes equipamentos
orientação do arnês. devem ser inspeccionados
anualmente pelo fabricante
z Correia de passagem sob as nádegas e ou pelo seu representante.
fivelas rápidas com tratamento anticorrosão.
127
Ex: Arnês anti-queda

…de 2 pontos …de 3 pontos

Estes equipamentos
devem ser inspeccionados
anualmente pelo fabricante
ou pelo seu representante.
128
CONTEÚDOS

3. Sinalização de segurança: critérios de selecção, instalação e


manutenção;

4. Medidas de prevenção e protecção adequadas à fase do projecto;

5. Medidas de prevenção e protecção em situação de perigo grave e


imediato;

6.* Critérios para a programação da implementação de medidas (ex.:


hierarquização das medidas, recursos disponíveis, articulação com os
diferentes departamentos da empresa);
*(INCLUÍDO EM 1.)

1
CONTEÚDOS – SUGESTÃO

7. Auditorias em Higiene e Segurança no Trabalho e Controlo dos


Riscos Profissionais:
7.1 Técnicas de acompanhamento e controlo da execução das medidas
de prevenção;
7.2. Metodologias e técnicas para a avaliação do grau de cumprimento
de procedimentos;
7.3. Técnicas de avaliação da eficácia das medidas (ex.: reavaliação dos
riscos, entrevistas, questionários).

8. Critérios de avaliação do custo e benefício das medidas de


prevenção e de protecção.

2
3. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

“A sinalização de segurança reveste-se de grande


importância nos locais de trabalho, na medida em que
estimula e desenvolve a atenção do trabalhador para os
riscos a que está exposto, permitindo-lhe ainda recordar
as instruções e os procedimentos adequados em
situações concretas.”
O que é a sinalização de segurança?

z Entende-se por sinalização de segurança a que está


relacionada com um objecto, uma actividade ou uma situação
determinada, que fornece a indicação ou uma prescrição
relativa à segurança ou à saúde do trabalho, ou a ambas, por
intermédio de:
z uma placa,
z uma cor,
z um sinal luminoso ou acústico,
z uma comunicação verbal ou
z um sinal gestual.
4
A quem compete sinalizar?

z Compete ao empregador garantir a existência de


sinalização de segurança e saúde no trabalho, de acordo
com a legislação em vigor, sempre que os riscos não
puderem ser evitados ou suficientemente diminuídos com
meios técnicos de protecção colectiva ou com medidas,
métodos ou processos de organização do trabalho.

“De nada serve a sinalização se não dotarmos, por exemplo,


as peças perigosas de protecções, se deixarmos as saídas de
emergência obstruídas, ou não informarmos
os trabalhadores do significado
da sinalização.”
5
Informação e formação aos
trabalhadores
z O Artigo 9º do DL 141/95, de 14 de Junho, estabelece
que os trabalhadores devem ser informados e consultados
sobre as medidas relativas à sinalização de segurança e
de saúde no trabalho.

z É fundamental que a entidade empregadora se certifique


de que todos os trabalhadores compreendem o significado
da sinalização…

“São os trabalhadores que, nalguns casos,


melhor conhecem os riscos inerentes
à actividade desenvolvida, pelo que
a consulta e formação
são essenciais.”

6
Legislação aplicável

z Sem prejuízo de outros diplomas complementares, a


sinalização de segurança e de saúde encontra-se
legislada e regulamentada pelos seguintes diplomas:
z DL nº 141/95, de 14 de Junho

z Portaria nº 1456-A/95, de 11 de Dezembro

z Portaria n.º 1152/97, de 12 de Novembro (Regulamento


para a Classificação, Embalagem e Rotulagem das
Preparações Perigosas)

7
Legislação aplicável

VER CATÁLOGO
SINALUX®
(muito especifico)

8
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
z OBJECTIVO:
Chamar a atenção, de forma rápida e inteligível, para riscos e perigos
graves em matéria de SHST.

z TIPOS:
Sinal de proibição: proíbe um comportamento;
Sinal de aviso: adverte para um perigo ou um risco;
Sinal de obrigação: impõe determinado comportamento;
Sinal de salvamento ou de socorro: fornece indicações sobre saídas de
emergência ou meios de socorro ou salvamento;
Sinal de indicação: oferece indicações não abrangidas por sinais de
proibição, aviso, obrigação e de socorro ou salvamento;
Sinal acústico: sinal sonoro codificado, emitido e difundido por um
dispositivo específico, sem recurso à voz, humana ou sintética;
Sinal gestual: o movimento, ou uma posição, dos braços ou das mãos, ou
qualquer combinação entre eles, que através de uma forma codificada
oriente a realização de manobras que representem risco ou perigo para
os trabalhadores.
9
A ESCOLHA DOS SINAIS
z É essencial conseguir-se uma correcta sinalização das vias de
evacuação, saídas e saídas de emergência Ö rápida evacuação, sem
pânico (DE QUALQUER PONTO ONDE NOS ENCONTREMOS DEVE ESTAR
VISÍVEL UM SINAL DE EMERGÊNCIA)
Ö SINAIS DE EMERGÊNCIA

z Os meios de extinção, essenciais numa primeira intervenção em caso


de incêndio
Ö SINAIS DE EQUIPAMENTO DE LUTA CONTRA INCÊNDIO

z Análise de Riscos Ö PERIGOS


ÖSINAIS DE ADVERTÊNCIA DE PERIGO

z Para minimizarmos esse perigo, dever-se-á proibir todos os


comportamentos e acções Ö SINAIS DE PROIBIÇÃO

z Para garantir o uso dos EPI´s Ö SINAIS DE OBRIGAÇÃO

10
Colocação da Sinalização

z A sinalização deve ser permanente nos seguintes casos:

– proibições;
– avisos;
– obrigações;
– meios de salvamento ou de socorro;
– equipamento de combate a incêndios;
– assinalar recipientes e tubagens;
– riscos de choque ou de queda;
– vias de circulação.
11
Colocação da Sinalização

z A sinalização deve ser ocasional* para:

– assinalar acontecimentos perigosos;


– chamada de pessoas (bombeiros, enfermeiros, etc.);
– evacuação de emergência;
– orientação dos trabalhadores que efectuam manobras.

*Nota: Este tipo de sinalização deve ser restringida apenas ao tempo necessário.

12
A visualização dos sinais

É fundamental ter a dimensão dos sinais adequada ás características dos


edifícios para se conseguir uma correcta sinalização de segurança.
13
A dimensão dos sinais

z Os sinais deverão ter as medidas adequadas, e em


conformidade com as características das instalações onde
irão ser instalados, segundo a fórmula:

L2
AA==
2000

L – representa a distância de observação do sinal (em metros)


A – representa a área de um símbolo e respectiva cor de segurança envolvente (m2)

NOTA: Esta fórmula não se aplica para sinais só


com textos nem para sinalização de trânsito

14
A visualização dos sinais

15
Optimização da intensidade
luminosa fotoluminescente

z No caso de se usarem placas fotoluminescentes, obtém-se a sua


melhor optimização colocando os sinais:
z o mais próximo possível das fontes luminosas existentes;
z de preferência recebendo directamente a sua luz.

Fonte de Luz Estímulo


Lâmpadas fluorescentes &&&&
Lâmpadas incandescentes &&
Lâmpadas de sódio &
16
ALTERNATIVAS DE FIXAÇÃ0

Tipo I Tipo II
Perpendicular à parede
Paralela à parede
2 faces opostas

Tipo III
Suspensão no tecto
2 faces opostas Tipo P - Panorâmico

17
Alturas de fixação

z Sinalização de Emergência
z Sobre as portas:
z de 2,0m a 2,5m do chão à base do sinal
z Vias de evacuação:
z de 1,7 a 2,0m do chão à base do sinal

18
Alturas de fixação

z Sinalização dos equipamentos de incêndio


z O sinal de pictograma de extintor
z Altura de 2,0 a 2,2m do chão à base do sinal de
modo a ser visível em toda a sua área envolvente
z O sinal com as instruções de segurança sobre os
agentes extintores
z Imediatamente acima da parte superior do extintor,
a aproximadamente 1,5m do chão, de modo a
permitir a leitura dos textos do sinal (pois é um sinal
de instruções de manuseamento e informação da
aplicabilidade do extintor e não um sinal de
identificação de localização de equipamento)
19
Alturas de fixação

z Sinalização de perigo e instruções em caso de


emergência:
z O mais próximo possível do local de perigo tendo
especial atenção à sua permanente visibilidade
z Junto das entradas e acessos às áreas ou instalações
onde resida o risco, com o objectivo de advertir
previamente o perigo existente
z Ex.: o sinal de perigo pela circulação de
empilhadores deverá existir sempre do lado exterior
dos armazéns ou áreas onde aqueles circulam

20
Alturas de fixação

z Instalações Industriais:

z Dada a complexidade e variedade de lay-out deste tipo


de instalações, para cada sinal, individualmente, deve
ser estudada a distância de observação, o ângulo de
visibilidade e eventuais obstruções temporárias de
visualização, definindo-se assim a dimensão e tipo de
sinal, bem como altura e local de aplicação.

z Deverá sempre optar-se por sinais de grandes


dimensões.

21
Intermutabilidade e
complementaridade das sinalizações

z Na colocação e utilização da sinalização de segurança e


saúde no trabalho, se o grau de eficácia for igual, será
necessário optar entre:

– uma cor de segurança ou um pictograma para assinalar


riscos;

– sinais luminosos, acústicos ou comunicações verbais;

– uma comunicação verbal ou um sinal gestual (para se


fazer compreender caso a distância seja considerável).
22
Utilização da sinalização em conjunto

z Podem ser usados simultaneamente vários sinais:


– sinais luminosos e sinais acústicos (faróis, lâmpadas,
projector intermitente, buzina, etc.);
– sinais luminosos e comunicação verbal: voz humana
(altifalante) ou voz sintética;
– sinais gestuais e comunicação verbal: movimento
dos braços ou das mãos para orientar os trabalhadores
em manobras perigosas.

23
▒ Erros a evitar ▒
z Não basta ao empregador colocar a sinalização, é necessário
que controle a eficiência da mesma, o seu estado de
conservação e funcionamento, e para tal deverá evitar-se:

– a afixação de um número excessivo de placas na


proximidade umas das outras;
– utilizar simultaneamente dois sinais luminosos que
possam ser confundidos;
– utilizar um sinal luminoso na proximidade de outra fonte
luminosa pouco nítida;
– utilizar dois sinais sonoros ao mesmo tempo;
– utilizar um sinal sonoro, quando o ruído ambiente for
demasiado forte.
24
CARACTERÍSTICAS DA
SINALIZAÇÃO

z O Sistema de Sinalização baseia-se em 3 factores:

z COR

z FORMA

z SÍMBOLO Í

25
COR
z Para que o trabalhador possa compreender o sinal de
segurança rapidamente ou com um simples olhar e sem
confusão possível, os sinais têm pictogramas e cores
diferentes consoante o seu significado.

z Os sinais podem apresentar:


z 3 cores de segurança „ „ „
z 1 cor auxiliar de segurança „
z 2 cores de contraste „ e preto „

26
COR

Cores de
Significado Indicações
Segurança
Cor auxiliar de
Significado Indicações
Sinal de proibição Atitudes perigosas Segurança

Comportamento ou acção
Sinal de obrigação
Stop, pausa, dispositivos Azul específica.
Vermelho Perigo – alarme ou de informação
Obrigação de utilizar EPI
de corte e de emergência

Material e
equipamento de Identificação e localização Cores de
Indicações
combate a incêndios contraste
Amarelo ou
Atenção, precaução
amarelo- Sinal de aviso
alaranjado
Verificação Preto Utilizado sobre o vermelho e o amarelo
Sinais de Portas, saídas, vias,
salvamento ou de material, postos, locais
Verde socorro específicos Branco Utilizado sobre o Verde, o Azul e o Vermelho
Situação de
Regresso à normalidade
segurança

27
FORMA

Forma Significado

Indicam Proibição ou Obrigação

Indicam Sempre Perigo

São sinais de Informação

28
COMBINANDO: COR e FORMA

Equipamento de
Obrigação – Combate a
Incêndios

– Perigo –

Sinais de
– – salvamento ou
de socorro

Obrigação – Informação

29
Placas de Sinalização – Prescrições
mínimas

z As placas devem:

– Corresponder às especificações definidas;

– Ser simples;

– Ser resistentes;

– Ser visíveis e compreensíveis;

– Ser retiradas quando o risco desaparecer.

30
Sinais de proibição:

– Forma redonda;

– Pictograma negro sobre fundo branco, margem e faixa


(diagonal descendente da esquerda para a direita, ao
longo do pictograma, a 45º em relação à horizontal),
vermelhas (a cor vermelha deve cobrir pelo menos 35%
da superfície da placa).

31
Sinais de proibição:

32
Sinais de aviso:

– Forma triangular;

– Pictograma negro sobre fundo amarelo, margem negra


(a cor deve cobrir pelo menos 50% da superfície da
placa).

33
Sinais de aviso:

34
Sinais de aviso:

35
Sinais de Obrigação:

– Forma redonda;

– Pictograma branco sobre fundo azul (a cor azul deve


cobrir pelo menos 50% da superfície da placa).

36
Sinais de Obrigação:

37
Sinais de salvamento ou de
emergência:

– Forma rectangular ou quadrada;

– Pictograma branco sobre fundo verde (a cor verde deve


cobrir pelo menos 50% da superfície da placa).

38
Exemplos de Colocação
de Sinalização de Emergência:

z O sinal deve ser colocado


por cima da porta, nunca
na porta.

z O sinal “Barra Anti-Pânico”


deve ser colocado na
porta, por cima da barra.

39
Exemplos de Colocação
de Sinalização de Emergência:

z Devem localizar-se:
(1)
(1) na parede, a meio do
patamar da escada; (2)
(2) suspenso na mudança de
nível.

z Os sinais devem estar no


topo das escadas, nos
dois lados, de modo a
serem visíveis de ambos
os sentidos.
40
Exemplos de Colocação
de Sinalização de Emergência:

z Por cima da porta e na (1)

parede, no início das (2)

escadas

z Em grandes áreas, os
sinais devem ser de dupla
face e suspensos do tecto.

41
Exemplos de Colocação
de Sinalização de Emergência:

(1)

(2)
z Por cima da porta,
identificando a saída
de emergência, e na
porta identificando o
modo de abertura da
porta.

42
Sinais relativos ao
material de combate a incêndios:

– Forma rectangular ou quadrada;

– Pictograma branco sobre fundo vermelho (a cor


vermelha deve cobrir pelo menos 50% da superfície da
placa).

43
Sinais relativos ao
material de combate a incêndios:

44
Prescrições relativas aos sinais
luminosos
Características
z um contraste luminoso apropriado, sem provocar
encandeamento pela sua intensidade excessiva ou má
visibilidade por ser insuficiente;

z uma cor uniforme, harmonizada, ou um pictograma


sobre um fundo determinado:
cor vermelha: proibição, perigo, alarme, evacuação, ...;
cor amarela: aviso, precaução, verificação;
cor azul: obrigação;
cor verde: situação de segurança, salvamento, socorro;

z com cores contrastantes, de acordo com as


prescrições das placas correspondentes.
45
Prescrições relativas aos sinais
luminosos
UTILIZAÇÃO DOS SINAIS LUMINOSOS
z sinal contínuo ou intermitente: indica um perigo ou
uma emergência (intervenção ou acção imposta);

z duração da intermitência:
a) para assegurar uma boa percepção da mensagem,
b) para evitar confusões entre diferentes sinais;

z utilização acompanhada de um código acústico: em


complemento ou em sua substituição, o código deve
ser idêntico;

z o sinal luminoso ou de perigo grave deve ser vigiado


ou estar munido de uma lâmpada auxiliar.
46
Prescrições mínimas relativas
aos sinais acústicos
CARACTERÍSTICAS
z ter um nível sonoro nitidamente superior aos níveis do
ruído ambiente, sem ser doloroso ou excessivo;
z ser facilmente reconhecível:
a) pela sua duração,
b) por emissões sonoras intermitentes,
c) pelas suas características bem distintas dos outros
ruídos ambiente e sinais acústicos;
z se os sinais forem emitidos com intensidades muito variáveis,
ou a intervalos mais ou menos próximos, poderá concluir-se
da existência de um nível de perigo mais elevado ou da
necessidade de uma maior urgência da intervenção.
CÓDIGO
z O som de um sinal de evacuação deve ser contínuo.
47
Prescrições mínimas
relativas à comunicação verbal
QUANDO NÃO UTILIZAR?
z A partir do momento em que um ruído seja susceptível de a tornar
ininteligível, é mais prudente utilizar a comunicação gestual ou sinais
codificados.

CARACTERÍSTICAS
z uma linguagem constituída por textos curtos, de grupos de palavras
ou de palavras eventualmente codificadas;
z a comunicação deve ser segura: palavras simples, claras e
suficientes;
z comunicação directa ou indirecta: intercomunicador ou megafone.

UTILIZAÇÃO
z grande difusão do significado das palavras codificadas;
z controlo junto dos receptores da compreensão exacta dos códigos
utilizados.
Nota: Sempre que se utilizar um aparelho ou um meio indirecto é
importante falar lentamente. Por exemplo, diante de um microfone
(num lugar ou instalação onde a voz ressoe), é necessário articular e
falar lentamente e, eventualmente, repetir a mensagem.
48
Prescrições mínimas relativas
aos sinais gestuais

CARACTERÍSTICAS
z um sinal gestual deve ser simples, preciso, fácil de executar e de
compreender;
z a utilização dos dois braços pode ser simultânea, simétrica e para um
único sinal;
z podem ser utilizados outros sinais gestuais, mas com um significado e
uma compreensão equivalentes.

REGRAS DE UTILIZAÇÃO
z Distinguem-se pelo menos dois tipos de intervenientes:
z Sinaleiro
z Operador

Portaria n.º 141/95, de 14 de Junho.


49
Prescrições mínimas relativas
aos sinais gestuais
REGRAS DE UTILIZAÇÃO

z Sinaleiro
a) deve poder seguir o conjunto das manobras comandadas sem
ser posto em perigo por elas (ou sem ter de se proteger delas).
Se necessário, prever um segundo sinaleiro, adjunto, para
repetir os sinais,
b) deve consagrar-se exclusivamente ao comando das manobras
(não fazer outra coisa ao mesmo tempo);

z Operador
a) é o receptor dos sinais que executa a manobra (manobrador,
condutor de uma máquina de estaleiro),
b) deve suspender a manobra, caso esta não possa ser
executada com segurança, e pedir novas instruções;

Portaria n.º 141/95, de 14 de Junho.


50
Prescrições mínimas relativas
aos sinais gestuais

Os acessórios:

a) casaco, boné, capacete, mangas, braçadeiras,


bandeirolas, etc., usadas pelo sinaleiro para poder
ser facilmente visto pelo operador.

Gestos codificados a utilizar Î Î Î

Portaria n.º 141/95, de 14 de Junho.


51
Gestos codificados a utilizar

52
Sinalização de obstáculos e locais
perigosos

z A sinalização dos obstáculos e dos locais perigosos faz-se


com a ajuda de faixas com a mesma largura e de cor
amarela em alternância com a cor negra, ou de cor
vermelha em alternância com a cor branca.

Onde se devem colocar?

z Onde existam riscos de choque contra obstáculos, de


queda de objectos ou de queda de pessoas. No interior
das zonas edificadas da empresa (degraus de escada,
mudanças de nível, área de deslocação de portas
automáticas).
53
Marcação das vias de circulação

z Para assegurar a protecção dos trabalhadores pode ser

necessário que as vias de circulação sejam identificadas

com faixas contínuas, indissociáveis do pavimento, as

quais, para assegurar o contraste bem visível com a cor

do pavimento, devem ser brancas ou amarelas.

54
Sinalização em zonas com radiações

55
Sinalização em zonas com exposição
a agentes biológicos

z O DL n.º 84/97, de 16 de Abril, estabelece as


prescrições mínimas de protecção, segurança e
da saúde dos trabalhadores contra os riscos da
exposição a agentes biológicos durante o
trabalho.

z Depois de o empregador avaliar o risco de


exposição a agentes biológicos, mediante a
determinação da natureza e do grupo do agente
biológico, deve sinalizar o perigo biológico através
de sinalização apropriada.
56
Sinalização em zonas com exposição
a agentes biológicos

57
Sinalização em estabelecimentos
comerciais
z O DL n.º 368/99, de 18 de Setembro, estabelece as normas de
segurança contra risco de incêndio a aplicar em estabelecimentos
comerciais:
z Com área total igual ou superior a 300 m2, independentemente de
estar ou não afecta ao atendimento público;
z Que vendam substâncias ou preparações perigosas,
independentemente da área.

z Equiparam-se a estabelecimentos comerciais os estabelecimentos de


prestação de serviços com área total igual ou superior a 300m2
abrangidos pelo DL n.º 370/99, de 18 de Setembro.

z Devem existir na entrada do estabelecimento instruções de


segurança e sistema de evacuação afixadas em local bem visível,
instruções essas relativas à conduta a seguir pelo pessoal e pelo
público em caso de sinistro.

58
Sinalização em estabelecimentos
comerciais
z Serão afixadas na entrada do estabelecimento as plantas do imóvel
destinadas a informar os bombeiros da localização de:
z escadas e caminhos de evacuação;
z meios de intervenção disponíveis;
z dispositivos de corte de energia eléctrica e de gás;
z dispositivos de corte do sistema de ventilação;
z quadro geral do sistema de detecção e alarme;
z instalações e locais que representem perigo particular.

z Sinalização
z Junto das portas de patamar dos ascensores devem ser colocados avisos
que indiquem a proibição de utilização dos mesmos em caso de incêndio;
z Os meios de primeira intervenção na protecção contra incêndios devem
estar devidamente sinalizados.

59
Exemplos de Plantas de Emergência

60
Exemplos de Plantas de Emergência

61
Sinalização de recipientes e
tubagens
z As substâncias perigosas são quase sempre
transportadas em recipientes ou tubagens, que devem
exibir sempre a rotulagem sob a forma de pictograma
sobre fundo colorido.

A Rotulagem de recipientes que contenham


substâncias ou preparados perigosos, refere-
se a:
z recipientes utilizados no trabalho,
z recipientes utilizados na armazenagem,
z tubagens aparentes que contenham ou transportem
essas substâncias ou preparados.
62
Sinalização de recipientes e
tubagens
Qual o tipo de rotulagem?

z Pictograma ou símbolo sobre fundo colorido ou

z Placas de aviso destinadas a substâncias tóxicas,


corrosivas, nocivas ou irritantes (triângulo negro sobre
fundo amarelo).

z Esta rotulagem pode ser completada por informações que


incluam o nome da substância ou do preparado perigoso e
por indicações quanto ao risco.

63
Sinalização de recipientes e
tubagens
Onde se deve colocar esta sinalização?

z Sob forma rígida, autocolante ou pintada (é necessário


um material resistente ao choque, às intempéries e às
agressões do meio ambiente);

z No lado visível do recipiente ou do tubo;

z Nas tubagens:
z Nos pontos onde existem riscos ou onde o risco é
maior, por exemplo, nas válvulas e nos pontos de
ligação.
z Rotulagem bem visível (se necessário, em cor
fosforescente ou material reflector, ou iluminação
artificial).
64
Sinalização de recipientes e
tubagens
Onde se deve colocar esta sinalização?

z Nas zonas de armazenagem:


z As zonas, as salas ou os recintos utilizados para a
armazenagem de quantidades importantes devem
ser assinalados por placas de aviso apropriadas
(preenchendo os requisitos de compreensão e de
visibilidade.
z Devem ser colocadas junto da porta de acesso ou,
se for caso disso, no interior do local junto dos
produtos que se pretende sinalizar.

65
Sinalização de recipientes e
tubagens

z Sempre que o risco não possa ser identificado por


sinal de aviso existente deve utilizar-se uma placa de
"perigos vários".

66
Sinalização de recipientes e
tubagens
z A NP-182, de 1966, destina-se a fixar e definir um limitado número
de cores, de grupos de fluidos e de indicações codificadas para
identificação dos fluidos canalizados.

z Os fluidos canalizados são classificados em dez grandes grupos


de acordo com as cores convencionais de identificação ou cores
de fundo.

z A identificação das tubagens será feita por:


Cores de fundo – para as instalações em que se considera
suficiente a simples identificação da natureza geral do fluido
canalizado;
Cores de fundo com indicações adicionais – para as instalações
onde é de grande importância a identificação, tanto quanto
possível completa, da natureza e das características do fluido
canalizado.

67
Sinalização de recipientes e
tubagens

68
Sinalização de recipientes e
tubagens

NOTA: Conforme a importância ou género da instalação, a cor


convencional de fundo será aplicada em toda a extensão da
canalização ou em anéis com comprimentos iguais a 4 vezes o
diâmetro exterior da tubagem.
69
Sinalização de recipientes e
tubagens
z Quando for necessário dar a
conhecer o sentido da
corrente dos fluidos
canalizados, este será indicado
por uma seta pintada a branco
ou a preto como cor de
contraste da cor de fundo.

z Quando se utilizar placas com


informações adicionais, estas
devem ser fixadas à tubagem.
O sentido da corrente pode ser
representado pela extremidade
pontiaguda dessa placa.
70
Sinalização de recipientes e
tubagens
z Para além da sinalização
nas tubagens e
canalizações, deve ainda
afixar-se, nos extremos
destas, instruções claras
sobre as precauções a ter
na manipulação do seu
conteúdo.

71
O LOSANGO DE PERIGO

H – Risco para a saúde (Health)

F
F – Perigo de incêndio (Fire)
H R
R – Perigo de reactividade (Reaction)

„ – Eventuais riscos específicos

(informação especial)

72
O LOSANGO DE PERIGO

z O risco de exposição ao perigo é


definido através de um intervalo de
F
números que vai de 0 a 4.
H R

z Quanto maior for o número


assinalado nas partes H, F e R maior
será o perigo.

73
O LOSANGO DE PERIGO

Perigo de Incêndio (F)


F
4 – Extremamente Inflamável
H R 3 – Facilmente Inflamável
2 – Inflamável se exposto ao calor
1 – Inflamável se aquecido
0 – Não Inflamável

74
F
O LOSANGO DE PERIGO H R

Reactividade (R)

4 – Grave perigo de deflagração e descargas ou reacções explosivas a


temperaturas atmosféricas normais. Criar uma zona de segurança. Evacuar
imediatamente as áreas ameaçadas em caso de incêndio.

3 – Perigo de deflagração e descargas ou reacções explosivas por efeito de uma


fonte de ignição devido a aquecimento ou contacto com água. Criar uma zona de
segurança. Apagar as chamas mantendo-se distante do fogo.

2 – Perigo de violentas reacções químicas a temperaturas e pressões elevadas,


ou após contacto com a água. Apagar o fogo mantendo-se sempre distante do
mesmo.

1 – Toma-se inalável após aquecimento ou pode reagir se estiver em contacto


com a água.

0 – Estável em presença de condições normais, até em caso de incêndio.


75
F
O LOSANGO DE PERIGO H R

Risco Relativo à Saúde (H)

4 – Extremamente perigoso! Evitar qualquer tipo de contacto com


vapores ou líquidos sem que tenham sido tomadas medidas de protecção
adequadas.

3 – Perigo grave! Não entrar em zonas de risco sem ter colocado as


protecções integrais para o corpo e para as vias respiratórias.

2 – Perigo! Não parar em zonas de risco sem respiradores ou roupas de


protecção.

1 – Perigo reduzido! Aconselha-se o uso de respiradores.

0 – Não perigoso.
76
Incumprimento da Legislação em
Vigor
z O Decreto-Lei n.º 141/95 estabelece as contra-ordenações
aplicáveis neste domínio.

z A violação das normas de sinalização constitui contra-


ordenação muito grave desde que se verifique a ausência ou
insuficiência de sinalização em:

z armazéns de produtos perigosos;


z recipientes ou tubagens que contenham ou transportem
substâncias ou produtos perigosos;
z meios de combate a incêndios em locais de trabalho onde
se manipulem ou armazenem produtos inflamáveis ou
explosivos.

77
ROTULAGEM DE SUBSTÂNCIAS
PERIGOSAS

78
ROTULAGEM DE SUBSTÂNCIAS
PERIGOSAS

79
Incumprimento da Legislação em
Vigor
z Constitui contra-ordenação grave:
z o incumprimento da obrigação de garantir a presença de
sinalização de segurança e de saúde no trabalho adequada e de
acordo com as disposições legais e consideração da avaliação de
riscos;
z a ineficiência da sinalização;
z a falta de informação, formação e participação dos trabalhadores;
z a inexistência ou insuficiência de sinalização de segurança e de
saúde no trabalho (que a existir possibilitaria a prevenção e
promoção de comportamentos positivos);
z a inexistência ou deficiência de medidas complementares ou de
substituição que visem auxiliar os trabalhadores diminuídos nas
suas capacidades auditivas ou visuais.
80
FISCALIZAÇÃO

z Compete ao IDICT (Instituto de Desenvolvimento e


Inspecção das Condições de Trabalho) a fiscalização
do cumprimento das disposições legais de segurança do
trabalho, sem prejuízo da competência de fiscalização
atribuída ao Serviço Nacional de Bombeiros e outras
entidades.

81
CONTEÚDOS

3. Sinalização de segurança: critérios de selecção, instalação e


manutenção;

4. Medidas de prevenção e protecção adequadas à fase do projecto;

5. Medidas de prevenção e protecção em situação de perigo grave e


imediato;

6.* Critérios para a programação da implementação de medidas (ex.:


hierarquização das medidas, recursos disponíveis, articulação com os
diferentes departamentos da empresa);
*(INCLUÍDO EM 1.)

82
CONTEÚDOS

5. Medidas de prevenção e protecção


em situação de perigo grave e imediato

1
INSTRUÇÕES DE ACTUAÇÃO
EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

z Variam consoante as circunstâncias específicas das


organizações que as prescrevem…

z Exemplo: PEI
Capítulo 6 - INSTRUÇÕES DE ACTUAÇÃO EM SITUAÇÕES
DE EMERGÊNCIA

2
E mais…
z Metodologias, meios e equipamentos necessários à estruturação de
planos de emergência;
z Critérios de dimensionamento de recursos humanos;
z Critérios de localização e dimensionamento de vias e saídas de
emergência;
z Critérios de localização e dimensionamento de equipamentos de
combate, evacuação e de primeiros socorros;
z Equipamentos de protecção individual e respectivas características
(a utilizar pelas equipas de intervenção);
z Entidades e organismos responsáveis pela protecção civil;
z Sistemas de combate a incêndios e respectivos critérios de
dimensionamento.
Gestãoda
Gestão daEmergência
Emergência

3
CONTEÚDOS

7. Técnicas de acompanhamento e controlo da execução das


medidas de prevenção;

8. Metodologias e técnicas para a avaliação do grau de cumprimento


de procedimentos;

9. Critérios de avaliação do custo e benefício das medidas de


prevenção e de protecção;

10. Técnicas de avaliação da eficácia das medidas (ex.: reavaliação


dos riscos, entrevistas, questionários).

1
CONTEÚDOS – SUGESTÃO

7. Auditorias em Higiene e Segurança no Trabalho e Controlo dos


Riscos Profissionais:
7.1 Técnicas de acompanhamento e controlo da execução das medidas
de prevenção;
7.2. Metodologias e técnicas para a avaliação do grau de cumprimento
de procedimentos;
7.3. Técnicas de avaliação da eficácia das medidas (ex.: reavaliação dos
riscos, entrevistas, questionários).

8. Critérios de avaliação do custo e benefício das medidas de


prevenção e de protecção.

2
Auditorias em SHST

Aspectos Gerais
Características e Critérios de
Classificação
Aspectos Gerais
z Em todas as actividades empresariais, a aplicação e o
desenvolvimento de um plano de acção vem tornar
indispensável a comprovação do seu cumprimento no final de
um prazo previamente definido e considerado como suficiente
para a concretização das medidas previstas nesse plano.

z Esta situação leva à necessidade de utilizar sistemas de


comprovação dos objectivos e medidas definidos no plano,
baseados em técnicas de supervisão e controlo, podendo ser
muito diferentes quanto à sua orientação, momento de
aplicação, metodologia, relação da entidade controladora com a
empresa e outros aspectos que as distinguem.

z Uma das técnicas mais utilizadas e recomendadas é a


auditoria …
4
Aspectos Gerais

z As auditorias tiveram a sua origem na área contabilística tendo


vindo o seu âmbito nas empresas a ser alargado, ao longo do
tempo, a áreas como a produção, a qualidade, as vendas e,
mais recentemente, a SEGURANÇA.

z A decisão de levar a cabo uma auditoria pode ser motivada por


diversas razões – QUAIS?

5
Razões para uma AUDITORIA

z legais: quando a sua realização é exigida por um regulamento


de cumprimento obrigatório;

z económicas ou estruturais: quando se tem como objectivo


principal a melhoria dos sistemas operativos e da sua
rentabilidade económica;

z sociais: quando o objectivo é fornecer uma informação


independente aos empregados, a habitantes da área
circundante, associações de consumidores, ecologistas e
outros.
6
Aspectos Gerais
z As auditorias são consideradas como um instrumento empresarial
eficaz para a melhoria das actividades, sendo este o seu aspecto mais
relevante em detrimento da sua interpretação num sentido de acção
de fiscalização e sanção.

z Ainda que, na realidade, o principal objectivo das auditorias seja


verificar o grau de cumprimento das exigências de um determinado
plano de acção ou padrão definido, a sua finalidade essencial é
sempre a obtenção de uma melhoria das condições existentes a
partir da correcção das anomalias detectadas.

z É esta finalidade de melhoria de aspectos particulares ou gerais nas


empresas que deve ser claramente assumida por quem solicita a
auditoria e, consequentemente, pelas pessoas envolvidas no
processo.
7
Características Comuns

z A auditoria é uma poderosa ferramenta de apoio à tomada


de decisões na empresa atendendo ao facto de que, para que
estas sejam acertadas, é fundamental que se apoiem em
informação atempada e válida que pode ser
fornecida/proporcionada pela aplicação deste conjunto de
técnicas.

z Para que isso seja possível, a realização da auditoria deve


cumprir determinados requisitos:

8
Requisitos
z deve ser solicitada por um órgão dirigente com a total assunção das
implicações e consequências resultantes do desenvolvimento do
processo;

z deve ter lugar após a aplicação de um plano definido formalmente;

z a auditoria deve ter um cariz pedagógico, propondo medidas a


implementar e/ou possíveis soluções para os problemas detectados
durante o período de observação das condições existentes;

z deve ser realizada por um órgão independente do sistema que vai ser
auditado;

z deve caracterizar-se pela máxima objectividade e imparcialidade nas


observações e nas avaliações efectuadas pelos auditores;
9
Requisitos
z a auditoria deve analisar todos os componentes do sistema que sejam
relevantes para o objectivo da auditoria, utilizando sistemas de
valoração quantitativos e qualitativos;

z deve ser executada e concluída no menor tempo possível para que os


resultados não percam a validade (por alteração das condições do
sistema), embora o período de tempo empregue tenha que ser o
suficiente para permitir a percepção da situação existente;

z os dados resultantes da auditoria devem ser verdadeiros e retratar


fielmente a realidade dos elementos analisados, devendo o relatório
final transmitir de uma forma precisa a informação e efectuar todos os
esclarecimentos que sejam relevantes para a sua correcta
interpretação;

z a informação manuseada e o conteúdo e resultados da auditoria têm


carácter de absoluta confidencialidade e só poderão ter acesso a eles
os representantes legítimos da empresa que a solicitou.
10
Critérios de Classificação
Pelos factores auditados
z de gestão: são analisados os aspectos relativos às estruturas e meios
de organização e gestão (actividades, procedimentos, órgãos
existentes, etc.);
z técnicos: neste caso, são objecto de análise os elementos materiais
dos sistemas, de um ponto de vista técnico (tipo de processos,
equipamentos, máquinas, operações, produtos, manutenção, etc.).

Pela relação entre a entidade auditora e o sistema auditado


z interna: a entidade auditora tem uma relação orgânica com os
responsáveis do sistema que vai ser auditado;
z externa: a entidade auditora não tem qualquer relação orgânica com
os responsáveis do sistema que vai ser auditado. Os auditores
poderão pertencer aos serviços centrais da empresa e, assim, serem
alheios à estrutura orgânica do sistema que vai ser auditado, ou
podem pertencer a uma entidade auditora externa à organização em
questão.
11
Critérios de Classificação
Pela sua extensão física
z total: o processo de auditoria abrange todos os elementos e
instalações da empresa, ou seja, a organização na sua totalidade;
z parcial: o processo de auditoria aplica-se apenas a uma parte dos
elementos e instalações da empresa.

Pelo momento da sua execução


z inicial: é a que se efectua pela primeira vez, analisando as condições
em que se encontra o sistema auditado num determinado momento;
z periódica: é aquela que ocorre com uma determinada periodicidade,
após a realização de uma auditoria inicial, com o objectivo de validar a
eficácia das medidas implementadas;
z especial: é aquela que ocorre com carácter extraordinário por se
considerar terem existido alterações substanciais nas condições do
sistema ou dos elementos que justificam a sua realização.
12
Critérios de Classificação

Pelo seu pormenor


z sumária: o processo de análise aplica-se apenas aos elementos
principais do sistema, sem entrar em linha de conta com elementos
considerados secundários e irrelevantes para o propósito a atingir;
z pormenorizada: o processo de análise aplica-se a todos os
elementos do sistema até ao nível de pormenor que for considerado
razoável e oportuno para alcançar os objectivos pretendidos.

Pelo seu sistema de valoração


z qualitativa: atribui-se a adequação a um determinado padrão de
referência sem qualificação matemática ou numérica;
z quantitativa: atribui-se a valorização da adequação a uma escala
ampla, bem delimitada por valores numéricos ou matemáticos, que
permite estabelecer a comparação, de uma forma objectiva, entre
elementos de um mesmo grupo.

13
AUDITORIAS EM SHST

z É relativamente recente a utilização da auditoria como técnica


de verificação da validade dos programas de acção
implementados, tendo sido com o desenvolvimento das
auditorias de gestão ao nível das áreas de produção, da
qualidade, de vendas e financeira que veio a surgiu a
oportunidade de as alargar a outros componentes do tecido
empresarial, nomeadamente à área da segurança.

z Convém salientar que os fundamentos da auditoria de


segurança são idênticos aos que foram referidos para as
auditorias noutros campos, distinguindo-se apenas pelas
particularidades próprias dos factores intervenientes na gestão
da segurança.
14
Conceito

z De uma forma genérica, podemos considerar a auditoria como uma


ferramenta empresarial utilizada para avaliação do cumprimento
de um parâmetro de referência e da adequação dos meios
disponibilizados para o desenvolvimento das acções/medidas
necessárias.

z A auditoria de segurança é uma técnica analítica de avaliação


sistemática, objectiva, documentada e periódica do
cumprimento de um padrão de segurança, definido
previamente, e da adequação da estrutura e meios colocados à
disposição para a sua concretização. Baseia-se no controlo
documental e pessoal das condições orgânicas e estruturais de
segurança de um sistema, com o objectivo de alterar e melhorar o
comportamento empresarial na área da segurança.

15
Conceito

Para além da auditoria, podemos identificar diversos sistemas de


controlo e avaliação de riscos, com graus de complexidade distintos,
que se complementam entre si, embora preencham necessidades
imediatas diferentes:

z a vigilância: controlo visual, directo e continuado de um elemento ou


conjunto de elementos;

z as operações de revisão e manutenção: controlo visual de operações


mecânicas e reposição de elementos que sofrem desgaste, realizadas
de acordo com uma periodicidade fixa;

z a investigação e análise de acidentes e incidentes: estudo das


causas e condições em que ocorrem os acidentes e incidentes como
objectivo de desenvolver medidas que permitam a sua prevenção;

16
Conceito

z a análise e avaliação de riscos: identificar e quantificar os riscos


potenciais, estimar quais as suas probabilidades de concretização e,
nesse caso, quais as consequências de que se poderão revestir para a
organização na sua globalidade e para o seu meio envolvente, no
sentido de tomar decisões e implementar acções concretas que
permitam minimizar os efeitos desses acontecimentos;

z a inspecção de segurança: controlo visual e físico das condições


técnicas de segurança de um elemento ou conjunto de elementos.

17
Conceito

Como se distingue a
AUDITORIA
das técnicas de controlo anteriores?

18
Conceito

Pelos seguintes aspectos:

z permite uma visão globalizante de um sistema (fábrica, estaleiro,


unidade fabril), dando maior ênfase aos aspectos metodológicos e
organizativos da segurança do à análise técnica rigorosa dos meios
que foram colocados à sua disposição;

z é uma técnica que deve ser utilizada com uma determinada


periodicidade, devido à existência de alterações constantes nos
riscos presentes em qualquer tipo de empresa.

19
Conceito
A sua maior ou menor frequência no tempo decorre de diversos
factores como sejam:
a) os imperativos legais, ou seja, as determinações da própria
lei,
b) as características da actividade em causa que, por
extrema volatilidade dos seus sistemas de produção ou pelo
grau de perigosidade que a caracteriza, exige controlos
frequentes,
c) o acréscimo excepcional da actividade em períodos
sazonais, com a inerente alteração das condições de risco
(ritmo de laboração, número de trabalhadores, etc.);

z apresenta a imagem da empresa num determinado momento.


20
OBJECTIVOS

z A auditoria de segurança tem um papel-chave ao nível das


actividades de segurança, higiene e saúde e do seu planeamento
adequado, devendo desenvolver-se no momento da concepção
inicial do projecto e ser actualizada periodicamente com vista a
permitir a ponderação da eficácia das medidas adoptadas. Com base
neste estudo, é possível a elaboração de normas e procedimentos
relativos à segurança e adequados à especificidade de cada
actividade e empresa.

21
OBJECTIVOS

z As auditorias não têm como finalidade a fiscalização, mas sim a


eventual correcção de desvios com o objectivo de obter uma maior
eficácia do programa de segurança da empresa e dos investimentos
realizados.

z Podemos considerar que os objectivos das auditorias de segurança se


dividem em dois tipos fundamentais:
z OBJECTIVOS TÉCNICOS
z OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS

22
Objectivos Técnicos

z Os que englobam as avaliações resultantes da auditoria,


concretizando-se nas seguintes vertentes:
a) medição do grau de cumprimento do parâmetro de referência;
b) comprovação e análise da adequação da estrutura e meios;
c) detecção de actuações inadequadas.

z A partir destas observações podem obter-se outros elementos


auxiliares para uma melhor compreensão da situação concreta na
organização e para a posterior tomada de decisões, como sejam a
evolução relativamente a auditorias realizadas anteriormente e a
comparação com os resultados de outras empresas.

23
Objectivos Estratégicos

z Os que estão relacionados com a forma como, utilizando a informação


acima referida, a direcção da empresa pode, por exemplo, tomar
decisões relativas aos seguintes aspectos:
a) melhorar o grau de cumprimento do padrão de segurança
definido;
b) melhorar, na sequência do ponto anterior, a estrutura e os meios
afectos à sua implementação;
c) utilizar os resultados obtidos como forma de estimular os
elementos auditados através da sua divulgação;
d) difundir uma imagem positiva da empresa, interna e
externamente.
24
Como Realizar Uma Auditoria de
Segurança?
A Preparação
z Antes de se realizar uma auditoria é necessário ter em
atenção os seguintes aspectos:
-comprometimento dos responsáveis dos diferentes níveis;
-definição e comunicação dos objectivos empresariais a
atingir com os resultados da auditoria;
-determinação dos parâmetros de referência de acordo
com o programa de segurança da empresa, aspectos
económicos, regulamentação legal, etc.;
-definição das características de que se vai revestir a
auditoria (metodologia ou modelo, entidade auditora,
orientação e alcance);
-determinação da periodicidade das auditorias.
25
Como Realizar Uma Auditoria de
Segurança?
Metodologia ou Modelo
z Poderá optar-se pela aplicação de um sistema já definido ou
pelo desenvolvimento de um sistema próprio de auditoria. Para
a tomada desta decisão é fundamental, entre outros aspectos,
ter em conta:
z o tempo que esse processo irá demorar optando por cada
uma das hipóteses avançadas;
z os custos envolvidos e a capacidade financeira da
organização;
z a disponibilidade dos conhecimentos e experiência
necessários para a realização, com sucesso, da auditoria.
26
Como Realizar Uma Auditoria de
Segurança?

Auditores

z A auditoria deverá ser desenvolvida por auditores


internos ou externos?

z A auditoria pretendida requer conhecimentos


específicos da parte dos auditores?

27
Auditores – Externos ou Internos?

Embora estejam intimamente relacionadas, podemos considerar que,


em relação à primeira questão (auditores internos ou externos), há
certos factores a ter em consideração, como sejam:
z a disponibilidade dos auditores para o período de tempo necessário
para realizar a auditoria;
z a disponibilidade de auditores com os conhecimentos adequados;
z o nível de experiência na realização de auditorias;
z a diferença, ao nível dos custos implicados, do recurso a auditores
internos ou externos;

28
Auditores – Externos ou Internos?

z o perigo de um auditor interno estar demasiado familiarizado ou ter um


grau de satisfação elevado relativamente às condições da
organização, em comparação com os benefícios de uma visão
possivelmente mais objectiva e inquiridora de um auditor externo;
z o perigo da falta de familiaridade ou de compreensão dos sistemas
por parte de um auditor externo, especialmente quando estão em
causa processos ou questões técnicas.

29
Auditores – Externos ou Internos?

Relativamente à segunda questão é fundamental averiguar


para a concretização do trabalho de auditoria:

z a exigência/necessidade de conhecimentos especializados ou


especialização técnica;

z a necessidade de treino/formação.

30
Auditores – REQUESITOS

z têm de compreender a sua missão, tanto nos seus aspectos


genéricos e de enquadramento como nos particulares que lhes
dizem respeito;
z têm de ser competentes para desenvolver o trabalho necessário,
atingindo os objectivos definidos;
z devem, sempre que possível, ser independentes da organização ou
da actividade que vai ser auditada;
z devem ter amplos conhecimentos e experiência sobre as técnicas
de segurança e, igualmente, de auditoria.
z devem possuir profundos conhecimentos teóricos complementados
pela experiência prática, nomeadamente ao nível dos parâmetros e
sistemas que estão a auditar para que lhes seja possível avaliar o
seu desempenho, identificar deficiências e propor medidas
correctivas.

31
Auditoria - Orientação e Alcance

z A auditoria vai abranger a totalidade da organização ou apenas


parte dela?

z Irá focar uma actividade específica, um local ou um


determinado questão/assunto?

z A auditoria estará orientada apenas para as questões relativas


ao programa de segurança, ou irá abranger aspectos técnicos
relativos a instalações, equipamento e processos?

32
Auditoria - Orientação e Alcance

Extensão física

z auditoria total: o processo de auditoria abrange todos os

elementos e instalações da empresa;

z auditoria parcial: o processo de auditoria aplica-se apenas a

uma parte dos elementos e instalações da empresa.

33
Auditoria - Orientação e Alcance

Factores auditados

z auditoria de gestão: são analisados os aspectos relativos às


estruturas e meios de organização e gestão (actividades,
procedimentos, órgãos existentes, etc.);

z auditoria técnica: neste caso, são objecto de análise os


elementos materiais dos sistemas, de um ponto de vista técnico
(tipo de processos, equipamentos, máquinas, operações,
produtos, manutenção, etc.).

34
Auditoria - Periodicidade
z Um programa de auditoria deve permitir, dentro de um limite
razoável de tempo, examinar e fornecer uma avaliação abrangente
de todos os elementos do programa de segurança.
z Para determinar qual deverá ser a frequência adequada para a
realização de auditorias, há alguns factores a considerar, como
sejam:
z a natureza e gravidade de que se revestem os riscos
presentes;
z o nível de risco da actividade;
z a ocorrência de um acidente ou o registo de uma auditoria
desfavorável;
z requisitos regulamentares e requerimentos legais;
z resultados de auditorias anteriores;
z antiguidade e estado de conservação das instalações;
z variações substanciais na organização ou na sua envolvente
que afectem a segurança;
z validade e eficácia do programa de segurança vigente.

35
Auditoria - Periodicidade

z Após a realização de uma auditoria que tenha resultado no


estabelecimento de um conjunto de medidas correctoras de
grande importância, é necessário que decorra um período de
tempo suficiente para que estas se possam desenvolver e para
que a auditoria seguinte possa efectivamente comprovar a sua
implementação e os efeitos produzidos, nomeadamente ao nível
da adequação das condições existentes no momento.

z Assim, o período considerado necessário para a


concretização das medidas correctoras pode servir como
referência para estabelecer a data de realização da auditoria
seguinte.

36
Auditoria – Aspectos ético-
deontológicos
z Parece importante salientar que a credibilidade e aceitação das
auditorias de segurança como um instrumento útil, dentro de um
modelo de segurança integrada na empresa, por parte de todos
os que nela trabalham implica que a mesma se estabeleça num
quadro de regras de deontologia muito exigentes.

z A despersonalização das críticas e o anonimato das informações


prestadas devem ser rigorosamente respeitados, assim como a
garantia de que os efeitos da auditoria nunca terão como
consequência efeitos punitivos de comportamentos negligentes
ou inadequados.

37
Auditoria – Técnicas e Auxiliares

z As técnicas e auxiliares utilizados pelos auditores para recolha da


informação dependem da natureza da auditoria a desenvolver e
da organização a ser auditada.

z O objectivo é conseguir obter dados relevantes, com a maior


exactidão possível, que possam servir de base a análises
objectivas e não a julgamentos subjectivos de desempenho.

z Assim, a auditoria deve garantir que uma amostra suficientemente


representativa das actividades-chave é incluída no processo.

38
Auditoria – Técnicas e Auxiliares

z Convém referir alguns dos auxiliares fundamentais no decurso


de uma auditoria, como sejam:

z o contributo da análise documental (plantas, manuais de


segurança, balanços, etc.);

z as entrevistas com responsáveis, a diversos níveis;

z a observação dos locais de risco;

z os elementos obtidos com recurso a entidades ou pessoas


exteriores à organização.

39
Auditoria – Técnicas e Auxiliares

z O auditor, ou equipa de auditoria, deverá:

z seleccionar os auxiliares a ser utilizados e confirmar se são os mais


adequados para a auditoria em causa, realizando as alterações que
se verificarem necessárias;

z considerar se existe necessidade de equipamento que permita gravar


as suas descobertas de uma forma mais eficiente como, por exemplo,
registo fotográfico ou vídeo – as provas apresentadas através de
gravação de imagem são frequentemente aceites com maior
facilidade do que a palavra escrita e poderão ser arquivadas como um
registo permanente das condições existentes no momento de
realização da auditoria.

40
Auditoria – Técnicas e Auxiliares

Documentos de trabalho
z A entidade auditora (empresa ou departamento) deverá dispor dos
seguintes documentos de trabalho:
z documentação e bibliografia de consulta:
a) técnica de segurança;
b) técnica de auditoria;
c) regulamentação e normas de segurança.
z questionários de auditoria;
z protocolo e instruções de auditoria;
z impressos administrativos.

41
Auditoria – Técnicas e Auxiliares

Entrevistas
z Basicamente, o objectivo principal da realização de entrevistas é
obter informação relativa aos procedimentos e acções de segurança
presentes na empresa.
z Os trabalhadores que desempenham funções consideradas fulcrais
para a análise do sistema em causa devem fornecer informação
relevante ao auditor ou equipa de auditoria. Pode ser necessário
utilizar questionários predefinidos de modo a garantir a realização
das entrevistas de uma forma estruturada e a obtenção eficiente e
com o mínimo inconveniente para as partes envolvidas de toda a
informação pretendida.

42
Auditoria – Técnicas e Auxiliares

Entrevistas
z As funções-chave normalmente incluem directores, gestores,
pessoas com responsabilidades específicas nas áreas da
segurança e da saúde como, por exemplo:
z consultores de segurança;
z representantes da segurança ao nível das entidades
sindicais;
z representantes dos trabalhadores.
z Trabalhadores com outras funções também devem ser
entrevistados para determinar se os procedimentos preconizados
pela organização são conhecidos, compreendidos e cumpridos.

43
Auditoria – Técnicas e Auxiliares

Documentação
z A documentação que geralmente pode ser considerada como
relevante para a auditoria de segurança inclui:
z o programa de segurança;
z as avaliações de risco;
z registos de auditorias prévias (e inspecções internas);
z manual de segurança e saúde e planos de emergência;
z medidas implementadas para o controlo dos riscos para a
segurança e saúde;
z minutas da comissão de segurança e saúde (caso exista);
z inspecções de segurança, relatórios e estatísticas de
acidentes/incidentes/ doenças;
z registos da higiene ocupacional (acompanhamento do
pessoal);
z relatórios de autoridades oficiais.

44
Auditoria – Técnicas e Auxiliares

Inspecções
z O objectivo das inspecções numa auditoria é confirmar a
informação reunida durante as entrevistas e a análise da
documentação.
z Podem ser simples observações do trabalho, no seu decurso
normal, e do comportamento dos trabalhadores ou inspecções
sistemáticas dos locais, instalações e equipamento.
z Podem também envolver a análise a uma determinada operação,
ou actividade na sua totalidade, ou serem desenvolvidas apenas
com base numa amostra limitada.

45
Relatório – Elaboração, Divulgação e Análise

z Um relatório de auditoria é elaborado, inicialmente, para os órgãos


de gestão que a aprovaram.

z O conteúdo do relatório e qualquer outra informação recolhida


pelos auditores no decurso da auditoria deve ser tratada como
confidencial e não deve ser divulgada, excepto com a autorização
da administração ou no caso de os auditores serem obrigados
legalmente a revelar essa informação.

z A confidencialidade tem de ser garantida pelos auditores, pois uma


fuga de informação poderá ocasionar a circulação indevida da
mesma, dando origem, na maioria dos casos, a interpretações
incorrectas como resultado da falta de enquadramento adequado.
46
Relatório – Elaboração, Divulgação e Análise

Relatório final
z O relatório final da auditoria de segurança deve incluir os
seguintes aspectos:
z avaliação do desempenho geral;
z identificação dos desajustamentos;
z identificação dos pontos fortes observados e de formas de os
potenciar; -recomendações de acções concretas para a
alteração/melhoria das condições analisadas;
z um resumo incluindo as principais conclusões e
recomendações (embora facultativo, poderá ser útil).

47
Relatório – Elaboração, Divulgação e Análise

Relatório final
z O relatório deve ser conciso e utilizar ilustrações apropriadas
sempre que estas permitam aumentar a facilidade de
compreensão e aceitação do relatório.

z O relatório final deve ser entregue ao representante formal da


empresa e posteriormente analisado pelos níveis de gestão cuja
participação se justifique.

z O auditor, ou equipa de auditores, deverá colocar-se à


disposição da empresa para, a pedido expresso desta,
esclarecer e, eventualmente, aprofundar os aspectos abordados
no relatório, nomeadamente os que respeitam às medidas
correctoras aconselhadas.

48
Relatório – Elaboração, Divulgação e Análise

O Plano de Acção
z É o desenvolvimento e concretização de um plano de acção que
justifica a realização de uma auditoria de segurança, pois esta,
por si, não produz resultados concretos na actividade da
empresa.

z Assim, a partir das conclusões e recomendações resultantes


da auditoria, deve ser delineado, entre todas as partes
envolvidas, um plano de acção que defina os seguintes pontos:
z medidas concretas que actuem sobre os factores identificados
como necessitados de alteração ou melhoria;
z responsabilidades pela criação de condições para a
implementação das medidas acima referidas;
z prazos para a concretização das medidas e para a avaliação
da sua eficácia;
z requisitos relativos à apresentação de relatórios.

z É essencial que os responsáveis da organização manifestem


claramente direito de propriedade da auditoria e do plano de
acção subsequente.
49
O Acompanhamento

z Esta é a fase de desenvolvimento e concretização das acções que


visam rentabilizar os resultados decorrentes da auditoria, bem como
todo o investimento realizado para a sua concretização.

z Os responsáveis devem actuar na sequência do compromisso que


foi assumido quando da aprovação da realização da auditoria, ou
seja, concretizando as medidas e alterações propostas no relatório
final com o objectivo de contribuir para uma melhoria efectiva das
condições de segurança na empresa.

z É necessário actuar com a maior brevidade possível, tendo em


conta que os responsáveis da empresa devem estar preparados
para a introdução de alterações a partir do momento em que a
auditoria é aprovada, disponibilizando meios humanos, técnicos e
financeiros para esse efeito.
50
O Acompanhamento

z Para uma aplicação efectiva deste instrumento, deverão ser


definidos mecanismos/procedimentos de acompanhamento/
verificação de forma a garantir a implementação satisfatória do
plano de acção, ou seja, que as alterações efectuadas
correspondem efectivamente ao que foi definido no plano e que os
resultados decorrentes da sua aplicação são os esperados.

z As empresas têm de se consciencializar de que não basta realizar


auditorias de segurança: é fundamental existir a capacidade de
análise das conclusões e medidas correctivas propostas, a
vontade e os meios para as concretizar e a preocupação em
verificar não só a forma como as diversas acções são
implementadas, mas também os resultados concretos da sua
aplicação ao nível da melhoria das condições de segurança.

51
Considerações económicas

z Quando a decisão de realizar uma auditoria é responsável e existe um


compromisso efectivo para com os resultados decorrentes, traduzido
na implementação das medidas consideradas como oportunas, é
fundamental ter em consideração que as medidas correctoras
implicam custos, possivelmente superiores aos de realização da
auditoria.

z A execução de uma auditoria acarreta custos consideráveis. Podemos


considerar que existem custos directos (como os honorários,
despesas de deslocações e trabalhos subcontratados) e custos
indirectos. Estes últimos englobam todo o tempo despendido na
preparação, supervisão, recolha de informações e acompanhamento
da auditoria, bem como a utilização de serviços administrativos,
técnicos ou outros disponibilizados para o efeito.

52
Considerações económicas

z É necessário equacionar a relação entre os custos que estas


implicam e os benefícios a nível de rentabilidade que as melhorias
na segurança trazem para a empresa e para os seus
trabalhadores. É fundamental não esquecer que estas
repercussões económicas vão manifestar-se a médio e longo
prazo em aspectos que são cruciais para as empresas como:
z a produtividade,
z a qualidade,
z o clima laboral e
z a imagem comercial da empresa.

53
CONTEÚDOS – SUGESTÃO

8. Critérios de avaliação do custo e benefício das medidas de


prevenção e de protecção.

(Documentação distribuida)

54
ERGONOMIA – CONTEÚDOS

z Conceito, objectivos e metodologia de estudo;


z Noções de fisiologia (trabalho muscular);
z Antropometria;
z Concepção de postos de trabalho;
z Concepção de equipamentos de trabalho;
z Interface homem-máquina;
z Factores ambientais de incomodidade: ruído (tarefas que
requerem concentração e sossego), vibrações, ambiente
térmico, qualidade do ar;

55
ERGONOMIA – CONTEÚDOS

z Sistemas de iluminação: tipos, parâmetros e unidades de medição,


equipamentos de leitura e seus princípios de funcionamento, efeitos
sobre a visão, critérios para avaliação do risco, medidas de prevenção
e de protecção, parâmetros básicos de dimensionamento de sistemas
de iluminação artificial (localização, intensidade luminosa, selecção
de armaduras); critérios de manutenção e limpeza do sistema de
iluminação; níveis de iluminação recomendados, normas técnicas;

56
ERGONOMIA – CONTEÚDOS

z Trabalho com ecrãs de visualização: riscos, medidas de


prevenção e de protecção, legislação;
z Organização do trabalho: conceitos, metodologia e critérios de
avaliação de riscos associados à:
z carga física do trabalho (esforços, posturas, trabalho
sedentário, trabalho em pé);
z carga mental do trabalho (trabalho monótono e repetitivo);
z organização do tempo de trabalho (trabalho por turnos e
trabalho nocturno).

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