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ILHÉUS – BA
JUNHO DE 2007
1 – OBJETIVO
2 – INTRODUÇÃO
Águas duras são aquelas que exigem consideráveis quantidades de sabão para produzir
espuma de modo que, no passado, a dureza de uma água era considerada como uma medida de sua
capacidade de precipitar sabão. Esse caráter das águas duras foi, por muito tempo, para o cidadão
comum o aspecto mais importante por causa das dificuldades de limpeza de roupas e utensílios.
Com o surgimento e a determinação dos detergentes sintéticos ocorreu também a diminuição os
problemas de limpeza doméstica por causa da dureza.
A dureza é devida à presença de cátions metálicos divalentes, os quais são capazes de reagir
com sabão formando precipitados e com certos ânions presentes na água para formar crostas. Os
principais íons causadores de dureza são cálcio e magnésio tendo um papel secundário o zinco e o
estrôncio. Algumas vezes, alumínio e ferro férrico são considerados como contribuintes da dureza.
Dureza é um parâmetro característico da qualidade de águas de abastecimento industrial e
doméstico sendo que do ponto de vista da potabilização são admitidos valores máximos
relativamente altos, típicos de águas duras ou muito duras. A despeito do sabor desagradável que
referidos níveis podem suscitar elas não causam problemas fisiológicos. No Brasil, o valor máximo
permissível de dureza total fixado pelo padrão de potabilidade, ora em vigor, é de 500mgCaCO3/l.
Na prática do tratamento de esgotos a dureza é um parâmetro de utilização limitada a certos
métodos baseados em reações de precipitação como é o caso do tratamento com cal.
Em situações específicas convém conhecer-se as durezas devidas ao cálcio e ao magnésio,
individualmente. Este é o caso do processo cal-soda de abrandamento de água no qual tem-se
necessidade de conhecer a fração da dureza de magnésio para estimar a demanda de cal.
Quando a dureza é numericamente maior que a alcalinidade total a fração da dureza igual a
esta última é chamada de dureza de carbonato e a quantidade em excesso é chamada de dureza de
não carbonato. Quando a dureza for menor ou igual à alcalinidade total toda a dureza presente é
chamada de dureza de carbonato e a dureza de não carbonato estará ausente.
Os dois métodos seguintes são recomendados para a determinação de dureza:
1. método do cálculo - baseado na análise completa dos cátions divalentes presentes na amostra é
o mais acurado dos métodos, mas raramente análises completas não feitas em trabalhos de rotina;
2. método titrimétrico do EDTA - é o método mais comumente empregado na determinação de
dureza sendo baseado na reação do ácido etilenodiaminatetracético (EDTA) ou seus sais de sódio
que formam complexos solúveis quelatos com certos cátions metálicos. (5)
3 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 – Materiais
Balança analítica;
Balão volumétrico de 100 mL;
Balão volumétrico de 250 mL;
Béquer;
Bureta de 50mL;
Erlenmeyer de 250 mL;
Garra ;
Pêra;
Pipeta volumétrica de 1 mL;
Suporte Universal;
Vidro de relógio.
3.2 - Reagentes
EDTA;
NH4OH e NH4Cl;
Negro de eriocromo T;
Trietalonamina;
Água destilada;
Água de torneira.
Pesou-se 0,1 g de EDTA 0,01 mol/L e transferiu a massa pesada para um balão volumétrico
de 100 mL homogeneizando bem a solução.
4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES
O ponto final da titulação é indicada pela mudança de cor devido a passagem do complexo
ao seu estado livre.
Algumas condições devem ser lembradas:
O complexo M-Ind deve ser estável o bastante para se manter em solução, porém menos
estável que o complexo M-EDTA, de modo a que a reação acima seja espontânea.
Ser muito sensível ao íon metálico para que a mudança de coloração ocorra ao máximo
possível próximo ao ponto de equivalência.
Todos os requisitos devem ser preenchidos dentro da faixa de pH em que a titulação é
efetuada.
O indicador utilizado durante o experimento foi o preto de eriocromo T, que possui a
seguinte fórmula molcelular:
Na tabela a seguir serão explicitadas as quantidades de EDTA utilizadas na titulação da água
de torneira. Para a primeira solução foi utilizada uma gota da solução indicadora (Negro de
Eriocromo T), já na segunda e terceira solução foram utilizadas duas gotas.
A concentração do EDTA:
m 0,5033
M EDTA 0,0135mol.L1
MM V 372,24 0,1
D
C EDTA VEDTA MM CaCO3
1000
Vágua
D
0,0135mol / L 1,32mL 100,09 g / mol 1000
30mL
D = 59,45 mg de CaCO3/L
A “dureza” na água para consumo humano é causada essencialmente pela presença de sais
de cálcio e magnésio, sendo considerada “dura” quando existem valores significativos destes sais e
“macia” quando contém pequenas quantidades.
Os níveis de dureza da água da EPAL situam-se entre 40 mg/L e 170 mg/L de carbonato de
cálcio (CaCO3), sendo o valor médio 80 mg/L. Nestas gamas a dureza da água não apresenta risco
para a saúde do consumidor. (6)
De acordo com o valor obtido no cálculo anterior, pôde-se perceber que a água presente no
experimento seria impróprio para o consumo, pois apresentou um valor mais alto do que o
permitido pela legislação brasileira.
5 – CONCLUSÃO
Com a prática pôde-se observar quais os fatores interferem na dureza da água. Através dos
cálculos de dureza foi possível observar que a água que sai da torneira é imprópria para o consumo
de acordo com a legislação brasileira, podendo trazer vários problemas de saúde caso seja ingerida
sem o tratamento necessário. Foi possível também reforçar alguns conceitos, como ponto final e
ponto de equivalência, equilíbrio químico e ainda aprender também um pouco mais sobre a
legislação brasileira para a água.
6 - REFERÊNCIAS
(1) - www2.ufpi.br/quimica/rosa/Intro.doc
(2) - http://pt.wikipedia.org/wiki/Equil%C3%ADbrio_qu%C3%ADmico
(3) - http://www.ufpa.br/quimicanalitica/triticomplexacao.htm
(4) - http://pt.wikipedia.org/wiki/EDTA
(5) - http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Dureza.html
(6) - http://www.epal.pt/epal/Faqs.aspx?menu=483&sub=323&area=288&s=12214&t=12204
Retirados da internet no dia 20 e 21/06/07.