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- Causa estranheza o fato do Icipe ter sido acusado por ausência de qualificação técnica
quando nestes seis anos de gestão do Hospital da Criança conseguiu ser internacionalmente
reconhecido pela sua excelência.
- Soma-se a isso o fato de que esses mesmos gestores emprestaram sua qualificação para,
junto com a sociedade, construir um hospital equipado e completamente ambientado ao
atendimento da criança e do adolescente com doenças graves.
A Promotora da 2a. PROSUS interpôs duas ações de improbidade, a primeira trata do Contrato
de Gestão 01/2011 e a segunda trata do Contrato de Gestão 01/2014. Ambas estão sendo
instruídas pela 7ª Vara da Fazenda Pública.
Esta ultima ação está em fase inicial, ou seja, não foi oportunizado ao Icipe apresentar suas
razões de defesa, assim como não há apreciação do mérito pelo Judiciário.
Os fatos narrados na Nota da 2a. PROSUS não fazem parte da Ação de Improbidade na qual o
Icipe foi condenado. São enxertos de outros documentos e relatórios que reproduzem apenas
partes convenientes. Como exemplo, esclarecemos que o citado relatório de Inspeção nº
1/2016 da CGDF, assim concluiu:
“O ICIPE é uma organização social criada pela ABRACE, associação responsável pela construção
do Hospital, a qual permanece contribuindo com melhorias na gestão do HCB, doando
equipamentos e materiais hospitalares, medicamentos, e até mesmo captando recursos
financeiros. Verifica-se, portanto, que embora o Contrato de Gestão preveja repasses
financeiros por parte da SES/DF ao ICIPE, a fim de garantir a operação e manutenção do HCB, a
ABRACE continua atuando em prol desse projeto com ações na organização, implantação e
gestão das ações de assistência à saúde no HCB, preservando uma parceria com o GDF, com
finalidade comum e de sucesso, nos aspectos já mencionados no presente relatório.” (p. 69)
A CGDF emitiu esclarecimento próprio em relação à nota da 2a. PROSUS, que transcrevemos
abaixo:
Convém salientar que as contas de 2016 foram certificadas com REGULAR, o que é digno de
destaque, tendo em vista que a minoria das contas dos gestores é assim avaliada pela CGDF.
Ao contrário do que foi afirmado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios –
MPDFT, o egrégio Tribunal de Contas do Distrito Federal – TCDF já se manifestou formalmente
à respeito de prestação de contas anual dos administradores do Instituto do Câncer Infantil e
Pediatria Especializada – ICIPE, referente ao Contrato de Gestão n° 001/2011 – SES/DF, a
saber:
DECISÃO Nº 535/2016
O Tribunal, por unanimidade, de acordo com o voto do Relator, decidiu: I – tomar
conhecimento da Prestação de contas anual do Instituto do Câncer Infantil e Pediatria
Especializada – ICIPE, concernente ao Contrato de Gestão n° 001/2011 – SES/DF, referente ao
exercício de 2013, objeto do apenso nº 060.005.830/2014; II – com fulcro no artigo 17, inciso I,
da Lei Complementar nº 01/1994, combinado com o artigo 167, inciso I, do RI-TCDF, julgar
regulares as contas dos administradores do Instituto do Câncer Infantil e Pediatria
Especializada – ICIPE, nominados no subitem 2.1 da Informação nº 174/2015 –
SECONT/2ªDICONT, referente ao exercício financeiro de 2013; III – considerar, em
conformidade com o disposto no inciso I do artigo 24 da Lei Complementar nº 01/1994, os
responsáveis indicados no item II quites com o erário distrital, no que tange ao objeto da PCA
em exame; IV – aprovar, expedir e mandar publicar o acórdão apresentado pelo Relator; V –
determinar à Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal que tome ações visando à
correção das falhas objeto dos subitens 1.2 (Repasse de recursos realizados pela SES/DF ao
ICIPE em atraso), 3.1 (Ausência de transferência ao patrimônio da SES/DF de bens adquiridos
pelo ICIPE) e 4.3 (Relatórios da Comissão de Acompanhamento não publicados), bem como
autorize que seja juntada cópia desta decisão nos autos em exame e do Relatório de Auditoria
nº 08/2014 – DISED/CONAS/CONT/STC ao Processo nº 25.270/2014, visando a sopesar as
mencionadas impropriedades quando do exame do aludido feito; VI – autorizar: a) a devolução
do Processo nº 060.005.830/2014 à Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal –
SES/DF; b) o retorno dos autos à Secretaria de Contas, para as providências de sua alçada e
posterior arquivamento. Presidiu a sessão o Presidente, Conselheiro RENATO RAINHA.
Votaram os Conselheiros MANOEL DE ANDRADE, PAULO TADEU e MÁRCIO MICHEL. Participou
a representante do MPjTCDF Procuradora MÁRCIA FARIAS. Ausentes a Conselheira ANILCÉIA
MACHADO e os Conselheiros INÁCIO MAGALHÃES FILHO e PAIVA MARTINS. SALA DAS
SESSÕES, 23 de Fevereiro de 2016”
Ressalte-se que as críticas feitas no relatório da CGDF à falta de controle por parte da SES-DF
diz respeito a gestões anteriores.
De todas as sucessivas gestões na SES-DF, ao longo dos anos de vigência dos Contratos de
Gestão, destacam-se as mudanças promovidas pela atual gestão no sentido de garantir o
adequado processo de acompanhamento e fiscalização, bem como de aprimorar a eficácia da
utilização dos recursos públicos, sejam eles materiais ou humanos.
Com a criação da DCSAC, as ações referentes à execução do Contrato de Gestão, além dos
demais de prestação de serviços assistenciais, passaram a ser conduzidas por essa diretoria,
em conjunto com as áreas técnicas da SES-DF, tendo como consequência a concretização de
mudanças importantes e até então não realizadas.
Além disso, a Portaria define de maneira prévia o cronograma das reuniões ordinárias mensais
da CACG, que acontecem às terceiras quartas-feiras de cada mês, conforme disposto em seu
art. 8º, XIV, contando com a participação de representante do ICIPE, prevista no art. 8º, XV.
Tais alterações favoreceram a implementação imediata de alterações de fluxos e
procedimentos detectadas como necessárias, discutidas pontualmente entre ICIPE e SES,
intermediadas pela DCSAC.
Foram também essas alterações que asseguraram celeridade e precisão ao trabalho realizado
de revisão contratual, tendo sido discutidas e revisadas para cima as metas quantitativas e
qualitativas pactuadas e até então inalteradas, sem aumento dos repasses previstos.