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RELATÓRIO CIENTÍFICO
JULHO–2001
2
EQUIPE
COORDENAÇÃO GERAL
I. INTRODUÇÃO
1
MOLINA, G. P., A Criminologia: uma introdução a seus fundamentos teóricos, SP:Revista dos Tribunais,
1992, p. 262.
2
Folha de São Paulo,edição nº 23.769, 1º maio 1994, Mundo, p.6
5
3
BEATO JR., Cláudio. Políticas Preventivas de Segurança e a Questão Policial, Revista São Paulo em
Perspectiva. a violência disseminada, vol. 13, n° 4, out-dez 1999, p.21
6
concebe uma polícia apartada dos inúmeros problemas sociais enfrentados pelos membros
de sua comunidade. A atuação da polícia preventiva deverá pautar-se pelo conhecimento do
contexto social em que está atuando. Quanto maior o conhecimento, melhor a qualidade de
manutenção da ordem, pois o comportamento policial corresponderá à necessidade de
melhoria de qualidade de vida, no aspecto segurança, proporcionando a oportunidade de
elevar o nível de cidadania.
Por outro lado, também a população estaria sendo reeducada para o exercício
da cidadania nos dois sentidos: direitos e deveres. Ato contínuo, ao estabelecer contato com
os órgãos oficiais de segurança para reivindicar benefícios, a comunidade estará em contato
com as potencialidades e limitações desses órgãos e se conscientizará da sua
responsabilidade no processo.
P1
4
A fórmula adotada pela ONU (Organização das Nações Unidas) é a seguinte: t − 1 * 100 , onde
P0
P1= população no final do período ,
P0= população no início do período
t= número de anos
8
400
350
300
250 M A R ÍL IA - R E G IÃ O
M A R ÍL IA - C ID A D E
200 M A R ÍL IA - M U N IC ÍP IO
P O M P É IA
150 GARÇA
G Á L IA
100
50
0
1940 1950 1960 1970 1980 1991
Assim, a partir de uma Base de Dados criada para o projeto 5 , com cerca de
6.500 registros de ocorrências, para o ano de 2000, foi possível desenvolver a análise dos
principais crimes e delitos, passíveis de prevenção.
5
Ver Relatório dos Bolsistas da Faculdade de Informática – Rodrigo Dieger e Marcio Burle Binatto – anexados
no final deste Relatório.
10
que já havia feito as compatibilizações dos setores censitários e produzido estatísticas para
o ano de 2000.
6
Vide Relatório do bolsista da área de informática, Rodrigo Dieger.
7
Questões de sub-representação estatística (delinqüência oculta) foram abordadas na Pesquisa de Vitimização.
11
T O T A L D E O C O R R Ê N C IA S R E G IS T R A D A S
In q u é rit o s E s c la re c id a s
In s t a u ra d o s 2%
27%
N Ã O C R IM IN A IS
C R IM IN A IS
46%
54%
A p e n a s R e p o rt a d a s
26%
8
O programa desenvolvido para esse fim consta do Relatório Científico do bolsista da Faculdade de Informática,
Rodrigo Dieger, anexado ao final desse relatório.
13
9
Sabíamos que havia outra fonte de referência que poderia nos fornecer informações sobre o número e tamanho
das residências de cada bairro – Prefeitura Municipal através de suas secretarias de Planejamento Urbano ou de
Receita que mantém essas informações para o lançamento do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano). Porém,
as nossas tentativas de contato, para parceria no projeto através dessas secretarias, foram infrutíferas.
14
CAPÍTULO I
I. INTRODUÇÃO
II. SAZONALIDADE
podem se aplicar também para o Brasil. O verão propicia lazer e interação social, e com isso
o aumento no consumo de álcool que, aliados com outras pré-condições de violência como a
desigualdade social e alterações biológicas, levam a atitudes violentas que tanto podem
provocar pequenas lesões corporais, como chegar ao homicídio dependendo da arma
utilizada.
10
WARREN, C. W.; SMITH, J. C. and TYLER, C. W. Sazonal Variation in Suicide and Homicide: a question of
consistency, J. Biosoc. Sci, 15, p. 349-356, 1983.
11
Idem.
16
TOTAL SUICÍDIO E
MESES PROPRIEDADE % PESSOA % % %
CRIMES TENTATIVA
JAN-ABR 1282 31,3 228 28,8 1510 30.9 16 23,9
MAI0-AGO 1382 33,7 211 26.6 1593 32,5 25 37,3
SET-DEZ 1436 35,0 354 44.6 1790 36,6 26 38,8
TOTAL 4100 100,0 793 100.0 4893 100.0 67 100.0
TABELA 1. DISTRIBUIÇÃO DOS CRIMES (CONTRA PROPRIEDADE E PESSOA) E
SUICÍDIO EM MARÍLIA, ANO 2000.
FONTE: BOLETINS DE OCORRÊNCIA DA POLÍCIA CIVIL ORG.:S.A.F.
• Analisando apenas as colunas que se referem aos totais (total crimes e suicídio e
tentativa), pode-se afirmar que os índices criminais aumentam conforme se aproxima
o final do ano;
16%
14%
12%
10%
8%
6%
4%
2%
0%
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Mês
12
As 5318 ocorrências estão distribuídas em:
• Patrimônio (3.686 furtos e 413 roubos e 2 latrocínios);
• Pessoa (731 Lesões Corporais, 20 homicídios e 42 tentativas de homicídio);
• 344 tráfico e uso de drogas (a maior parte dos B.O´s não separa tráfico de porte e uso);
• 67 suicídios e tentativas;
• 13 estupros.
17
• Os crimes cometidos contra o patrimônio estão mais bem distribuídos por todo o ano,
mas contrariam os padrões encontrados numa pequena parcela da bibliografia que
constatou maiores índices desse crime nos meses de temperatura mais baixa.
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO DOMINGO
Dia da Semana
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
00 às 04 04 às 08 08 às 12 12 às 16 16 às 20 20 às 24
Com o que foi exposto, é possível concluir que, numa visão geral, os
resultados encontrados nessa análise da criminalidade de Marília, no aspecto sazonalidade,
confirmam as investigações anteriores da bibliografia. Apenas a sazonalidade nos crimes
contra o patrimônio (aumento no inverno) não foi confirmada, embora, entre os meses
março/julho os índices sejam maiores que entre novembro/fevereiro. Porém, são raros os
estudos que investigam a sua significância, especialmente os crimes ocorridos no Brasil.
1. Sexo
Falar sobre a participação diferencial dos sexos na ação criminal talvez seja o
aspecto mais tranqüilo nesta pesquisa. Ostensivamente, a presença feminina entre os
criminosos é insignificante, com índices médios de 15%. Porém, em estudos anteriores (de
1985-93), a presença feminina era muito menor – inferior a 10%.
inserção crescente nessa modalidade criminal, atualmente responsável por 16,1%, conforme
se pode observar na Tabela 2.
SEXO CRIMES
PATRIMÔNIO % PESSOA % DROGAS % TOTAL %
FEMININO 53 13.2 100 16.1 68 16.1 221 15.3
MASCULINO 349 86.8 520 83.9 355 83.9 1224 84.7
402 100,0 620 100.0 423 100.0 1445 100.0
TABELA 2. DISTRIBUIÇÃO, POR SEXO, DOS INDICIADOS POR CRIMES CONTRA O
PATRIMÔNIO, PESSOA E ENTORPECENTES EM MARÍLIA - 2000
FONTE: BOLETINS DE OCORRÊNCIAS DA POLÍCIA CIVIL ORG.:S.A.F.
Como vítima (Tabela 3), embora também seja numericamente bem menor que
o homem, em termos relativos, a sua participação é bem mais pronunciada do que como
indiciada. Nesse universo (vítima) a sua presença também é maior nos crimes cometidos
contra a pessoa, chegando a constituir 32.8% dos ofendidos.
SEXO CRIMES
PATRIMÔNIO % PESSOA % TOTAL %
FEMININO 1291 30.7 287 32.8 1578 31.0
MASCULINO 2917 69.3 588 67.2 3505 69.0
4208 100.0 875 100.0 5083 100.0
TABELA 3. DISTRIBUIÇÃO, POR SEXO, DAS VÍTIMAS DE CRIMES CONTRA O
PATRIMÔNIO E PESSOA EM MARÍLIA (2000)
FONTE: BOLETINS DE OCORRÊNCIA DA POLÍCIA CIVIL ORG.:S.A.FELIX
21
35
30
25
20
15
10
5 2000
0 1985-93
Patrimônio
Pessoa
2. Idade
LESÃO HOMICÍDIO /
ANOS ROUBO % FURTO %% % DROGAS %
CORP. TENTATIVA
18 e 19 11 15,7 62 28,4 33 10,3 5 13,2 63 16,8
20 a 24 36 51,4 79 36,2 67 20,9 8 21,1 144 38,5
25 a 29 06 8,6 26 11,9 57 17,8 11 28,9 64 17,1
30 a 34 08 11,4 23 10,6 61 19,1 8 21,1 40 10,7
35 a 39 05 7,1 11 5,0 37 11,6 3 7,9 26 7,0
40 a 44 03 4,3 8 3,7 32 10,0 1 2,6 27 7,2
45 a 49 6 2,8 18 5,6 1 2,6 8 2,1
50 a 54 9 2,8 1 2,6 1 0,3
55 e mais 1 1,4 3 1,4 6 1,9 1 0,3
Total 70 100 218 100 320 100 38 100 374 100
TABELA 4. DISTRIBUIÇÃO DOS CRIMINOSOS, POR IDADE, PARA ALGUMAS
MODALIDADES DE CRIMES OCORRIDOS EM MARÍLIA, EM 2000
FONTE: BOLETINS DE OCORRÊNCIA DA POLÍCIA CIVIL ORG.:S.A.FELIX
13
Apesar da sua inexistência no Código Penal Brasileiro, assalto é um termo conhecido e difundido na
linguagem criminal, especialmente para roubos praticados com o uso de violência. Conservamos essa
denominação para caracterizar um crime específico: com violência, quase sempre com arma de fogo, em locais
públicos, quando foi possível identificar no histórico da ocorrência.
24
14
6. Embora a participação direta dos jovens nos crimes de entorpecentes seja
menos significativa dos que nos de propriedade, aumentou bastante nos
últimos 07 anos – passou de 45% dos envolvidos em 1993 para 55,3% em
2000.
Mais de 65
15 a 19
20 a 24
25 a 29
30 a 34
35 a 39
40 a 44
45 a 49
50 a 54
55 a 59
60 a 64
• Nos crimes violentos, mesmo com redução, a participação por faixa etária é
um pouco mais equilibrada que nos dois anteriores (propriedade e drogas);
14
A participação da droga pode ser indireta: pesquisas desenvolvidas nos EUA (1988) confirmaram o uso de
drogas em 50% dos crimes cometidos por jovens.
25
contra a pessoa, tem-se: para cada 1.000 pessoas dessa idade, há 6,21
criminosos contra o patrimônio, 4,05 criminosos violentos e 7,8 traficantes de
entorpecentes;
SUICÍDIO E
IDADE PATRIMÔNIO PESSOA TENTATIVA ESTUPRO
Nº % Nº % Nº % Nº %
10 a 14 40 1,0 22 2,6 0 0,0 4 33,3
15 a 19 200 5,1 144 17,0 11 16,4 2 25,0
20 a 24 620 15,7 186 22,0 20 29,9 1 12,5
25 a 29 623 15,8 121 14,3 11 16,4 1 12,5
30 a 34 514 13,0 102 12,1 8 11,9 2 25,0
35 a 39 495 12,5 94 11,1 6 9,0 0 0,0
40 a 44 442 11,2 64 7,6 3 4,5 1 12,5
45 a 49 335 8,5 38 4,5 2 3,0 1 12,5
50 a 54 233 5,9 28 3,3 2 3,0 0 0,0
55 a 59 166 4,2 17 2,0 1 1,5 0 0,0
60 a 64 121 3,1 7 0,8 1 1,5 0 0,0
65 a 69 61 1,5 9 1,1 1 1,5 0 0,0
> 70 104 2,6 13 1,5 1 1,5 0 0,0
TOTAL 3954 100,0 845 100,0 67 100,0 12 100,0
TABELA 5. DISTRIBUIÇÃO DAS VÍTIMAS, POR IDADE E CRIMES (PATRIMÔNIO,
PESSOA E ESTUPRO) E SUICÍDIOS E TENTATIVAS, MARÍLIA, 2000.
FONTE: BOLETINS DE OCORRÊNCIAS DA POLÍCIA CIVIL ORG.:S.A.F.
3. Estado Civil
15
Folha de São Paulo, edição nº 21.687, 18 ago. 1988, Cidades, p. 2.
28
4. A Cor do Crime
Além da idade, a cor da pele dos criminosos é uma variável que apesar de
muito polêmica, contestada e até abominada na literatura, é investigada em quase todas as
pesquisas.
16
Os registros criminais não são muito criteriosos em relação às características demográficas dos envolvidos nos
delitos. Como esclarecido anteriormente, a classificação da cor da pele fica a critério do funcionário que está
registrando a queixa crime.
17
Ver FELIX, S. A. (1996), p. 37
29
18
Do mesmo modo que a cor da pele, as informações raciais também são de responsabilidade do funcionário.
Desse modo, em alguns casos até seria possível identificar o descendente de japonês pelo seu nome. No entanto,
como não seria possível fazê-lo durante toda a pesquisa, optou-se por considerar exatamente como estava
registrado no Boletim de Ocorrência.
30
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
CONTRA A PESSOA CONTRA O PATRIMÔNIO ENTORPECENTES
(TRÁFICO E USO)
TRÁFICO PORTE/USO
POP. ROUBO FURTO HOM. L.C. ESTUPRO TOTAL
ART.12 ART.16
% % % % % % %
% %
BRANCA 69,0 44,9 56,4 68,6 63,3 57,1 61,3 68,4 61,5
PARDA 20,8 47,4 31,3 31,4 29,5 28,6 28,9 25,9 30,3
NEGRA 5,2 7,7 12,4 7,3 14,3 9,9 5,7 8,3
TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
TABELA 8. DISTRIBUIÇÃO DE CRIMINOSOS, POR COR E CRIMES-MARÍLIA (2000)
FONTE: BOLETINS DE OCORRÊNCIAS DA POLÍCIA CIVIL ORG.:S.A.F.
5. Profissão/Ocupação
19
COELHO, E. C., “Sobre Sociólogos, Pobreza e Crime”, DADOS – Revista de Ciências Sociais, 23(3), p. 377-
383, 1980.
33
ATIVIDADES
Patrimônio Pessoa Drogas Costumes Total %
(Economicamente Não-Ativas)
Desempregado 36,3% 9,6% 19,0% 0,0% 229 20,5%
Estudante 9,9% 11,4% 12,6% 14,3% 127 11,4%
Do Lar 3,4% 4,8% 4,1% 0,0% 46 4,1%
Aposentado 0,6% 0,8% 0,5% 0,0% 7 0,6%
SUB-TOTAL 50,3% 26,5% 36,2% 14,3% 409 36,7%
20
Quando foi possível identificar exatamente a ocupação desses indiciados, eles foram incluídos no item
trabalhador informal.
35
6. Origem
21
A tese de “Segunda Geração” foi defendida principalmente por HUNTINGTON (1968), TILLY (1968),
WEINE (1961) E SOARE (1964), conforme Janice E. PERLMAN (1977), p.162
36
Por essa análise geral percebe-se que a maior parte dos criminosos é do
próprio Estado de S. Paulo, contribuindo relativamente com mais criminosos contra o
patrimônio (91%), que sua própria população de origem (83,13%). O mesmo ocorre com os
crimes violentos, embora com taxas de criminosos (85,3%) menores que as dos crimes
contra o patrimônio, porém, ainda assim maiores que as da população residente (83,13%).
7. Instrução
Pelas informações dos B.O´s, a grande maioria dos criminosos tem instrução
elementar (80,2%), sendo 1,7% analfabetos ou apenas sabendo ler e escrever, e 62,7% com
apenas alguns anos de estudos, não tendo chegado a completar o 1º grau.
• Enquanto o crime mais cometido pelo branco foi o tráfico de entorpecentes (23%), o
do pardo é o assalto (25%) e o do negro é o furto (36%).
Outra revelação dessa análise foi a forte relação entre grau de instrução e o
tráfico de entorpecentes (100% dos presos com o 3º grau completo eram traficantes). Além
disso, do total de crimes cometidos por presos com instrução equivalente ao 2º e 3º graus,
36,4% eram dessa atividade delitiva (tráfico de entorpecentes). Ainda nesse contexto (2º e
3º graus), 54,6% estavam cumprindo pena por assalto, furto e roubo (18,2% para cada uma
das modalidades) e 9% por estelionato.
CAPÍTULO II
I. INTRODUÇÃO
22
Mais informações sobre a Teoria do Espaço Defensivo de NEWMAN poderão ser obtidas In S. W.
GREENBERG & W. ROHE (1984).
40
TABELA 14. DISTRIBUIÇÃO, POR SETORES DE BAIRROS, DA POPULAÇÃO, DE JOVENS (15-24 ANOS), DOS CRIMES,
CRIMINOSOS E VÍTIMAS POR 1000 HABITANTES E ALGUMAS CARACTERÍSTICAS ESPACIAIS DE MARÍLIA
NO ANO DE 2000.
FONTE: REGISTROS DA POLÍCIA CIVIL
ESTIMATIVAS DEMOGRÁFICAS DO PROJETO UNI, 2000 ORG.:S.A.F.
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dos Bairros e dos Setores de Bairros
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AEROPORTO
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Figura 10
MARÍLIA 2000
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12,16
Figura 11
MARÍLIA 2000
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
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7,31
Figura 12
MARÍLIA 2000
CRIMES CONTRA A PESSOA
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AEROPORTO
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2,31
Figura 13
MARÍLIA 2000
ENTORPECENTES
TRÁFICO, PORTE E USO
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CASTELO BRANCO
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SÃO MIGUEL
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AEROPORTO
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Figura 14
MARÍLIA 2000
INDICIADOS POR CRIMES CONTRA A PESSOA
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2,16
Figura 15
MARÍLIA 2000
INDICIADOS POR CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
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Figura 16
MARÍLIA 2000
VÍTIMAS DE CRIMES CONTRA A PESSOA
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Figura 17
MARÍLIA 2000
VÍTIMAS DE CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
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Figura 18
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SANTA ANTONIETA
SETOR
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SETOR PALMITAL/
BANDEIRANTES SÂO MIGUEL SETOR
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NOVA MARÍLIA
Figura 19
MARÍLIA 2000
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13
1 5 9
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11 Ocorrências Furto/Roubo
1
5 3 em Veículo
1 4 3
1
Até 9
4
10 a 25
1
3 26 a 40
41 a 55
56 a 70
121
2
1 ESCALA
3 2
625
1 1 500
Os números, no interior dos 1 375
2
250
Existem, em princípio, dois enfoques básicos para abordar o tema das diferenças
nos níveis de qualidade de vida, e que interessam diretamente a essa pesquisa: o sociológico e
o geográfico. Do ponto de vista sociológico, é possível adentrar as questões sobre as diferenças
e desigualdades dos diversos grupos sociais, a partir das relações estabelecidas e,
conseqüentemente, da cultura por eles elaborada. Geograficamente, é possível apreender, de
forma gráfica, as diferenças entre os lugares, particularmente quando pensamos as condições
de vida no meio urbano.
24
Todas as informações sobre a Renda Média dos Chefes de Famílias foram obtidas em tabulação especial, por
setores censitários, Censo Demográfico de 1991.
para os demais bairros vizinhos que passaram a abrigar a população daquele. Há fatos
curiosos, reportados pelos jornais da época, da exposição de placas indicativas de “casa de
família” nas portas das residências, providenciadas pelos moradores antigos que se viam
invadidos por uma nova e indesejável vizinhança (as prostitutas).
Pelas suas características, este setor denota ser uma região em crescimento
demográfico e de urbanização, com certas especificidades: além de apresentar áreas de
ocupação e de urbanização consolidada, também apresenta áreas onde tudo é novo, o que vai
requerer, num futuro próximo, investimentos públicos generalizados.
Este setor, constituído por bairros centrais, perdeu a dinâmica de sua força com
o surgimento de novos bairros que ofereceram vantagens de localização, de locomoção e de
ocupação que superaram aquelas existentes naqueles antigos bairros. De forma geral, as
regiões centrais passam por processos de desvalorização, no seu todo ou em parte, seguindo
a lógica do capital imobiliário. O resultado disso tem dupla direção: 1) a degradação em
algumas áreas (prédios sem manutenção, abandono, ausência de investimentos públicos, etc.)
e 2) a especulação imobiliária cria áreas reservadas para investimentos futuros, geralmente
para a verticalização.
A característica do setor do Alto Cafezal é comum nas cidades que passam por
um crescimento, expandindo as suas zonas periféricas. Esse crescimento é invariavelmente
realizado em detrimento de uma zona central ou parte dela, como é o caso do Alto Cafezal: lá
está a maioria dos cortiços. O resultado é o empobrecimento da zona central, acarretando
sérias conseqüências no que se refere à qualidade de vida.
Este setor é composto por uma população homogênea nos níveis de renda (a
média salarial dos chefes de família ficava acima de 12 salários mínimos) e com níveis
adequados de serviços públicos. Não possui favelas ou áreas de risco, o que implica em menor
pressão de demanda por serviços e equipamentos públicos. Além disso, sua população é
preponderantemente composta por pessoas adultas, acima de 15 anos, cujo percentual
populacional do setor corresponde a 81,7 %.
25
Dados estimados para o ano 2000, fornecidos pelo Programa UNI.
concentração de serviços públicos na sua porção oeste, nas imediações do centro, como a
Estação Ferroviária, o Terminal de Ônibus Urbano e a sede da FUMARES (Fundação
Mariliense de Recuperação Social - órgão de assistência aos indigentes), todos localizados na
mesma quadra. Ainda há o Albergue Noturno e alguns outros serviços assistenciais como os
“marianos”, grupo vinculado à Igreja Católica que distribui alimentos e roupas. Distribuídos pelo
setor, há inúmeros estabelecimentos comerciais (shopping, supermercados, bares,
restaurantes, hotéis, etc.), órgãos públicos (Hospital, Estação de Tratamento de Água,
Secretaria Municipal da Saúde), além de locais de alta concentração populacional (Estádio
Municipal e Clubes).
26
CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. 2000. Cidade de Muros. Crime, segregação e cidadania em São Paulo. São
Paulo, editora 34/Edusp. P.134
27
Ver Relatório da Pesquisa de Vitimização, parte integrante desse Projeto.
III. ESPAÇOS DOS CRIMINOSOS
28
FELIX, Sueli A. 1996
A partir desses dados, foi pesquisada a trajetória do criminoso, no exercício de
sua atividade delitiva, e a distância percorrida entre a sua residência e o seu alvo. Tomando-se
como base de análise os setores que apresentaram as mais altas taxas de crimes contra o
patrimônio/habitantes, ocorridos entre 1985-1993, delineou-se os percursos dos criminosos que
agiram no local, a partir de suas origens (residência).
140
120
NÚMERO DE VIAGENS PARA ROUBO
100
80
60
40
20
0
1 1 ,5 2 2 ,5 3 3 ,5 4 4 ,5 5
DIST Â NC IA E M K M
1. a distância média (em linha reta) percorrida pelo ladrão é de 1,89 km;
4. Os roubos pequenos (de objetos de pouco valor) são cometidos nos trajetos
mais curtos, ocorrendo o contrário com os grandes arrombamentos
(residenciais e comerciais);
29
CAPONE, D. L. & NICHOLS JR., W. W. (1975). p.47.
sócio-econômica de sua população (desde chefes de domicílio com rendimento médio de 2,8 a
12 salários mínimos) e, o que é mais importante, pela estrutura da parte oriental (região central
de comércio, lazer, etc.), o que a faz, por excelência, uma área atraente para esse tipo de
crime.
Com essa análise tem-se uma visão geral da criminalidade e das características
sócio-demográficas e espaciais (setoriais) da cidade de Marília, demonstrando que o espaço
mais central da cidade (Alto Cafezal), tradicionalmente de maior incidência criminal pela alta
concentração de pessoas para atividades de lazer e, portanto, de probabilidades maiores de
desavenças pessoais, perdeu a liderança para espaços contíguos e que se encontram em
expansão territorial em direção à periferia (Setor Salgado Filho/Cavallari).
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A “Teoria do Espaço Defensivo”, de NEWMAN , que discutiu num primeiro
momento a necessidade de proteção física para prevenção criminal e, num segundo, concluiu
que o excesso de proteção física pode resultar em proteção para o criminoso, teve respaldo
nessa pesquisa, especialmente no setor Cascata/Maria Izabel. Apesar de bem protegido,
apresentou um das mais altas taxas criminais relativas à população. Desse modo, há duas
interpretações contraditórias para o fenômeno: este setor é um dos mais protegidos pelas suas
altas taxas criminais ou estas são altas justamente por excesso de proteção física que, apesar
de dificultar a penetração do ofensor, oferece-lhe proteção. Ao transpor as barreiras, ele está
protegido pelos mesmos meios que teriam a função de evitá-lo, dando-lhe mais liberdade de
ação. Além disso, para NEWMAN, mais importante que a proteção física é a vigilância solidária
das propriedades e, acima de tudo, o desenvolvimento do “sentido comunitário”, um dos
nossos objetivos na fase II desse projeto.
Ainda no aspecto de características físicas do espaço, foi possível observar a
32
relação entre incivilidade e taxas criminais . Os espaços deteriorados fisicamente através de
casas velhas, parcialmente destruídas e/ou construídas de forma improvisada, com pichações,
e localizadas em ruas sujas, estreitas, mal iluminadas etc., são os que apresentam as mais
altas taxas criminais, especialmente as violentas. Além da criminalidade em si, a incivilidade
determina uma percepção espacial de medo e afrouxamento nos relacionamentos sociais, o
que, por conseqüência, propicia o aumento da criminalidade. Programas de recuperação
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Sobre os crimes de colarinho branco, especificamente, além de haver muita tolerância com os seus praticantes,
que são pessoas de bom nível sócio-econômico e cultural, a abertura de inquéritos é mais freqüente se o mesmo for
cometido por funcionários subalternos. Segundo Marcelo Alcides Gomes (investigador de crimes financeiros, em
entrevista à Revista Veja, 10/04/1996, p.7-9), 80% das fraudes grandes terminam em demissão dos envolvidos,
apenas, sem abertura de inquéritos policiais.
31
Mais informações sobre a Teoria do Espaço Defensivo de NEWMAN (1972), poderão ser obtidas In S. W.
GREENBERG & W. ROHE (1984).
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O modelo de incivilidade de vizinhança e relações com o medo e taxas criminais foi desenvolvido por HERBERT,
D.T. (1993), p.p. 45-54
espacial (reurbanização) devem ser adotados para a redução das oportunidades do crime, ou,
pelo menos, do medo da população.
1º. As informações sobre população são obtidas através dos dados do Censo, onde
o quesito cor é registrado conforme a resposta do recenseado. Acredita-se que,
por questões de ascensão social, o negro possa estar provocando o clareamento
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da sua raça ;
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Entre 1940-80, para um aumento populacional de quase 70%, a população branca aumentou por volta de 50%, a
mulata, acima de 120%, e a preta aumentou apenas 15% - conforme os dados do IBGE.
34
POSADA, J. E. M. tem um estudo interessante sobre á questão racial nos Censos Demográficos. No Censo de
1980 foram declaradas 136 cores, significando que “a estrutura de relações econômicas e ideológicas que legitima o
preconceito racial (e conseqüentemente o racismo) traz em seu interior determinantes de negação, de identidade que
alimentam posições sociais contraditórias em termos de composição populacional”. In: Censos, Consensos e
Contra-sensos, III SEMINARIO METODOLÓGICO DOS CENSOS DEMOGRAFICOS, Ouro Preto, jun.
1984,p.223-31.
3º. Os dados utilizados abrangeram períodos diferentes: as informações sobre o
total de habitantes de cada segmento referem-se à 1980 (IBGE) e as criminais,
aos envolvidos em atividades delitivas em 2000 (Polícia Civil).
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALDEIRA, Teresa Pires do Rio. 2000. Cidade de Muros. Crime, segregação e cidadania em
São Paulo. São Paulo:Editora Edusp.
CAPONE, D. L. & NICHOLS JR., W. W. Crime and Distance: an analisys of offender behaviour
in space, Proc. Of the Am. Geog., 7, p.45-8, 1975.
COELHO, E. C., Sobre Sociólogos, Pobreza e Crime, DADOS - Rev de Ciências Sociais, 23(3),
p. 377-383, 1980.
FELIX, Sueli Andruccioli, A Geografia do Crime Urbano: aspectos teóricos e o caso de Marília-
SP, Rio Claro:UNESP, 1996 (tese de doutoramento).
GREENBERG, S. W. & ROHE, W. Neighborhood, Design and Crime: a test and two
perspectives, Journal Am. Planning Assoc., 50(1), 1984, p.48-61.
HARRIES, K. D. Cities and Crime: a geographical model, Criminology, 14(3), p.369-86, 1976.
PERLMAN Janice E.O Mito da Marginalidade: favelas e política no Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro:Paz e Terra, 1977, 377p.