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Apostila Controle de Qualidade PDF
Apostila Controle de Qualidade PDF
Mesmo sendo difícil ter uma definição para qualidade, é necessário buscá-la
sempre, pois é nela que se tem o diferencial competitivo.
A qualidade total é uma forma de ação administrativa que coloca como foco nas
atividades da empresa, a qualidade dos produtos ou serviços. A gestão pela qualidade
total é quando esta ação é efetivada, tendo como características: foco no cliente
trabalho em equipe, decisões baseadas em dados e fato, e busca incessante da solução
de problemas.
Planejamento/Plan (P)
Verificação/Check (C)
Assim, o ciclo inicia novamente e a cada volta, tem-se uma melhoria. Pois se o
processo está fora de controle, aplicando o ciclo algumas vezes, ele vai está de forma
adequada. Mas se o processo já está sob controle, ele fica cada vez melhor.
Os 10S:
Essas ferramentas são muito utilizadas nas empresas por todo o mundo, por terem
um efeito muito produtivo e eficaz. Grande parte dos problemas que podem aparecer
dentro da empresa pode ser resolvida com essas ferramentas. São elas:
Estratificação
Folha de Verificação
Gráfico de Pareto
Diagrama de Dispersão
Histograma
Gráfico de Controle
Diagrama de Causa e Efeito
Cada ferramenta tem sua própria utilização, mas cabe a cada um que estiver
preparando modificar para atingir seus objetivos, pois não existem regras de passo a
passo. E todas elas são de fácil aplicação.
Além das sete ferramentas listadas, tem-se também o brainstorming, que é uma
ferramenta que através de ideias de um determinado grupo, auxilia na melhoria da
qualidade de serviços da empresa ou dos próprios produtos fabricados. E também a
ferramenta 5W-2H, que auxilia no planejamento do que tem que ser feito para a
melhoria do processo.
2.1 Estratificação
A estratificação deve ser usada para analisar os dados com o objetivo de melhoria,
dividir em categorias para focar a análise, pesquisar caminhos que contribuem de
forma mais rápida e maior intensidade na identificação do problema.
2.2 Folha de Verificação
Não existe uma regra para a criação desses formulários, pois é feito de acordo com
a necessidade da fábrica. Um exemplo pode ser visto na figura 2.
2.5 Histograma
O histograma é utilizado para muitos dados. Ele mostra o quanto de variação existe
na fabricação de qualquer produto, pois os fatores que envolvem esta prática (homem,
maquina, ambiente) não são constantes, levando sempre a variações na produção, e é
um método para conhecer a população por meio de amostra.
Ele é um gráfico de barras, assim como o gráfico de pareto, as quais devem ter a
mesma base e a altura é proporcional a quantidade representada. O histograma
demonstra visualmente a variabilidade das medidas de uma característica do processo
em torno da média.
São gráficos que demonstram se o processo está ou não sob controle. Eles são do
tipo linha, onde avaliam e mantém a estabilidade do processo.
Os dados dos gráficos são coletados com o decorrer do tempo e são plotados,
como na figura 5.
As variações que ocorrem dentro dos limites são normais, se forem de modo
aleatório. Mas se seguirem algum tipo de padrão, algum erro está acontecendo e
devem-se analisar as causas. Os gráficos de controle serão mais bem discutidos no
próximo capitulo.
Esse diagrama não identifica por si só as causas do problema, porém auxilia no foco
para achar o que está acontecendo no processo que está levando a essas falhas.
Cabeçalho
Efeito
Eixo Central
Categoria – principais grupos que relacionam com o efeito
Causa – aqueles fatores que podem contribuir para o efeito
Sub causa – ramificações da causa
Figura 7. Esquema do Diagrama Causa e Efeito
Para cada efeito, existem muitas causas. Estas estão colocadas dentro da categoria
dos 6 M’s: Método, Medida, Meio, Matéria-prima, Máquinas, Mão-de-obra. Depois de
finalizado o diagrama, as melhores causas são escolhidas para uma análise mais
detalhada e os projetos que irão vir a seguir pertencerão a todos que participaram da
montagem do diagrama.
Quantidade é importante
Liberdade total – todas as ideias são boas e vão ajudar na solução do
problema
Suspensão do julgamento – proibido debates e criticas às ideias
apresentadas, pois acabam causando desvio ao objetivo e inibição por parte
das pessoas
Igualdade de oportunidade – todos deve expor suas ideias
Combinação e melhoramento – os outros participantes podem melhorar
uma ideia dada ou combinar as ideias apresentadas
Deve-se definir bem o problema que irá ser analisado, deixando ele bem claro a
todos os participantes, para que não ocorra desvio durante a atividade. Após alguns
minutos, tempo para que todos possam analisar o problema, começa o brainstorming.
Na parte da geração de ideias, deve-se limitar o tempo nomeando alguém para
controlar. À medida que as ideias são ditas alguém, nomeado previamente, deve ir
anotando todas elas, enquanto que o líder irá escutando e dando oportunidade para
que todos falem. O líder não pode expor suas ideias, ele está ali somente para
organizar a atividade.
Esse tipo de ferramenta auxilia o planejamento das atividades que precisam ser
feitas para melhorar a qualidade do processo. Ela é muito útil para a empresa, pois
elimina qualquer tipo de duvidas que possam aparecer durante a atividade analisada.
O nome dessa ferramenta é junção das iniciais, em inglês, de todas as etapas que a
compõem, as quais são vistas abaixo:
Para a aplicação dessa ferramenta, tem que ter certeza que será feita sobre as
causas do problema e não sobre os efeitos. Propor diferentes soluções para o
problema analisado e que não tenha efeitos colaterais, para garantir que não ocorram
gastos a mais que o planejado inicialmente. Um exemplo de como usar a ferramenta
5W-2H pode ser visto na figura 8. Nessa ferramenta, é necessário destacar o objetivo,
ou seja, a ação a ser implementada.
Plano de Ação
QUANTO: R$ 2000,00
2. Gráfico da Média
Este tipo de gráfico analisa a variação dentro das amostras. Em certo tempo, ele vê
o que está acontecendo. Os limites do gráfico são calculados da seguinte maneira:
Limite Superior =
Limite Médio =
Limite Inferior =
O gráfico da média mostra a variação que existe entre as amostras, variação esta
que existe ao longo do tempo. Os limites no gráfico da média são calculados de forma
um pouco diferente:
Limite Superior =
Limite Médio =
Limite Inferior =
Amostra (n°) R
1 31, 003 30, 995 31, 001 30, 993 30, 998 0, 010
2 30, 996 30, 991 31, 006 31, 012 31, 001 0, 021
3 30, 986 31, 022 31, 025 31, 004 31, 009 0, 039
4 30, 997 30, 993 30, 991 31, 009 30, 998 0,02
5 30, 993 30, 985 31, 017 30, 988 30, 996 0, 0 32
6 31, 008 30, 992 30, 996 30, 984 30, 995 0, 0 24
7 30, 996 31, 004 30, 992 31, 001 30, 998 0, 0 12
8 30, 984 31, 002 30,99 31,01 30, 997 0, 0 6
30, 999 =0, 023
Deve-se construir primeiramente o gráfico da amplitude, observar se todos os
pontos estão dentro dos limites. Se sim, passar para o gráfico da média, porém se tiver
um ponto fora dos limites, eliminá-lo e recalcular os valores dos limites para só então
passar a calcular o gráfico da média.
Para n=4, que é o tamanho das amostras, tem-se D3= 0 D4= 2,282 e A2= 0,729.
LM= 0, 023
LI= 0
Como todos os pontos estão dentro dos limites de controle, calcula-se agora o
gráfico para média.
Outro ponto importante, é que se o número da amostra for maior que 10, deve-se
calcular o gráfico média/desvio padrão, pois o gráfico da amplitude perde a eficiência
pois os valores entre os valores máximo e mínimo são ignorados.
Limite Superior =
Limite médio =
Limite Inferior =
Limite Superior =
Limite médio =
Limite Inferior =
Onde A3, B3 e B4 são valores tabelados em função da amostra, que podem ser
encontrados no ANEXO 1.
Para este tipo de gráfico, deve ter, no mínimo, 25 amostras. Assim, os limites são
calculados da seguinte maneira:
Limite Superior:
Limite Médio:
Limite Inferior:
= = 0,39
LM= 0,39
Como ocorreu de 3 pontos(15, 20, 22) passarem do limite superior, elimina eles
e recalcula os limites.
= = 0,36
LM= 0,36
Este tipo de gráfico controla a quantidade de defeitos que uma amostra pode
apresentar. Com seus limites de controle calculados da seguinte maneira:
Limite Superior:
Limite Médio:
Limite Inferior:
Limite Superior:
Limite Médio:
Limite Inferior:
4. ANÁLISE DE PROCESSOS
4.1 Estabilidade
Devem ser sempre analisados os pares dos gráficos, no caso dos gráficos para
variáveis média/amplitude e média/desvio, para verificar se tem algo disforme. Essa
avaliação se dá forma como foi dita no capítulo 3.
4.2 Capacidade
O processo é considerado capaz quando o Cp for maior que 1,33. Abaixo desse
valor, pode-se dizer que o processo não atende a especificação. Essa avaliação dos
índices de capacidade tem que ser bem estudada para então ser aplicada, para que
não ocorram erros que vão acarretar ao não cumprimento das especificações, fazendo
com o produto chegue às mãos do cliente com problemas. Lembrando que o cliente
não satisfeito, o risco para empresa é maior.
Outro índice que pode ser usado também é o Cpk, o qual serve como um ajuste
do Cp para quando a distribuição não estiver centrada entre os limites de
especificação.
Existem alguns tipos de inspeção classificados referente à sua execução. São elas:
A decisão sobre lotes pode ser feita de 3 maneiras. Quando não há inspeção,
pois o lote possui Cpk=3 ou 4. Através da inspeção 100%, feita em itens caros, pois a
saída de itens defeituosos acarreta em alto custo para empresa. E através da inspeção
por amostragem, quando o teste é destrutivo e existem muitos itens para inspecionar.
Amostra
n
Inspeção
Sim Não
d≤a
Aceitar o Rejeitar o
lote lote
A decisão sobre o lote pode ser tomada através de duas inspeções em duas
amostras diferentes.
1ª Amostra
n1
Inspeção
d1 ≤ a1 a1 < d 1 ≤ a 2 d1 > a2
2ª Amostra
n2
Inspeção
d1 + d2 ≤ a2 d1 + d2 > a2
Aceitar o Rejeitar o
lote lote
Nesse tipo de amostragem, a decisão sobre o lote pode ser tomada em até sete
amostras. O procedimento é o mesmo que a amostragem dupla, sendo que o tamanho
da amostra é menor.
Ele é mais econômico que a amostragem simples e dupla, porém existe uma
dificuldade em administrá-lo, deixando sua aplicação limitada.
1) Geral:
I – deve ser usado quando necessitar de uma menor discriminação
II – sempre usa esse nível, caso não especifique
III – usa-se para uma maior discriminação
2) Especiais:
S-1 ; S-2 ; S-3 e S-4. Usados para amostras pequenas e quando há riscos que
possam ser tolerados em amostras grandes.
Depois de escolhido qual nível usar, parte para que tipo de inspeção, que pode
ser normal, severa ou atenuada.
Número de
Fatores para Linha
Elementos na Fatores para Limites de Controle
Central
Amostra (n)
d2 1/d2 d3 D1 D2 D3 D4
2 1,128 0,8865 0,853 0 3,686 0 3,267
3 1,693 0,5907 0,888 0 4,358 0 2,574
4 2,059 0,4857 0,88 0 4,698 0 2,282
5 2,326 0,4299 0,864 0 4,918 0 2,114
6 2,534 0,3946 0,848 0 5,078 0 2,004
7 2,704 0,3698 0,833 0,204 5,204 0,076 1,924
8 2,847 0,3512 0,82 0,388 5,306 0,136 1,864
9 2,97 0,3367 0,808 0,547 5,393 0,184 1,816
10 3,078 0,3249 0,797 0,687 5,469 0,223 1,777
11 3,173 0,3152 0,787 0,811 5,535 0,256 1,744
12 3,258 0,3069 0,778 0,922 5,594 0,283 1,717
13 3,336 0,2998 0,77 1,025 5,647 0,307 1,693
14 3,407 0,2935 0,763 1,118 5,696 0,328 1,672
15 3,472 0,288 0,756 1,203 5,741 0,347 1,653
ANEXO 2
S1 S2 S3 S4 I II III
2a8 A A A A A A B
9 a 15 A A A A A B C
16 a 25 A A B B B C D
26 a 50 A B B C C D E
51 a 90 B B C C C E F
91 a 150 B B C D D F G
151 a 280 B C D E E G H
281 a 500 B C D E F H J
501 a 1.200 C C E F G J K
1.201 a 3.200 C D E G H K L
3.201 a 10.000 C D F G J L M
10.001 a 35.000 C D F H K M N
32.001 a 150.000 D E G J L N P
150.001 a 500.000 D E G J M P Q
Acima de 500.000 D E H K N Q R