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Índice
1. Deus se Revelou ................................................................................................ 5
1.1. A Bíblia ensina que Deus se revelou ........................................................... 5
1.2. A Revelação de Deus .................................................................................. 5
1.3. Maneiras de Deus se revelar ....................................................................... 6
2. O Registro da Revelação: A Bíblia ...................................................................... 7
2.1. Que é a Bíblia? ............................................................................................ 7
2.2. Nomes da Bíblia .......................................................................................... 8
2.3. A Escrita da Bíblia e Sua Estrutura .............................................................. 8
O vocábulo “Bíblia” .............................................................................................. 8
A escrita da Bíblia ............................................................................................... 8
Materiais Empregados na Redação da Bíblia ...................................................... 8
Instrumentos para a Escrita ................................................................................10
As Formas dos Livros Antigos ............................................................................10
As Línguas da Bíblia ..........................................................................................11
3. A Constituição da Bíblia .....................................................................................13
3.1. Usando a Bíblia ..........................................................................................13
3.2. Como procurar um texto na Bíblia ..............................................................13
3.3. Os Livros da Bíblia......................................................................................14
Livros da Bíblia em Ordem Cronológica .............................................................24
4. O Cânon das Escrituras e os Livros Apócrifos ...................................................26
4.1. O Cânon: Antigo e Novo Testamento .........................................................26
O cânon do Antigo Testamento (A.T.) ................................................................26
O cânon do Novo Testamento (N.T.): .................................................................30
4.2. Livros Apócrifos ou Não Canônicos ............................................................33
Significado de Apócrifo .......................................................................................33
Os Livros Apócrifos do Antigo Testamento (A.T.) ...............................................33
Os Livros Apócrifos do Novo Testamento (N.T.).................................................36
5. O Período Interbíblico ........................................................................................38
6. A Veracidade da Bíblia. .....................................................................................40
6.1. Significado. .................................................................................................40
6.2. Provas. .......................................................................................................40
Estabelecida por considerações negativas. ........................................................40
Estabelecida por considerações positivas. .........................................................40
7. Inspiração ou Autoridade da Bíblia ....................................................................43
7.1. O Sentido da Inspiração .............................................................................43
7.2. O Elemento Humano na Inspiração ............................................................43
1. Deus se Revelou
1.1. A Bíblia ensina que Deus se revelou
“O homem foi feito à imagem de Deus e, portanto, sendo um ser intelectual, moral e
imortal, é a coisa mais natural esperar que o Criador sustente relações pessoais com
aqueles que criou à sua própria imagem. Também é de se esperar que Deus mantenha
comunicação pessoal com os homens” (G. H. Lacy). Na Palavra lemos:
“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de
muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos
nestes últimos dias pelo Filho”. Hebreus 1.1
Este versículo nos ensina três verdades a respeito da revelação:
1) Deus desenvolveu um processo de revelação de si mesmo ao longo da história;
2) Que Deus se valeu de diferentes modos para se revelar;
3) Que Deus completou, culminou sua revelação na pessoa de Jesus Cristo, seu
Filho eterno. Assim sendo, para conhecermos Deus precisamos crer que ele
existe, crer que Jesus é o seu Filho, e que ele veio como revelação final de Deus.
Além disso, é preciso crer que a Bíblia é o registro dessa revelação que durou
vários séculos.
É claro que existe o conhecimento interior de Deus, porque desde que o Espírito
Santo passa a habitar na pessoa que crê em Jesus como Filho de Deus, se arrepende e
o confessa como Senhor e Salvador, a convivência com o próprio Deus se torna real e
consciente. Mas isso é resultado da fé na revelação exterior, na revelação que foi
registrada nas Escrituras Sagradas. O apóstolo Paulo diz que “a fé vem pelo ouvir e o
ouvir pela Palavra de Deus” (Rm 10.17). Primeiro, o homem toma conhecimento das
informações a respeito de Deus, que ele mesmo transmitiu aos homens santos que
escolheu para sua revelação (2 Pedro 1.21) 1 e, finalmente, ao ser regenerado mediante
a fé em Jesus, passa a conhecer Deus por experiência interior. João diz que “quem crê
no Filho de Deus em si mesmo tem o testemunho” (I Jo 5.10a)
1
“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”. 2 Pedro
1:21
pessoa que tem a primazia na revelação, é Jesus Cristo, que é o próprio Deus que se fez
carne. Ele é chamado de “Emanuel” que significa “Deus conosco” (Is 7.14; Mt 1.23)2, e no
dizer do apóstolo Paulo, é a “imagem do Deus invisível” (Cl 1.15)3.
A revelação cristã é a revelação que Deus fez por meio do Filho, Jesus Cristo, e pela
inspiração do Espírito Santo, por intermédio dos seus discípulos, os quais primeiro
transmitiram oralmente o que tinham visto e ouvido, para edificação das igrejas que iam
se formando e, depois, passaram a escrever para orientação das igrejas. O apóstolo
João destaca este assunto, ao escrever: “O que era desde o princípio, o que ouvimos,
o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos
tocaram da Palavra da vida (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e
testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi
manifestada); O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também
tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho
Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra. (1
João 1:1-4).
2
“Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.
“(Isaías 7:14); “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.”
(Mateus 1:23)
3
“O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação”; (Colossenses 1:15)
A escrita da Bíblia
A Bíblia foi originalmente escrita em forma de rolo, sendo cada livro um rolo. Assim,
vimos que os livros sagrados não estavam unidos como os temos hoje. Isso só foi
possível com a invenção do papel no século II pelos chineses, bem como a invenção do
prelo (prensa) em 1450 pelo alemão Gutenberg. Os livros antigos tinham forma de rolo
(Jr 36.2)4. Eram feitos de papiro ou pergaminho. Ainda hoje, devido aos ritos tradicionais,
os rolos sagrados das escrituras hebraicas continuam em uso nas sinagogas judaicas.
Papiro
O papiro é uma planta aquática que cresce junto a rios, lagos e banhados no oriente,
cuja entrecasca servia para escrever. Essa planta ainda existe no Sudão, na Galiléia
superior e no vale de Sharom. Seu uso na escrita vem de 3.000 a.C. A impossibilidade de
recuperar muitos dos antigos manuscritos (um manuscrito é, neste sentido, uma cópia à
mão das Escrituras) se deve basicamente aos materiais perecíveis empregados na
escrita da Bíblia. Dentre os antigos materiais de escrita, o mais comum era o papiro, feito
da planta do mesmo nome. Esse junco crescia nos rios e lagos de pouca profundidade,
existentes no Egito e na Síria. Grandes carregamentos de papiros eram despachados
através do porto sírio de Byblos. Supõe-se que a palavra grega para livro (biblos) tenha
origem no nome desse porto. A palavra portuguesa "papel" vem da palavra grega
papyros, isto é, papiro. The Cambridge History of the Bible (A História da Bíblia, de
4
“Toma o rolo de um livro, e escreve nele todas as palavras que te tenho falado de Israel, e de Judá, e de todas as nações, desde o
dia em que eu te falei, desde os dias de Josias até ao dia de hoje.” Jeremias 36:2
Pergaminho
O pergaminho é de pele de animais geralmente cabra ou carneiro e seu uso é mais
recente; vem dos primórdios da era cristã. É um material gráfico superior ao papiro. Essa
palavra designa "peles preparadas de ovelhas, cabras, antílopes e outros animais".
Essas peles eram "tosadas e raspadas" a fim de se obter um material mais durável para
a escrita. F.F. Bruce escreve que a palavra "pergaminho” tem origem no nome da cidade
de Pérgamo, na Ária Menor, pois a produção desse material para escrita esteve, numa
certa época, especialmente associada ao local".
Velino
Era o nome dado à pele de filhotes de diversos animais. Frequentemente o velino era
atingido de púrpura. Alguns dos manuscritos que temos hoje em dia são velino cor-de-
púrpura. Geralmente os caracteres escritos sobre o velino purpúreo eram prateados ou
dourados. Os mais antigos rolos de peles de animais são de aproximadamente 1500
antes de Cristo.
Rolos
Eram folhas de papiro coladas uma ao lado da outra,
formando longas tiras, e, então, enroladas num bastão. O
tamanho do rolo era limitado por causa da dificuldade de
seu uso. Geralmente se escrevia só de um lado. Um rolo
escrito dos dois lados tem o nome de "opistógrafo"
(Apocalipse 5.1). Conhecem-se alguns rolos com 43 metros
de comprimento, mas em geral, os rolos tinham entre seis e
dez metros. Não é de surpreender que a pessoa cuja função consistia em catalogar os
livros da biblioteca de Alexandria, tenha dito que "um livro grande é um grande
transtorno".
Escrita uncial
Constituía-se de letras grandes, arredondadas que,
mesmo conservando a forma das maiúsculas, já
prenunciavam as minúsculas carolinas. É por
excelência a grafia dos codex adaptada à pena. Com o
advento da imprensa, desapareceu definitivamente do
uso corrente.
Os manuscritos unciais (escritos em koiné
maiúsculo) destacam-se em relação aos manuscritos
na escrita cursiva (escritos em minúsculas) devido principalmente ao fato de serem mais
antigos e portanto mais próximos dos originais “autógrafos”. Suas letras eram bem juntas
umas das outras a fim de economizar espaço no pergaminho. Há pelo menos 170
porções de unciais no Novo Testamento, sendo 44 delas escritas em folhas de
pergaminho e não em rolos de papiro.
Minúscula Carolina
"Uma escrita de letras menores, cursivas,
criadas com vistas à produção de livros". A
mudança de unciais para minúsculas teve início
no século nove. Os manuscritos gregos eram
escritos sem quaisquer espaços entre as
palavras. (Até 900 AD. o hebraico era escrito
sem vogais, quando os massoretas5
introduziram a vocalização.) Bruce Metzger
responde o seguinte àqueles que falam da
dificuldade de um texto contínuo: "Não se deve,
todavia, pensar que essas ambiguidades ocorram com muita frequência no grego. Nessa
língua a regra é que, com bem poucas exceções, as palavras vernáculas só podem
terminar em vogai (ou em ditongo) ou em uma dentre três consoantes: n, r e s (ni, rô e
sigma) Além do mais, não se supõe que a escrita contínua apresentasse dificuldades
excepcionais na hora da leitura, pois, na antiguidade, aparentemente era costume ler em
voz alta, mesmo quando se estivesse sozinho. Assim, apesar da inexistência de espaço
entre as palavras, ao pronunciar, sílaba por sílaba, o que estava lendo, a pessoa logo se
acostumava a ler o texto em escrita contínua".
As Línguas da Bíblia
O estudo das diversas línguas é interessante e de muito proveito. As línguas estão
sempre se modificando e mudando com o desenvolvimento dos povos e inter-
relacionando as nações. Originalmente a Bíblia fora escrita em três línguas, a saber:
hebraica, aramaica e grega. Esta era a língua do Novo testamento. Alguns comentadores
dizem que provavelmente Abraão deixou de usar a velha língua semítica — A caldaica—
a qual era a da sua própria terra (Gn 12.1-5), quando saiu de Ur, e adotou a língua dos
cananeus, em cujo meio foi morar. A sua descendência — os hebreus — mais tarde,
durante o cativeiro em Babilônia, deixou de falar a língua hebraica e adotou a caldaico -
aramaica, a qual continuou a ser falada até os tempos de Jesus Cristo. Esta língua
cananéia, que Abraão usou, era, provavelmente, a mesma ou alguma forma dela, que foi
conhecida mais tarde como hebraica. Parece que a língua hebraica foi chamada “a língua
de Canaã” (Is 19.18)6. Algumas das tabuinhas de Tel-el-Amarna, descobertas em 1887
no Egito, assim chamadas pelo nome do lugar em que foram achadas, com data de 400
anos mais ou menos depois de Abraão, são escritas em boa língua cananéia ou língua
hebraica.
5
escribas judeus que se dedicaram a preservar e cuidar das escrituras que atualmente constituem o Antigo Testamento.
6
Naquele tempo haverá cinco cidades na terra do Egito que falarão a língua de Canaã e farão juramento ao Senhor dos Exércitos; e
uma se chamará: Cidade de destruição. (Isaías 19:18)
3. A Constituição da Bíblia
A Bíblia se divide em duas coleções de livros, uma de 39 livros chamada de Velho ou
Antigo Testamento, e outra, com 27 livros chamada Novo Testamento.
A Bíblia Sagrada foi dividida em capítulos pelo inglês Stephen Langhton, teólogo,
Bispo de Canterbury - Inglaterra, e professor da Universidade de Paris - França, entre
1234 e 1242.
A divisão do Antigo Testamento hebraico, em versículos foi concluída entre os
séculos IX e X pelos "massoretas", estudiosos judeus das Escrituras Sagradas. Com
hábitos monásticos e ascéticos, os massoretas dedicavam suas vidas à recitação e cópia
das Escrituras, bem como à formulação da gramática hebraica e técnicas didáticas de
ensino do texto bíblico. Influenciado pelo trabalho dos massoretas no Antigo Testamento,
um impressor francês, que morava em Gênova, Itália, chamado Robert d’Etiénne,
concluiu a divisão do Novo Testamento em versículos no ano de 1551.
A primeira Bíblia a ser publicada incluindo integralmente a divisão de capítulos e
versículos foi a Bíblia de Genebra, lançada em 1560, na Suiça. Os primeiros editores da
Bíblia de Genebra optaram pela sua divisão em capítulos e versículos, porque chegaram
a um consenso de que isso seria muito útil para a memorização, a localização, e a
comparação de assuntos bíblicos.
Mc 10, 14
Mt 5. 13-17
Jo 1:2,2:4;Dt 28:2,15
Livros Duplos: Em alguns casos há dois livros com o mesmo nome. Estes são
distinguidos pelo número “1"ou “2" antes do nome do livro, como 2 Coríntios, II Coríntios
ou Segundo Coríntios.
Referências Cruzadas: As letras ou números pequeninos que aparecem no texto
dum versículo referem-se às notas (às vezes estas se encontram numa coluna no centro,
às vezes no fim da página ou numa margem). Nestas notas você encontrará mais
informações ou referências que tratam do mesmo assunto.
A Concordância: Uma concordância é uma lista em ordem alfabética das palavras
chaves da Bíblia e as referências onde estas se encontram. Ela ajuda a localizar uma
certa palavra ou a seguir um tema através da Bíblia.
ANTIGO TESTAMENTO
PENTATEUCO
Os cinco primeiros livros da Bíblia são chamados de Pentateuco. Para os judeus, esses livros são
chamados de Torá. Neles encontramos desde a criação do mundo até a Lei de Deus dada por Moisés ao
povo de Israel. Todos os livros foram escritos por Moisés com datas que variam de 1445 a 1405 a.C.
HISTÓRICOS
Os livros históricos narram a história do povo de Israel na conquista da palestina, a terra prometida.
Histórias de grandes Reis como Davi e Salomão, as guerras entre o povo israelita e os povos inimigos
de Deus, entre outros.
O estudo desses livros é importante para termos uma melhor compreensão não só sobre os conflitos
atuais entre Israel e Palestinos, bem como quem é Israel e o que ele representa para as demais nações do
mundo.
POÉTICOS
O termo poético é devido ao gênero desses livros. São compostos por Jó, Salmos, Provérbios,
Eclesiastes e Cantares de Salomão.
O livro de Jó traz um grande exemplo de paciência e esperança em Deus. Salmos é repleto de louvores
que expressam a grandeza e a misericórdia de Deus. Provérbios e Eclesiastes são livros que contém
ensinamentos e conselhos para nossa vida.
PROFÉTICOS
Há uma divisão dos livros proféticos em profetas maiores e profetas menores. Esta divisão é feita com
base no tamanho da obra e não na relevância ou importância deles. Também não é levando em conta a
importância da mensagem, já que todos foram inspirados pelo Espírito Santo, ocorre que os profetas
maiores, profetizaram mais ou deixaram mais escritos sobre as suas profecias.
PROFETAS MAIORES
PROFETAS MENORES
Joel 3 Joel, um profeta Muito pouco se sabe acerca dele. Foi um profeta de
de Judá Judá. Tema principal: o arrependimento da nação e
suas bênçãos. "O dia do Senhor", um tempo de
juízos divinos pode ser transformado em um período
de bênçãos.
NOVO TESTAMENTO
EVANGELHOS
Os quatros evangelhos foram escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João. Cada um deles foi destinado a
um povo, levando em conta o conhecimento que cada povo tinha de Deus ou de Jesus Cristo.
O evangelho de Mateus foi escrito para os judeus e tinha como propósito mostrar que Jesus
era o messias enviado por Deus.
O Evangelho de Marcos foi escrito para os romanos e apresenta Jesus como servo.
O Evangelho de Lucas foi escrito para os gentios e teve como propósito mostrar Jesus como o
Salvador.
O Evangelho de João foi escrito para a igreja. Este Evangelho é o mais recente, foi escrito no
final do primeiro século e teve como propósito mostrar que Jesus é o filho de Deus.
O Livro Histórico
O livro de Atos é um relato do inicio da igreja de Jesus Cristo na terra.
Atos dos Apóstolos 28 Autor: Lucas, o O livro é, em certo sentido, uma continuação do
médico amado. Evangelho de Lucas, e está dirigido à mesma
pessoa, a Teófilo. Quando Jesus deixou os seus
discípulos, o Espírito Santo veio habitar com eles.
Este livro foi escrito por Lucas para ser um
complemento ao seu Evangelho. Ela relata
eventos da história e da ação da igreja cristã
primitiva, mostrando como a fé se propagou no
mundo mediterrâneo de então.
Cartas de Paulo
As cartas de Paulo são ensinamentos valiosíssimos para a igreja atual. Nela encontramos um vasto
ensino sobre a salvação, o papel da igreja e não poucas vezes exortações sobre como ter uma vida santa
perante Deus.
2 Timóteo 4 O Apóstolo Nesta carta, escrita pelo Apóstolo Paulo, ele lança
Paulo um último desafio a seus companheiros de trabalho.
1 João 5 O Apóstolo João Esta carta explica verdades básicas sobre a vida
cristã com ênfase no mandamento de amarem uns
aos outros.
3 João 1 O Apóstolo João Em contraste com sua segunda carta, esta fala da
necessidade de receber os que pregam a Cristo.
O Livro Profético
Apocalipse é o último livro da Bíblia e foi escrito por João, o mesmo que escreveu o Evangelho
segundo João e as três cartas I, II e III João. João foi um dos três apóstolos mais ligados a Jesus (Pedro,
Tiago e João) e escreveu este livro já no final de sua vida, no final do primeiro século.
É um livro de difícil compreensão, mas de uma importância enorme, já que mostra como será o final dos
tempos, o julgamento de todas as nações, a salvação dos justos e a condenação dos pecadores.
Apocalipse 22 O Apóstolo João Este livro foi escrito para encorajar os cristãos que
estavam sendo perseguidos e para firmá-los na
confiança de que Deus cuidará deles. Usando
símbolos e visões, o escritor ilustra o triunfo do bem
sobre o mal e a criação de uma nova terra e um
novo céu.
Uma passagem de duvidosa autenticidade e de data incerta, talvez escrita 100 anos
antes de Cristo em 2Macabeus 2.13, alude à atividade de Neemias em conexão à
segunda e terceira divisão do cânon.
Ireneu transmite a tradição assim: “Depois que os sagrados escritos foram
destruídos, no exílio, sob o domínio de Nabucodonosor, quando os judeus, depois de
setenta anos, voltaram do cativeiro para a sua pátria, Ele (Deus) nos dias de Artaxerxes,
inspirou a Esdras, o sacerdote, da tribo de Levi, para arranjar de novo todas as palavras
dos profetas dos dias passados, e restaurar para uso do povo a legislação de Moisés.”
Elias, levita, escrevendo em 1588, fala da crença que o povo tinha, dizendo: “No
tempo de Esdras os 24 livros ainda não estavam unidos em um volume. Esdras e seus
associados fizeram deles um volume dividido em três partes, a lei, os profetas e a
hagiógrafa.” Esta tradição contém verdades. Se pode ser aceita em todos os seus
particulares, isso depende de determinar a data em que certo, livros foram escritos, tais
como Neemias e Crônicas.
O Pentateuco, como trabalho de Moisés, compreendendo a incorporação das leis
fundamentais da nação, formou uma divisão do cânon, e com direitos firmados na
cronologia, ocupou o primeiro lugar na coleção dos livros.
A segunda divisão dos livros teve a designação de proféticos por serem escritos
pelos seus autores assim chamados. Estes livros eram em número de oito, Josué, Juizes,
Samuel, e Reis, denominados os primeiros profetas, e Isaias, Jeremias, Ezequiel e os
doze profetas menores, denominados os últimos profetas.
O núcleo da terceira divisão é formado de seções de livros de Salmos e Provérbios.
Tinham duas feições distintas: eram essencialmente poéticos e os seus autores não
eram oficialmente profetas. Atraíram para si todas as outras produções de literatura
semelhante. A oração de Moisés no Salmo 90, não foi escrita por profeta, mas foi
colocada nesta divisão dos livros da Escritura por ser produção poética. Pela mesma
razão, as Lamentações de Jeremias, escritas por profeta, e sendo poesia, entraram na
terceira divisão do cânon hebreu. Uma razão adicional existiu para separá-las de
Jeremias, é que eram lidas por ocasião dos aniversários da destruição de ambos os
templos, e por isso, foram postas com os quatro livros menores que eram lidos por
ocasião de outros quatro aniversários, Cânticos, Rute, Eclesiastes e Ester, e formavam
os cinco rolos, ou Megilloth. O livro de Daniel foi incluído nesta parte por ter sido escrito
por homem que, posto dotado de espírito profético, não era oficialmente profeta. Com
toda a probabilidade, as Crônicas foram escritas por um sacerdote e não profeta, e por
esta razão, foram postas na terceira divisão do cânon.
Não sabemos por que estes livros se acham nesta divisão, quando é certo que
alguns deles e partes deles que agora se acham nela, já existiam antes de Malaquias e
Zacarias na segunda divisão.
É conveniente que se diga que, conquanto o conteúdo das diversas divisões do
cânon permanecessem inalteráveis, a ordem dos livros da terceira divisão variou de
tempos em tempos; e mesmo na segunda divisão o Talmude dá Isaias entre Ezequiel e
os Profetas Menores. Esta ordem dos quatro livros proféticos, Jeremias, Ezequiel, Isaías,
e os Profetas Menores, foi evidentemente determinada pelo tamanho, dando a prioridade
aos de maior volume.
Logo no fim do primeiro século da nossa era, o direito de certos livros figurarem na
terceira divisão do cânon, foi disputado. Não havia dúvida em pertencerem ao cânon. As
discussões versaram sobre o conteúdo dos livros e sobre as dificuldades de harmonizá-
los entre si. Estes debates, porém, eram meras exibições intelectuais. Não havia intenção
de excluir do cânon qualquer destes livros, e sim tornar bem claro o direito que ele tinham
aos lugares que ocupavam.
Finalmente, vê-se que a Igreja da Síria, no segundo século, recebeu como canônicos
todos os livros de que se compõe o atual Novo Testamento, exceto o Apocalipse, a
epístola de Judas, a segunda de Pedro, a segunda e a terceira de João.
A Igreja Latina aceitou todos os livros, menos as epístolas de Pedro, a de Tiago, a
terceira de João; a Igreja africana do norte aceitou todos os livros, exceto a epístola aos
Hebreus, a segunda de Pedro e talvez a de Tiago. As coleções recebidas pelas
mencionadas igrejas somente continham os livros que elas haviam recebido formalmente,
como de autoridade apostólica, mas isto não prova a não existência de outros livros de
igual procedência e autoridade.
Os restantes eram universalmente aceitos no curso do terceiro século, apesar de
opiniões diferentes a respeito de alguns deles.
No decorrer dos tempos, e quando entramos na época dos concílios, o Novo
Testamento aparece na lista dos livros canônicos como hoje o temos. No quarto século,
dez dos padres da Igreja e dois concílios deixaram listas dos livros canônicos. Em três
destas listam omitem o Apocalipse, contra o qual se levantaram objeções que
desapareceram diante dos testemunhos abundantes em seu favor. As outras listas dão o
Novo Testamento como hoje o temos. Em vista destes fatos, deduzimos:
1.Apesar de a formação do N. T. cm um volume ter sido morosa, nunca deixou de
existir a crença de ser ele livro considerado como regra de fé primitiva e apostólica.
A história da formação do cânon do N. T. serve apenas para mostrar como se chegou
gradualmente a conhecer os direitos que eles tinham para entrar no rol dos livros
Inspirado..
2.As diferenças de opinião sobre quais os livros canônicos e sobre os graus de
certeza em favor deles, veem-se nos escritos e nas Igrejas do segundo século. Este fato,
pois, mais uma vez vem afirmar o cuidado e o escrúpulo das Igrejas em receber livros
como apostólicos sem evidentes provas. Do mesmo modo se procedeu com referência
aos livros espúrios.
3.A prova em favor da canonicidade dos livros do Novo Testamento é a evidência
histórica. Quanto a isto, o juízo da Igreja primitiva em favor dos nossos vinte e sete livros
é digno de inteira fé, enquanto não for provado o contrário. Não os devemos aceitar como
tais, só porque os concílios eclesiásticos os decretaram canônicos, nem por causa do
que eles dizem. A questão versa só e unicamente sobre a sua evidencia histórica.
4.Finalmente se nota que a palavra cânon não se aplicou à coleção dos livros
sagrados antes do quarto século. Não obstante, existia, a noção que representa, isto é,
que os livros sagrados eram regra de fé, contendo a doutrina apostólica.
3) Animação e promessa de livramento, 4.5 até 5.9. Estas duas seções parece que
foram escritas em grego, pela sua semelhança com a linguagem dos Setenta. Há
dúvidas, quanto à semelhança entre o cap. 5 e o Salmo de Salomão, 9. Esta semelhança
dá a entender que o cap. 5 foi baseado no salmo, e portanto, escrito depois do ano 70,
A.D., ou então, que ambos os escritos são moldados pela versão dos Setenta. A epístola
de Jeremias exorta ou judeus no exílio a evitarem a idolatria de Babilônia. Foi escrita 100
anos A.C.
Adição à História de Daniel:
O cântico dos três mancebos (jovens): Esta produção foi destinada a ser Intercalada
no livro canônico de Daniel, entre caps. 3.23,24. É desconhecido o seu autor e ignorada a
data de sua composição. Compare os versículo, 35-68 com o Salmo 148.
A história de Suzana: É também um acréscimo ao livro de Daniel, em que o seu autor
mostra como o profeta, habilmente descobriu uma falsa acusação contra Suzana, mulher
piedosa e casta. Ignora-se a data em que foi escrita e o nome de seu autor.
Bel e o dragão: Outra história introduzida no livro canônico de Daniel. O profeta
mostra o modo por que os sacerdotes de Bel e suas famílias comiam as viandas
oferecidas ao ídolo; e mata o dragão. Por este motivo, o profeta é lançado pela segunda
vez na caverna dos leões. Ignora-se a data em que foi escrita e o nome do autor.
Oração de Manassés, rei de Judá quando esteve cativo em Babilônia. Compare, 2º
Cr 33.12,13. Autor desconhecido. Data provável, 100 anos A. C.
Primeiro Livro dos Macabeus: E um tratado histórico de grande valor, em que se
relatam 05 acontecimentos políticos e os atos de heroísmo da família levítica dos
Macabeus durante a guerra da Independência judaica, dois séculos A.C. O autor é
desconhecido, mas evidentemente é judeu da Palestina. Há duas opiniões quanto à data
em que foi escrito; uma dá 120 a 106 A.C., outra, com melhores fundamentos, entre 105
e 64 A.C. Foi traduzido do hebraico para o grego.
Segundo Livro dos Macabeus: É inquestionavelmente um epítome da grande obra
de Jasom de Cirene; trata principalmente da história Judaica desde o reinado de Seleuco
IV, até à morte de Nicanor, 175 e 161 A.C. É obra menos importante que o primeiro livro.
O assunto é tratado com bastante fantasia em prejuízo de seu crédito, todavia, contém
grande soma de verdade. O livro foi escrito depois do ano 125 A.C. e antes a tomada de
Jerusalém, no ano 70 A.D.
Terceiro Livro dos Macabeus: Refere-se a acontecimentos anteriores à guerra da
independência. O ponto central do livro e pretensão de Ptolomeu Filopater IV, que em
217 A.C. tentou penetrar nos Santo dos Santos, e a subseqüente perseguição contra os
judeus de Alexandria. Foi escrito pouco antes, ou pouco depois da era cristã, data de 39,
ou 40 A.D.
Quarto Livro dos Macabeus: É um tratado de moral advogando o império da
vontade sobre as paixões e ilustrando a doutrina com exemplos tirados da história dos
macabeus. Foi escrito depois do 2º Macabeus e antes da destruição de Jerusalém.
É, talvez, do 1º século d.C. Ainda que os livros apócrifos estejam compreendidos na
versão dos Setenta, nenhuma citação certa se faz deles no Novo Testamento. É verdade
que os Pais muitas vezes os citaram isoladamente, como se fossem Escritura Sagrada,
mas, na argumentação, eles distinguiam os apócrifos dos livros canônicos. S. Jerônimo,
em particular, no fim do 4º século, fez entre estes livros uma claríssima distinção. Para
defender-se de ter limitado a sua tradução latina aos livros do Cânon hebraico, ele disse:
“Qualquer livro além destes deve ser contado entre os apócrifos. Sto. Agostinho, porém
(354-430 à.C.), que não sabia hebraico, juntava os apócrifos com os canônicos como
para os diferençar dos livros heréticos. Infelizmente, prevaleceram as idéias deste
escritor, e ficaram os livros apócrifos na edição oficial (a Vulgata) da Igreja de Roma. O
Volume I - Bibliologia Página 35
Curso de Teologia Sistemática
Concilio de Trento, 1546, aceitou “todos os livros... com igual sentimento e reverência”, e
anatematizou os que não os consideravam de igual modo. A Igreja Anglicana, pelo tempo
da Reforma, nos seus trinta e nove artigos (1563 e 1571), seguiu precisamente a maneira
de ver de S. Jerônimo, não julgando os apócrifos como livros das Santas Escrituras, mas
aconselhando a sua leitura “para exemplo de vida e instrução de costumes”.
Livros Pseudo-epígrafos
Nenhum artigo sobre os livros apócrifos pode omitir estes inteiramente, porque de
ano para ano está sendo mais compreendida a sua importância. Chamam-se Pseudo-
epígrafos, porque se apresentam como escritos pelos santos do Antigo Testamento. Eles
são amplamente apocalípticos; e representam esperanças e expectativas que não
produziram boa influência no primitivo Cristianismo. Entre eles podem mencionar-se:
Livro de Enoque (etiópico), que é citado em Judas 14. Atribuem-se várias datas,
pelos últi-mos dois séculos antes da era cristã.
Os Segredos de Enoque (eslavo), livro escrito por um judeu helenista, ortodoxo, na
primeira metade do primeiro século d.C.
O Livro dos Jubileus (dos israelitas), ou o Pequeno Gênesis, tratando de
particularidades do Gênesis duma forma imaginária e legendária, escrito por um fariseu
entre os anos de 135 e 105 a.C.
Os Testamentos dos Doze Patriarcas: é este livro um alto modelo de ensino moral.
Pensa-se que o original hebraico foi composto nos anos 109 a 107 a.C., e a tradução
grega, em que a obra chegou até nós, foi feita antes de 50 d.C.
Os Oráculos Sibilinos, Livros III-V, descrições poéticas das condições passadas e
futuras dos judeus; a parte mais antiga é colocada cerca do ano 140 a.C., sendo a porção
mais moderna do ano 80 da nossa era, pouco mais ou menos.
Os Salmos de Salomão, entre 70 e 40 a.C.
As Odes de Salomão, cerca do ano 100 da nossa era, são, provavelmente, escritos
cristãos.
O Apocalipse Siríaco de Baruque (2º Baruque), 60 a 100 a.C.
O Apocalipse grego de Baruque (3º Baruque), do 2º século, a.C.
A Assunção de Moisés, 7 a 30 d.C.
A Ascensão de Isaias, do primeiro ou do segundo século d.C.
5. O Período Interbíblico
O tempo entre a última parte do Velho Testamento e a aparição de Cristo é
conhecido como o período intertestamentário (ou entre os testamentos). Porque não teve
nenhuma palavra profética de Deus durante esse período, alguns o chamam de “400
anos de silêncio”. A atmosfera política, religiosa e social da Palestina mudou
significantemente durante esse período. Muito do que aconteceu foi predito pelo profeta
Daniel (veja Daniel capítulos 2,7,8 e 11 e compare os eventos históricos).
Israel estava sob controle do Império Persa entre 532-332 A.C. Os Persas deixaram
os judeus praticarem sua religião com pouca interferência. Eles até tiveram permissão
para reconstruir e adorar no templo (2 Crônicas 36:22-23; Esdras 1:1-4). Esse período
inclui os últimos 100 anos do período do Velho Testamento e mais ou menos os primeiros
100 anos do período intertestamentário. Esse período de paz e contentamento relativos
foi calmo bem antes da tempestade.
Alexandre o Grande derrotou Dário da Pérsia, trazendo o reinado grego ao mundo.
Alexandre foi um aluno de Aristóteles e era bem educado na filosofia e política gregas.
Ele exigiu que a cultura grega fosse promovida em todo território conquistado. Como
resultado, o Velho Testamento hebraico foi traduzido ao grego, tornando-se a tradução
conhecida como a Septuaginta. Alexandre permitiu liberdade religiosa aos judeus, apesar
de fortemente promover estilos de vida gregos. Isso não foi uma boa direção dos eventos
para Israel, já que a cultura grega era uma ameaça a Israel por ser muito humanística,
mundana e que não agradava a Deus.
Depois que Alexandre morreu, a Judéia foi reinada por uma série de sucessores,
culminando com Antióquio Epifanes. Antióquio fez muito mais do que apenas recusar
liberdade religiosa aos judeus. Mais ou menos 167 A.C., ele aboliu a linha do sacerdócio
e profanou o templo com animais impuros e um altar pagão (veja Marcos 13:14). Isso foi
uma espécie de estupro religioso. Eventualmente a resistência judaica a Antióquio
restaurou os sacerdortes e resgatou o templo. O período que seguiu, no entanto, foi um
de guerra e violência.
Mais ou menos 63 A.C, Pompeu de Roma conquistou a Palestina, colocando toda
Judéia sob o controle de César. Isso eventualmente fez com que o imperador romano e
senado fizessem de Herodes o rei da Judéia. Essa seria a nação que muito exigiu dos
judeus, controlando-os demasiadamente e eventualmente executando o Messias na cruz
romana. As culturas romana, grega e hebraica agora estavam misturadas na Judéia, com
todas as três línguas faladas comumente.
Durante o período de ocupação grega e romana, dois grupos políticos e religiosos
bastante importantes passaram a existir. Os Fariseus adicionaram à Lei de Moisés
através de tradição oral – eventualmente considerando suas próprias leis como sendo
mais importantes (veja Marcos 7:1-23). Enquanto as ensinamentos de Cristo
frequentemente concordavam com os dos fariseus, Ele era contra seu legalismo e falta
de compaixão. Os Saduceus representaram os aristocratas e ricos. Os Saduceus, os
quais tinham bastante poder através do Sinédrio (algo parecido com a Suprema Corte),
rejeitaram todos os livros do Velho Testamento menos os Mosáicos. Eles se recusaram a
acreditar na ressurreição, e eram como uma sombra dos gregos, a quem admiravam
grandemente.
Essa coleção de eventos que preparam o palco para a vinda de Cristo teve uma
grande influência no povo judeu. Os judeus e pagãos de outras nações estavam
descontentes com religião. Os pagãos estavam começando a questionar a validez do
politeísmo. Romanos e gregos se afastaram de suas mitologias em direção às Escrituras,
as quais podiam ser lidas em grego e Latim. Os judeus, no entanto, estavam
desanimados com a situação. Mais uma vez eles foram conquistados, oprimidos e
poluídos. A esperança estava nas últimas, fé mais ainda. Eles estavam convencidos de
que a única coisa que podiam salvar a eles e a sua fé era a aparição do Messias.
O Novo Testamento conta a história de como a esperança surgiu, não só para os
judeus, mas para o mundo inteiro. A realização de Cristo das profecias foi antecipada e
reconhecida por muitos que O procuraram. As histórias do centurião romano, dos reis
magos e do fariseu Nicodemos mostram como Jesus foi reconhecido como o Messias por
aqueles que viveram no Seu tempo. Os “400 anos de silêncio” foram quebrados pela
história mais maravilhosa jamais contada – o Evangelho de Jesus Cristo!
6. A Veracidade da Bíblia.
6.1. Significado.
Por veracidade das Escrituras queremos dizer que seus registros são verazes, e que
assim podem ser aceitos como declarações dos fatos.
O caráter canônico das Escrituras, incluindo a genuinidade de sua autoria, fica assim
demonstrado como fato estabelecido; porém, a questão de sua veracidade ainda precisa
ser corroborada. Um livro pode ser genuíno quanto à sua autoria, e, contudo, não ser
crível quanto ao seu conteúdo. Por exemplo, entre as obras de ficção, possuímos as de
Dickens, Shakespeare e Stevenson, com provas incontestáveis de sua autoria. Nenhuma
pessoa inteligente, entretanto, tentaria estabelecer a veracidade de suas narrativas. São
universalmente reconhecidas como ficção. Seria esse o caso da Bíblia, ou ela é ao
mesmo tempo genuína e veraz?
6.2. Provas.
A veracidade de qualquer afirmação ou série de afirmações pode ser testada
mediante comparação com os fatos, desde que tais fatos estejam disponíveis. A
veracidade das afirmações bíblicas pode ser e tem sido testada mediante fatos
descobertos pela investigação científica e pela pesquisa histórica.
O Dr. Kyle diz que os viajantes não precisam de outro guia além da Bíblia quando
descem pela costa do Mar vermelho, ao longo do percurso seguido no Êxodo, onde a
topografia corresponde exatamente à que é dada no relato bíblico.
“Sir William Ramsey, que iniciou suas explorações na Ásia Menor como pessoa que
duvidava da historicidade do livro de Atos, dá testemunho da sua maravilhosa
exatidão quanto às particularidades geográficas, conhecimento das condições
políticas, que somente alguém vivo naquela época e presente em cada localidade
poderia saber. Ficou ele tão impressionado com essas fotos que se tornou ardente
advogado da historicidade do livro de Atos.” – Hamilton.
(2) Integridade etnológica ou racial.
Todas as afirmações bíblicas concernentes às raças a que se referem, têm sido
demonstradas como harmônicas com os fatos etnológicos revelados pela arqueologia
“Trata-se de fato bem confirmado pela pesquisa arqueológica que, sempre que as
Escrituras mencionam um povo ou suas relações raciais, sua origem ou seus
costumes, ou afirmam que governaram ou serviram outras nações, ou se trate de
outro fato qualquer, pode-se confiar que essas afirmações estão exatamente de
acordo com as revelações da arqueologia. Por conseguinte, a única teoria que um
historiador pode sustentar, em face de tais fatos, é que o autor da genealogia dos
povos, em Gênesis 10, deve ter tido diante de si, quando escrevia, informações
originais de primeira ordem.” – Hamilton.
(3) Integridade cronológica.
A identificação bíblica de povos, lugares e acontecimentos com o período de sua
ocorrência é corroborada pela cronologia síria e pelos fatos revelados pela arqueologia.
A Bíblia possui um sistema real pelo qual fica demonstrado como correto o período
ao qual é atribuído cada acontecimento, ficando também demonstrado que a ordem dos
acontecimentos é a ordem correta da sua ocorrência, e que as circunstâncias
acompanhantes são corretamente colocadas no tempo e dispostas. Os primeiros
elementos de uma história digna de confiança são encontrados nos documentos bíblicos.
Os lugares onde se afirma que os acontecimentos ocorreram, são localizados com
exatidão, os povos mencionados nesta ou naquela localidade, estavam realmente ali; e o
tempo dos acontecimentos registrados é o tempo exato em que devem ter acontecido.
Isso fornece o arcabouço da história inteira do Antigo Testamento.
(4) Integridade histórica.
O registro bíblico dos nomes e títulos dos reis está em harmonia perfeita com os
registros seculares, conforme estes têm sido trazidos à luz pelas descobertas
arqueológicas.
O Dr. R. D. Wilson, professor de línguas semíticas, diz que os nomes de quarenta e
um dos reis citados nominalmente no Antigo Testamento, desde o tempo de Abraão até o
fim do período do Antigo Testamento, também são encontrados nos documentos e
inscrições contemporâneos, escritos no tempo daqueles reis e geralmente sob a
orientação dos mesmos, em seus próprios idiomas.
(5) Integridade canônica.
A aceitação pela Igreja em toda a era cristã, dos livros incluídos nas Escrituras que
hoje possuímos, representa o endosso de sua integridade.
Concordância de exemplares impressos, do Antigo e do Novo Testamentos
datados de 1488 e 1516 D.C., com exemplares impressos atuais das
Escrituras.
bem aparente, ninguém deve desejar assim ampliar o divino ao ponto de elimina-lo, em
parte ou sua totalidade. Este é um dos erros que os homens honestos têm cometido. [A
citação a seguir é muito para o ponto aqui: "Às vezes, pode ser francamente admitido,
zelo pela autoridade divina e inerrância das Escrituras pode ter levado a teorias
insustentáveis e modos de expressão, que tenham obscurecido a verdade. Para dizer,
por exemplo, que os escritores foram apenas instrumentos passivos nas mãos do
Espírito, ou na melhor das hipóteses amanuenses escritos ao ditado, a adotar, em outras
palavras, a teoria da mecânica, é injustificada e maliciosa. Não faz parte da doutrina, e
nunca foi geralmente realizada " (Nova Guia Bíblico, Urquhart, vol. 8, página 175).] Deixai
ambos serem admitidos, reconhecidos, aceitos com gratidão e regozijo, cada um
contribuindo para tornar a Bíblia mais completamente adaptado às necessidades
humanas como o instrumento da graça divina, e guia para fracos e almas humanas
errantes. A palavra não é do homem, quanto à sua origem, nem dependendo do homem,
quanto à sua autoridade. É por e através do homem como seu meio; ainda não apenas
simplesmente como o canal ao longo do qual ele é executado, como a água através de
um tubo sem vida, mas através do homem como agente voluntário ativo "e inteligente na
sua comunicação. Ambos os lados da verdade são expressos na linguagem bíblica:
"Homens santos de Deus falaram inspirados (carregados) pelo Espírito Santo. ” ( 2 Pe
1:21) Os homens falaram, o impulso e a direção são de Deus” (A Doutrina Bíblica da
Inspiração). "As Escrituras contêm um ser humano, bem como um elemento divino, de
modo que, enquanto eles constituem um corpo de verdade infalível, esta verdade é
moldada em moldes humanos e adaptados à inteligência humana comum" (Strong)
7:10,12, Paulo admite a não inspiração. Em Atos 23:5 Paulo diz a respeito do Sumo
Sacerdote: "Não sabia, irmãos, que era o Sumo sacerdote". Isto "pode ser explicado tanto
como a linguagem de ironia indignada: "Eu não reconheceria tal homem como Sumo
Sacerdote"; ou, mais naturalmente, como uma confissão atual de ignorância e falibilidade
pessoais, o que não afeta a inspiração de qualquer dos ensinos ou escritos finais de
Paulo" (Strong). Inspiração não significa que os escritores da Bíblia foram sempre
infalíveis no juízo ou impecáveis na vida, mas que, na sua capacidade de mestres oficiais
e interpretes de Deus, eram conservados do erro.
Nas passagens da primeira epístola aos Coríntios diz Paulo no caso de um
mandamento: "Mando eu, todavia não eu, mas o Senhor"; ao passo que no caso de
outros mandamentos diz ele: "O resto falo eu, não o Senhor". Mas notai que no fim das
últimas séries de exortações ele diz: "Penso... que eu tenho o Espírito de Deus" (1 Cor.
7:40). Aqui, portanto, Paulo distingue... não entre os seus mandamentos próprios e
inspirados, mas entre aqueles que procediam de sua própria (inspirada de Deus)
subjetividade e os que Cristo mesmo supriu por Sua palavra objetiva" (Meyer, in Loco).]
(3) Pedro afirmou a inspiração verbal dos seus próprios escritos como dos
outros apóstolos.
Em 2 Pedro 3:1,2,15,16 Pedro põe os seus próprios escritos e os de outros apóstolos
em nível com as Escrituras do Velho Testamento. E desde que Pedro creu que as
Escrituras do Velho Testamento eram verbalmente inspiradas (Atos 1:16), segue-se,
portanto, que ele considerava os seus escritos e os de outros apóstolos como
verbalmente inspirados. [A questão pode ser levantada como a dissimulação de Pedro
em Antioquia, onde temos uma "negação prática de suas convicções, separando-se
retirando-se dos cristãos gentios (Gl 2,11-13) " (Strong). "Aqui não era o ensino público,
mas a influência do exemplo particular. Mas nem neste caso, nem o referido acima (Atos
23:5), Deus permitiu o erro ser estabelecido. Por meio da atuação de Paulo, o Santo
Espírito define o correto" (Strong)]
(4) Citações no Novo Testamento tiradas do Velho provam a inspiração verbal
dos escritores do Novo Testamento.
Os judeus tinham um respeito supersticioso pela própria letra da Escritura.
Certamente, então, os judeus devotos, se deixados a si mesmos, seriam extremamente
cuidadosos ao citar as Escrituras, como está escrito. Mas nós encontramos no Novo
Testamento 263 citações diretas do Antigo Testamento, e destes, segundo Horne, oitenta
e oito são citações verbais da Septuaginta, sessenta e quatro são emprestados a partir
dele; trinta e sete têm o mesmo significado, mas palavras diferentes; dezesseis
concordam mais perto com o hebraico, e vinte diferem tanto do hebraico como da
Septuaginta. Todos os escritores do Novo Testamento, exceto Lucas, eram judeus, mas
eles não escrevem como os judeus. O que pode explicar isso, se eles não estavam
conscientes de sua sanção divina de cada palavra que escreveram? Alguns bons
exemplos de citações do Antigo Testamento pelos escritores do Novo Testamento, onde
um novo significado é posto em que as citações se encontram em Rm. 4:6,7, que é uma
citação de Salmos. 32:1 e Rm. 10:6-8, que é uma citação de Dt. 30:11-14
(5) Mateus afirma que o Senhor falou através dos profetas do Velho
Testamento.
Veja a Versão Revisada de Mt. 1:22 e 2:15.
(6) Lucas afirmou que o Senhor falou pela boca dos santos profetas. Lucas
1:70.
(7) O escritor aos hebreus afirma o mesmo (Hb. 1:1).
(8) Pedro afirmou que o Espírito Santo falou pela boca de Davi. Atos 1:16.
Septuaginta
Septuaginta é a versão grega do Antigo Testamento. Foi feita no século III a.C.
para que judeus que viviam fora de Israel pudessem ler as Escrituras no idioma universal
da época, o grego. Diz a lenda que 70 ou 72 anciãos eruditos fizeram a tradução em 72
dias. Daí o nome Septuaginta. Não cremos que a tradução foi feita neste tempo record.
A Septuaginta é a tradução mais importante do Antigo Testamento. Jesus e os
escritores do Novo Testamento fizeram muitas citações da Septuaginta. Além disso, ela
foi base para muitas traduções. Esta tradução também foi importante para expandir o
conhecimento das Escrituras, visto que o hebraico era um idioma morto na época da
escrita do Novo Testamento.
Vulgata Latina
A palavra vulgata, originalmente, vem de vulgo, palavra que se refere àquilo que
é do povo. Foi uma tradução da Bíblia inteira feita por Sofrônio Eusébio Jerônimo no fim
do século IV d.C. para o latim. A princípio, a tradução geral do Antigo Testamento deixou
de lado os livros apócrifos, porque ele não queria que os mesmos fossem incluídos,
embora ele houvesse traduzido os livros de Judite e Tobias.
Ele traduziu o Antigo Testamento do texto hebraico e fez uma revisão da versão do
Novo Testamento chamada Vetus Latina. A tradução foi feita por ordem do Bispo de
Roma Damaso. Jerônimo também usou textos gregos para basear a sua tradução.
Com a invenção (ou aperfeiçoamento) da imprensa por Guttemberg e com a Reforma
Protestante, a Bíblia passou a ser mais popular. Até este tempo, um exemplar da Bíblia
era muito caro, não sendo acessível ao povo de uma forma geral. A Vulgata Latina foi o
primeiro livro impresso por Guttemberg, uma grande Bíblia com 1282 páginas, onde cada
página tinha duas colunas com 42 linhas cada coluna. Recebe o nome de Vulgata, pois
foi traduzida na língua do povo (vulgo). A Vulgata foi bastante criticada quando foi feita,
mas com o tempo a sua importância foi reconhecida.
Peshita
A Peshita é a versão siríaca do Antigo Testamento hebraico e também do Novo
Testamento. O termo Peshita significa simples, comum. Foi feita por eruditos do hebraico,
que provavelmente eram cristãos, e fizeram esta tradução para os cristãos da Síria. No
Novo Testamento, são excluídos desta tradução os seguintes livros: II Pedro, II e III João,
Judas e Apocalipse. Alguns acreditam que a tradução foi feita por Jerônimo.
É tida como uma versão importante e como um trabalho muito bem feito. Hoje
existem mais de 300 manuscritos desta versão, um número bem significativo.
Tradução de Lutero
Martinho Lutero é considerado o principal dos reformadores. Ele estava no lugar
certo e na hora certa. Se tivesse vivido nos séculos XIII ou XIV, provavelmente teria
morrido como mártir. Tendo vivido, porém, no século XVI, usufruiu da imprensa recém
inventada por Guttemberg e aproveitou-se dos diversos movimentos de “pré-reforma”
feitos por grupos anteriores.
Foi um grande teólogo e escritor. Lutou contra a corrupção da igreja e não negou a
sua fé. É um dos responsáveis pela nossa liberdade de expressão religiosa, conquistada
em grande parte pelos reformadores. O nosso hábito de consultar a Bíblia e lê-la em
nossos cultos é um costume herdado da reforma, o qual Lutero tem grande parte.
Uma das grandes obras de Lutero é a sua tradução da Bíblia para o idioma alemão.
Lutero não foi a primeira pessoa a traduzir a Bíblia para o alemão, pois já existiam
versões baseadas na Vulgata. Ele, porém, buscou uma tradução de melhor qualidade,
mais adequada a língua do povo e também baseada no grego e no hebraico, não no
latim. Lutero primeiro traduziu o Novo Testamento, terminando-o em 1522, e em 1532
publica o Antigo Testamento. Além disso, ele ficou por cerca de 12 anos trabalhando no
aperfeiçoamento da tradução, mesmo após o término do trabalho.
A tradução de Lutero, além de dar acesso ao povo às Escrituras, contribuiu para o
desenvolvimento do idioma alemão e se tornou base para as seguintes traduções: sueca,
holandesa, finlandesa, dinamarquesa e outras. Além da tradução da Bíblia para o
alemão, Lutero escreveu livros teológicos e compôs algumas músicas, sendo a mais
conhecida delas “Castelo Forte”.
Textos Massoréticos
O termo massoreta significa “guardiões da tradição”. Os massoretas foram um grupo
de rabinos (mestres da lei judaica) que tiveram o cuidado de pegar os textos hebraicos do
Antigo Testamento das Escrituras e inserir vogais. Iniciaram este trabalho em 500 d.C. e
continuaram por cerca de 1.000 anos. Já no ano 900 d.C., o termo “massorético” passou
a ser usado para designar o texto do Antigo Testamento produzido por este grupo.
No alfabeto hebraico não havia vogais. E, ao ler um texto, a interpretação das
palavras ficava confusa, principalmente para quem não tinha grande habilidade no
hebraico. Os massoretas fizeram este árduo trabalho, lendo e interpretando o texto, e
inserindo vogais nos mesmos, para que a leitura se fizesse mais prática e fácil para as
pessoas.
Após o cativeiro babilônico os judeus perderam a habilidade de falar o hebraico.
Passaram a falar o aramaico. E, com o tempo, o hebraico foi se tornando um idioma
morto. Com isso, houve um receio dos judeus de que a língua morresse e os escritos
passassem a serem lidos de forma errada. Este também foi um dos motivos que levou os
massoretas a fazerem este trabalho importante e conversarem a leitura correta dos textos
do Antigo Testamento.
mulher, é tratada como apóstola. A ARA, porém, dá uma ideia totalmente diferente, como
se ela fosse bem conceituada entre os apóstolos, não fazendo parte deles.
O seguinte versículo é omitido na Bíblia Ecumênica: “Porquanto um anjo descia
em certo tempo ao tanque, e agitava a água; então o primeiro que ali descia, depois do
movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse” (Jo 5:4). Na realidade,
tal versículo não se encontra nos manuscritos mais antigos e, provavelmente, a atitude
de omiti-lo é correta, talvez representando o texto original.