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Bibliografia
[1] Brush, D. O. and Almoroth, B. O., Buckling of Bars, Plates and Shells, McGraw-
Hill, 1975.
[2] Timoshenko, S. P. and Gere, J. M., Theory of Elastic Stability, McGraw-Hill, 1961,
2a edição.
[3] Yang, T, Y., Finite Element Structural Analysis, Prentice-Hall, 1986.
Curso de Estabilidade Estrutural 1
1 – FLAMBAGEM DE COLUNAS
1.1 – Introdução
z x dx
x P P
z
x
N
β
Q+dQ
M Q
β+dβ
N+dN
M+dM
∑M = 0 , M − (M + dM) − Q dx = 0
Q = −M ' (1.3)
P
onde k 2 = e as constantes C1, C2, C3 e C4 são determinadas aplicando-se as
EI
condições de contorno do problema. Para a coluna bi-articulada, conforme mostrado
na Fig. 1.1, as condições de contorno são:
P / x = 0 ⇒ w(0) = 0 e M(0) = E I w ''(0) = 0
(1.12)
P / x = L ⇒ w(L) = 0 e M(L) = E I w ''(L) = 0
n2 π2E I
Pn = (1.15)
L2
π2E I
Pcr = (1.16)
L2
n π
w(x) = C1 sen x (1.17)
L
A curva que exprime o equilíbrio de uma coluna bi-articulada, pode ser obtida
plotando a carga P versus a deflexão no meio do vão da coluna (w para x=L/2), Fig.
1.3.
π2E I
P Pcr =
L2
trajetória trajetória
primária secundária
-w w para x=L/2 +w
1 '2
EI ( w 0 + w1 ) − E A ( u0 + u1 ) '+ ( w 0 + w1 ) ( w 0 + w1 ) '' = 0
iv
2
1
EIw iv0 − EA u'0 + w 0' 2 w 0" − EA u'1 + w 0' w1' w 0"
2
(1.22)
1
+EIw1iv − EA u'0 + w 0' 2 w1" − EA u'1 w1" + w 0' w1' w1" = 0
2
1
EIw1iv − EA u'0 + w 0' 2 w1" − EA u'1 + w 0' w1' w 0" = 0
2
As eqs. (1.21) e (1.22) são lineares em u1 e w1, como desejado, sendo que u0
e w0 são coeficientes.
Para colunas, o equilíbrio da trajetória primária representa uma configuração
não fletida, ou seja, o deslocamento transversal w0 = 0 (w’0 = w”0 = 0) . Assim, as
eqs. (1.21) e (1.22) reduzem a:
u1" = 0
(1.23)
EIw1iv − E A u'0 w1" = 0
*
onde Cm são constantes conhecidas.
A inclinação é aumentada de uma inclinação inicial, também pequena, do tipo:
*dw *
β =− = −(w * )' (1.27)
dx
(
M''+ N β + β* ' = 0 ) (1.28)
(
EIw iv + P w + w * '' = 0 ) (1.29)
π2EI
transversal w aumenta na medida que a carga aplicada P se aproxima de . Isto
L2
*
acontece independentemente da forma inicial da coluna e dos coeficientes Cm ,
desde que ao menos C1* ≠ 0 . Para ilustrar o problema, a Fig. 1.4 apresenta a
evolução da carga aplicada P versus o deslocamento no meio do vão da coluna, na
qual é considerado C1* > 0 e todos os outros coeficientes nulos.
C1*
π2E I
Pcr =
L2
w para x=L/2
Figura 1.4 – Curva de equilíbrio para uma coluna bi-articulada levemente curvada
π2E I
levemente curva, ocorre em Pcr = .
L2
10 Barras Retas
2 – BARRAS RETAS
2.1 – Introdução
P
onde k 2 = e as constantes C1, C2, C3 e C4 são determinadas aplicando-se as
EI
condições de contorno do problema.
a) Coluna bi-articulada:
A carga crítica nestas condições de contorno, conforme visto anteriormente é:
π2E I
Pcr = (2.3)
L2
E a forma da coluna fletir é dada pela eq. (2.4), conforme ilustra a Fig. 2.1:
n π
w(x) = C1 sen x (2.4)
L
Curso de Estabilidade Estrutural 11
P P
b) Coluna bi-engastada
Para uma coluna engastada nas duas extremidades, as condições de
contorno são:
P / x = 0 ⇒ w(0) = 0 e w'(0) = 0
(2.5)
P / x = L ⇒ w(L) = 0 e w'(L) = 0
constantes é: C2 =
( coskL − 1) C , C3 = - kC1 e C4 = - C2. Substituindo as constantes
1
s enkL
na terceira ou quarta equações, resulta em:
kL s enkL + 2coskL − 2 = 0 (2.7)
Sabendo que:
kL kL
s enkL = 2sen cos
2 2 (2.8)
kL
coskL = 1 − 2sen2
2
22 n2 π2E I
Pn = (2.11)
L2
4π2E I π2E I
Pcr = = (2.10)
L2
( )
2
L
2
y y=kL/2
tan kL/2
tan kL/2
tan kL/2
4,49
x = kL/2
π/2 π 3π/2 2π
22 4,492 E I
Pcr = (2.14)
L2
P P
x
c) Coluna engastada-articulada
Para uma coluna engastada numa extremidade e articulada na outra, as
condições de contorno são:
P / x = 0 ⇒ w(0) = 0 e w'(0) = 0
(2.15)
P / x = L ⇒ w(L) = 0 e w''(L) = 0
2,04π2E I π2E I
Pcr = = (2.19)
L2 ( 0,7L )2
Pode-se perceber aqui também que a distância entre dois pontos de momento
nulo é 0,7 L, Fig. 2.4.
z 0,7L
P P
x
y β2
P P
X
x w’(0) w’(L)
β1
M1 L M2
0
0 1 0 1 C1 M1
−
k 0 1 0 C2 α1
= (2.22)
senkL coskL L 1 C3 0
k coskL −ksenkL 1 0 C4 M2
α 2
Da equação diferencial de viga, sabe-se que:
d2 w
M=EI 2 (2.23)
dx
onde:
EI
λ1=
α1L
EI
λ2 = (2.26)
α 2L
Φ = kL
(1− λ 1 ) ( )
− λ 2 − λ1λ 2Φ2 ΦsenΦ + 2 + λ1Φ2 + λ 2Φ2 cosΦ − 2 = 0 (2.27)
Φ
( 2 Φ
)
tan 2 + λΦ 2 + λΦ tan 2 − Φ = 0
(2.28)
( )
Φ 2
Sabe-se que λ ≥ 0, −2λ ≤ 0 e como 1 + 2λ Φ > 1 , a relação
2 2
Φ
2 Φ
0≤ ≤ é verdadeira.
( 2)
2
1 + 2λ Φ 2
y y=Φ
2
tan Φ/2
tan Φ/2
tan Φ/2
Φ
y= 2
( 2)
2
1 + 2λ Φ
Φ
x=
π/2 π 3π/2 2π 2
Φ
y = −2λ
2
As expressões que fornecem a carga crítica para os três casos analisados até
o momento, bi-articulada, bi-engastada e engastada-articulada são respectivamente,
(2.3), (2.10) e (2.16). Estas expressões podem ser obtidas a partir da eq. (2.30) da
forma:
1 – Para uma coluna bi-articulada, α1 = α2 = 0. Então λ → ∝ e, da eq. (2.30),
Φ Φ π π2E I
tan = −∞ ⇒ = ⇒ kL = π . Logo, a carga crítica é da forma Pcr = 2 .
2 2 2 L
2 – Para uma coluna bi-engastada, α1 = α2 = → ∝. Então λ = 0 e, da eq. (2.30),
Φ Φ π2E I
tan =0 ⇒ = π ⇒ kL = 2π . Logo, a carga crítica é da forma Pcr = .
2 2 ( 0,5L )2
3 – Para uma coluna engastada para x = 0 e articulada para x = L, α1 → ∝ e α2 = 0,
logo λ1 = 0 e λ2 → ∝. A eq. (2.27) dividida por λ2 fornece
1 λ1 2 λ1 2 2
− − 1 − λ1Φ2 ΦsenΦ + + Φ + Φ2 cosΦ − = 0 , Substituindo λ1 = 0 e
λ2 λ2 λ2 λ2 λ2
π2E I
kL. A expressão de carga crítica é então da forma Pcr = .
( 0,7L )2
d) Coluna engastada-livre
Em todos os casos considerados anteriormente, as colunas eram rigidamente
restringidas com relação ao deslocamento lateral (w = 0 para x = 0, L). Considere
agora um caso de uma coluna engatada-livre, Fig. 2.7.
z L
P δ
x
P
P
Considerando a eq. (2.23), que k 2 = e que:
EI
dM
Q= − (2.31)
dx
P
Assim, considerando que k 2 = , a carga crítica, para n = 0, é da forma:
EI
π2E I
Pcr = (2.35)
(2L)2
Pode-se perceber aqui também que a distância entre dois pontos de momento
nulo é 2 L, Fig. 2.7.
De uma forma geral, a expressão que fornece a carga crítica de uma coluna
para uma é:
π2E I
Pcr = (2.36)
(KL)2
P P P δ2 P
(a) (b)
O que reduz-se a:
kL
tankL = (2.39)
1 + λ 2 ( kL )
2
P
P
β2
M2 M2
M2
M2
β2 β2
2
22 Barras Retas
y
y=kL
tan kL
tan kL
tan kL
kL
y=
3,59 1
1 + ( kL )
2
x = kL
π/2 π 3π/2 2π
Percebe-se que a carga crítica encontrada está entre a carga de uma coluna
π2EI
apoiada-engastada, Pcr = e a carga crítica de uma coluna bi-apoiada,
( 0,7L ) 2
π2EI
Pcr = .
L2
M2 6EI
2.11). Logo, a rigidez rotacional é α 2 = = . Como neste caso, o deslocamento
β2 L
lateral não é nulo, assim a eq. (2.27) não é mais válida.
Para resolver este problema, é preciso resolver a equação diferencial da
forma:
d2 w
EI =M=Pw (2.42)
dx
M2
β2
P
P
δ2 β2
M2
M2 M2
( )
EIw''(L) = EI −C1k 2 senkL − C2k 2 coskL = M2
24 Barras Retas
y
tan kL
tan kL
tan kL
1,35 6
y=
kL
x = kL
π/2 π 3π/2 2π
π2E I π2E I
Pcr = 0,184 2 = (2.48)
L (2,33L )2
P P P P
L L
L L
(a) (b)
Figura 2.13 – Possíveis formas flambadas de um pórtico bi-engastado
(1 − λ 2 ) Φ2sen
Φ
2
Φ
(
) Φ
cos + 2 + λ 2 Φ2 1 − 2sen2 − 2 = 0
2 2
(2.50)
26 Barras Retas
2sen
Φ
2
φ (1 − λ 2 ) cos
Φ
2
− 2 + λ 2 (
Φ 2
sen
Φ
2
)
+ λ 2 Φ2 = 0 (2.51)
y
20
15
10
x=φ
1 2 3 4 5 6
-5
-10
L
5
Percebe-se que a carga crítica encontrada está entre a carga de uma coluna
π2EI
bi-engastada, Pcr = e a carga crítica de uma coluna engastada-apoiada,
( 0,5L )2
π2EI
Pcr = .
( 0,7L )2
Curso de Estabilidade Estrutural 27
Na forma flambada (b), a eq. (2.27) não pode ser mais utilizada. O pórtico
nesta forma flambada pode ser separado nos seus elementos estruturais da forma
apresentada na Figura 2.15.
As condições de contorno para a coluna nesta configuração são:
P / x = 0 ⇒ w(0) = 0, w'(0) = 0, EIw''(0) = −MR
(2.54)
P / x = L ⇒ w(L) = −δ2 , EIw''(L) = M2
M2
β2
P
P
δ2
β2
M2
M2 M2
MR MR
( )
EIw''(0) = EI −C2k 2 = −MR (2.55)
w(L) = C1senkL + C2 coskL + C3L + C4 = −δ2
( )
EIw''(L) = EI −C1k 2 senkL − C2k 2 coskL = M2
P
ainda que k 2 = . Logo:
EI
28 Barras Retas
C4 = −C2
C3 = −C1k
−PC2 = −Pδ2 + M2 (2.56)
C1senkL + C2 coskL − C1kL − C2 = −δ2
M2
C1senkL + C2 coskL = −
P
M2 −EIk coskL
α2 = = . Da teoria de vigas, a rigidez rotacional para a viga
β2 senkL
M2 6EI
deformada na forma de um S é α 2 = = . Igualando as rigidezes, tem-se:
β2 L
−EIk coskL 6EI −kL
= ⇒ tankL = (2.60)
senkL L 6
2,722 EI π2EI π 2E I
Pcr = ⇒ Pcr = ⇒ Pcr = (2.61)
L2 π
2
(1,15L)2
2,72 L
y
tan kL
tan kL
tan kL
2,72
x = kL
π/2 π 3π/2 2π
y = - kL/6
y = -kL
3 – PLACAS RETANGULARES
3.1 – Introdução
z dy
p Qy
Qx My y
dx Mxy Myx
Ny
Mx
Nxy Nyx
x
Nx
h/ 2 h/ 2
Nx = ∫ σ x dz Ny = ∫ σ y dz
−h / 2 −h / 2
h/2 h/2
Nxy = ∫ τxy dz Nyx = ∫ τxy dz
−h / 2 −h / 2
h/ 2 h/2
Qx = ∫ τxz dz Qy = ∫ τyz dz (3.1)
−h / 2 −h / 2
h/ 2 h/2
Mx = ∫ σ x z dz My = ∫ σ y z dz
−h / 2 −h / 2
h/2 h/ 2
Mxy = ∫ τxy z dz Myx = ∫ τyx z dz
−h / 2 −h / 2
espessura da placa, diferente de σx, τxy, etc., que são tensões na superfície média
(z=0).
A teoria de placas finas é obtida a partir das seguintes hipóteses
simplificadoras:
1 – Planos normais à superfície média indeformada permanecem normais, retos e
inextensíveis durante a deformação, conseqüentemente as deformações normais e
cisalhantes transversas obtidas do campo de deslocamentos são nulas,
2 – A tensão normal transversa e assumida ser muito pequena quando comparada
com as outras tensões normais, conseqüentemente ela pode ser desprezada.
βy
v
z
v
w
z w y
h
u = u + z βx
v = v + z βy (3.2)
w=w
respectivamente.
As deformações são definidas sendo consideradas pequenas quando
comparadas à unidade, as rotações com relação aos eixos x e y são
moderadamente pequenas e a rotação com relação ao eixo z é desprezível. Logo as
deformações em um ponto genérico da placa é da forma:
1 2
εx = u,x + w,x
2
1
εy = v,y + w,y2 (3.3)
2
γxy = u,y + v,x + w,x w,y
onde εx, εy e γxz são deformações da superfície média e são dadas da forma:
1
ε x = u,x + β2x
2
1
ε y = u,y + β2y (3.5)
2
γ xy = ( u,y + v,x ) + β xβ y
E ( εy + νεx )
σy = (3.8)
(1 − ν ) 2
E
τxy = γxy
2 (1 + ν )
Nxy Nx
Ny Nyx
p y
Qx
Qy+ βy
Qy
Qx+ Ny+
x
Nyx+
βx
Nxy+
Nx+
z Mx
Mxy
Myx
My
βy
Myx+ My+
x
Mxy+
βx Mx+
Por analogia, do equilíbrio dos momentos com relação ao eixo y, tem-se a eq.
(3.18):
36 Placas Retangulares
As eqs. (3.21) e (3.22) são equações análogas àquela obtida para colunas,
eq. (1.9b), EIw iv − Nw '' = 0 .
E 1− ν 2
∫∫∫ εx + εy + 2νεx εy +
2 2
U= γ xy dx dy dz (3.25)
2 (1 + ν 2 ) 2
A eq. (3.27) pode ser obtida de uma outra forma se forem consideradas as
eqs. (3.1) e (3.9):
1
UM =
2 ∫∫
(Nx εx + Ny ε y + Nxy γ xy ) dx dy
(3.28)
1
UF = ∫∫ (Mx κ x + My κ y + Mxy κ xy ) dx dy
2
38 Placas Retangulares
Px
b
Px
h x
Assim, para esse caso, para uma placa sujeita à uma carga lateral e uma
carga compressiva, a expressão de energia potencial Ω é:
1
Ω = ∫∫ Pxu,x − pw dx dy
b
(3.31)
onde:
C 2 1− ν 2
F= ε x + ε2y + 2νε x ε y + γ xy
2 2
+
D 2
2
(
κ x + κ2y + 2νκ x κ y + 2(1 − ν )κ 2xy ) (3.33)
1
+ Pxu,x − pw
b
∂F ∂F C P
=0 = ( 2ε x + 2νε y ) + x
∂u ∂u,x 2 b
∂F C ∂F
= (1 − ν ) γ xy =0
∂u,y 2 ∂v
∂F C ∂F C ∂F
= (1 − ν ) γ xy = ( 2ε y + 2νε x ) = −p
∂v,x 2 ∂v,y 2 ∂w
∂F C
= ( 2ε x + 2νε y ) w,x + (1 − ν ) γ xy w,y (3.35)
∂w,x 2
∂F C
= ( 2ε y + 2νε x ) w,y + (1 − ν ) γ xy w,x
∂w,y 2
∂F D ∂F D
= − ( 2κ x + 2νκ y ) = − 4(1 − ν )κ xy
∂w,xx 2 ∂w,xy 2
∂F D
= − ( 2κ y + 2νκ x )
∂w,yy 2
−C ( ε x + νε y ) w,x +
(1 − ν ) γ w
2
( xy ) ,y
,x
−C ( ε y + νε x ) w,y +
(1 − ν ) γ w = p
2
( xy ) ,x
,y
relações cinemáticas dadas pelas eqs. (3.4), (3.5), (3.6), pelas relações
constitutivas, dadas pela eq. (3.9), o que resulta em:
1 2 1 2 (1 − ν )
u,x + 2 w,x + ν v,y + 2 w,y + 2 ( u,y + v,x + w,x w,y ),y = 0
,x
(1 − ν )
2
(u,y + v,x + w,x w,y ),x + v,y + 21 w,y2 + ν u,x + 21 w,x2 =0
,y
1 1
D∇ 4 w − C u,x + w,x2 + ν v,y + w,y2 w,xx (3.38)
2 2
− (1 − ν ) C u,y + v,x + w,x w,y w,xy
1 1
−C v,y + w,y2 + ν u,x + w,x2 w,yy = p
2 2
Px
trajetória trajetória
primária secundária
-w +w
Desde que, w0 e suas derivadas são nulas, para o caso de uma placa sujeita
à uma carga compressiva, tem-se:
1 2 1 2
Nx + ∆Nx = C uo,x + u1,x + w1,x + ν v o,y + v1,y + w1,y (3.43)
2 2
Então:
Nxo = C ( uo,x + νv o,y )
1 2 1 2
∆Nx = C u1,x + w1,x + ν v1,y + w1,y (3.44)
2 2
Nx1 = C ( u1,x + νv1,y )
44 Placas Retangulares
onde:
Nxo = C ( uo,x + νv o,y ) Nx1 = C ( u1,x + νv1,y )
Nyo = C ( v o,y + νuo,x ) Ny1 = C ( v1,y + νu1,x ) (3.46)
1− ν 1− ν
Nxyo = C
2
(uo,y + vo,x ) Nxy1 = C
2
(u1,y + v1,x )
As eqs. (3.45) são equações de estabilidade para uma placa sujeita à uma
carga compressiva, Fig. 3.4. Observa-se agora que a eq. (3.45c) está desacoplada
das eqs. (3.45a) e (3.45b).
A eq. (3.45c) é uma equação homogênea em w1 com coeficientes variáveis
em Nx0, Ny0 e Nxy0. Estes coeficientes são determinados pelas equações lineares
(3.39a) e (3.39b). A equação homogênea (3.45c) tem solução somente para valores
discretos de carga aplicada, onde para cada um desses valores existem duas
configurações de equilíbrio, uma na trajetória primária e outra na trajetória
secundária. As equações linearizadas não fornecem no entanto, informações sobre
a forma da trajetória secundária, mas as cargas obtidas no ponto de bifurcação,
dadas pela eq. (3.45c), que representam a perda de estabilidade.
2
δ Um = ∫∫ u21,x + v 21,y + 2νu1,x v1,y +
2 2
( u1,y + v1,x ) +
( u0,x + νv 0,y ) w1,x
2
+ ( v 0,y + νu0,x ) w1,y
2
(3.51)
}
+ (1 − ν ) ( u0,y + v 0,x ) w1,x w1,y dxdy
1 2 C 1− ν 2
2
δ Um = ∫∫ u21,x + v 21,y + 2νu1,x v1,y +
2 2
( u1,y + v1,x ) dxdy
(3.52)
1
2
(
+ ∫∫ Nx0 w1,x
2
+ 2Nxy0 w1,x w1,y + Ny0 w1,y 2
)
dx dy
Como a eq. (3.31) da energia potencial das cargas aplicadas não tem termos
quadráticos e nem de ordem superior em deslocamento, tem-se que δ2Ω = 0. Logo
δ2 V = δ2Um + δ2Uf (3.54)
onde:
2 1− ν 2
F = u1,x
2
+ v1,y + 2νu1,x v1,y +
2
( u1,y + v1,x )
1 − ν2
+
Eh
(
Nx0 w 21,x + 2Nxy0 w1,x w1,y + Ny0 w1,y
2
) (3.56)
h2
+ w 21,xx + w 21,yy + 2νw1,xx w1,yy + 2 (1 − ν ) w 21,xy
12
onde Nx1, Ny1 e Nxy1 são definidos pela eq. (3.46). Percebe-se que as eqs. (3.59) são
as mesmas que as eqs. (3.45).
Px
D∇ 4 w + w,xx = 0 (3.61)
b
w = w,xx = 0 para x = 0, a
(3.62)
w = w,yy = 0 para y = 0, b
A eq. (3.61) é uma equação com coeficiente constante com solução da forma:
mπx nπy
w = C1 sen sen m,n = 1, 2,3,... (3.63)
a b
Para valores discretos de Px para a qual a eq. (3.61) tem solução não trivial
temos:
2
Px πa m n
2 2 2
= D + m = 1,2,3,… (3.65)
b m a b
onde:
Curso de Estabilidade Estrutural 49
2
mb a
kc = + (3.68)
a mb
10
8 π2D
σcr = kc
b2h
6
kc
4
0
0 1 2 3 4 5
a/b
Fig. 3.6 – Tensão crítica para uma placa simplesmente apoiada sujeita à uma
compressiva
Fig. 3.8 – Forma flambada de uma placa sujeita à uma carga compressiva (a/b = 2)
50 Placas Retangulares
π2Db
Px = m2 (3.69)
a2
mπx
w = f(y)s en (3.70)
a
m π d f m π Px mπ
2 2 4 2
d4 f
− 2 a + − f = 0 (3.71)
dy 4 dy
2
a Db a
m π 2 m π Px mπ
2 4 2
4
λ − 2 λ + a − Db a = 0 (3.72)
a
1/ 2
Como Px
= mπ para colunas largas, eq. (3.69), e sabendo que
Db a
1/ 2
Px > mπ para quaisquer outras condições em y = 0 e y = b.
Db a
Conseqüentemente para outros casos, a eq. (3.73) pode ser escrita como,
λ = α, -α, iβ, -iβ , onde α e β são reais positivos e são da forma:
1/ 2
mπ mπ Px
α= +
a a Db
(3.74)
1/ 2
mπ mπ Px
β = − +
a a Db
Das eqs. (3.76) e (3.77) tem-se que C3 = 0 e C1 = - C2. Assim, a eq. (3.75) se
reduz em:
f = A senh αy + B sen β y (3.78)
onde A e B são novas constantes. Introduzindo a eq. (3.78) nas eqs. (3.77), tem-se:
2 m2 π 2 2 m2 π 2
α − ν 2 senh αb A − β − ν 2 sen β b B = 0
a a
(3.79)
2 m2 π 2 2 m2 π 2
α α − ( 2 − ν ) 2 cosh αb A − β β − ( 2 − ν ) 2 cos β b B = 0
a a
A solução não trivial da eq. (3.79), impõe que o determinante da matriz dos
coeficientes de A e B seja nulo. Logo:
2 2
2 mπb
2 2 mπb
2
βb (αb) − ν tanh αb = αb (αb) + ν a tan β b (3.80)
a
1/ 2
mπb 2 mπb P b
αb = + a
x
a D
(3.81)
1/ 2
mπb mπb P b
2
βb = − + a
x
a D
Nxy0
Nxy0 b
onde Cλ é constante. A eq. (3.85) pode ser colocada sob a forma de um polinômio
de quarta ordem:
2Nxy0
λ 4 + 2k 2λ 2 + kλ + k 4 = 0 (3.87)
D
Para cada valor específico de k, a eq. (3.87) tem quatro raízes, designadas
por λ1, λ2, λ3 e λ4. A solução da equação ordinária (3.85) pode então ser escrita
como:
f(y) = C1eiλ1 y / b + C2eiλ2 y / b + C3 eiλ3 y / b + C4 eiλ 4 y / b (3.88)
( )
w = C1eiλ1 y / b + C2eiλ2 y / b + C3 eiλ3 y / b + C4 eiλ 4 y / b eikx / b (3.89)
π2D
Nxy0 = k s (3.90)
b2
15
13 π2D
σcr = ks
engastada b2h
11
9
Ks Simplemente apoiada
7
3
0 1 2 3 4 5
a/b
Figura 3.11 – Tensão crítica para uma placa simplesmente apoiada sujeita à uma
compressiva
b
Px
onde R é uma constante adimensional. A equação resultante pode ser resolvida por
séries para valores específicos de R. Introduzindo a eq. (3.93) na eq. (3.92) tem-se:
Px
D∇ 4 w +
b
( w,xx + Rw,yy ) = 0 (3.94)
π2D
Px = k cc (3.95)
b
onde
2
( mb / a )2 + n2
k cc = (3.96)
(mb / a ) + Rn2
2
R m n Kcc
1 1 1 2
0 1 1 4
-1 2 1 8,33
m=1en=1 m=2en=1
58 Placas Retangulares
m=1en=2 m=2en=2
4.1 – Introdução
z
adθ
dx
p
Qx Qθ h
Mxθ Mθx
Mθ
Mx θ
x
Nθ
Nxθ Nθx
Nx
h/ 2 h/2
z
Nx = ∫ σ x 1 + dz Nθ = ∫ σθdz
−h / 2 a −h / 2
h/2 h/ 2
z
Nxθ = ∫ τxθ 1 + dz Nθx = ∫ τθx dz
−h / 2 a −h / 2
h/ 2 h/2
z
Q x = ∫ τxz 1 + dz Qθ = ∫ τθz dz (4.1)
−h / 2 a −h / 2
h/ 2 h/ 2
z
Mx = a ∫ σx 1 + a z dz Mθ = a ∫ σθ z dz
−h / 2 −h / 2
h/2 h/2
z
Mxθ = a ∫ τxθ 1 + a z dz Mθx = a ∫ τθx z dz
−h / 2 −h / 2
espessura da placa, diferente de σx, τxy, etc., que são tensões na superfície média
(z=0). Para uma casca suficientemente fina, a relação z/a é desprezível comparado
à unidade.
Nx
Nxθ
Nθ Nθx
p θ
Qx
Qθ+ βθ
Qθ
x Qx+ Nθ+
Nθx+
βx
Nxθ+
Nx+
z
Mx
Mxθ
Mθx
Mθ
θ
βθ
Mθ+
Mθx+
x Mxθ+
Mx+
βx
Considerando que Nxθ = Nθx e Mxθ = Mθx, as eqs. (4.11) reduzem em:
aNx,x + Nxθ,θ = 0
aNxθ,x + Nθ,θ = 0 (4.12)
a2Mx,xx + 2aMxθ,xθ + Mθ,θθ − aNθ − a2Nxβx,x − aNxθ ( aβθ,x + β x,θ ) − aNθβθ,θ = −pa2
onde as constantes C e D são dadas pelas eqs. (3.10) e εx, εy e γxz são deformações
da superfície média e são dadas da forma:
1
ε x = u,x + β2x β x = − w,x κ x = β x,x
2
v +w 1 2 w β
εθ = ,θ + βθ βθ = − ,θ κ θ = θ,θ (4.14)
a 2 a a
u 1β
γ xθ = ,θ + v,x + βxβθ κ xθ = x,θ + βθ,x
a 2 a
1
ε x = u,x + β2x β x = − w,x κ x = β x,x
2
1
εθ = v,y + βθ2 βθ = − w,θ κ θ = βθ,θ (4.15)
2
1
γ xθ = ( u,θ + v,x ) + β xβθ κ xθ = (βx,θ + βθ,x )
2
UF =
aD
2 ∫∫ ( )
κ2x + κ2θ + 2νκ x κ θ + 2(1 − ν )κ 2xθ dxdθ
A eq. (4.19) pode ser obtida de uma outra forma se forem consideradas as
eqs. (4.13) e (4.14):
a
(Nx ε x + Nθεθ + Nxθ γ xθ ) dx dθ
2 ∫∫
UM =
(4.20)
a
UF = ∫∫ (Mx κ x + Mθ κθ + Mxθ κ xθ ) dx dθ
2
De uma forma mais compacta, a energia potencial total pode ser colocada da
forma:
V = ∫∫ F dx dθ (4.22)
∂F ∂F aC ∂F aC (1 − ν )
=0 = ( 2ε x + 2νεθ ) = γ xθ
∂u ∂u,x 2 ∂u,θ 2 a
∂F ∂F aC ∂F aC 1
=0 = (1 − ν ) γ xθ = ( 2εθ + 2νε x )
∂v ∂v,x 2 ∂v,θ 2 a
∂F aC 1 ∂F aC w
= −pa + 2 ( εθ + νε x ) = 2 ( ε x + νε θ ) w,x + (1 − ν ) γ xθ ,θ
∂w 2 a ∂w,x 2 a
(4.24)
∂F aC w w
= 2 ( εθ + νε x ) 2,θ + (1 − ν ) γ xθ ,x
∂w,θ 2 a a
∂F aD ∂F aD 1
=− 2 ( κ x + νκ θ ) =− 4(1 − ν )κ xθ
∂w,xx 2 ∂w,xθ
2 a
∂F aD 1
=− 2 ( κθ + νκ x ) 2
∂w,θθ 2 a
E, de forma compacta
Curso de Estabilidade Estrutural 67
aNx,x + Nxθ,θ = 0
aNxθ,x + Nθ,θ = 0 (4.27)
1 2 1
D∇ 4 w + Nθ − Nx w,xx + Nxθ w,xθ + 2 Nθ w,θθ = p
a a a
trajetória
primária
trajetória
secundária
deslocamento axial u
Figura 4.3 – Curva de equilíbrio para casca cilíndrica à uma carga axial compressiva
u → uo + u1
v → v o + v1 (4.31)
w → w o + w1
E:
v + w1 w o,θ w1,θ
Nx1 = C ( u1,x + w o,x w1,x ) +ν 1,θ + (4.36)
a a
Introduzindo as eqs. (4.31) e (4.32) nas eqs. (4.26), todos os termos em uo, vo
e wo sozinhos e em p desaparecem porque uo, vo e wo é uma configuração de
equilíbrio, isto é, é solução das equações de equilíbrio. Além disso, termos
quadráticos e de ordem superior em u1, v1 e w1 podem ser desprezados pois estes
são pequenos. Logo:
aNx1,x + Nxθ1,θ = 0
aNxθ1,x + Nθ1,θ = 0
1
D∇ 4 w1 + Nθ1 − (Nxo w1,xx + w o,xxNx1 ) (4.37)
a
2 1
+ (Nxθo w1,xθ + w o,xθNxθ1 ) + 2 (Nθo w1,θθ + w o,θθNθ1 ) = 0
a a
onde:
Nxo = C ( ε xo + νε θo ) Nx1 = C ( ε x1 + νεθ1 )
Nθo = C ( εθo + νε xo ) Nθ1 = C ( ε θ1 + νε x1 ) (4.38)
1− ν 1− ν
Nxθo = C γ xθo Nxθ1 = C γ xθ1
2 2
e:
1 2
ε xo = uo,x + w o,x ε x1 = u1,x + w o,x w1,x
2
2
v + w o 1 w o,θ v1,θ + w1 w o,θ w1,θ
εθo = o,θ + εθ1 = + (4.39)
a 2 a2 a a2
u w w u w w w w
γ xθo = v o,x + o,θ + o,x o,θ γ xθ1 = v1,x + 1,θ + o,x 1,θ + o,θ 1,x
a a a a a
D 2
2
w1,2θθ w1,θθ w1,x
+ a ∫∫ w1,xx + 4 + 2νw1,xx 2 + 2 (1 − ν ) 2 θ dxdθ
2 a a a
As eq. (4.44) são equações acopladas nas variáveis u1, v1 e w1. Como
apresentado por Donnell, estas equações podem ser parcialmente desacopladas
fazendo o seguinte:
ν 1
∇ 4u1 = − w1,xxx + 3 w1,xθθ
a a
2+ν 1
∇ 4 v1 = − 2 w1,xxθ − 4 w1,θθθ (4.45)
a a
2
1− ν 2 1
D∇8 w1 + 2 Cw1,xxxx − ∇ 4 Nxo w1,xx + Nxθo w1,xθ + 2 Nθo w1,θθ = 0
a a a
(
onde ∇8 w1 = ∇ 4 ∇ 4 w1 . )
As eqs. (4.45) são chamadas de equações de estabilidade de Donnell numa
forma desacoplada. A eq. (4.45c) é uma equação linear homogênea em w1 somente,
com variáveis em Nxo, Nθo e Nxθo. Por causa da influência dos termos de pré-
Curso de Estabilidade Estrutural 73
flambagem wox e woθ terem sido desprezadas, os coeficientes Nxo, Nθo e Nxθo são
governados pela equação linear de equilíbrio, eq. (4.28).
Para este primeiro exemplo, considere uma casca cilíndrica apoiada nas suas
extremidades e sujeita à uma pressão uniforme lateral pe. Sob este carregamento, a
deformação de pré-flambagem da casca (uo, vo e wo) é axisimétrica, Fig. 4.4. A
pressão crítica pcr é definida como a menor pressão na qual a forma axisimétrica
perde a estabilidade.
Se o cilindro está livre para estender horizontalmente quando a pressão
lateral é aplicada, Nxo = 0. Além disso, Nxθo = 0 na ausência de carregamento
torcional. Introduzindo estes valores na eq. (4.45) a expressão se simplifica:
1 − ν2 1
D∇ w + 2 Cw,xxxx − 2 ∇ 4 (Nθo w,θθ ) = 0
8
(4.46)
a a
wo L wo
2a
(a) (b)
Fig. 4.4 – Cilindro sujeito à uma pressão uniforme
A eq. (4.46) é uma equação linear com um coeficiente variável Nθo(x). Por
74 Cascas Cilíndricas Circulares
1− ν2 1
D∇ w + 2 Cw,xxxx + pe∇ 4 w,θθ = 0
8
(4.51)
a a
Curso de Estabilidade Estrutural 75
1 − ν 2 m4 1 n2
1
( ) ( )
4 2
D 8
m2 + n 2 + 2
C 4 − p e 4 m 2 + n2 =0 (4.54)
a a a a a
(m )
2
2
+ n2 m4
p a=
D
+ (1− ν ) C
2
(4.55)
( )
e 2
n a 2 n2 m 2 + n2 2
L2a L2
nL
( )
1/ 2
p= pe n= Z= 1 − ν2 (4.59)
π2D πa ah
(1 + n )
2
2
1 12 2
p= + Z (4.60)
( )
2 2
n n2 1 + n2 π4
Curso de Estabilidade Estrutural 77
10000
π2D
pcr = p
L2a
1000
2
L 5a
a < h
p 100
10
1
1 10 100 1000 10000
2
L
( )
1/ 2
Z= 1− ν2
ah
Figura 4.5 – Valores críticos de pressão para cilindros sujeitos à uma pressão
externa lateral
P
Nxo = −
2πa
wo wo
L
2a
(a) (b)
Fig. 4.6 – Cilindro sujeito à uma carga compressiva uniforme
1 − ν2 P 4
D∇8 w + Cw,xxxx + ∇ w,xx = 0 (4.61)
a 2
2πa
1 − ν 2 m4 P m2 2
1
( ) ( )
4 2
D 8 m 2 + n2 + 2 C 4 − m + n2 =0 (4.62)
a a a 2πa a 6
Curso de Estabilidade Estrutural 79
( )
2
m2 + n2 m2
P
=
D
+ (1− ν ) C 2
(4.63)
2πa m2 a2
( )
2
m2 + n2
Para cilindros com comprimento intermediário (L/a não muito grande e não
muito pequeno), o menor autovalor pode ser obtido pela minimização analítica de P
( )
2
com relação a quantidade m2 + n2 / m2 na eq. (4.63). Introduzindo as expressões
(m )
2
2
+ n2
( ) a
1/ 2
= 2 3 1 − ν 2 (4.64)
m 2 h
L2h
k a = 2 σcr (4.68)
πD
Para Z > 2,85, os valores de σcr dados pela Fig. 4.7 e pela eq. (4.66) são os
mesmos.
Quando o raio do cilindro se aproxima do infinito e Z se aproxima de zero, o
coeficiente ka na Fig. 4.7 se aproxima de 1. Então:
π2D
Nxocr = σcr h = (4.69)
L2
A eq. (4.69) é a equação da carga crítica para uma “coluna larga”, uma placa
simplesmente apoiada nas extremidades carregadas e livre na extremidade não
carregada (ver eq. (2.3)).
10000
π2D
σcr = ka
L2h
1000
k a 100
10
1
1 10 100 1000 10000
2
L
( )
1/ 2
Z= 1− ν2
ah
Figura 4.7 – Valores críticos de pressão para cilindros sujeitos à uma carga
axial compressiva
Curso de Estabilidade Estrutural 81
4.4.3 – Torção
1− ν2 2
D∇ w + 2 Cw,xxxx − ∇ 4 (Nxθo w,xθ ) = 0
8
(4.70)
a a
1− ν2 2
D∇8 w + 2
Cw1,xxxx − Nxθo∇ 4 w,xθ = 0 (4.71)
a a
Assim como a expressão de uma placa sujeita à uma carga cisalhante, a eq.
(4.71) tem uma derivada ímpar com relação as coordenadas x e θ ( ∇ 4 w,xθ ) e duas
onde C1 é uma constante e m = mπa . A eq. (4.72) satisfaz a eq. (4.71) assim como
L
satisfaz as condições de periodicidade da coordenada circunferencial, mas não
satisfaz as condições de contorno comumente usadas para cilindros.
Conseqüentemente, esta expressão pode ser utilizada somente para cilindros longos
cujas condições de contorno têm pouca influência no valor da carga crítica.
Para tais cilindros, a introdução da eq. (4.72) na eq. (4.71) e rearranjando
fornece:
1 − ν 2 m4 2
1
( ) mn
( )
4 2
D∇ 8 m2 + n2
8
+ 2 C 4 − Nxθo 5 m2 + n2 =0 (4.73)
a a a a a
(m )
2
2
+ n2 m3
Nxθo =
D
+ (1− ν ) C
2
(4.74)
(
a 2 2 m 2 + n2
)
2
2mn n
(m )
2
2
+4 m3
Nxθo =
D
+ (1− ν ) C 2
(4.75)
(
a 2 4 m2 + 4
)
2
4m
em:
Nxθo =
3 2
4D m 1 − ν C
+
( ) (4.76)
ma2 64
3/2
0,272E h
τcr = 3/4
(4.78)
(
1 − ν2 ) a
L2h
k t = 2 τ cr (4.79)
πD
10000
2
a
2
πD Z < 10
σcr = kt h
L2h
1000
k t 100
Engastada nas
extremidades
10
Simplesmente apoiada
nas extremidades
1
1 10 100 1000 10000
2
L
( )
1/ 2
Z= 1− ν2
ah
1− ν2 P 1
D∇ w + 2 Cw,xxxx + ∇ 4 (
8
w,xx + pe w,θθ ) = 0 (4.80)
a 2πa a
A eq. (4.80) pode ser alterada pela introdução de uma constante adimensional
R:
P
≡ Rpea (4.81)
2πa
1 − ν 2 m4 1 n2 m2 2
1
( ) ( )
4 2
D 8
m 2 + n2 + 2
C 4
− p e 4
+ aR 6
m + n2 =0 (4.83)
a a a a a a
(m ) (D / a ) + m (1− ν ) C
4
2
+ n2 2 4 2
p a= (4.84)
(m + n ) (n + Rm )
e 2
2 2 2 2
10000
2
L 5a
π2D a < h
pcr = p
L2a
1000
p 100
Pressão axial
10
Pressão lateral
Pressão hidrostática
1
1 10 100 1000 10000
2
L
( )
1/ 2
Z= 1− ν2
ah
5 – CASCAS GENÉRICAS
5.1 – Introdução
Uma casca é definida como um corpo onde uma dimensão é muito menor
comparado às outras duas. Este fato permite reduzir um problema tridimensional em
um problema bidimensional, e dessa forma, o deslocamento de qualquer ponto no
interior da casca pode ser expresso em termos das componentes do deslocamento
da superfície neutra.
x
y
Y
D
( )
UF = ∫∫ κ2x + κ2y + 2νκ x κ y + 2 (1 − ν ) κ 2xy AB dx dy
2
onde εx, εy e γxy são deformações de membrana da superfície média, e κx, κy e κxy
são curvaturas e torção da superfície média.
A energia potencial total V de uma casca carregada é a soma das energias de
deformação U e da energia potencial Ω das cargas aplicadas:
V = U+Ω (5.4)
Para obter a expressão da energia potencial Ω, considere px, py e pz,
componentes em x, y e z da carga distribuída sobre a superfície da casca e u, v e w
88 Cascas Genéricas
w,x w,y
βx = − βy = − (5.8)
A B
2! 2 2
( ) (
+ ( ε xo + νε yo ) δ2ε x + ( ε yo + νε xo ) δ2ε y )
+
1− ν
2
( )}
γ xyo δ2 γ xy AB dx dy
` (5.14)
1 2 D
δ UF = ∫∫ ( δκ x ) + ( δκ y ) + 2ν ( δκ x ) ( δκ y )
2 2
2! 2
+ 2 (1 − ν ) ( δκ xy ) AB dx dy
2
1 2 C
δ V = ∫∫ ( e xx1 + β xoβx1 ) + ( e yy1 + β yoβ y1 )
2 2
2! 2
+ 2ν ( e xx1 + β xoβ x1 ) ( e yy1 + β yoβ y1 )
+
1− ν
2
(
2
}
e xy1 + β xoβ y1 + β yoβ x1 ) AB dx dy (5.17)
1
( )
+ ∫∫ Nxoβ2x1 + Nyoβ2y1 + 2Nxyoβ x1β y1 AB dx dy
2
D
+ ∫∫ χ2xx1 + χ2yy1 + 2νχ xx1χ yy1 + 2 (1 − ν ) χ 2xy1 AB dx dy
2
Introduzindo as eqs. (5.20) e (5.21) nas eqs. (5.19), tem-se três equações
homogêneas lineares em u, v e w com coeficientes variáveis Nxo, Nyo, Nxyo, βxo e βyo.
Estes coeficientes são determinados pelas equações não lineares de equilíbrio
dadas pelas eqs. ( 5.10)
onde ∆Nx, ∆Ny, ∆Nxy, βx1 e βy1 são incrementos devido a u1, v1 e w1. Os esforços Nx1,
Ny1, Nxy1 representam porções de ∆Nx, ∆Ny, ∆Nxy. Nenhum incremento é dado à
carga aplicada (px, py, pz). Introduzindo as eqs. (5.22) e (5.23) nas eqs. (5.10) e
omitindo os termos quadráticos e de ordem superior em u1, v1 e w1, a equações
resultantes são também da forma das eqs. (5.19) e (5.20).
paralelo
φ
meridiano
r
rθ
dsφ = rφ dφ
(5.25)
dsθ = r dθ
Os coeficientes Nφo, Nθo, Nφθo na eq. (5.34) podem ser obtidos pela equações
lineares de equilíbrio. A omissão dos termos não lineares da eq. (5.31) fornece as
equações:
d
dφ
(rNφ ) − rφNθ cos φ = −rrφpφ
d
dφ
(rNφθ ) + rφNφθ cos φ = −rrφpθ (5.36)
d 1 d d
dφ rφ dφ
( rMφ ) − (Mθ cos φ ) − (rNφ + rφNθsenφ ) = −rrφp
dφ
onde as equações constitutivas e relações cinemáticas são dadas pelas eqs. (5.32)
e (5.33), exceto que:
εφ = eφφ (5.37)
1 ∂u
L 2 2 2
1 2 ∂2 w ∂w
δ V = ∫ EA + EI 2 − P dx (6.1)
2 2 0 ∂x ∂x ∂x
z, w
1 E, I 2 x
M1, θ1 M2, θ2
L
F1, w1 F2, w2
Considerando que:
d4 w 1
= q(x)
dx 4 EI
d3 w 1
= q x + c1
dx 3 EI
d2 w 1 q 2
= x + c1 x + c 2 (6.4)
dx 2 EI 2!
dw 1 q 3 c1 2
= x + x + c2 x + c3
dx EI 3! 2!
1 q 4 c1 3 c 2 2
w(x) = x + x + x + c3 x + c 4
EI 4! 3! 2!
w1 1 0 0 a1
0
θ 0 1 0 a2
0
1
= (6.6)
w 2 1 L L2 L3 a3
θ2 0 1 2L 3L3 a4
a1 L 0 w1
3
0 0
a
2 0 L3 0 0 θ1
= (6.7)
a3 −3L −2L 3L −L2 w 2
2
a4 2 L −2 L θ2
onde f1(x), f2(x), f3(x) e f4(x) são funções de forma dadas por:
2 3
x x
f1(x) = 1 − 3 + 2
L L
x 2 x3
f2 (x) = x − 2 + 2
L L
(6.9)
2 3
x x
f3 (x) = 3 − 2
L L
x 2 x3
f4 (x) = − + 2
L L
onde:
L
k11 = EI ∫ f1'' (x).f1'' (x) dx
0
L
k12 = EI ∫ f1'' (x).f2'' (x) dx
0
(6.13)
L
k13 = EI ∫ f1'' (x).f3'' (x) dx
0
L
k14 = EI ∫ f1'' (x).f4'' (x) dx
0
e:
L
k G11 = P ∫ f1' (x).f1' (x) dx
0
L
k G12 = P ∫ f1' (x).f2' (x) dx
0
(6.14)
L
k G13 = P ∫ f1' (x).f3' (x) dx
0
L
k G14 = P ∫ f1' (x).f4' (x) dx
0
∂
Considerando que M = (U + Ω) , e generalizando para os graus de liberdade
∂θ
θ1, w2 e θ2, tem-se a forma generalizada para os termos da matriz de rigidez:
L
k ij = EI ∫ fi'' (x).f j'' (x) dx (6.15)
0
L
k Gij = P ∫ fi' (x).f j' (x) dx (6.16)
0
Curso de Estabilidade Estrutural 105
onde [k] é a matriz de rigidez clássica de viga em flexão e [kG] é a matriz de rigidez
PL2
geométrica. O termo é definido como sendo autovalor e o vetor {q} como
10EI
sendo autovetor. A eq. (6.17) é resolvida impondo a nulidade do determinante da
matriz global dada pela soma das matrizes elementares dadas pela eq. (6.17), e
pela imposição das condições de contorno.
Exemplo 6.1: Determine pelo método dos elementos finitos a carga crítica para uma
coluna bi-engastada de comprimento l e rigidez EI, usando somente um elemento do
tipo viga e em seguida dois elementos.
z, w
EI
P P x
M2, θ2
M1, θ1
F1, w1 F2, w2
106 Métodos dos Elementos Finitos em Estabilidade
40EI π2EI
Pcr = =
l2 (0,497 l)2
PL2
Chamando de λ = , o sistema de equações pode ser colocado da forma:
10EI
24 12
L (1 − λ ) 0 − (1 − λ )
L
w 2
λ
0 8L(1 − ) −(6 − λ ) θ2 = 0
3
w 3
12
− (1 − λ ) −(6 − λ ) 12
(1 − λ )
L L
(1 − λ ) (15λ 2 − 52λ + 12 ) = 0
Exemplo 6.2: Determine pelo método dos elementos finitos a carga crítica para uma
coluna bi-articulada de comprimento l e rigidez EI, usando somente um elemento do
tipo viga.
z, w
EI
P P x
M2, θ2
M1, θ1
F1, w1 F2, w2
PL2
Chamando de λ = , o sistema de equações pode ser colocado da forma:
10EI
108 Métodos dos Elementos Finitos em Estabilidade
λ
4L 1 − 3 −(6 − λ ) θ 0
1=
w 0
(1 − λ ) 2
12
−(6 − λ ) L
(15λ 2
)
− 52λ + 12 = 0
1,01π2 EI
Pcr =
l2
π2EI
Pcr = 2 , o erro obtido usando o método dos elementos finitos com apenas um
l
elemento é de 1,0 %.
Exemplo 6.3: Determine pelo método dos elementos finitos a carga crítica para uma
coluna engastada-livre de comprimento l e rigidez EI, usando somente um elemento
do tipo viga.
z, w
EI
P P x
M2, θ2
M1, θ1
F1, w1 F2, w2
Curso de Estabilidade Estrutural 109
PL2
Chamando de λ = , o sistema de equações pode ser colocado da forma:
10EI
12
L (1 − λ ) −(6 − λ ) θ 0
1=
λ
−(6 − λ ) 4L 1 − w 2 0
3
Exemplo 6.4: Determine pelo método dos elementos finitos a carga crítica para uma
coluna engastada-rotulada de comprimento l e rigidez EI, usando somente um
elemento do tipo viga.
110 Métodos dos Elementos Finitos em Estabilidade
z, w
EI
P P x
M2, θ2
M1, θ1
F1, w1 F2, w2
30EI π2 EI
Pcr = =
l2 ( 0,574 l )2
12 12
12 12 + −1 + 1 1
0 L + L −6 + 6 6
L L
w 2
E I P 4L 4L L
0 = 2 −6 + 6 4L + 4L 2L − −1 + 1 + − θ2
0 L 6 10 3 3 3
2L 4L θ
1 L 4L 3
−
3 3
PL2
Chamando de λ = , o sistema de equações pode ser colocado da forma:
10EI
24
(1 − λ ) 0 (6 − λ )
L w 2
λ λ
0 8L(1 − ) L 2 + θ2 = 0
3 3
θ3
λ λ
(6 − λ ) L 2 + 4L(1 − )
3 3
π2EI
Pcr = , o que corresponde a um erro de 2,6 % quando comparado com o
(0,691l)2
valor exato.
Exemplo 6.5: Determine pelo método dos elementos finitos a carga crítica para uma
coluna engastada-livre de comprimento l e rigidez EI com uma mola de rigidez k
colocada na extremidade livre, usando somente um elemento do tipo viga.
z, w
EI
P P x
k
l
112 Métodos dos Elementos Finitos em Estabilidade
M2, θ2
M1, θ1
F1, w1 F2, w2
PL2
Chamando de λ = , o sistema de equações pode ser colocado da forma:
10EI
12
L (1 + α − λ ) −(6 − λ ) w 0
2 =
−(6 − λ ) λ θ2 0
4L 1 −
3
(15λ 2
)
− 52λ + 12 + 16α(3 − λ ) = 0
2,25
2,00
Pcr 1,25
π2EI
1,00
l2
0,50
0
0 0,5 1,0 1,5 2,0
α
Observa-se que quanto maior α maior a rigidez da mola, consequentemente,
mais a extremidade se aproxima de um apoio rígido, e mais a carga crítica se
π2EI
aproxima do valor Pcr = .
(0,7 l)2
Exemplo 6.6: Determine pelo método dos elementos finitos a carga crítica para uma
coluna bi-articulada de comprimento l e rigidez EI, com uma mola de rigidez k
colocada nno meio do vão.
y, w
EI
P P x
l/2 l/2
M2, θ2
M1, θ1
F1, w1 F2, w2
4L L
3 −1 − 0
4L −6 0 3
M1 = 0
2L θ
F = −k w
12 12 −1 12 + 12 −1 + 1 1
1
2 2 E I −6 + −6 + 6 6 P L L w 2
=
2 L L −
M2 = 0 L 2L −6 + 6 4L + 4L 2L
10 L
− −1 + 1
4L 4L
+ −
L θ2
M3 = 0 3 3 3 3 θ3
0 6 2L 4L L 4L
0 1 −
3 3
PL2
Chamando de λ = , o sistema de equações pode ser colocado da
10EI
forma:
λ λ
4L 1 − 3 −6 + λ L(2 + ) 0
3
24 θ1 0
−6 + λ (1 + α − λ ) 0 6−λ
w 0
L 2 =
λ λ λ θ 0
L(2 + 3 ) 0 8L 1 − L(2 + ) 2
3 3 θ3 0
λ λ
0 6−λ L(2 + ) 4L 1 −
3 3
5,00
4,00
Pcr 3,00
π2EI
2,00
l2
1,00
0
0 1,0 2,0 3,0 4,0
α
Curso de Estabilidade Estrutural 115
1 E, A 2
P1, u1 P2, u2
L
x
x
f1( x ) = 1 −
L (6.21)
x
f2 ( x) =
L
[
P = E A f1' ( x ) u1 + f 2' ( x ) u 2 ] (6.25)
[ ]
L
EA ' 2
2 0∫
U= f1( x ) u1 + f 2' ( x ) u 2 dx (6.27)
∂U
Aplicando o primeiro teorema de Castigliano, = P , derivando a energia
∂u
com relação ao deslocamento u1, temos:
Curso de Estabilidade Estrutural 117
[ ]
L
∂U 2 E A '
P1 =
∂u1
= ∫
2 0
f1( x ) u1 + f 2' ( x ) u 2 f1' ( x ) dx (6.28)
[ ]
L
∂U 2 E A '
2 0∫
P2 = = f1( x ) u1 + f 2' ( x ) u 2 f 2' ( x ) dx (6.30)
∂u 2
onde [k] é a matriz de rigidez do elemento de barra com seus coeficientes definidos
da seguinte maneira:
L
K ij = E A ∫ fi' ( x ).f j' ( x ) dx (6.33)
0
1 − 1
[k ] = E A (6.34)
L − 1 1
118 Métodos dos Elementos Finitos em Estabilidade
Z Z2 , w 2
z x X2 , u2
2
X M2, θ2
Z2, w2
M2, θ2
Z1, w1 E, I, L
2
X2, u2
1
φ
M1, θ1
X1, u1
X1, u1 1
φ
M1, θ1 Z1, w1
ou:
12 2
L s
− 12 cs 12 c 2 simetrica
L L
−s 4L
c
P 3
[ G ] 10 12
k =
12 12 2 (6.41)
− s2 cs s s
L L L
12 12I 2 12 12 2
cs − c −c − cs c
L L L L
L 4L
−s c −
3
s −c
3
Exemplo 6.7 – Determine a carga crítica para o pórtico plano bi-engastado como
mostrado abaixo.
P P
2 EI
3
l EI EI
Z
1 4
X
12
12I L
L
0 0 sim
0 R sim 4L
−1 0
E −6I 0 4IL P 3
[k ] = 2 12I 12I
[k G ] = 10 12 12
L
− L 0 6I − 0 1
L
L L
0 − AL 0 0 AL 0 0 0 0 0
−6I 0 2IL 6I 0 4IL L 4L
−1 c − 1 0
3 3
12
12 1
0 EI 6 P L u2
= 2 L −
0 L 6 10L 10 1 4L θ2
3
PL2
Chamando de λ = , o sistema de equações pode ser colocado da forma:
10EI
12
L (1 − λ ) (6 − λ )
u 0
2 =
4L θ2 0
(6 − λ ) 10L − 3 λ
Exemplo 6.8 – Determine a carga crítica para o pórtico plano bi-articulado como
mostrado abaixo, considerando as duas formas de flambar do pórtico (a) e (b).
P P P δ2 P
2
3 3
2
L
Z
1 X 4 1 4
(a) (b)
Curso de Estabilidade Estrutural 123
PL2
Chamando de λ = , o sistema de equações de colocada da forma:
10EI
λ λ
4 L 1− 3 L 2 + 3 θ
1 0
=
λ θ2 0
L 2 + 3 L(2 − λ )
3
π2E I
Pcr = 1,302 .
l2
124 Métodos dos Elementos Finitos em Estabilidade
PL2
Chamando de λ = , o sistema de equações se coloca da forma:
10EI
λ λ
4 L 1 − (6 − λ ) L 2 +
3 3
θ1 0
12
(6 − λ ) (1 − λ ) (6 − λ ) u2 = 0
L θ 0
λ 7λ 2
L 2 + 3 (6 − λ ) L 10 −
3
π2E I
Pcr = 0,184 2 .
l
2
δ V = ∫ ∫ u1,x 2
+ v1,y + 2νu1,x v1,y +
2
( u1,y + v1,x )
1 − ν2
+
Eh
(
Nx0 w 21,x + 2Nxy0 w1,x w1,y + Ny0 w1,y
2
) (6.42)
h2 2
+ w 1,xx + w 21,yy + 2νw1,xx w1,yy + 2 (1 − ν ) w 21,xy dxdy
12
∂(U − W ) 1 − ν2
Fz1 =
∂w1
=2
Eh
( )
Nx0 ( ∑ fi,x w i ) f1,x + Nxy0 f1,x ( ∑ fi,y w i ) + ( ∑ fi,x w i ) f1,y + Ny0 ( ∑ fi,y w i ) f1,y
h2
+2 f1,xx ( ∑ fi,xx w i + ν ∑ fi,yy w i ) + f1,yy ( ∑ fi,yy w i + ν ∑ fi,xx w i ) + 2 (1 − ν ) ( ∑ fi,xy w i ) f1,xy
12
126 Métodos dos Elementos Finitos em Estabilidade
w(x,y) = a0 + a1x + a2 y + a3 x 2 + a4 xy + a5 y 2 + a6 x 2 y + a7 xy 2
ou (6.46)
w(x,y) = 1 x y x 2 xy y 2 x 2 y xy 2 {ai }
Curso de Estabilidade Estrutural 127
y
7
4 3
y3 = y4 = y7
8 6
y6 = y8
1 2
5
x1 = x4 = x8
x5 = x7 y1 = y2 = y5
x2 = x3 = x6
x
Figure 6.4 – Elemento de placa quadrangular quadrático
x 2 y xy 2 [C] {w i }
−1
w(x,y) = 1 x y x 2 xy y 2
2xy [C] {w i }
−1
w,y (x,y) = 0 0 1 0 x 2y x 2
(6.48)
w,xx (x,y) = 0 0 0 2 0 0 2y 0 [C] {w i }
−1
16L y 4 16L 4 11
K 22 = +ν + 3x + ν + 2 (1 − ν )
3L3x L xL y 3L y L xL y 3L xL y
8L y 4 16L 4 1
K 23 = +ν + 3x + ν − 2 (1 − ν )
3L3x L xL y 3L y L xL y L xL y
8L y 4 8L 4 5
K 24 = +ν + 3x + ν − 2 (1 − ν )
3L3x L xL y 3L y L xL y 3L xL y
32L y 8
K 25 = − − 2 (1 − ν )
3L3x 3L xL y
32L x 8 8 8
K 26 = − 3
−ν −ν − 2 (1 − ν )
3L y L xL y L xL y 3L xL y
16L y 8
K 27 = − + 2 (1 − ν )
3L3x 3L xL y
16L x 8 8 8
K 28 = − 3
−ν −ν + 2 (1 − ν )
3L y L xL y L xL y 3L xL y
16L y 4 16L 4 11
K 33 = +ν + 3x + ν + 2 (1 − ν )
3L3x L xL y 3L y L xL y 3L xL y
16L y 4 8L 4 1
K 34 = +ν + 3x + ν − 2 (1 − ν )
3L3x L xL y 3L y L xL y L xL y
16L y 8
K 35 = − + 2 (1 − ν )
3L3x 3L xL y
32L x 8 8 8
K 36 = − 3
−ν −ν − 2 (1 − ν )
3L y L xL y L xL y 3L xL y
32L y 8
K 37 = − − 2 (1 − ν )
3L3x 3L xL y
16L x 8 8 8
K 38 = − 3
−ν −ν + 2 (1 − ν )
3L y L xL y L xL y 3L xL y
130 Métodos dos Elementos Finitos em Estabilidade
16L y 4 16L 4 11
K 44 = +ν + 3x + ν + 2 (1 − ν )
3L3x L xL y 3L y L xL y 3L xL y
16L y 8
K 45 = − + 2 (1 − ν )
3L3x 3L xL y
16L x 8 8 8
K 46 = − 3
−ν −ν + 2 (1 − ν )
3L y L xL y L xL y 3L xL y
32L y 8
K 47 = − − 2 (1 − ν )
3L3x 3L xL y
32L x 8 8 8
K 48 = − 3
−ν −ν − 2 (1 − ν )
3L y L xL y L xL y 3L xL y
64L y 16
K 55 = + 2 (1 − ν )
3L3x 3L xL y
16 16
K 56 = ν +ν
L xL y L xL y
32L y 16
K 57 = − 2 (1 − ν )
3L3x 3L xL y
16 16
K 58 = ν +ν
L xL y L xL y
64L x 16
K 66 = 3
+ 2 (1 − ν )
3L y 3L xL y
K 67 = 0
32L x 16
K 68 = 3
− 2 (1 − ν )
3L y 3L xL y
64L y 16
K 77 = + 2 (1 − ν )
3L3x 3L xL y
16 16
K 78 = ν +ν
L xL y L xL y
64L x 16
K 88 = 3
+ 2 (1 − ν )
3L y 3L xL y
6L2
Chamando de λ = Nx0 :
90D
132 Métodos dos Elementos Finitos em Estabilidade
6L2
λ = Nx0 = 0,8
90D
12 Eh3
Nx0 = 2 = 213,3 N / mm
(
L 12 1 − ν 2 )
A – MÉTODOS VARIACIONAIS
1 2 1
∆V = δV + δ V + δ3 V + (A.4)
2! 3!
1 2 dV 2 (w o )
δ V≥0 ou seja ≥0 (A.6)
2! dw 2
x
L
L
Ω = ∫ q w dx (A.8)
0
e o segundo variacional de V é:
L
1 2 EI
δ V = ε2 ∫ ( ζ '' ) dx
2
(A.16)
2! 20
A primeira integral na eq. (A.17) pode ser resolvida por integração por partes,
conforme expressão dada pela eq. (A.18), onde as funções u(x) e v(x) são contínuas
no intervalo x1 ≤ x ≤ x2.
x2 x2
Aplicando a eq. (A.18) na eq. (A.17), e observando que a função ζ(x) deve
satisfazer as condições de contorno, a expressão resultante é da forma apresentada
pela eq. (A.19):
EI[ w o ''(L) ζ '(L) − w o ''(0) ζ '(0)] − EI[ w o '''(L) ζ(L) − w o '''(0) ζ(0)]
L (A.19)
( )
+ ∫ EIw o + q ζ dx = 0
iv
∫ (EIw o )
iv
+ q ζ dx = 0 (A.20)
0
Para que a eq. (A.20) seja zero, e considerando que a função ζ(x) é arbitrária
Conseqüentemente:
EIw oiv = −q = qo (A.21)
Assim como na eq. (A.10), o integrante F pode ser colocado como uma
função de uma variável independente x, de uma variável dependente w e de sua
derivadas.
x1
V= ∫ F(x,w,w ',w '') dx (A.22)
x0
ou seja:
x1
∆V = ∫ [F(x,w + ε ζ,w '+ ε ζ ',w ''+ ε ζ '') − F(x,w,w ',w '')] dx (A.24)
x0
x1
∂F ∂F ∂F
δV = ε ∫ ζ+ ζ '+ ζ '' dx (A.25)
x0
∂w o ∂w o ' ∂w o ''
onde ∂F/∂wo representa ∂F/∂w para w = wo, etc. Novamente, para V estar em
equilíbrio, δV = 0. Como ε é arbitrário, tem-se que:
x1
∂F ∂F ∂F
∫ ∂w o ζ + ∂w o ' ζ '+ ∂w o '' ζ '' dx = 0 (A.26)
x0
20
1
( w ')
2
ε = u'+ (A.33)
2
A eq. (A.33) pode ser escrita, usando a regra da integração por partes, eq.
(A.18), como:
L
Ω = P ∫ u' dx (A.35)
0
EA 2 2 2 2 1 4
2 uo ' + 2uo 'u1 '+ u1 ' + uo ' w1 ' + u1 ' w1 ' + 4 w1 ' +
L
V + ∆V = ∫ dx (A.40)
0 EI
2 w1 '' + P ( uo '+ u1 ' )
2
O valor da carga crítica de P é o menor valor para o qual δ2V deixa de ser
positivo. Este limite de δ2V ser definido positivo é o chamado Critério de Trefftz.
Portanto, para pequenos valores de P, δ2V > 0 para qualquer variação de u1(x) e
w1(x) não nulas. E, para grandes valores de P, δ2V < 0 para algumas variações de
u1(x) e w1(x).
As equações de estabilidade são então obtidas impondo a estacionaridade de
δ2V, ou seja:
( )
δ δ2 V = 0 (A.44)
∂F d ∂F
− =0
∂u1 dx ∂u1 '
(A.45)
∂F d ∂F d2 ∂F
− + 2 =0
∂w1 dx ∂w1 ' dx ∂w1 ''
onde F é:
d2u
N' = A E ε ' = A E = A Eu'' (A.50)
dx 2