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EDO de 2a Ordem  Redução de Ordem

Docente: Profo . Leandro Santos Ribeiro


Discentes: Ruham Matheus Cardoso de Sousa
Anderson Ferreira da Silva
Valdeir do Nascimento Cuité
Rayane Cardoso do Carmo
José Haroldo do Rosário Mescouto
Naise Rosário Miranda

Universidade Federal do Pará


Faculdade de Matemática
Bragança, PA, Brasil.

17 de dezembro de 2019

Equipe: Matheus, Haroldo, Naise, Rayane, Anderson e Valdeir UFPA  Bragança


Roteiro de Apresentação

• Denição de Equação Diferencial Ordinária de 2a Ordem


• EDO de 2a Ordem  Considerações Importantes
• EDO's de Segunda Ordem Redutíveis
• Aplicações
• Considerações Finais
• Referências

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Denição de Equação Diferencial Ordinária de 2a Ordem
Denição
EDO de 2a Ordem. Uma Equação Diferencial Linear Ordinária (EDO)
de Segunda Ordem tem a forma

 
d 2y dy
= g x, y , , (1)
dx 2 dx
 
dy dy
onde g x, y , = f (x) − p(x) − q(x)y . Em geral escrevemos (1),
dx dx
como

d 2y dy
+ p(x) + q(x)y = f (x), (2)
dx 2 dx

onde p, q, f : (a, b) → R são funções contínuas denidas num intervalo


aberto (a, b), de uma varável independente x e outra dependente y ,
com y = y (x).
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Denição de Equação Diferencial Ordinária de 2a Ordem

Observação
Se f é identicamente nula, então dizemos que (2) é homogênea, caso
contrário, dizemos que ela é não-homogênea. Por outro lado, se p e q
são funções constantes, então (2) é homogênea de coecientes constan-
tes ou não-homogênea de coecientes constantes, conforme a função f
seja ou não identicamente nula.

Observação
Equações como (2), em geral, requerem duas integrações para que pos-
samos obter a solução y que, evidentemente, deve ser duas vezes di-
ferenciável no intervalo aberto em questão. Em consequência disso,
devemos ter duas condições iniciais, a saber, y (x ) = y e y 0 (x ) = y 0 , 0 0 0 0

onde y e y 0 são números dados.


0 0

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EDO de Segunda Ordem  Considerações Importantes

Estamos interessados em estudar Equações Diferenciais Ordinárias de


Segunda Ordem, isto é, EDO's do tipo

 
dy d 2y
F (x, y (x), y (x), y (x)) = 0 ⇔ F x, y (x), (x), 2 (x) = 0.
0 00
dx dx

Achar soluções gerais de qualquer tipo de EDO de Segunda Ordem


está fora do contexto deste trabalho. Desse modo, trataremos sistema-
ticamente apenas de duas classes de EDO's de Segunda Ordem: As que
podem ser reduzidas a EDO's de Primeira Ordem de Variáveis Separá-
veis e às Lineares de Primeira Ordem. Sendo que, nestes casos, não há
tanta restrição, visto que com estas EDO's pode ser modelada uma grande
quantidade de fenômenos.

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EDO's de Segunda Ordem Redutíveis
Consideremos a EDO de Segunda Ordem: y ” = f (x, y , y 0 ). As so-
luções de alguns tipos de EDO's de Segunda Ordem podem ser obtidas
utilizando os métodos de separação de variáveis, dentre alguns outros, após
serem reduzidas, nos seguintes casos:

(1) Quando f não depende de y nem y 0 , isto é, y ” = f (x). Nesse


caso, integramos então duas vezes a EDO dada. Logo, obtemos

d 2y
y 00 = f (x) ⇒ = f (x) ⇒ d 2 y = f (x)dx 2 ⇒ d(dy ) = f (x)dxdx ⇒
Z  Zdx 2 
d(dy ) = f (x)dx dx ⇒ dy = (F (x) + k2 )dx ⇒ dy = F (x)dx +
Z Z Z Z
k2 dx ⇒ dy = [F (x)dx +k2 dx] ⇒ y (x)+k3 = F (x)dx + k2 dx ⇒
Z Z
y (x) = F (x)dx + k2 x − k3 ⇒ y (x) = F (x)dx + cx + k ⇒ y (x) =
Z
k + cx + F (x)dx.

Dessa forma, encontramos a função y .


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EDO's de Segunda Ordem Redutíveis

Exemplo
Seja y 00 = x . Como a EDO dada não depende de y nem de y 0 , temos:
2

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EDO's de Segunda Ordem Redutíveis

(2) Quando f não depende de y , ou seja, y ” = f (x, y 0 ). Basta


dy dp d dy d 2y
tomarmos p = y 0 = , onde = = = y 00 . Desse
dx dx dx dx dx 2
modo, obtemos: p 0 = f (x, p), onde temos uma EDO de 1a Ordem de
Variáveis Separáveis .

Exemplo
y0
Seja (1 + x)y 00 + y 0 = 0. Temos que y 00 = − . Logo, fazendo
1+x
y = p , obtemos:
0

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EDO's de Segunda Ordem Redutíveis

(3) Quando f não depende de x nem de y 0 , isto é, y ” = f (y ). Bastar


dy dp d 2y d 2y
fazer p = y 0 = , então = = y 00 . Logo, = f (y ). Todavia,
dx  dx dx 2  dx 2
d 2y d dy dy dy d dy dp
observe que = · = · = p . Desse modo,
dx 2 dy dx dx dx dy dx dy
dp
nos dispomos de p = f (y ), que é uma EDO de 1a Ordem de variáveis
dy
separáveis.

Exemplo
Seja y 00 = −4y − . Observa-se que a EDO dada depende só de y , e
3

como f (y ) = −4y − , obtemos: 3

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EDO's de Segunda Ordem Redutíveis

(4) Quando f não depende de x , ou seja, y ” = f (y , y 0 ). Basta


dy dp d 2y d 2y
tomarmos p = y 0 = . Dessa forma, = . Mas, =
  dx
  dx dx 2 dx 2
d dy dy dy d dy dp dp
· = · = p . Então, temos que p = f (y , p),
dy dx dx dx dy dx dy dy
que é uma EDO de 1 Ordem de Variáveis Separáveis.
a

Exemplo
Seja yy 00 = y y 0 + (y 0 ) , y 6= 0. Notemos que a EDO dada não depende
2 2

de x . Logo:

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Aplicações
Curva de Perseguição ou Tractriz. Suponhamos que na origem do plano
xy tenhamos uma presa que foge de um predador ao longo do eixo dos
y com velocidade constante v . O predador localizado no ponto G (a, 0)
persegue a presa correndo sempre na direção em que ela se encontra, com
velocidade constante w . Determinaremos a curva descrita pelo predador
e as condições sobre a, v e w para o predador encontrar a presa. Dessa
forma, consideremos o seguinte esboço:

Figura: Curva de Perseguição ou Tractriz

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Aplicações
Catenária. O problema é determinar a forma que toma um cabo e-
xível, suspenso em dois pontos e sujeito a seu peso. Este problema foi
proposto por Leonardo da Vinci e resolvido pro vários matemáticos, en-
tre eles, Leibniz e J. Bernoulli. Foi Leibniz que deu o nome de Catenária
à curva solução do problema. Suporemos que temos um cabo exível e
inextensível suspenso em dois pontos A e B . Temos o seguinte esboço:

Figura: Catenária

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Considerações Finais

O presente trabalho contribuiu signicativamente para conhecer sobre as


características e aplicações das Equações Diferenciais Ordinárias de Se-
gunda Ordem, e permitiu um ótimo aprendizado na área das Equações
Diferenciais.

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Referências

COSTA, Enio Romagnome. Transformada de Laplace. Conferências,


V Bienal da SBM, UFPB, Paraíba, 2010.
STEWART, James. Cálculo, Volume 1. São Paulo, Tradução da 7a
Ed. norte-americana, 2013.
OLIVEIRA, Milton de Lacerda. Cálculo 2Aplicações de Integral.
UFPB, CCEN, DM, 2011, PARAÍBA.
SILVA, Patrícia Nunes. Equações Diferenciais Ordinárias. Universi-
dade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.
SODRÉ, Ulysses. Equações Diferenciais Ordinárias. Computação,
Engenharia Elétrica e Engenharia Civil. Notas de Aulas  21 de maio
de 2003. UEL  Projetos  Matessencial.
ZILL, Dennis G.; CULLEN, Michael R. Equações Diferenciais. Vol.
01, 3a Edição. Loyola Marymount University, São Paulo, 2001. Tra-
dução de Antonio Zumpano, Ph. D.  Profo Universidade de Minas
Gerais.

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