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Disposição dos cilindros

Os motores a combustão interna que utilizam cilindros e pistões, atualmente utilizam basicamente três configrações
diferentes para dispor os pistões e cilindros: em linha, em "V" ou opostos, também conhecidos como motores Boxer.

Mas quais as razões de existirem configurações diferentes de motores? A disposição dos cilindros e pistões determina o
comportamento do motor quanto a uma série de fatores que vão desde espaço ocupado, curva de torque, potência,
perdas mecânicas e até mesmo vibrações.

Naturalmente os motores com cilindros paralelos dispostos em linha, é a forma mais adotada e conhecida, sendo desde
os primeiros carros a configuração mais usada, entretanto a adoção de motores com cada vez mais cilindros a fim de gerar
mais potência, fez nascer até mesmo gigantescos motores de 12 cilindros em linha, exigindo carros com frentes muito
compridas.

A alternativa que naturalmente surgiu, foi dividir os cilindros em duas linhas unidas pelo virabrequim, dando origem aos
motores em "V", que logo mostrou ter mais vantagens do que a simples diminuição de tamanho.

A outra disposição comumente usada, fica por conta do Boxer (cilindros opostos), que se revelou uma alternativa criativa
para os motores em linha e em "V", com características bem diferenciadas e que tem na Porsche e na Subaru, dois
fabricantes que contam com projetos bem desenvolvidos quanto a este tipo.

Um quarto tipo está sendo lançado comercialmente pela Volkswagen, embora sua concepção já tenha alguns anos.
Trata-se do motor em "W', que apesar do nome não tenha os cilindros dispostos em "W", mas sim em um duplo "V"
unido pelos vértices, ou seja, foram unidos dois blocos V4 a um ângulo de 72º, que se "comunicam" por um único
virabrequim. Este motor equipa o Passat W8, que estará sendo comercializado apenas em alguns países europeus. O
motor tem 4 litros de capacidade e gera 275 cavalos de potência e torque de 37,7 kgfm a apenas 2750 rpm.

Qualquer que seja a configuração escolhida, sempre haverá prós e contras em cada uma delas. Veja a seguir a
vantagens e desvantagens de cada uma:

Cilindros em linha

- Menor número de peças, o que diminui as possibilidades de quebra, facilitando e barateando a manutenção.
- Maior facilidade de regulagem.
- Menores custos de produção.
- Menor rendimento mecânico.
- Inadequado para mais de 6 cilindros, devido ao comprimento do bloco e, portanto do cofre do motor.
Cilindros em "V"
- Torque maior e com curva mais homogênea, mais diretamente ligada ao número de cilindros, mas também ao ângulo
do "V".
- Menor nível de vibrações e de ruído, proporcionalmente ao motor em linha com mesmo número de cilindros, devido a
um maior equilíbrio rotacional.
- Maior rendimento mecânico.
- Maior dificuldade de regulagem.
- Maior número de componentes móveis.
- Blocos mais compactos, propiciando cofres de motor menores e frentes mais baixas, favorecendo a aerodinâmica.
Cilindros opostos
- Menor nível de vibrações, devido ao melhor balanço rotacional dentre todas as configurações.
- Permite um centro de gravidade mais baixo, como frentes também mais baixas (aerodinâmica).
- Maior rendimento mecânico.
- Configuração inadequada para mais de 6 cilindros
- Maior número de componentes móveis.
- Maior dificuldade de regulagem. Fonte: Envenenados

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- Reação AutoSport Generated: 16 September, 2008, 08:00

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