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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE


FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE
LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA –BA

PROCESSO: 8000308-18.2017.805.0153

AUTOR: LPS

RÉU: NILTON CESAR ALVES SILVA

xxx xxx xxx , brasileiro, vive em união estável, pintor industrial,


portador do RG: xxxxxx SSP/xxx e do CPF/MF: xxxxxxxxx,
residente e domiciliado na Rua: xxx xxx xxxx, Nº. Xx– Jardim
xxxxx – xxxxxxxxxxxxxxx, SP. CEP: xxxxxx-x00; vêm
respeitosamente à presença de V. Excia; através de sua advogada
nomeada que ao final assina, (Ut instrumento de mandato, ofício-
nomeação e declaração anexo), com fundamento no artigo 335 do
Código d Processo Civil, propor a presente:

colocar o que já escrevi

Contestação
Em Ação de Revisão de Alimentos

Processo Nº: 8000308-18.2017.805.0153, que lhe move


LEONIDIO PIRES DA SILVA, brasileiro, menor impúbere, nascido
em 22/07/2001, RG: 58.404.991-2, filho de Maria das Graças de
Souza Pires e Nilton César Alves da Silva, por sua representante
legal MARIA DAS GRAÇAS DE SOUZA PIRES, brasileira, solteira,
lavradora, portadora do RG: 60.236.524-7 e CPF: 656574465-34,
em face de NILTON CÉSAR ALVES DA SILVA.
Pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

I - Da Justiça Gratuita
Inicialmente afirma o Contestante; nos termos do
art. 5º, LXXIV da Constituição Federal, Lei 13.105/2015 - artigo 98
seguintes, que não possui condições de arcar com a custa judicial e
honorária advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua
família. Para tanto fará serviços de pedreiro na casa do advogado
constituído, a fim de quitar suas obrigações financeiras
advocatícias. Nesse sentido, junta declaração de hipossuficiência. –
(doc. Em anexo).

II – DOS FATOS

O autor ajuizou a presente ação revisional de alimentos focando


como objetivo a condenação do réu ao pagamento do valor fixado a
título de pensão alimentícia em valores não inferiores a ½
(metade) do salário mínimo vigente, acrescidos de roupas e
calçados duas vezes ao ano, no valor total de R$ 400,00
(quatrocentos reais); material escolar, uma vez ao ano, no valor de
R$ 300,00 (trezentos reais). Alega ainda, ser portador de
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH),
necessitando do medicamento Ritalina, que possui um custo
mensal de R$ 120,00 (Cento e vinte reais). Tudo isso, é cobrado
tomando por base que o Réu ter profissão definida e ainda trabalha
como agricultor, com plantão de maracujá, com salário razoável.

Entretanto, essa não ação pode prosperar, pois o autor faltou dizer
a situação real do réu.

IV- DOS FATOS DO RÉU

O Réu possuiu carteira assinada de uma destilaria em SP há


muitos anos atrás, porém, atualmente, é mero agricultor e não é
produtor maracujá. Não sendo, portanto, um grande empresário,
ora trabalhando na terra, ora tendo empregos informais, como de
pedreiro, ou ajudante de alguns trabalhos referentes a terra.Tanto
é que esse adv. Que subscreve não estar a cobrar do réu valores
em dinheiro, mas sim prestação de serviços, conforme consta no
contrato anexo a inicial

Frisa-se atualmente arca com as despesas do autor em 20% (vinte


por cento), o que não foi mencionado na peça inicial.

O fato de nem sempre poder arcar com as despesas condiz com a


situação de que possui problemas de saúde, como a Hipertensão
Arterial Sistêmica (HAS) e Veias Varicosas, que lhe acarreta
muitas dores no corpo, ademais, como é autônomo, necessita de
bem-estar físico para exercer suas atividades laborais, e,
consequentemente para sua sobrevivência. Além disso, seu
salário de agricultor/pedreiro, nem sempre suporta esses ônus.

V – Da Reciprocidade do Direito de alimentar

Nossos legisladores ao fixar parâmetros no direito material para


resolução de conflitos deixou claro, no Art. 1.703 do Código
Civil/02 a quem cabe à manutenção dos filhos. Outrora, talvez, se
inclinou ao esquecimento a representante legal do Alimentando em
que a obrigação de prestar alimentos, de cuidar, de arcar com as
despesas do filho é de ambos os cônjuges, mesmo nessas
condições.
A representante do Alimentando, por não trabalhar sobrecarrega o
controle e responsabilidade financeira do Réu, pois, além de ser
responsável pela pensão já estabelecida, tem todos os ônus
relacionados à sua condição de saúde, já que necessita de bem-
estar físico para arrecadar dinheiro.

VI – Do Binômio, Necessidade - Possibilidade.


A Ação de alimentos é norteada pelo binômio, Necessidade x
Possibilidade, em que, a argumentação deve ser muito bem
elaborada e trabalhada, posto que, é o meio pelo qual o juiz fixa o
valor da pensão, observando a necessidade de quem pede e a
possibilidade de quem dará os alimentos.

Nesse mesmo compasso note-se que, o fornecimento dos alimentos


depende, também, das possibilidades do Réu, pois, não se pode
condenar um aumento no pagamento de pensão alimentícia quem
possui somente o estritamente necessário à própria subsistência.
O § 1º do art. 1.694, do Código Civil/02.
Da alteração desse equilíbrio, quer em função da diminuição da
capacidade do provedor ou do aumento da necessidade do
beneficiário, nasce o direito à revisão ou à exoneração do encargo.

Portanto, enquanto não ocorre essa mudança, a pensão permanece


estável, já que o alimento judicialmente arbitrado na audiência de
conciliação traz consigo a cláusula, rebus sic stantibus, ou seja, o
montante vigente permanece inalterado, segundo as condições de
possibilidade e necessidade.
Dessa forma, Excia. E Ilustre representante do Ministério Público,
não ensejam dúvidas quanto a impossibilidade do potencial
financeiro e econômico do xxx xxx xxx , para suportar
acréscimo percentual da pensão alimentícia a favor de sua
vergôntea xxx xxx xxxxx, na exata medida e forma do binômio
Necessidade x Possibilidade dos alimentos
É o que se requer.

VII – Dos Pedidos


a) Os benefícios da gratuidade da Justiça, por não possuir meios de
arcar com as custas, sem prejuízo de sustento próprio ou de sua
família, com fulcro no artigo 98, do Código de Processo Civil/15;
b) Seja intimado o douto representante do Ministério Público,
para na condição de “custus legis”, possa intervir e acompanhar o
presente dito até o final, nos termos dos
artigos 178, I e II, 279 do CPC/15;
c) Em face do exposto, impugna todos os termos da inicial,
vislumbrando a inexistência de alteração do binômio, Possibilidade
x Necessidade, de modo a indeferir a revisional, permanecendo
intocável o percentual já pactuado na Audiência de Conciliação;

d) Em face do exposto, impugna todos os termos da peça


vestibular, vislumbrando a inexistência de alteração do binômio,
Possibilidade x Necessidade, de modo a indeferir a revisional;

e) Requer impondo-se como medida de direito e de justiça, seja por


r. Sentença, decretada a improcedência da ação de revisão,
condenando o Alimentando ao pagamento das custas, despesas
processuais e honorários advocatícios.

f) Requer impondo-se como medida de Direito e Justiça, seja por r.


Sentença, decretada improcedência da ação de revisão,
condenando ao Alimentando ao pagamento das custas, despesas
processuais e honorários advocatícios.

g) Por derradeiro, requer provar o alegado por todos os meios de


prova em direito admitidas, bem como a juntada de documentos,
assim como aquelas necessárias e moralmente admissíveis ao
deslinde da presente.

É o que se requer.
Por derradeiro, rende-se a homenagem devida ao Ilustre
Magistrado, ao Douto Representante do Parquet e a todos que,
direta ou indiretamente, prestam seus serviços nesta casa de
justiça, objetivando, oferecer a cada um o que é seu, em nome da
carta de alforria desejada para a Ordem e Paz Social.

Pede Deferimento.
Americana, xx xxxxxx de 2.0xx.
pp. Xxx xxxxx
OAB, SP. Xx. Xxx

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