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Luciane Reginato
Mestre em Ciências Contábeis pela
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
e-mail: luciregi@terra.com.br
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
O cenário empresarial é um constante desafio à gestão. As empresas buscam,
continuamente, meios para se adequarem às mudanças econômicas, sociais, políticas,
tecnológicas e estruturais, ou seja, às mudanças ambientais. Em decorrência dessas mudanças,
as organizações enfrentam situações incertas, riscos e oportunidades, as quais influenciam na
escolha das estratégias, na definição dos objetivos e no processo de tomada de decisão
(CERTO; PETER,1993; WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2000).
Nesse contexto, a administração estratégica reflete sobre este ambiente, define as
estratégias, a missão, as metas e os objetivos da organização e estrutura fluxos de recursos
necessários para executar os processos internos de forma dinâmica e eficaz. Administração
estratégica é o conjunto de ferramentas utilizadas na gestão para manter o equilíbrio entre a
empresa e o ambiente, procurando a otimização dos recursos consumidos no processo de
geração de resultados, ou seja, busca-se a eficácia organizacional, sem colocar a organização
em risco (NASCIMENTO, 2002).
A serviço da administração, a área de controladoria atua no processo de gestão
estruturando-o de acordo com o formato mais apropriado ao modelo de gestão e monitorando
as suas fases, por meio dos sistemas de informações gerenciais, que funcionam como
elementos integradores entre as diversas áreas organizacionais, permitindo a simulação de
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resultados e flexibilização do uso dos dados a fim de contribuir para a qualidade das decisões
e, conseqüentemente, para a otimização do resultado.
O processo de gestão estrutura-se a partir dos planejamentos estratégico e operacional
e em suas fases de execução e controle (CATELLI, 2001). Esse processo é resultado da forma
como os líderes da empresa esperam que seus negócios sejam administrados. A área de
controladoria, visando facilitar a fluência dos negócios em direção aos objetivos estabelecidos
por sua administração, utiliza informações emanadas dos controles organizacionais, que nesse
contexto adquirem importância e devem ser vistos sob uma ótica mais ampla do que
habitualmente são vistos. Assim, nesse estudo, o vocábulo controle é abordado segundo a
perspectiva de diferentes dimensões: a de gestão, a físico-financeira e a prescritiva, que
facilitam entender os esforços dessa área para melhorar a operacionalização dos processos de
gestão, apurar e registrar os atos e fatos administrativos, bem como salvaguardar os ativos.
Diante do exposto, este estudo buscou a resposta para a questão: Quais os mecanismos
de apoio usados pela área de controladoria de uma empresa que podem fomentar entre seus
gestores a filosofia de administração estratégica? Para atender a tal questionamento o objetivo
proposto para o estudo é evidenciar o papel da área de controladoria na administração
estratégica, descrevendo os seus conceitos e funções e abordando as dimensões de controle de
gestão, físico-financeira e prescritiva como ferramental de apoio à administração. O presente
artigo se desenvolveu por meio de pesquisa bibliográfica e seguiu o método dedutivo, no qual,
com base em premissas formuladas por meio de estudos, chegou-se a uma conclusão que deve
ser verdadeira (LAKATOS; MARCONI, 1991).
2. ESTRATÉGIA
Freire (1997) faz alusão à origem da palavra estratégia, como sendo Strategos da
língua grega, cuja composição consiste na palavra stratos, que significa exército e ag, que se
traduz como liderar. O conceito de estratégia tem sua origem histórica proveniente da arte
militar, sendo definida como uma campanha militar para a aplicação de forças em grande
escala contra o inimigo.
A obra de Sun Tzu A arte da Guerra é o texto que retrata manobras e estratégias
militares e teve sua origem há 2.500 anos, na China. Segundo Chow Hou, Khai Sheang e
Hidajat (1999, p. 17), a essência de uma estratégia pode ser explicada pela filosofia de que
“aquele que tiver pleno conhecimento de si mesmo e do inimigo deverá vencer todas as
batalhas. Aquele que conhece a si próprio, mas não o inimigo, terá apenas cinqüenta por cento
de chances de vencer. Aquele que não conhece a si mesmo nem o inimigo, está fadado a
sucumbir em todas as batalhas”.
Voltando à área militar, a estratégia envolve o plano de guerra, moldando as
campanhas e tomando decisões sobre procedimentos individuais, objetivando vencer as
batalhas e o inimigo. Na administração, a estratégia pode ser considerada como um conjunto
de princípios ou regras que visam à tomada de decisão a fim de orientar o andamento da
organização (ANDREWS, 1977).
No contexto empresarial, a formulação da estratégia baseia-se na análise do ambiente
onde a empresa se situa e sua evolução se dá pelas informações úteis fornecidas pelo conjunto
das atividades de controle do ambiente empresarial. As empresas são sistemas abertos,
influenciados pelo ambiente externo e que também o influenciam, pois recebem recursos
externos, transformando-os em bens ou serviços e os devolvem para o ambiente (ANSOFF;
MCDONNELL, 1993). Esse ambiente é composto por variáveis tecnológicas, sociais, legais,
políticas, econômicas, entre outros que influenciam a forma como decisões são tomadas e,
conseqüentemente, os resultados (WRIGHT, KROLL e PARNELL, 2000).
Porter (1989) sumariza a estratégia empresarial como o ato de saber-se lidar com a
concorrência e que a condição da competição em um setor depende de cinco forças que a
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modelam. Essas forças são: a intensidade da rivalidade entre concorrentes, a ameaça de novos
entrantes no mercado, poder de negociação de fornecedores, poder de negociação de clientes e
a ameaça de produtos substitutos, os quais determinam a rentabilidade e continuidade de uma
empresa, orientando todo o complexo das estruturas organizacionais.
As estratégias são formuladas e escolhidas a partir da análise do ambiente externo e
interno que subsidia a empresa na escolha dos melhores meios para um ciclo que torna
possível sua sobrevivência. A análise do cenário ambiental possibilita aos administradores
identificarem necessidades de mudanças de rumo quando o cenário assim o requerer.
Mintzberg e Quinn (2001) apontam a existência de dois tipos de estratégias genéricas:
as de negócios e as empresariais. As estratégias de negócios, por sua vez, se orientam por
cinco princípios, que são: localizando, distinguindo, desenvolvendo, estendendo e
reconfigurando a essência dos negócios.
Já, as estratégias empresariais, por seu turno, são aplicadas no processo de equilíbrio
da empresa com o seu ambiente buscando assegurar sua permanência no mercado
(NASCIMENTO, 2002).
Porter (1989), entretanto, contempla as estratégias genéricas de forma diferente
classificando-as em: liderança de custos, diferenciação e enfoque. A primeira refere-se à
orientação interna da empresa, na qual é efetivado o controle de custos; a segunda consiste em
a empresa oferecer a seus clientes produtos e serviços diferenciados; e no último tipo de
estratégia, a empresa seleciona um nicho de mercado e trabalha para atendê-lo de forma
específica.
Como se depreende das opiniões dos autores citados, as estratégias genéricas não são
uma unanimidade no que tange aos seus tipos, havendo inclusive autores que defendem que as
estratégias devem ser decorrentes da forma como os gestores percebem o ambiente num dado
momento, ou seja, o conceito é flexível, como é o caso de Mintzberg que defende a estratégia
emergente como aquela que “abre a porta para o aprendizado estratégico, porque reconhece a
capacidade da organização para experimentar. Uma ação isolada pode ser compreendida, o
feedback pode ser recebido e o processo pode prosseguir até a organização convergir sobre o
padrão que passa a ser sua estratégia” (MINTZBERG, 2000, p.143).
A formação da estratégia pode exigir que se tenha um processo de aprendizagem
conjunta a partir das experiências individuais, visto que, para uma estratégia ser aceita por
toda a organização, não deveria sua formulação ser produto de experiência de uma única
pessoa.
Após a definição das estratégias, é preciso garantir que os objetivos da organização
sejam alcançados. Para isso, a administração precisa ser eficaz a fim de atingir esses objetivos
da melhor forma possível. Nesse processo, a administração envolve ampla variedade de
atividades que incluem planejar, organizar, liderar e controlar (ACKOFF,1975). Entre os
diversos estilos de administrar, destaca-se, para esse estudo, a administração estratégica, sob
cuja filosofia atuam os responsáveis pela gestão da empresa, sua sobrevivência, crescimento e
eficácia global.
3. ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
Em meio a um ambiente permeado por mudanças constantes, a busca do equilíbrio e
sintonia entre a empresa e o ambiente, mantendo a sua competitividade e prosperidade, é o
cerne da administração estratégica.
Nascimento (2002) define administração estratégica como todo o ferramental de
gestão utilizado pelas organizações para se manterem, continuamente, sintonizadas e
equilibradas em seus ambientes, sendo, portanto, a forma com a qual a administração de uma
empresa procura atingir a eficácia organizacional.
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Modelo de Gestão
Processo de Gestão
C
Planejamento Planejamento Execução Controle O
estratégico operacional N
T
R
O
L
DIMENSÃO DE CONTROLE FÍSICO-FINANCEIRA A
D
O
Controle Controle de Controle Controle de R
Contábil custos fiscal ativo I
A
Controles Internos
Sistema de Informações
avalie os meios para se atingirem os objetivos iniciais ou mostrar o quão próximo deles ela
pode chegar, estabelecendo então o foco a ser seguido pela organização. A formulação da
estratégia decorrente dessa reflexão ocorre no nível mais alto da organização, mas necessita
do comprometimento de todos os outros níveis. De um objetivo inicial passa a estabelecer
metas finais para a organização como um todo (ACKOFF, 1975; ROEHL-ANDERSON;
BRAGG, 1996). Percebe-se que, com o ato de planejar, conseguem-se avaliar as perspectivas
a curto, médio e longo prazo, agir sobre o mercado, desenvolver diferenciais competitivos,
antecipar-se a situações desfavoráveis, entrar no mercado ou ampliar a participação neste,
bem como desenvolver serviços e produtos.
Nesse sentido, a controladoria coleta, analisa e interpreta as informações com vistas ao
atendimento das necessidades da empresa e à manutenção de registros e controles adequados,
provendo informações concisas aos interessados. Ela monitora os padrões e metas
estabelecidos no planejamento estratégico.
O planejamento da empresa é resultado do plano de cada uma de suas áreas e das
pessoas envolvidas (ACKOFF, 1975; LORANGE; VANCIL, 1986). Diante disso, a
controladoria analisa os planos das diversas áreas organizacionais e avalia a viabilidade
econômica de cada um, sua consistência e a capacidade de realização. Em suma, a
controladoria exerce um papel relevante no processo de planejamento estratégico,
proporcionando aos gestores as informações a eles destinadas e outras relevantes para a
execução e monitoramento do processo de gestão de cada área.
Roehl-Anderson e Bragg (1996) apontam como finalidade do planejamento estratégico
o estabelecimento de diretrizes e normas da empresa que sirvam de base para o planejamento
mais detalhado: o planejamento operacional.
Esse processo se caracteriza por definir os objetivos operacionais e os meios
necessários para implementar ações, simular resultados para a escolha da melhor alternativa
de curso de ação e, assim, formular o plano final traduzido sob o aspecto quantitativo, isto é,
traduzindo-se os atributos qualitativos do planejamento estratégico em objetivos
quantificados.
O planejamento operacional pode ser considerado como a tradução e a quantificação
do que foi definido no planejamento estratégico. Nesse estágio, ocorre o detalhamento das
ações e resultados de cada unidade operacional da empresa, por meio do qual se procura
assegurar a uniformidade entre os objetivos traçados pela administração estratégica.
Depois de definido o planejamento operacional, ocorre a sua execução, ou seja, os
recursos são utilizados e as decisões implementadas conforme o estabelecido nos planos. Essa
etapa é facilitada pelo sistema de informações gerenciais, que processam os dados e facilitam
a transmissão de informações (OLIVEIRA, 1997). Identificadas as necessidades de ajustes e
ações corretivas, a controladoria orienta os gestores para o eventual realinhamento das áreas
com o objetivo organizacional.
Sabe-se, entretanto, que o planejamento sem o respectivo controle é inócuo. Assim, o
controle de resultado das ações gerenciais ocorridas durante a execução do planejamento
torna-se fundamental para que este atinja as expectativas daqueles que o elaboraram.
Nesse sentido, apresentam-se quatro etapas do processo de controle: prever resultados
de decisões por meio de medidas de desempenho; reunir informações do real desempenho;
comparar o real desempenho com aquilo que foi previsto; identificar as decisões ineficientes;
corrigir o procedimento que as gerou e suas possíveis conseqüências (ACKOFF, 1975).
Portanto, a fase de controle busca aferir os resultados alcançados diante dos objetivos
preestabelecidos, fazendo com que, junto com a avaliação dos resultados, possa ser avaliado o
desempenho dos gestores responsáveis por cada atividade (GUERREIRO, 1989).
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O controle de custos amplia o detalhamento das informações que servem de apoio para
o controle contábil e para a controladoria. Assim sendo, esse controle tem como propósito
subsidiar a gestão de todos os recursos e variáveis envolvidos no processo produtivo, porém,
o seu maior desafio é adequar técnicas e processo de custeio de produtos que permitam
análises flexíveis, em tempo hábil e adequado às necessidades dos gestores (HORNGREN,
FOSTER e DATAR, 2000; BARNEY apud SILVEIRA, 2003). Para que a informação sirva
para o propósito da tomada de decisão, faz-se necessário estruturá-la, levando-se em
consideração a forma como a empresa processa seus produtos, ou seja, as formas de
acumulação de custo. Adota-se, então, dentre os métodos existentes, o mais apropriado.
Ao analisar as diversas alternativas existentes para avaliar os produtos e seus custos,
assim como o respectivo preço de venda, faz-se uso do conceito de custos de oportunidade,
que expressam o benefício obtido referente a uma decisão, considerando o melhor uso
alternativo dos recursos envolvidos. Nascimento (1998) pondera que o custo de oportunidade
está presente em uma organização sempre que existirem problemas de escolha entre diversas
alternativas de ação e, quando o decisor analisar essas alternativas, sempre se perguntará se o
benefício a ser obtido, em relação ao sacrifício de recursos correspondentes, será o melhor
possível nas circunstâncias em que a decisão está sendo tomada. Esse conceito pode ser
utilizado para solucionar problemas de diversas naturezas.
Os objetivos principais do controle de custos podem variar de uma empresa para outra.
Roehl-Anderson & Bragg (1996) apresentam como objetivos do controle de custos: o
planejamento e evolução do rendimento, determinação dos preços, valorização dos estoques e
manutenção e controle de todos os custos da organização.
A área de controladoria é responsável por assegurar que o controle de custos esteja
suprindo as necessidades dos planos da administração estratégica e dos gestores neles
envolvidos, e também as necessidades de cada área produtiva. Por isso, é imprescindível que
ela tenha conhecimento dos processos e produtos, o que facilita a análise dos custos e dos
resultados. Possibilita também, conhecer o melhor resultado por área, por produto, qual o
ponto de equilíbrio, quais as variáveis que estão desalinhadas, dificultando a obtenção do
resultado planejado, visto que se responsabiliza por direcionar a empresa e suas diversas áreas
para alcançar o melhor resultado.
Assim, o tema custos torna-se para a organização uma questão estratégica que pode
inclusive determinar a postura da empresa no mercado. Tal importância já foi evidenciada por
autores consagrados, entre os quais Porter ao restringir os tipos de estratégias especificamente
relacionadas a custos: liderança de custos, diferenciação e enfoque. O autor sugere uma
orientação interna, segundo a qual a empresa se concentra na eficiência da produção e no
controle de custos, de forma a se destacar em seu mercado como fabricante que tem o menor
custo entre todos os existentes. Para a implementação desse tipo de estratégia, Porter
recomenda procedimentos operacionais comuns, como: um estreito controle de custos, um
conjunto estruturado de responsabilidades organizacionais, programas de incentivo baseados
em realização de metas e relatórios freqüentes e detalhados. A empresa que adota estratégias
voltadas para custos, está direcionada para o consumidor, o qual está ávido por preços baixos
e qualidade, sem se ater à imagem do produto (PORTER, 1989).
Quando tratado o assunto custos como uma questão estratégica, não se poderia deixar
de mencionar aqueles de natureza tributária, uma das preocupações da controladoria, dada sua
relevância.
objetivos e metas da empresa sejam atingidos de maneira eficaz, eficiente e com a necessária
economicidade. Explica que margem de garantia é entendida como medida de efetividade, a
custos compatíveis, estabelecidos para evitar desvios ou restringi-los a um nível tolerável.
Os controles internos têm por objetivo garantir que as fases do processo decisório, o
fluxo de registro e informações, a implementação das decisões e o feedback sobre o
desempenho, se sucedam de forma confiável. Para facilitar a verificação e análise de
informações, a área de controladoria busca apoio nos sistemas de informações gerenciais que
lhe fornecem dados sobre todas as conexões do processo de gestão. Com o uso desses
sistemas, é possível o rastreamento de todos os processos e procedimentos que necessitam de
verificação e análise (O’BRIEN, 2004).
Portanto, a controladoria se apóia nos controles internos para verificar se todo o
sistema empresa está funcionando de forma correta e adequada, ou seja, se está ocorrendo a
eficiência dos controles operacionais e o atendimento dos objetivos da administração
estratégica. Com isso, pode atuar de forma preventiva evitando que o patrimônio seja
colocado em risco e na detecção e saneamento de erros e fraudes, procurando garantir a
tempestividade e integridade dos registros contábeis.
Através dos sistemas de controles internos acompanham-se as operações de uma
empresa, propiciando informações anteriores e posteriores à ocorrência dos fatos. A
importância destas informações pode-se traduzir na sua capacidade de detecção de falhas de
uma área, que possam afetar a qualidade e o desempenho da empresa, pois elas se inter-
relacionam (ATTIE, 1998; ALMEIDA, 1996). A controladoria tem por função a manutenção
desses controles, que visam à proteção dos ativos, a prevenção contra o mau uso dos recursos
e a verificação da confiabilidade dos dados de cada unidade da empresa, entre elas: contas a
pagar, contas a receber, recursos humanos, suprimentos, logística, produção. Portanto, os
controles internos objetivam a confiabilidade e a tempestividade das informações, que os
ativos representem a aplicação de parte de seu recurso e proteção contra o mau uso,
otimização dos recursos, prevenção e detecção de roubos e fraudes (ATTIE, 1998;
ALMEIDA, 1996).
A visão sistêmica de um observador permite identificar possíveis pontos de controle e
de monitoramento, e é nesse sentido que a controladoria contribui com a administração
estratégica, pois atua, garantindo que as transações econômicas ocorram de forma segura e
eficiente.
5. CONCLUSÕES
Este estudo procurou demonstrar o papel da controladoria na administração
estratégica, descrevendo os conceitos e ascensão desta área sobre as dimensões de controle:
de gestão, físico-financeira e prescritiva; tratou do controle como uma forma de garantia da
operacionalidade dos processos, da apuração e registro dos eventos econômicos e do
resguardo dos ativos.
Procurou também, evidenciar a controladoria sob a perspectiva de que essa área
auxilia a administração estratégica na escolha do melhor rumo a ser seguido, por meio da
identificação de eventuais desvios tanto operacionais como estratégicos, fornecendo
informações adequadas e oportunas aos gestores facultando-lhes a tomada de decisão. Por sua
vez, a controladoria utiliza as dimensões de controle a fim de facilitar que as informações
sejam tempestivas, confiáveis e possam assessorar a alta administração em suas decisões.
Nesse sentido, os sistemas de informação gerenciais participam do processo como
facilitadores, ou seja, permeiam informações por todo o sistema de gestão.
Percebe-se que a controladoria atua no monitoramento do processo de gestão com
ênfase na eficácia, disponibilizando instrumentos de controle que influenciam mudanças
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