13/10/2017

‘DEFINIÇÃO’

ENERGIA Por se tratar de uma ideia muito abstrata, criada para modelar vários fenômenos
naturais, o conceito de energia está sujeito a interpretações complexas, e algumas

TRABALHO E LEIS vezes equivocadas. Há, porém, uma visão simples e confiável: podemos dizer que
corpos em movimento estão sob efeito de algum tipo de energia atuante, capaz

DE CONSERVAÇÃO de gerar o movimento a partir da transmissão ou transformação dessa energia.

PROFESSOR EDUARDO HONORATO

LEI DA CONSERVAÇÃO DA ENERGIA TIPOS DE ENERGIA

A energia total do Universo é constante; não pode ser criada nem destruída, mas A energia que atua sobre um corpo ou sobre um sistema de corpos pode
apenas transformada em diversas modalidades. ser de diferentes origens, como as descritas a seguir.
Energia química. Proveniente de reações químicas entre átomos e moléculas, como a
energia contida em alimentos e nos combustíveis de veículos automotores.
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ENERGIA TÉRMICA ENERGIA NUCLEAR

É resultante do somatório das energias cinéticas das partículas constituintes dos corpos, Origina-se de reações que ocorrem no núcleo atômico de alguns elementos químicos.
que estão em constante movimento. A maior agitação das partículas de um corpo
determina aumento da energia térmica desse corpo, provocando a elevação de sua
temperatura.

ENERGIA ELÉTRICA OUTRAS CONSIDERAÇÕES

É a modalidade de energia responsável pela geração de correntes elétricas, que

permitem o funcionamento de aparelhos elétricos, como lâmpadas, liquidificadores,
• O som é uma onda que transmite energia
geladeiras e computadores. Nesses equipamentos, a energia elétrica é transformada em
outra modalidade de energia. • A luz é uma onda que transmite energia
• O atrito normalmente ‘consome’ energia

• Armazenar energia é DIFÍCIL.

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TRABALHO DE UMA FORÇA (τ ou W) ENERGIA CINÉTICA (Ec)

• A quantidade de energia adquirida ou transferida por um corpo pode ser medida pela • Para um corpo adquirir movimento, é necessário que ele esteja sob a ação de forças
grandeza chamada trabalho de uma força. Trata-se de uma grandeza escalar (positiva que produzam seu deslocamento. Com a realização de trabalho pelas forças, um
ou negativa) que mede o efeito da ação de uma força sobre um corpo ao longo de corpo pode aumentar ou diminuir sua energia cinética.
um deslocamento. Basicamente, o trabalho indica se a força, atuando sozinha, Onde:
contribui para acelerar o corpo (com ganho de energia) ou para retardar o corpo (com Ec = Energia Cinética (J)
m = massa (kg)
perda de energia)
v = Velocidade (m/s)
Então, o trabalho de uma Que ao considerarmos
força com intensidade forças na mesma direção do
²
constante é definido: deslocamento assume: 1 =1
²
Podemos, então, expressar assim o teorema da energia cinética:

TRABALHO DE UMA FORÇA VARIÁVEL ENERGIA POTENCIAL E FORÇAS CONSERVATIVAS

Além da energia cinética, há outros tipos de energia capazes de colocar um

corpo em movimento.
• Energia potencial gravitacional (Peso)
• Energia potencial elástica (Elástica)
• Energia potencial elétrica (Elétrica)
Essas forças são exemplos de forças conservativas, assim
chamadas porque se conserva a energia mecânica dos corpos que
se deslocam sob sua ação exclusiva. Portanto, a cada tipo de
energia potencial está associado um tipo de força conservativa.
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ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL (Epg) ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA (Epe)

• A energia potencial de um corpo mede a energia
armazenada que, eventualmente, pode ser
convertida em outra modalidade de energia.
Onde:
• A energia potencial depende da adoção de uma Epe = Energia
Potencial Elástica (J)
posição de referência. O mais relevante não é o
k = constante
valor da energia potencial, mas sim sua variação, da mola (N/m)
pois é a variação de energia potencial que se x = distensão
da mola (m)
relaciona com a transformação desse tipo de
energia em outra modalidade.
• A energia potencial pode admitir valores negativos. Onde:
Epg = Energia Potencial Gravitacional (J)
m = massa (kg)
g = gravidade (m/s²) = 10 /
h = altura (m)

ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA (Epe) TEOREMA DA ENERGIA POTENCIAL

• A força elástica é tangente à trajetória e tem intensidade variável, que pode • O trabalho de uma força conservativa não depende da trajetória descrita pelo corpo
ser expressa pela lei de Hooke: = sobre o qual atua, depende apenas da posição inicial e da posição final desse corpo.
Onde:
Epe = Energia Potencial Elástica (J)
k = constante da mola (N/m)
Essa expressão permite concluir que: x = distensão da mola (m)
O esquema ao lado mostra um corpo abandonado da mesma
• Quanto maior for a deformação x sofrida pela mola, maior será a energia potencial altura em três situações diferentes: em queda livre, ao longo de
armazenada;
um plano inclinado e do alto de uma montanha sinuosa.
• Quanto maior for a constante k característica da mola, isto é, quanto maior a dureza da Se não houver dissipação de energia, a velocidade final do
mola, maior será a energia potencial armazenada. corpo será a mesma nas três situações. Isso se deve ao fato de a
força peso ser conservativa. Por isso, o trabalho dessa força
independe da trajetória do corpo, e a energia transformada é a
mesma nos três casos.
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ENERGIA MECÂNICA ESTUDO DE CASO – MONTANHA RUSSA

• De acordo com esse teorema, a energia mecânica total de um corpo só pode ser
alterada pela realização de trabalho por forças não conservativas, isto é, por
quaisquer forças excluindo-se o peso, a força elástica ou a força elétrica. Alguns
exemplos de forças não conservativas são: o atrito, a força de resistência do ar, a força
normal, a tração e a força de propulsão de gases.

CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA ESTUDO DE CASO – BUNGY JUMPING

• Quando o trabalho das forças não conservativas sobre um

sistema é nulo, a energia mecânica do sistema se mantém
constante. Nesse caso, o conjunto de corpos em questão é
denominado sistema conservativo.
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ESTUDO DE CASO – BUNGY JUMPING POTÊNCIA

∆
No SI, a unidade de medida de potência é: = = / = ( ).
∆

A expressão acima permite concluir que quanto mais rapidamente uma máquina
transformar energia, maior será sua potência. Observe as inscrições em uma lâmpada.
Existem lâmpadas de diferentes potências: 40 W, 60 W, 100 W, etc. Uma lâmpada de 40
W de potência consome menos energia e também brilha menos que uma de 100 W.

CONSERVAÇÃO DA ENERGIA TOTAL RENDIMENTO

Quando somamos todas as modalidades de energia envolvidas em um sistema de
corpos, antes e depois de certo fenômeno, verificamos que a energia total do sistema
permanece constante.
• Vamos considerar uma lâmpada incandescente de 100 W de potência, ou seja, que
consome 100 J de energia elétrica a cada segundo.
O esquema abaixo ilustra as transformações de energia que ocorrem no funcionamento
dessa lâmpada para alguns valores de energia convertida. Considerando o intervalo de
tempo de 1 segundo, teríamos:

Nessas condições, o rendimento da lâmpada é dado por:

ú 8
= = = 0,08 ⇒ = %
100
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REFERÊNCIAS
Referências principal: Ser protagonista: Física, 1 ano: ensino médio / obra coletiva concebida, desenvolvida e
produzida por edições SM; editor responsável Ângelo Stefano vita – 2. Ed – São Paulo, 2013.
Referência de apoio: Fuke, Luiz Felipe. Física para o ensino medio, Volume 1/ Luiz Felipe Fuke, Kazuhito
Yamamoto. – 1.e – São Paulo: Saraiva, 2010.
ENEM – PPM .2
Partículas suspensas em um fluido apresentam contínua movimentação aleatória, chamado movimento
browniano, causado pelos choques das partículas que compõem o fluido. A ideia de um inventor era construir
uma série de palhetas, montadas sobre um eixo, que seriam postas em movimento pela agitação das partículas
ao seu redor. Como o movimento ocorreria igualmente em ambos os sentidos de rotação, o cientista concebeu
um segundo elemento, um dente de engrenagem assimétrico. Assim, em escala muito pequena, este tipo de
motor poderia executar trabalho, por exemplo, puxando um pequeno peso para cima. O esquema, que já foi
testado, é mostrado a seguir.
A explicação para a necessidade do uso da engrenagem com trava é:

Vídeos recomendados para saber mais:
Energia mecânica - https://www.youtube.com/watch?v=HiCHgi-5KRo
Energia – nerdologia 11 https://www.youtube.com/watch?v=pXtVUobPQLs
Motor perpétuo - https://www.youtube.com/watch?v=mjk1S3RFAqM
Poderes elétricos - https://www.youtube.com/watch?v=O1lZtdd5OAg
a) O travamento do motor, para que ele não se solte aleatoriamente.
b) A seleção da velocidade, controlada pela pressão nos dentes da engrenagem.
c) O controle do sentido da velocidade tangencial, permitindo, inclusive,
uma fácil leitura do seu valor.
d )A determinação do movimento, devido ao caráter aleatório, cuja tendência é
o equilíbrio.
e) A escolha do ângulo a ser girado, sendo possível, inclusive, medi-lo pelo número de dentes da engrenagem.

ENEM – PPM .1 ENEM – PPM .2

Uma análise criteriosa do desempenho de Usain Bolt na quebra do recorde mundial dos 100 metros rasos
mostrou que, apesar de ser o último dos corredores a reagir ao tiro e iniciar a corrida, seus primeiros 30
metros foram os mais velozes já feitos em um recorde mundial, cruzando essa marca em 3,78 segundos.
Até se colocar com o corpo reto, foram 13 passadas, mostrando sua potência durante a aceleração, o
momento mais importante da corrida. Ao final desse percurso, Bolt havia atingido a velocidade máxima
de 12 m/s.
Disponível em: http://esporte.uol.com.br. Acesso em: 5 ago. 2012 (adaptado).

Supondo que a massa desse corredor seja igual a 90 kg, o trabalho total realizado nas 13 primeiras
passadas é mais próximo de:
a) 5,4x10² J d) 1,3x104 J
b) 6,5x10³ J e) 3,2x104 J
c) 8,6x10³ J

ENEM – PPM .3
Uma das modalidades presentes nas olimpíadas é o salto com vara. As etapas de um dos saltos de um
atleta estão representadas na figura:
ENEM – PPM .3
Desprezando-se as forças dissipativas (resistência do ar e atrito), para que o salto atinja a maior altura
possível, ou seja, o máximo de energia seja conservada, é necessário que
a) a energia cinética, representada na etapa I, seja totalmente convertida em energia potencial elástica
representada na etapa IV.
b) a energia cinética, representada na etapa II, seja totalmente convertida em energia potencial
gravitacional, representada na etapa IV.
c) a energia cinética, representada na etapa I, seja totalmente convertida em energia potencial
gravitacional, representada na etapa III.
d) a energia potencial gravitacional, representada na etapa II, seja totalmente convertida em energia
potencial elástica, representada na etapa IV.
e) a energia potencial gravitacional, representada na etapa I, seja totalmente convertida em energia
potencial elástica, representada na etapa III.
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ENEM – PPM .4
Suponha que você seja um consultor e foi contratado para assessorar a implantação de uma
matriz energética em um pequeno país com as seguintes características: região plana, chuvosa e
com ventos constantes, dispondo de poucos recursos hídricos e sem reservatórios de
combustíveis fósseis. De acordo com as características desse país, a matriz energética de menor
impacto e risco ambientais é a baseada na energia:
a) dos biocombustíveis, pois tem menor impacto ambiental e maior disponibilidade.
b) solar, pelo seu baixo custo e pelas características do país, favoráveis à sua implantação.
c) nuclear, por ter menor risco ambiental e ser adequada a locais com menor extensão
territorial.
d) hidráulica, devido ao relevo, à extensão territorial do país e aos recursos naturais disponíveis.
e) eólica, pelas características do país e por não gerar gases do efeito estufa nem resíduos de
operação.
ENEM – PPM .5
A eficiência das lâmpadas pode ser comparada utilizando a razão, considerada linear, entre a
quantidade de luz produzida e o consumo. A quantidade de luz é medida pelo fluxo luminoso, cuja
unidade é o lúmen (lm). O consumo está relacionado à potência elétrica da lâmpada que é medida
em watt (W). Por exemplo, uma lâmpada incandescente de 40 W emite cerca de 600 lm, enquanto
uma lâmpada fluorescente de 40 W emite cerca de 3 000 lm.
Disponível em: http://tecnologia.terra.com.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado).
A eficiência de uma lâmpada incandescente de 40 W é
a) maior que a de uma lâmpada fluorescente de 8 W, que produz menor quantidade de luz.
b) maior que a de uma lâmpada fluorescente de 40 W, que produz menor quantidade de luz.
c) menor que a de uma lâmpada fluorescente de 8 W, que produz a mesma quantidade de luz.
d) menor que a de uma lâmpada fluorescente de 40 W, pois consome maior quantidade de
energia.
e) igual a de uma lâmpada fluorescente de 40 W, que consome a mesma quantidade de energia.