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Daniel Ferraz
Denise Pelegrinelli
Ecivaldo de Souza Matos
Julio Cesar Mansur Haddad
Marta Terezinha Motta Campos Martins
Raquel La Corte dos Santos
Renata Prieto Faria
Ricardo Medeiros
Tatiana Visnevski Mendes
São Paulo
Jullho de 2009
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ................................................................................................................... 4
RESUMO ........................................................................................................................................ 5
1 – INTRODUÇÃO: NASCE UMA NOVA COMUNIDADE DE
APRENDIZAGEM E DE PRÁTICA ............................................................................................ 6
2 - DO PENSAMENTO MODERNO/POSITIVISTA À PÓS-
MODERNIDADE: EDUCAÇÃO, NOVAS TECNOLOGIAS, NOVAS
EPISTEMOLOGIAS E AS REDES SOCIAIS VIRTUAIS ...................................................... 11
2.1 - AS ESPISTEMOLOGIAS MODERNA E PÓS-MODERNA ....................................................... 11
2.2 – VIVENDO EM REDE ................................................................................................. 17
2.3 – A SOCIEDADE LÍQUIDA, EFÊMERA, FLUIDA..................................................... 21
2.4 – POR UM NOVO CONCEITO DE COMUNIDADE: REDES SOCIAIS,
COMUNIDADES PESSOAIS E INTELIGÊNCIA COLETIVA ........................................ 27
2.5 – REDES DE GUERRA E GUERRAS EM REDE NO CIBERESPAÇO ...................... 31
3 - METODOLOGIA DE PESQUISA: MÉTODOS ETNOGRÁFICOS PARA
A PESQUISA EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM E DE
PRÁTICA ...................................................................................................................................... 35
3.1 – DAS METODOLOGIAS .................................................................................................... 35
3.2 – ETNOGRAFIA TRADICIONAL: DAS BASES À ATUALIDADE .............................................. 37
3.3 - ETNOGRAFIA VIRTUAL: INVESTIGANDO NO CIBERESPAÇO ............................................ 41
CAPÍTULO 4 – MAPEAMENTO DOS PROJETOS MUNDIAIS E
TENDÊNCIAS SOBRE A ETNOGRAFIA VIRTUAL: ESCOLA DO
FUTURO E PPGCOM (BRASIL), VKS (HOLANDA), THE VIRTUAL
ETHNOGRAPHY (REINO UNIDO) E DIGITAL ETHNOGRAPHY
(ESTADOS UNIDOS) .................................................................................................................. 45
4.1 MANIFESTO DIGITAL ................................................................................................ 45
4.2 PROJETOS MUNDIAIS E A ETNOGRAFIA VIRTUAL/DIGITAL ........................... 50
4.3 A ETNOGRAFIA VIRTUAL E OS PROJETOS DA ESCOLA DO FUTURO
(LINTEE E PPGCOM - USP) ............................................................................................... 55
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 60
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 65
APÊNDICE: MAKING-OF .......................................................................................................... 69
2
“O importante não são as respostas a que se
chegam, mas sim as perguntas que se fazem.”
Jostein Gaarder (adaptado)
3
AGRADECIMENTOS
E, por fim, não poderíamos deixar de agradecer àquela pessoa que sempre
esteve presente. No começo parecia que iria apoiar a professora, mas logo
percebemos que ela estava ali de corpo e alma para nos ajudar, sempre
prontamente e com a sua simpatia encatadora. Muito obrigado Cacau (Claudia
Pontes Freire), a nossa fada madrinha.
Os autores.
4
RESUMO
5
1 – INTRODUÇÃO: NASCE UMA NOVA COMUNIDADE DE
APRENDIZAGEM E DE PRÁTICA
Each of us is part of a large cluster, the worldwide social net, from which no
one is left out. We do not know everybody on this globe, but it is guaranteed
there is a path between any two of us in this web of people (BARABASI,
2003, p. 18).
1
Portal CCVAP: http://ccvap.futuro.usp.br
6
entender os contextos atuais nos quais os usos das tecnologias são
tidos como extensões humanas (Understading Media, McLuhan 1964; A
Pele da Cultura, de Kerckhove 1997);
7
espanhola, alunos-pesquisadores de comunicação social, jornalistas,
jornalistas da área de educação internacional, da área da ciência da
computação, educação (formação de professores), uns doutorandos, outros
mestres, alguns pleiteando vaga para mestrado.
estudo dos textos coletivos das turmas CCVAP de 2001 até 2008.
Para isso, nos dividimos em subgrupos, cada subgrupo postou no
blog coletivo da turma3 um resumo dos trabalhos desenvolvidos
nesse período;
2
Universidade Federal de Alagoas
3
http://ccvap.futuro.usp.br/blog/~2009
8
Para a realização da disciplina CCVAP, cercamo-nos de recursos
disponibilizados pela professora Brasilina, bem como por outros recursos
trazidos por nós à turma, a citar:
9
No capítulo seguinte, apresentaremos uma análise mais aprofundada
dos temas que nos interessa analisar: as redes sociais e as comunidades
virtuais de aprendizagem e de prática. Uma das metodologias possíveis para
análise dessas comunidades é a etnografia virtual. Esta metodologia será o
foco da nossa terceira etapa, havendo uma breve introdução sobre a etnografia
tradicional e um posterior estudo sobre a possibilidade de estender/transportar
essa metodologia para ambientes virtuais, tal como vem sendo realizado por
pesquisas de mestrado do programa PPGCOM e pelos projetos gerados na
Escola do Futuro (www.futuro.usp.br). No último capítulo, realizamos uma
análise em que as duas pesquisas de mestrado realizadas sobre o assunto e
entrevistas concedidas pela orientadora e pelos pesquisadores formam nossos
dados de análise e interpretação. Finalmente, uma análise da nossa própria
pesquisa se faz necessária. Nas conclusões, apontamos para algumas
possibilidades de uso da etnografia virtual em pesquisas sobre comunidades
de prática em níveis de mestrado e de doutorado.
10
2 - DO PENSAMENTO MODERNO/POSITIVISTA À PÓS-
MODERNIDADE: EDUCAÇÃO, NOVAS TECNOLOGIAS, NOVAS
EPISTEMOLOGIAS E AS REDES SOCIAIS VIRTUAIS
>>>>>>
Para nós, modernos, desvelar era tarefa sagrada. Revelar sob as falsas
consciências os verdadeiros cálculos ou sob os falsos cálculos os
verdadeiros interesses. (...) Será nossa culpa se as redes são ao mesmo
tempo reais como a natureza, narradas como discurso, coletivas como a
sociedade? Será que devemos segui-las abandonando os recursos da critica,
ou abandona-las posicionando-nos junto ao senso comum da tripartição
critica? Nossas pobres redes são como os curdos anexados pelos Iranianos,
iraquianos e turcos que, uma vez caída a noite, atravessam as fronteiras,
casam-se entre eles e sonham com uma pátria a ser extraída dos três países
que os desmembram. (LATOUR, 2008, p.12 ).
11
questões fundamentais para entendermos nossos processos de construção de
conhecimentos (modernos). Entender esses estudos utilizando a metáfora da
árvore representada por raízes, tronco, galhos e folhas proporcionaria,
inicialmente, uma relação entre a filosofia e a educação. A metáfora mostra que
o positivismo, o liberalismo e a dialética formam as raízes da “árvore da
sociedade moderna”, ou seja, são fundamentais para compreendermos o
mundo moderno no qual estamos inseridos e somos agentes. No âmbito
educacional, veremos que o entendimento dessas raízes é essencial, pois
delas originam muitas de nossas teorias sobre o ensinar e nossas atitudes em
sala de aula. Muito do que se discute sobre a educação, entretanto, refere-se
às metodologias e técnicas de ensino, ou seja, ao tronco, galhos e folhas. Nós,
professores e pesquisadores, muitas vezes, ainda não enxergamos as raízes
do processo educacional e mantemos o papel de reprodutores de
conhecimento (à luz das teorias do reprodutivismo de Bourdieu). Segundo
Giroux (1997), os professores (e profissionais modernos) são reduzidos ao
papel de técnicos obedientes, executando os preceitos do programa curricular.
Portanto, somos meros técnicos reprodutores e dificilmente chegamos à
discussão sobre os processos mentais gerados pelos sistemas positivistas e
neoliberais que influenciam nossa educação. Do mesmo modo, negligenciamos
um estudo mais aprofundado sobre a dialética (o diálogo que, ao nosso ver, é
elemento essencial à formação e manutenção das comunidades de prática).
Quais seriam esses modos de pensar gerados pelo positivismo, liberalismo e
dialética?
12
positivismo (o estado positivo de anular / eliminar o negativo) e o empirismo.
Com eles, cria-se o conceito de ciência com seu mito de objetividade e
veracidade. Há diversas perspectivas pelas quais o positivismo pode ser visto:
“1) como religião – a religião da humanidade 2) como filosofia ou corrente
filosófica- conhecimento – epistemologia e 3) como método – o método
positivista, a busca da verdade através do empirismo e do cientificismo” (Cf.
Ribeira Junior, 1982, p.14). O positivismo está arraigado na sociedade
moderna. A educação é um exemplo da força desse pensamento. O que se
tem feito nas aulas de geografia, história, química, ciência e mesmo as aulas
de tecnologia e informática nas quais o professor foca no uso mecânico e
funcional da tecnologia? O que se tem feito além do estabelecimento de regras
e fórmulas e memorização de datas descontextualizadas? O que se tem feito
na universidade além de reprodução de conceitos de forma hierarquizada, ou
seja, o professor, detentor da verdade, dita as regras aos “alunos
receptáculos”? Nesse sentido, caberia, de início, questionarmos, como feito por
Derrida, Bourdieu e por essa disciplina que cursamos, se a maioria dos cursos
de pós-graduação não seguem, à risca, esse modelo de educação onde o
papel do professor é o de técnico que repete conceitos já estabelecidos e tidos
como “a verdade”. Zeichner (2001), em palestra apresentada na Universidade
de Londrina – Paraná, fala do processo de reforma educacional:
13
África do Sul e Reino Unido. Apesar de não citar o Brasil, ele poderia tê-lo feito
já que o nosso sistema educacional também prima pelos “unreflective and
obedient teacher civil servants”. Nosso país que não chegou a conhecer
nenhum outro modelo filosófico ou educacional que não o positivismo (Monte
Mór, 1991;1999). O positivismo reforça e mantém as relações de poder na
medida em que, independentemente da esfera social, diz o que é certo e o que
é errado e qual é a verdade que prevalece: a do mais forte.
14
suposta liberdade. Como é vista e educação segundo a concepção (neo)
liberal?
15
sustentáculo da era moderna. Entretanto, para muitos críticos e pensadores,
essa era está chegando ao fim (e se não está chegando, deveria), pois o
sistema capitalista já não consegue camuflar as gigantescas desigualdades
sociais e econômicas que vêm produzindo ao longo de sua existência. Dussel
(op. cit. Mignolo, 2000) argumenta que a modernidade está sustentada por um
mito da modernidade, ou seja, os europeus devem levar aos bárbaros não
civilizados ( demais não europeus) a civilidade e o conhecimento. Quando não
aceitos, deve-se usar da violência para que essas nações subdesenvolvidas
sejam “modernizadas”. A violência parece ser um recurso moderno e atual para
a garantia desse “iluminar o mundo”. O termo pós-moderno, segundo Lyotard
(op. cit. Hall, 1992, p. 357), “designates the state of our culture following the
transformations which, since the end of the 19th Century have altered the game
rules for Science literature and the Arts. [...] Simplifying to the extreme, I define
postmodern as incredulity toward metanarratives”. Lyotard resume a condição
pós-moderna como sendo a descrença/crítica às grandes narrativas, ou seja,
às grandes verdades que são inquestionáveis, que “estão lá e sempre foram
assim”. Incrivelmente “impregnados” em nós desde os primeiros contatos com
nossas famílias e primeiros passos na escola, essas verdades/narrativas
passam desapercebidas e, por “sempre estarem lá”, tornam-se invisíveis e
inquestionáveis para muitos.
16
communications and media”. Ela tem a difícil tarefa de substituir (1) um cânon
por vários cânones (dicotomia uno x múltiplo); questionar o que é verdadeiro e
o que é falso, ou, ainda, questionar os critérios pelos quais se chega a essas
definições; entender a teoria de uma pragmática multifacetada ? e entender a
paralogia (idéia de dissenso e geração de novos movimentos e afirmações).
17
questionam o real/virtual, práticas estas que privilegiam a construção do
conhecimento coletivo. Nesse sentido, discutiremos os novos meios de
comunicação tais como a Web, as redes sociais, bem como os modos pelos
quais as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) influenciam a
sociedade, a educação e o Mercado de trabalho.
18
(empresas, países, instituições acadêmicas, etc.), que são os responsáveis
pelas conexões entre os fluxos de negócios. Ela não é linear, o que permite
uma total flexibilidade, sendo que o status de um nó na rede pode mudar em
questão de segundos. A “triste” realidade, segundo Castells, é que quem está
fora da rede, está fora da nova economia e tende a sucumbir rapidamente.
19
interatividade, dando voz e poder de atuar e interferir a quem
jamais teve anteriormente, favorecendo, inclusive, a dialética;
colaboração, trazendo à tona a necessidade e a importância das
intra e inter-relações sociais;
nova organização do espaço (fluxos), que independe de
aproximação física, e do tempo, que permite conexões
simultâneas, viabilizando comunicação instantâneas e conversas
em tempo real.
20
Cremos que as reflexões de Castells nos permitem ver um novo ser,
seus costumes, medos e crenças. O autor discorre sobre uma elite que possui
um estilo de vida padrão em todo o mundo, num ambiente simbólico mundial.
Ele deixa de lado suas raízes e passa a ser mais um nos cenários que se
equalizam pelo mundo afora, como salas vips de aeroportos, hotéis
internacionais (decoração padrão), acesso móvel às redes de comunicação,
uso regular de spas, cor camurça clara nas paredes, prática de jogging,etc.
Alterações no ritmo biológico também são observadas pelo autor, assim como
as novas formas de encarar a vida e a morte. Se por um lado há o aumento da
expectativa de vida, com redução do tempo de serviço e valorização da velhice,
por outro lado, há uma grande redução da natalidade, devido à emancipação
profissional da mulher, e também o que ele chama de “o triunfo dos desejos
individuais”, referindo-se às mulheres que mesmo em idade avançada, após
tantos anos de dedicação exclusiva à vida profissional, lançam mão das
tecnologias reprodutivas.
21
Continuamos nossa discussão sobre sociedade, redes e educação
agora sob as perspectivas das teorias líquidas de Bauman. Para o autor,
vivemos uma modernidade líquida (o que chamamos acima de sociedade pós-
moderna) uma vez que as relações e transformações na sociedade já não são
mais estáticas (haja vista os processos de globalização, a internet e a
conectividade mundial) e sólidas (como por exemplo os sistemas financeiros -
no passado as pessoas acreditavam na solidez dos bancos, e hoje? Isso é
possível?).
22
liberdade numa sociedade onde nem todos podem ser individuais
(massificação) ou livres.
23
(Airton Senna no Brasil, Princesa Diana no mundo e Michael Jackson, mais
recentemente, nos Estados Unidos).
O capitalismo nos dias de hoje “está mais sutil, mais leve” e não mais
ligado aos antigos moldes do sistema fordista de produção, que engessava
capitalistas e seus trabalhadores em sólidos estabelecimentos. O capitalismo
na sociedade fluida não está mais fixado no solo, ele viaja de avião portando
seus poderosos notebooks e modernos celulares, podendo saltar e ser
montado e desmontado em qualquer parte do planeta, numa velocidade nunca
antes imaginada. E esse capitalismo terá, como tempo de duração, “o tempo
que durar a satisfação” para a qual ele foi desenvolvido para satisfazer.
24
mercadorias necessárias ao nosso sustento, pela imagem que gostaríamos de
vestir, para chamar a atenção etc.
25
Em contrapartida, na sociedade de consumo, os encontros “inevitáveis”
em espaços lotados projetados por mestres da falsificação e da vigarice, onde
a impressão é tudo (templos de consumo) reforçam esse conceito de
comunidade. Esses encontros devem ser breves e superficiais para não
interferirem no “maravilhoso isolamento do comprador consumidor, protegido
contra aqueles que costumam quebrar as regras (mendigos, chatos etc.) num
templo de consumo bem supervisionado e apropriadamente vigiado, um lugar
sem lugar, que agrega em si um reconfortante sentimento de pertencer em
espaços vazios de significado. Assim, o que acontecer dentro do templo do
consumo tem pouca ou nenhuma relação com o que acontece “fora dos
portões”.
26
confiável a cada dia que passa. Todos os indivíduos são afetados por essa
insegurança e ninguém pode se sentir verdadeiramente seguro.
27
presidentes eleitos ajudado pelas redes sociais. Através de Mark Zuckerberg
(menino prodígio e o criador do Facebook®) foi um dos coordenadores da
cruzada online do Presidente, milhares de votos e muito apoio foram
conquistados através dessa rede social. No Twitter® ( twitter.com) outra rede de
media social onde o usuário tem menos de 140 caracteres para se comunicar
foi também decisiva. Todos sabiam onde Barack Obama estava, ou seja, se
estava com seus filhos com sua família, o que foi decidido numa reunião
importante e, isso, Segundo os analistas políticos e de redes sociais, fez com
que ele se tornasse um “amigo” próximo do povo. Todos esses exemplos nos
mostram o quanto e a velocidade das transformações de uma sociedade em
rede e conectada pode influenciar e, por vezes, determinar, eventos sociais,
políticos e econômicos. Todos esses fenômenos formam esse grupo social
que estamos chamando de comunidades ( ou redes sociais).
28
local, parentesco, solidariedade de vizinhanças seriam a base dos
relacionamentos consistentes” (COSTA, 2004, p.237). Barry Wellman &
Stephen Berkowitz (1988) identificam a complexidade compreendida na análise
que estes estudiosos fazem sobre conceito de comunidade. Esta abordagem
pode ser percebida quando Barry Wellman & Stephen Berkowitz afirmam que
estamos associados em redes, mas por meio de comunidades pessoais.
Segundo os estudiosos, hoje vivemos numa sociedade onde os laços
comunitários não se mostram firmemente atados e por conta deste quadro os
indivíduos arcam com conseqüências, até mesmo patológicas, decorrentes do
sentimento de solidão em que vivem mergulhados. Ao avaliar o pensamento de
analistas de redes mais recentes, Costa visualiza sua compreensão sobre a
necessidade de revisão do conceito de comunidade, visto que novas formas de
comunidade surgiram, o que tornou mais complexa nossa relação com as
antigas formas.
29
papel regulador e mediador de processos mais profundos. A análise do capital
social deve envolver variáveis como a sociabilidade, cooperação,
reciprocidade, pró-atividade, confiança, o respeito, as simpatias levantando “a
implicação dos indivíduos em associações locais e redes (capital social
estrutural), avaliar a confiança e aderência às normas (capital social cognitivo)
e, igualmente, analisar a ocorrência de ações coletivas (coesão social)”
(COSTA, 2005, p. 240).
30
programas e currículos ainda não trabalharem essas questões simplesmente
pois não perceberem essa nova geração icônica e digital. Em muitos casos,
como colocado pro Brian Street e Van Leween, os professores nem chegam a
aceitar a multimodalidade de uma sociedade em rede (as imagens, o som, o
movimento, gestual e corporal atuando concomitantemente nas interpretações
das realidades). Concordamos com todos os teóricos acima expostos tais como
Rheigold, Levy, Barabasi, Costa e com nossa orientadora Passerelli quando
todos defendem novos posicionamentos frente as TICs, as comunidades
virtuais de aprendizagem e prática, bem como um maior entendimento do
tênue limite entre real x virtual.
31
As guerras e movimentos organizados em rede, tendo como agentes
catalisadores as TIC e a CMC, são os temas discutidos por Henrique Antoun
(2004). O autor faz um resgate da origem militar das TIC e CMC, como
maquinários que receberam fortes investimentos – um dos maiores do século
XX – do Departamento de Defesa norte-americano, que, em meados dos anos
60, já percebia o espírito colaborativo como essencial para seu fortalecimento
bélico, na medida em que articulava forças aliadas e conectava membros da
comunidade científica dispersos pelo mundo. Arquilla e Ronfeldt (1993, 1996)
defendem os conceitos de guerra em rede (netwar), guerra de controle
(cyberwar), guerra da informação (infowar), revelando a informação como
principal arma das guerras atuais.
Cremos ser essa também uma das funções dos educadores que
trabalham com as novas tecnologias, bem como aqueles que pesquisam as
TIC, a internet. Cabe a todos nos, acreditamos, analisar e alertar para os
efeitos negativos desses recursos e ferramentas. Segundo Misha, o Brasil é um
dos principais alvos do crime cibernético mundial. Nossos bancos, sistemas de
crédito e de compras já foram penetrados e fraudados.
32
disjunção com a vizinhança geográfica, a exclusão da maior parte da
sociedade devido ao custo e o conhecimento sobre o uso de computadores e a
diminuição dos encontros face a face devido ao aumento dos encontros
virtuais. Na mesma linha, Robert Putnam publica, em 1996, o resultado de uma
pesquisa sobre o desaparecimento do capital social e do engajamento cívico
nos Estados Unidos. Através desse estudo empírico, Putnam acusa as TICs,
dizendo que “elas promovem o isolamento individual e o desengajamento
político, corroendo a vida ativa das sociedades democráticas”. A estrutura
flexível e descentralização do poder (leaderness) são umas das principais
características da guerra em rede. Formada por atores/nós e vínculos/ligações,
a rede pode ter diversas formas e tipos de conexões, porém, a mais usada, por
sua eficácia, é a do tipo “todos-canais” (all-channel), uma arquitetura que
permite a interação de cada nó diretamente com outro nó. Porém, segundo
Aquilla e Ronfeldt é a análise organizacional que revela informações mais
importantes sobre uma rede. Diversos níveis, além do design, devem ser
considerados, como o nível narrativo, doutrinário, tecnológico e o social.
Antoun destaca o nível narrativo que, muito em breve, se sobressairá diante os
demais, inclusive, diante ao do design na sua constituição.
Tal ponto de vista nos parece muito familiar, já que no campo de estudo
das Relações Públicas sabemos da importância da identidade para o
fortalecimento de uma cultura e conseqüente motivação dos envolvidos.
Fazendo uma correlação, o “nível narrativo”, tratado pelo autor, seriam canais e
fluxos de comunicação bem trabalhados no sentido de se estabelecer uma
identidade e uma cultura organizacional que seja conhecida e incorporada por
todos os atores envolvidos, gerando, assim, uma imagem positiva do grupo, ou
seja, a tal da história vitoriosa.
33
utiliza de ligações do tipo “todos os canais”. Antoun (2004) volta a falar da
importância do nível narrativo para a estruturação de uma rede de guerra,
ressaltando as questões da autoria e do papel do líder (avatar). Se por um
lado, nas redes de guerra fundamentalistas e etnonacionalistas, como por
exemplo a liderada por Bin Laden, é possível identificar os autores de suas
narrativas, por outro lado, foge a esse padrão o movimentos como o Zapatista
e os grupos envolvidos na manifestação de Seattle, onde a narrativa é feita por
diversos autores, sendo impossível desassociar as conversas durante a
organização e desenvolvimento da rede dos relatos que acompanham os
fatos.“Nas duas últimas redes a narrativa mais se assemelha ao roteiro de um
filme experimental, que vai sendo escrito por toda equipe conforme a filmagem
se desenrola” (ANTOUN, 2004, p. 224)
34
3 - METODOLOGIA DE PESQUISA: MÉTODOS ETNOGRÁFICOS
PARA A PESQUISA EM AMBIENTES VIRTUAIS DE
APRENDIZAGEM E DE PRÁTICA
4
Entrevista com o Prof. Dr. Menezes de Souza, professor da Universidade de São Paulo em 2002 para a
dissertação “Investigações sobre a leitura através do cinema na universidade: o letramento crítico no
ensino de inglês” – dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo.
35
compreender a pesquisa etnográfica em suas bases, para entender suas
apropriações realizadas pelas metodologias de pesquisa atuais.
36
segundo Gil (2007), não se adequa plenamente a este tipo de pesquisa, pois
se trata de um tipo de pesquisa na qual não se formula hipóteses tão precisas.
Diante da exposição do pensamento de Fonseca e Gil, acredito que nossa
decisão sobre o texto coletivo se apresenta ajustada e cientificamente
concebida.
37
tida como formuladora de teoria (theory-building), ou seja, o núcleo de uma
abordagem humanística para a ciência social.
Base Antropológica
38
1) Observação de Aula – notas de campo – construção de
diários.
2) Interpretação de dados através de:
• Leitura global – o todo dos diários
• Leitura detalhada – identificar irregularidades.
3) Codificação de dados.
4) Definição do tópico de investigação: (tópico hipotético) o
documentário registra a verdade, ou seja, é portador da
verdade na interpretação do espectador.
5) Definição dos instrumentos de investigação:
a. Observação de documentários pelos espectadores e
pesquisadores.
b. Gravação de depoimentos de espectadores e/ou
pesquisadores.
c. Relatos de espectadores.
d. Entrevistas com diretores/teóricos.
6) Análise e interpretação de dados. (vide procedimentos 2 e
3).
7) Formulação de teorias.
39
Observador/pesquisador
Análise
Interpretação 1
Interpretação 3
Expectador Filmes e
gravações
Aluno Interpretação 2
40
pesquisa quantitativa? Interessa chegar a verdades universais, validadas a
aceitas em ambientes de comunidades virtuais onde as premissas são
construções coletivas, movimentos de copyleft e descentramento? Pareceral
essas serem as preocupações da nossa orientadora profa; Dra; Brasillina ao
nos guiar pelo caminho das comunidades e novas metodologias de pesquisa.
Vimos ai alguns desafios, tais como o de
The coming of the Internet has posed a significant challenge for our
understanding of research methods. Chisritine Hine, 2005a, p. 1
41
Christine Hine, 2000, p.65
42
como os usuários da Internet “enxergam” suas capacidades
comunicativas e interativas;
43
Dessa forma, ao criticar o modo de pensar moderno e reprodutivista,
Hine lança as bases para suas pesquisas baseadas na etnografia virtual. Para
a pesquisadora, para utilizarmos a etnografia em pesquisas sobre ambientes
virtuais, necessitamos, inicialmente, questionar os conceitos espacialidade,
temporalidade, físico, dialógico real vs. presencial estabelecidos,
resignificando-os. Nesse sentido, a etnografia pode ser utilizada para
desenvolver sentidos e significados da tecnologia e das culturas.
44
CAPÍTULO 4 – MAPEAMENTO DOS PROJETOS MUNDIAIS E
TENDÊNCIAS SOBRE A ETNOGRAFIA VIRTUAL: ESCOLA DO
FUTURO E PPGCOM (BRASIL), VKS (HOLANDA), THE VIRTUAL
ETHNOGRAPHY (REINO UNIDO) E DIGITAL ETHNOGRAPHY
(ESTADOS UNIDOS)
The digital is the realm of the open: open source, open resources, open
doors. Co-creation is one of the founding features of the digital turn in
the human sciences, because of the greater complexity. But this
collaborative turn doesn’t exclude … perhaps there is a space of
hermetic works of the mad individual.
45
no limite de serem deflagrados e novas verdades construídas. Surge um
debate em torno das novas formas de perceber, conhecer, aprender e aplicar,
influenciada por um universo composto de novos elementos e ambientes,
virtuais e digitais, e novos hábitos sociais praticados mundialmente.
Disponível em:
http://dev.cdh.ucla.edu/digitalhumanities/2008/12/15/digital-humanities-
manifesto/)
Países no mundo inteiro se dão conta de que o seu bem mais precioso
são os seus cérebros, e quanto maior o número cabeças pensantes mais
chances eles têm de se projetar e se manter competitivos. Justamente quando
a informação extrapola as fronteiras físicas, as distâncias são reavaliadas
assim como os recursos didáticos e todo o tipo de dado que percorre e envolve
o mundo num alcance ampliado possibilitando uma eqüidade nessa
distribuição, jamais experimentada.
46
A expansão das bases educacionais assim como a possibilidade de
ampliação do seu conteúdo e das novas formas de comunicar e ensinar serão
os principais responsáveis por essa mudança que proporciona oportunidades
similares, à grande parte da população global.
47
Mellon Seminar in Digital Humanities at UCLA fala da complexidadede ambas,
ou seja, a larga escala combinada com as ciências humanas:
Like all media revolutions, the first wave of the digital revolution looked
backwards as it moved forward. It replicated a world where print was
primary and visuality was secondary, while vastly accelerating search
and retrieval. Now it must look forward into an immediate future in
which the medium specific features of the digital become its core.
The first wave was quantitative, mobilizing the vertiginous search and
retrieval powers of the database. The second wave is qualitative,
interpretive, experiential, even emotive. It immerses the digital toolkit
within what represents the very core strength of the Humanities:
complexity.
48
São também distintos os entendimentos sobre a etnografia virtual, há
quem entenda que essa é uma metodologia específica em “ambiente” e com
“objeto” diferenciado que utiliza a etnografia, como também há aqueles que
entendem que não existe nenhum diferencial entre investigar em ambientes
reais ou no ciberespaço. Segundo uma publicação cujo o título é Etnografía
virtual, escrito por Daniel Domínguez, Anne Beaulieu, Adolfo Estalella, Edgar
Gómez, Bernt Schnettler & Rosie Read, Volumen 8, No. 3 – Septiembre 2007,
e publicado no
http://www.qualitative-research.net/index.php/fqs/article/view/274/603
49
sendo estas presenciais ou virtuais, tais como fóruns, encontros, manifestos,
blogs, laboratórios, etc. Em uma das reflexões importantes da Brasilina
5
The Erasmus Studio will carry out a research programme including a number of projects with researchers
from various disciplinary backgrounds, such as social sciences, economics, management research, and
informatics. The Erasmus Studio will also organize a series of interdisciplinary seminars on e-research, in
which both senior researchers as well as PhD students and undergraduates can participate.
The Erasmus Studio is a collaboration with the Virtual Knowledge Studio for the Humanities and Social
Sciences (VKS), a KNAW institute in Amsterdam which started in January 2006. A similar collaborative
50
dos projetos é o método etnográfico como método de pesquisa virtual (
etnografia virtual):
initiative is the Maastricht Studio. It was lauched in October 2007 and has been set up by the VKS and the
Universiteit Maastricht. The Erasmus Studio secretariat is housed by the Erasmus School of Economics.
51
http://www.virtualknowledgestudio.nl/
6
Projeto das University of Surrey, the University of Stirling, the British Sociological
Association and SAGE Publications Ltd.
52
http://www.socresonline.org.uk/cgibin/perlfect/search/search.pl?q=ethnography&showurl=%2F1
2%2F6%2F3.html
53
Alguns desses trabalhos podem ser acessados em:
Information R/evolution
http://www.youtube.com/watch?v=-4CV05HyAbM
54
Portanto, como vimos, são diversos os projetos que defendem e utilizam
a etnografia virtual/digital como metodologia de pesquisa. Veremos no próximo
sub-capítulo os projetos desenvolvidos no Brasil, pela Escola do Futuro e pelo
programa de pós-graduaçáo da ECA-SUP mais especificamente.
55
No Brasil, entendemos que os projetos do Laboratório de Interfaces em
Educação - LIntEe da escola do futuro/USP, responsável por projetos
experimentais de educação a distância com utilização da internet voltado a
alunos e professores, apresentam experiências com o virtual engajado no
social. Todos os projetos, de uma forma ou outra, utilizam metodologias de
pesquisa relacionadas a etnografia virtual (o foco desse trabalho). À luz de
Malinowski (MINAYO, 1995), vemos que nesse tipo de investigação “o
pesquisador deve ele mesmo efetuar no campo, sua própria pesquisa e que
esse trabalho de observação direta é parte integrante da mesma. Dessa forma,
a etnografia apregoa a existência de uma identidade entre sujeito e objeto”,
sendo o objeto das ciências sociais, essencialmente qualitativo. Geertz (1978)
diz que “a etnografia não é uma questão de métodos, mas sim estabelecer
relações, selecionar informantes, transcrever textos, levantar genealogias,
mapear campos manter um diário, ao que ele denomina descrição densa.” São
quatro os sites/projetos: To ligado – O Jornal Interativo da sua escola, conexão
Escola – Interação total com o professor, Nexus – Da Informação ao
Conhecimento para alunos da graduação e o CCVAP, como parte da disciplina
de pós-graduação, Criando Comunidades Virtuais de Aprendizagem e Prática:
http://futuro.usp.br/portal/website.ef
www.toligado.futuro.usp.br/
www.ccvap.futuro.usp.br
www.nexus.futuro.usp.br
56
- Ana de Defesa: 2007
- Falcudade / Área: (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Escola de
Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo.
57
uso de recursos da tecnologia da informação; capital social cognitivo, gerado
pela cultura virtual e coesão social que se relaciona com as ações coletivas, a
partir das análises da interação e colaboração entre os participantes. A
metodologia é a análise etnográfica do ambiente. Anita diz que usa o método
etnográfico para interpretar experiências e condutas, abrangendo o que dizem,
sabem, constroem e usam os estudantes das CVAs. Diz que é uma forte
compreensão dos significados, comportamentos , ações e situações
vivenciadas pelos participantes em seu cotidiano. A configuração etnográfica
permite olhar, narrar, descrever, interpretar e indagar sobre o objeto
investigado para narrar, descrever, interpretar sua materialidade discursiva,
mantido como procedimento metodológico o princípio da interação constante
entre o pesquisador e o objeto pesquisado. Na segunda, Conforme pode ser
constatado no resumo do trabalho a autora informa que sua pesquisa analisou
a interatividade propiciada pelo projeto de inclusão digital TôLigado - o Jornal
Interativo da Sua Escola, site educativo concebido pelo então “Laboratório de
Interfaces em Educação – LintE da Escola do Futuro/USP e implementado em
parceria com a Fundação para o Desenvolvimento da Educação da Secretaria
da Educação do Estado de São Paulo. Obteve participação de 1.428 escolas
de ensino médio e fundamental em diferentes cidades do estado, entre os anos
de 2001 e 2006.
58
de comunicação e informação ao seu dia-a-dia, assim como os avanços
alcançados pelo projeto de inclusão digital.
59
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
O que aprendemos até agora é apenas o começo. O universo virtual, tal como esfinge
enigmática, reitera constantemente seu desafio a todos que queiram decifrá-los
60
dos desenvolvimentos recentes nas diversas disciplinas e colocam à
disposição dos professores e estudantes universitários um material que pode
servir para fins didáticos. A exploração desses recursos nos programas
universitários, por professores e estudantes, pode enriquecer as atividades de
aprendizagem e de ensino.
61
Dado que a aprendizagem não se limita à aquisição de conhecimentos,
é importante desenvolver no aprendiz habilidades que ajudem a explorar novas
informações, sintetizar e fazer aplicações práticas. Segundo Haughey (1995), a
educação é um processo interpretativo no qual o sentido emerge do diálogo e
no qual os aprendizes são participantes ativos. O essencial da conduta
educativa se situa na construção de sentidos com os aprendizes e não na
transmissão de informação. Uma das formas que pode assumir a integração
das novas tecnologias no meio universitário é a elaboração de cursos
multimídia.
62
como o de animar, acompanhar e avaliar. Os idealizadores de dispositivos não
podem reduzir seu papel à simples transmissão de informação.
7
traducao dos pesquisadores But what if television, playing video games, and surfing on the Web are actually
good for you? What if exercising the modes of cognition demanded by visually sophisticated video game and Web
environments could actually increase one’s intelligence?” p.72
63
Para o fim, discutimos extensivamente a quebra de paradigmas da
sociedade, as questões de reprodutivismo versus construção de conhecimento
(Bourdieu, Morin), as novas TIC, os novos usos e aplicações do ciberespaço,
as comunicações mediadas por computadores (CMC). Não poderíamos deixar
de convidá-los a assistir à nossa contribuição para a disciplina CCVAP 2009.
Além da criação do texto coletivo, construímos uma apresentação em
PowerPoint com linha do tempo, gráficos de dados e de presença virtual, bem
como o vídeo abaixo. Não poderíamos deixar de agradecer (como fizemos no
vídeo) a orientação da prof. Dra. Brasilina Passarelli que, em meio à greve, não
mediu esforços para nos orientar. Temos certeza que esse projeto e essa
comunidade continuam nos grupos de emails googlegroups, googledocs, nos
msns e skype.com e nos artigos e livros (talvez?) que um dia publicaremos
coletivamente, uma prova (empírica racional) de que comunidades de
aprendizagem e prática podem acontecer real e virtualmente; comunidades que
pensem e façam uma nova educação, o diferente, a vanguarda:
http://www.youtube.com/watch?v=RZnc_rAsPzk
64
REFERÊNCIAS
BARBER, Benjamin R. Jihad Vs. Mc World, In: The Antlantic Monthly. Boston:
Atlantic Monthly, v.269, nº 3(março), pp. 53-65, 1992.
65
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede: a era da informação, economia,
sociedade e cultura. v.1. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
FERRAZ, D. M. www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-08082007-140125/
FOLKERS, E. (1994) “Evaluation... a reflection: Evaluation issues interactive
multimedia”, in K. BEATTLE; C. McNAUGHT e S. WILLS, (eds.) (1994), Interactive
multimedia in University Education: Designing for Change in Teaching and
Learning,Amsterdam, Elsevier Science, 309-312
FONSECA, João J. S. Metodologia da Pesquisa Científica. Universidade
Estadual do Ceará, março-maio de 2002, (apostila). Disponível em:
http://www.geocities.com/joaojosefonseca/apostila.htm. Acessado em junho de
2009.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1995.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª. ed. São Paulo:
Atlas, 2007.
HALL, Stuart; HELD, David. Modernity and its futures. Polity Press. Chichester:
Blackwell Publishers, 1992.
______ (ed). Virtual Methods: issues in social research on the Internet. New
York: Berg, 2005(a).
66
______. “Virtual methods and the sociology of cyber-social-scientific
knowledge”. In: Hine, Christine (ed). Virtual Methods: issues in social research
on the Internet. New York: Berg, 2005(b), p. 1-17.
______. Jamais fomos modernos. Tradução: Carlos Irineu da Costa. 4ª.ed. São
Paulo: Editora 34, 2008.
67
__________. Capital social na pós-graduação em ciências da comunicação:
um estudo de caso no portal Criando Comunidades Virtuais de Aprendizagem e
de Prática. Revista Prisma.com, v. 05, 2007(b), p. 68-95.
RHEINGOLD, Howard. Smart mobs: the next social revolution. Cambridge, MA:
Basic Books, 2002.
68
APÊNDICE: MAKING-OF
363 emails trocados no googlegroups. destes o dia com maior troca foi
terças-feira, dia da aula, seguido de segundas-feira, pré-aula e quartas-feira,
pós-aula.
69
Porcentagem de emails X Semana de estudo X Dia da Semana
70
71
72
73
74