Você está na página 1de 18

Ribeirão Preto, dezembro de 2012

Edição: 06/2012

TEORIA DA CONTINGÊNCIA E PESQUISA CONTÁBIL

Marcello Chris ano Gorlaa e Carlos Eduardo Facin Lavardab


a
Universidade Regional de Blumenau – Furb
gorlacontabil@yahoo.com.br
b
Universidade Regional de Blumenau – Furb
clavarda@furb.br

Resumo O obje vo da pesquisa é iden ficar o perfil bibliográfico sobre a aplicação


Palavras-chave: da Teoria Con ngencial nas pesquisas sobre orçamento, entre 2006 e 2011. O estudo
Perfil Bibliográfico, descri vo e quan ta vo foi realizado por meio de uma pesquisa documental. Para a
Teoria Con ngencial, coleta de dados procurou-se pelas palavras-chave: orçamento, prá ca orçamentária,
Orçamento Empresarial, Teoria da Con ngência ou Con ngencial e con ngências no tulo ou resumo dos
Pesquisa Documental, trabalhos. Inves gou-se entre 2006 e 2011 a produção de periódicos nacionais,
Variáveis Con ngenciais. as dissertações e teses produzidas em ins tuições de ensino superior, os ar gos
aprovados na temá ca controladoria em congressos nacionais e ar gos em periódicos
internacionais. Com base nos resultados, pode-se apontar que a Teoria Con ngencial
vem sendo mo vo de vários estudos na pesquisa orçamentária, sendo que foram
encontrados 13 trabalhos nos congressos nacionais, trabalhos de conclusão stricto sensu
e periódicos internacionais. As variáveis con ngenciais encontradas foram estrutura,
tamanho, ambiente, estratégia, cultura organizacional e dinamismo da empresa.
Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
2

Abstract This research aims to perform a bibliographic profile analysis on


Key words:
the conƟngency theory applied to budgeƟng research between 2006 and 2011.
Bibliographic Profile,
The descripƟve and quanƟtaƟve study was conducted through a documental re-
ConƟngency Theory, search. Data collecƟon sought to the keywords: budget, budget pracƟces, conƟn-
BudgeƟng Research, gency theory or conƟngencies in the Ɵtle or abstract of the work. Was invesƟga-
Documental Research, ted between 2006 and 2011 the producƟon of naƟonal journals, dissertaƟons and
ConƟngent Variables. theses produced in insƟtuƟons of higher educaƟon, the arƟcles approved on the
topic comptroller in naƟonal and internaƟonal congress. Based on the results, we
can point out that the conƟngency theory has been subject of several studies in
the budgeƟng research, and there were 13 papers in naƟonal conferences, theses,
dissertaƟons and internaƟonal journals. The conƟngent variables found were struc-
ture, size, environment, strategy, organizaƟonal culture and company dynamism.

1 INTRODUÇÃO Tal evolução nos estudos da Teoria Con ngencial


corroborou para relacioná-la ao orçamento
A evolução da contabilidade gerencial tem empresarial, e, jus fica este trabalho, pois o mesmo
apresentado prá cas que buscam, especificamente, busca apontar o número de pesquisas e o caminho
construir adequadamente um conjunto de que elas têm u lizado para denotar a influência de
informações para que os tomadores de decisão fatores con ngenciais sobre o sistema orçamentário.
consigam conduzir as empresas dentro de seu Assim, surge a seguinte questão de pesquisa:
ambiente compe vo. Quais as caracterís cas da produção de ar gos e
Uma das ferramentas gerenciais u lizadas a fim de dissertações nacionais e ar gos internacionais que
garan r a compe vidade é a prá ca do orçamento, abordam a Teoria Con ngencial aplicada à pesquisa
a qual pode assegurar o controle e fornecer as orçamentária?
informações necessárias ao processo de tomada de Desta forma, define-se o obje vo do trabalho,
decisão. De acordo com Sanvicente e Santos (1995), o qual é iden ficar o perfil bibliográfico sobre a
os orçamentos compreendem es ma vas do futuro aplicação da Teoria Con ngencial nas pesquisas
e não alcançam êxito se não es verem estruturados sobre orçamento, entre 2006 e 2011.
em um planejamento consistente. O ar go está estruturado em cinco tópicos, sendo
Uma das teorias que vem sendo relacionada aos o primeiro a introdução. Em seguida, vem o referencial
artefatos gerenciais em diversas pesquisas inclusive teórico, no qual se aborda a Teoria Con ngencial,
o orçamento, é a Teoria Con ngencial. Molinari e apresentando sua evolução, seus fatores e a relação
Guerreiro (2004) definem a Teoria Con ngencial dela com o orçamento, como, também, o orçamento,
como uma perspec va teórica do comportamento suas caracterís cas e pologia. Na terceira parte,
organizacional que dá ênfase ao modo pelo qual apresenta-se a metodologia do trabalho, e, logo
determinada con ngência, como a tecnologia ou o depois, a análise dos resultados. Na quinta etapa o
ambiente, afeta o desenvolvimento e funcionamento ar go traz as considerações finais.
das organizações. Segundo Covaleski, Dirsmith
e Samuel (1996), as con ngências influenciam a 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
estrutura das organizações em sua formalização,
especialização, diferenciação e burocra zação. 2.1 A Teoria da Con ngência
Reid e Smith (2000) afirmam que após o surgimento
dos estudos que u lizaram a teoria da con ngência O fato de não haver nada absoluto e imutável nas
na gestão empresarial, na década de 1960, houve empresas é a principal base da teoria da con ngência,
uma crescente evolução. Assim, enquanto os sendo assim, há inúmeros fatores com possibilidade
trabalhos iniciais se de veram em verificar como de alterar a realidade das organizações. Nesse
a estrutura organizacional é influenciada por sen do, Guerra (2007, p. 21) expõe que a melhor
con ngências, os estudos contemporâneos u lizam forma de gerir as empresas requer profunda análise
a Teoria da Con ngência para verificar o modo das caracterís cas das situações que se apresentam
em que determinadas circunstâncias moldam os para elas.
sistemas de contabilidade gerencial.
Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
3

Segundo Escobar e Lobo (2002), ao estudar as sobre diversos aspectos esta teoria. Fagundes et
relações entre a estrutura da empresa e a tecnologia, al. (2008), levantou alguns desses estudos que são
em 1958, Woodward iniciou a Teoria da Con ngência. apresentados no Quadro 1.
Há diversos estudos que, desde então, abordaram

Quadro 1. Estudos sobre a Teoria da Con ngência.


Autores Anos Estudos
Woodward 1958/1965 Abordou a tecnologia como fator contingencial.
Burns e Stalker 1960 Considerou a contingência ambiente externo.
Chandler 1962 Relacionou as contingencias estratégia e estrutura.
Lawrence e Lorsch 1967 Pesquisou sobre as contingências ambiente estrutura.
Perrow 1972 Tratou da tecnologia e da estrutura.
Revisão sobre estudos de 1980, ressaltando a
Chenhall 2003
falta de estudos qualitativos sobre o assunto.
Tillema 2005
Estudaram fatores de contingência
Aguiar e Frezatti 2007
em relação a sistemas contábeis.
Simon 2007
Tratou efeitos dos fatores de contingência
Chen 2008
sobre os sistemas contábeis.
Fonte: Adaptado de Fagundes et al. (2008, p. 1).

Espejo (2008) relata que Haldma e Laats (2002) sobre este fator con ngencial são: Gordon e Narayan
estudaram a influência de fatores con ngenciais nas (1984), Gul e Chia (1994) e Sharma (2002).
prá cas de contabilidade gerencial das empresas A estratégia é outro fator interno controlável
de seu país, justamente na época em que a Estônia pela empresa. Autores deste tema, tais como
passava por diversas mudanças. Os autores Porter (1986) e Mintzberg (1995), buscam u lizar
confirmaram os pressupostos elencados, atribuindo duas classificações: estratégias conhecidas como
alterações nas prá cas de contabilidade gerencial a genéricas abordadas na Teoria da Administração
alguns fatores con ngenciais. e outras denominadas de grupos estratégicos de
Diante dos estudos já citados e, de acordo com empresas oriundas da Economia Industrial.
a própria definição da Teoria da Con ngência, é O tamanho foi estudado por Merchant (1984), e
jus ficável e relevante avaliar, na realidade da reavaliada por Hansen e Van der Stede (2004), os quais
produção cien fica nacional e internacional a parcela mensuram a variável pelo número de funcionários
de pesquisas que abordam a Teoria Con ngencial. que trabalha em tempo integral na empresa. Pugh
Para isso, é adequado tratar neste construto et al. (1969), também u lizaram como principal
teórico alguns dos diferentes fatores con ngenciais qualificador do porte da organização o número de
existentes. funcionários. Contudo, devido a limitações, como a
O fator con ngencial ambiente é considerado terceirização nas indústrias brasileiras e a automação
um fator externo à organização. Essa variável pode em certos setores, no Brasil é comum u lizar o
ser definida, segundo Chenhall (2003, p. 136), como faturamento operacional bruto anual, segundo o
sendo “[...] atributos par culares como intensa BNDES (2007), como critério de mensuração da
compe ção de preço de compe dores potenciais variável trabalho (ESPEJO, 2008).
ou existentes, ou a probabilidade de uma mudança A tecnologia, conforme Espejo (2008), também
na disponibilidade de materiais”. Alguns autores é um fator con ngencial e há duas propensões a
tratam o ambiente em seu aspecto mais frequente: serem consideradas. A primeira é avaliar a tecnologia
a incerteza, ligando-a com a estrutura organizacional da informação presente na empresa, e, a segunda,
(BURNS; STALKER, 1960; LAWRENCE; LORSCH, 1967; é analisar a tecnologia aplicada na manufatura dos
PERROW, 1972). produtos da empresa. Neste trabalho, optou-se em
A estrutura é um fator con ngencial analisar ambos os fatores. Quanto ao emprego de
interno controlável pela empresa. Normalmente, sistemas, de acordo com Hyvonen (2007, p. 353)
o estudo sobre estrutura é realizado pelo grau é importante avaliar a presença ou mudança da
de descentralização, ou seja, um maior grau “tecnologia de informação como inovação para troca
descentralizador conduz a estrutura orgânica e um de informação, e gerenciamento de dados”.
menor grau gera estrutura mecânica. Alguns estudos
Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
4

2.2 Orçamento Empresarial orçamentário, o qual é entendido como o conjunto


de vários orçamentos parciais interligados.
Para Freza (2007, p. 46), “o orçamento é o
plano financeiro que põe em prá ca a estratégia da 3 METODOLOGIA
empresa para determinado período”. O autor ainda
destaca que o orçamento não é apenas um simples A metodologia que se delineou para essa
prognós co, pois se fundamenta no compromisso inves gação, quanto aos obje vos e abordagem, foi,
dos gestores em relação às metas que devem ser respec vamente, a pesquisa descri va e quan ta va,
conquistadas. em função de iden ficar e obter informações sobre
Elaborar orçamento em uma empresa as caracterís cas da produção cien fica sobre a
significa a tenta va de traduzir, antecipadamente, as relação da Teoria da Con ngência com orçamento,
ocorrências futuras, sondadas no próximo exercício ou prá ca orçamentária (GIL, 1999).
social ou períodos superiores a esse (SCHUBERT, Para a coleta padronizou-se procurar por palavras-
2005). O orçamento corresponde, de acordo com chave no tulo ou resumo dos trabalhos, as quais
Sanvicente (1997), a expressão quan ta va, em foram: orçamento, prá ca orçamentária, Teoria da
diversas unidades de medidas, das a vidades e Con ngência ou Con ngencial e con ngências. Não
planos desenvolvidos para um período determinado. foram considerados trabalhos que compreendiam
Em suma, algumas definições denotam uma como tema a prá ca orçamentária na área pública.
visão do orçamento como a parte financeira do Em relação à coleta de dados, trata-se de uma
planejamento, outras crêem que o orçamento é pesquisa documental, uma vez que, conforme Silva
um compromisso dos gestores com relação a metas e Grigolo (2002), a pesquisa documental se u liza
a conquistar. Porém, pode-se, em boa parte delas, de materiais que ainda não receberam nenhuma
creditar ao orçamento a aplicação eficaz dos recursos análise profunda. A par r dos endereços eletrônicos
organizacionais da empresa. de ins tuições, periódicos, congressos, e programas
Para Welsch (1983, p. 30-34), o orçamento de mestrado e doutorado, levantou-se a produção
ou planejamento e controle de resultados sofre cien fica, com tulos, nome dos autores, ano de
influências de três dimensões: temporais, estruturais produção e outros dados.
e dos aspectos comportamentais. O autor afirma que O estudo inves gou a produção dos periódicos
“a aplicação efe va do conceito de planejamento nacionais de contabilidade, ligados a programas
e controle de resultados exige da administração de pós-graduação em ciências contábeis; as
da empresa o estabelecimento de dimensões dissertações e teses produzidas em ins tuições de
temporais bem definidas para as decisões principais ensino superior cujos programas exis am nesse
e secundárias”. período e possibilitaram acessibilidade ao banco
Além disso, sob os aspectos estruturais, de dados, e os ar gos aprovados na temá ca
as organizações devem ser desagregadas em controladoria em Congressos Nacionais (Congresso
subunidades, ou centros de responsabilidade, onde USP de Contabilidade e Controladoria, Congresso
são atribuídas autoridades e responsabilidades Brasileiro de Custos e Congresso ANPCONT). Por fim,
específicas nas a vidades correspondentes com o auxílio da base de dados Periódicos/Capes,
(WELSCH, 1983). levantaram-se ar gos internacionais, entre 2006 e
Outra importante informação é que durante a 2011.
composição do orçamento, ele deve ser indicado Quanto ao procedimento de análise e
como um processo de curto prazo. Merchant (2007), interpretação de dados, foi realizada a análise de
afirma que um sistema de orçamento é a junção de conteúdo. Bardin (1977) define a análise de conteúdo
fluxo de informação, processos e procedimentos como uma técnica que por meio de procedimentos
administra vos que, em geral, fazem parte integral sistemá cos visa descrever o conteúdo das
do planejamento de curto prazo e do sistema de mensagens e, assim, permi r por indicadores
controle de uma organização. quan ta vos, ou não, inferir conhecimento sobre as
Assim, como Welsch (1983) e Merchant (2007), variáveis discorridas.
outros autores atribuem a diferentes fatores, Entre as análises de conteúdo, a mais an ga é a
denominados con ngenciais, influência sobre análise por categoria. Richardson (1999), diz que na
a prá ca do orçamento, ou o chamado sistema análise por categoria é necessário decodificar o texto
Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
5

em diversos elementos, os quais, após classificados, 4 ANÁLISE DE RESULTADOS


formam agrupamentos. Beuren (2009) explica que a
possibilidade de categorização mais comum, rápida 4.1 Ar gos nacionais publicados em
e eficaz é a análise temá ca.
Neste estudo, optou-se pela análise de conteúdo revistas e congressos
do po de temá ca. O trabalho procurou separar
a produção com temas em que há relação entre a Nesta seção da pesquisa, apresentam-se no
Teoria Con ngencial e o orçamento dos outros em quadro 2, os 23 ar gos nacionais encontrados
que essa relação não existe. em seis diferentes periódicos, entre 2006 e 2011,
cujos temas tenham sido sobre orçamento, teoria
con ngencial e outros que relacionem essa teoria ao
orçamento.

Quadro 2. Ar gos de Periódicos sobre Orçamento ou Teoria da Con ngência.


Periódico Tema/ Autores / Ano
1. Contribuições do Orçamento Base Zero (OBZ) no planejamento
e controle de resultados em organizações empresariais. Costa, Moritz e Machado (2007).
Revista Contemporânea de Contabilidade
2. Processo orçamentário e criação de reservas em uma
instituição hospitalar. Aguiar e Souza (2010).
3. Orçamento baseado em atividades: um estudo de caso
em empresa distribuidora de energia elétrica. Vanzella e Lunkes (2006).
Contabilidade Vista e Revista 4. Uma contribuição à melhoria do processo orçamentário. Bornia e Lunkes (2007).
5. A assimetria da informação na elaboração do orçamento:
uma análise da produção científica nos periódicos internacionais entre 2005 e 2009. Almeida et al. (2011).
6. Minimizando as deficiências do planejamento operacional
com o uso do orçamento baseado em atividades. Lopes e Blaschek (2010).
7. Proposta de pesquisa em contabilidade: considerações
sobre a Teoria da contingência. Fagundes et al. (2008).
Revista do Mestrado em Contabilidade da UERJ
8. Adequação dos controles de gestão às contingências
ambientais em empresa familiar do ramo de papel e celulose. Oliveira e Beuren (2009)
9. Gestão do curso de administração considerando
o enfoque da Teoria da contingência. Fagundes et al. (2009).
10. O modelo do sistema de orçamento corporativo:
influências no comportamento e no desempenho gerencial. Merchant (2007).
11. Uma análise crítico-reflexiva da compreensão da adoção
Revista de Contabilidade e Organização dos artefatos de contabilidade gerencial sob uma lente alternativa –
a contribuição de abordagens organizacionais. Espejo et al (2009).
12. Impacto da cultura organizacional no uso dos controles
gerenciais de empresas metalúrgicas. Klann e Machado (2011).
13. Orçamento empresarial: levantamento da produção
Revista Contabilidade e Finanças
científica no período de 1995 a 2006. Leite et al. (2008).
14. Análise da aderência ao modelo Beyond Budgeting Round Table:
o caso Sadia S.A. Barbosa e Parisi (2006).
Revista Universo Contábil
15. Pesquisa sobre o orçamento na Espanha: um estudo
bibliométrico das publicações em contabilidade. Lunkes, Ripoll e Rosa (2011).
16. Uma Aplicação Prática de Orçamento Baseado em Atividades. Silva, Rosa, Pires (2007).
17. O Relacionamento entre a Contabilidade Gerencial
e o Processo de Planejamento: Estudo em uma Holding. Silva, Lavarda (2009).
Contabilidade, gestão e Governança
18. Pesquisa em Contabilidade Gerencial com Base no Futuro Realizada no Brasil. Beuren, Erfurth (2010).
19. A percepção dos gestores acadêmicos de uma IES
quanto às críticas ao orçamento. Fank, Angonese e Lavarda (2011).
20. Cultura organizacional e o processo de planejamento
Revista de Contabilidade e organizações
e controle orçamentário. Heinzmann, Lavarda (2011).
21. A presença do efeito framing em práticas orçamentárias:
Revista da Informação Contábil
um estudo experimental. Pereira et al. (2011).
22. Heurísticas e Práticas Orçamentárias: um estudo experimental. Lima Filho, et al. (2010).
Sociedade, Contabilidade e Gestão 23. Decisões financeiras de curto prazo das pequenas
e médias empresas industriais: um estudo exploratório. Machado, Barreto (2010).

Fonte: Elaborado pelo autor

Os periódicos apresentados no quadro 2, buscou a ligação entre os artefatos gerenciais de


entre 2006 e 2011, dentre outros estudos, apenas empresas, indiretamente o orçamento, com três
23 diziam respeito ao orçamento ou a Teoria da teorias que abordam as organizações, entre elas, a
Con ngência. Contudo, nenhum trabalho destes Teoria Con ngencial. Assim como, Klann e Machado
periódicos relacionou a Teoria da Con ngência ao (2011) e Oliveira e Beuren (2009) fizeram menção
orçamento de forma direta. da relação entre a Teoria da Con ngência com os
Porém, há trabalhos que ficaram bem controles gerenciais da empresa, sem contudo se
próximos de abordar a relação temá ca que dirigirem especificamente ao orçamento.
desejava ser encontrada. Espejo et al. (2009)
Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
6

Conforme o Quadro 3, entre 2006 e 2011 ar gos que efe vamente relacionam a Teoria da
nos três Congressos Nacionais pesquisados, foram Con ngência ao orçamento, pode-se iden ficar seis
apresentados 22 ar gos sobre os temas Orçamento ar gos.
ou Teoria da Con ngência. Contudo, a respeito dos
Quadro 3. Ar gos de Congressos sobre Orçamento ou Teoria da Con ngência.
Congressos Tema/ Autores /Anos

Cultura organizacional e práticas orçamentárias: um estudo empírico nas maiores empresas do sul do Brasil. Tarifa et al. (2009a).

Congresso USP de Controladoria e Contabilidade


Institucionalização de hábitos e rotinas na contabilidade gerencial à luz da teoria da contingência: um estudo em indústrias de móveis. Beuren e Macohon (2010).

Controles de gestão em uma empresa do setor de eletroeletrônico do sul do Brasil sob a ótica da teoria da contingência. Gorla e Lavarda (2011).

Associação entre práticas de contabilidade gerencial e tamanho de empresas: um estudo empírico. Gonzaga et al. (2010).

A presença do excesso de confiança em práticas orçamentárias: um estudo experimental. Bruni et al. (2010).

Congresso Anpcont
Processo orçamentário e criação de reservas em uma instituição hospitalar. Muritiba e Aguiar (2010).

Uma análise das características da aplicação do orçamento matricial como uma ferramenta gerencial: estudos de casos. Souza et al. (2010).

Análise das variações orçamentárias para a avaliação de desempenho e de resultado atendendo aos preceitos do Gecon: o caso de uma empresa comercial. Bonacim et al. (2006).

Caracterização do uso do sistema de controle orçamentário em indústrias de bebidas - estudo de caso múltiplo. Gonçalves e Silva (2006).

Controladoria e planejamento orçamentário em organizações hospitalares: um estudo empírico. Moraes (2007).

Orçamento como ferramenta de gestão: do orçamento tradicional ao Advanced Budgeting. Cordeiro (2007).

Planejamento e controle orçamentário e seus efeitos no resultado econômico: um modelo de simulação em uma indústria. Jones, Vilas Boas e Ribeiro (2008).

Orçamento empresarial: uma investigação sobre as formas de acompanhamento orçamentário utilizado pelas companhias catarinenses. Carpes et al (2008).

Orçamento em cooperativas agropecuárias da região sul do Brasil: um estudo empírico. Raifur et al (2008).

Congresso Brasileiro de Custos (CBC) O controle orçamentário em ambiente interno voltado à inovação – estudo de caso. Gonçalves et al. (2008).

A influência de fatores contingenciais no sistema orçamentário nas empresas atacadistas: estudo de multicasos. Leal, Soares e Sousa (2009).

O controle orçamentário num ambiente inovador: estudo de multicasos em empresas de base tecnológica incubadas. Nascimento, Lavarda e Silveira (2009).

O processo orçamentário das indústrias da região metropolitana de Salvador: uma análise através de escalonamento multidimensional. Suzart, Marcelino e Gomes (2009).

Prática orçamentária empresarial privada: um estudo empírico nas maiores empresas da região sul do Brasil. Tarifa et al. (2009b).

Uma análise comparativa das propostas Beyond Budgeting e Gestão Econômica. Gimenez et al (2009).

Orçamento Base Zero (OBZ): um instrumento ainda utilizado. Faria et al (2010).

Pontos críticos da abordagem da contingência nos estudos da contabilidade gerencial. Marques e Souza (2010).

Fonte: Elaborado pelo autor


Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
7

Gonçalves e Silva (2006) basearam-se dentre eles a elaboração do orçamento, pode ser
na abordagem con ngencial e estudaram cinco in midada pelo fator con ngencial estrutura.
itens: tecnologia, par cipação, acompanhamento Gonzaga et al. (2010) verificou a existência de
orçamentário, integração do sistema orçamentário associação entre tamanho das empresas e u lização
e ênfase na u lização, complementados por mais das ferramentas da contabilidade gerencial que
cinco itens que descreveram as empresas: tamanho, compõem o sistema de controle gerencial: custeio
diversificação, descentralização, dinamismo, posição padrão, custeio meta, e o orçamento entre outras.
e par cipação no mercado. Por meio de uma pesquisa empírico-exploratória,
Ainda, conforme Gonçalves e Silva (2006), na e, posteriormente, aplicando a ferramenta de
caracterização do uso do sistema orçamentário regressão logís ca, encontrou-se uma associação
percebeu-se que as empresas u lizavam-no como posi va entre o tamanho das empresas e algumas
importante ferramenta de controle. A indústria de das ferramentas da contabilidade gerencial, entre
refrigerantes de nha maior parcela de mercado, mas elas o orçamento. Ao expandir o trabalho, u lizando-
atuava em um ambiente mais dinâmico e pareceu se outras ferramentas esta s cas, encontrou-se, na
inves r mais recursos no sistema orçamentário, amostra, associação entre quan dade/intensidade
u lizando-o parcialmente em seu sistema de de uso de ferramentas gerenciais e tamanho das
recompensas. A indústria de des lados inves a empresas.
menos em seus sistemas de controle orçamentário, Gorla e Lavarda (2011) verificaram por meio de
e não possuía sistema de recompensa alinhado com estudo de caso, a presença de fatores con ngentes
controle de desempenho. Os resultados ob dos como estratégia e ambiente contribuindo para
convergiram parcialmente com os resultados ob dos mudanças nos controles internos em uma empresa
em outras pesquisas empíricas e indicaram que as industrial de eletroeletrônicos do sul do país, dentre
variáveis do contexto corpora vo ajudam a explicar elas, o despertar para a prá ca orçamentária.
a forma como o sistema é u lizado. Com a pretensão de iden ficar a produção
Tarifa et al. (2009a) estudou a variável cien fica nacional que possa mostrar a relação entre
cultura organizacional como um fator con ngente, o orçamento e a Teoria da Con ngência, fez-se um
em 86 das 300 empresas com melhor desempenho levantamento junto aos bancos de dissertações e
da região sul, e, através de regressão logís ca, teses de quatro Ins tuições de Ensino Superior (IES),
constatou reflexos posi vos na relação entre a o qual será apresentado a seguir.
cultura da empresa e prá cas orçamentárias. Leal,
Soares e Souza (2009) avaliaram a relação entre 4.2 Dissertações e teses nacionais
atributos orçamentários e as variáveis con ngenciais
(ambiente, estratégia, estrutura, tecnologia e porte)
Nos úl mos anos, diversas dissertações e teses
em três empresas de Uberlândia-MG; e concluíram
têm abordado temá cas que tratam da contabilidade
que os atributos orçamentários, e as variáveis
gerencial e suas prá cas, tais como o orçamento.
con ngenciais por meio de algumas caracterís cas
Algumas u lizaram a Teoria da Con ngência e sua
ambientais, estruturais, estratégicas e tecnológicas,
capacidade de influenciar mudanças no modo de
têm influenciado o desempenho organizacional.
escolha e execução de determinados artefatos
Beuren e Macohon (2010), a par r de um estudo
gerenciais. O Quadro 4 traz uma visão sinté ca
quali-quan em 73 indústrias de Santa Catarina,
e cronológica destes trabalhos, com a respec va
notaram que a ins tucionalização dos hábitos e
abordagem temá ca e o foco/método estudado.
ro nas organizacionais da contabilidade gerencial,
Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
8

Quadro 4. Dissertações e teses nacionais


Autores Abordagem temática Foco/Método
Referencial teórico
Foco no orçamento na tomada de
Soutes (2006) - USP sobre artefatos de
decisão
contabilidade gerencial
Objetivou comprovar a
institucionalização do custo-padrão
Zan (2006) - USP Processo orçamentário.
e orçamento, através de estudo de
caso.
O planejamento e orçamento
Um estudo exploratório empresarial são críticos na gestão
Souza (2007) – PUC-SP sobre o planejamento e de desempenho das organizações,
orçamento empresarial. pois proporcionam o melhor
caminho
Arranjos entre fatores
A amostra final é composta por 104
situacionais e sistema de
participantes, a partir da qual se
Guerra (2007) - USP contabilidade gerencial sob
empregou estatística descritiva e
a ótica da teoria da
análise de cluster.
contingência.
Práticas orçamentárias em
Leite (2008) - UFPR Estudou 21 indústrias paranaenses.
indústrias.
Relacionou uma variável
contingencial com as Utilizou a variável cultural e análise
Tarifa (2008) - UFPR
práticas de orçamento com regressão logística.
empresarial.
Práticas do orçamento de
capital: um estudo
Estudo quantitativo, com 30
Schwans (2008) - UFPR empírico nas cooperativas
cooperativas.
agropecuárias
paranaenses.
Relacionou atributos do
orçamento, fatores Estudou amostra válida de122
Espejo (2008) – USP
contingenciais e empresas.
desempenho.
Estudou as razões de uso Estudo múltiplo de casos do ramo
Castanheira (2008) - USP
do orçamento. farmacêutico.
Uma análise comparativa Realizou uma comparação entre
das propostas beyond ambos, com o objetivo de estabelecer
Gimenez (2009) – PUC-SP
budgeting e gestão suas principais diferenças, aplicou-se a
econômica. técnica de análise de conteúdo.
Investigou o uso das técnicas de
orçamento de capital nas empresas
Uso das técnicas de com ações na Bovespa no novo
Paula (2009) – PUC-SP
orçamento de capital. mercado. A pesquisa foi descritiva e os
dados coletados por questionário com
questões abertas, por e-mail.
Perfil do sistema de Estudo quantitativo amostra de 120
controle gerencial sob a empresas. Análise fatorial, análise de
Matos (2010) - USP
perspectiva da teoria da clusters, e modelagem de equações
contingência. estruturais.
Avaliou o uso do
Rana (2010) – PUC-SP orçamento como indicador Estudou 27 empresas.
do alcance da estratégia.
A pesquisa é descritiva, com
Vieses cognitivos que abordagem quantitativa dos dados,
Gubiani (2010) - FURB-SC influenciam a tomada de realizada por levantamento. O estudo
decisão Orçamentária. obteve 161 respostas.

Fonte: Elaboração própria


Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
9

Alguns trabalhos foram bem específicos na Estas recentes dissertações, teses e ar gos
questão de u lização da Teoria da Con ngência como nacionais, extraídos de alguns programas de mestrado
base de estudo para pesquisas orçamentárias. Tarifa e doutorado, congressos e periódicos apontam que
(2008) procurou analisar a relação entre dimensões no Brasil o estudo sobre o sistema orçamentário
culturais das organizações e as prá cas de orçamento abrange temá ca variada, e alguns trabalhos, nos
empresarial. Para isso, coletou e analisou dados de úl mos anos, realmente tem procurado estabelecer
86 empresas dentre as 300 de melhor desempenho uma relação entre as variáveis con ngenciais e o
da região Sul do Brasil (anuário expressão edição orçamento.
2007). A análise descri va e esta s ca de regressão Todavia, é importante se reportar à produção que
logís ca denotou que há reflexos posi vos entre as vem sendo realizada pelos autores internacionais
caracterizações culturais e as prá cas orçamentárias. nos úl mos anos. Deste modo, a seguir, apresenta-
Schwans (2008) realizou estudo quan ta vo, se o que de mais recente tem sido construído a
que comprovou a existência de diferenças na respeito do tema em outros países.
u lização das técnicas de orçamento de capital de 30
coopera vas paranaenses, de acordo com tamanho 4.2 Ar gos internacionais
das coopera vas.
Espejo (2008) propôs inves gar a existência da
Assim como nos estudos já citados, apresenta-
relação entre os atributos do sistema orçamentário,
se do Quadro 5 os ar gos internacionais, com seus
fatores con ngenciais (ambiente, tecnologia,
respec vos anos de publicação, abordagem temá ca
estrutura e porte) e o desempenho, obtendo
e método u lizado, no período de 2006 a 2011.
amostra válida de 122 indústrias paranaenses.
Collin, Bengtesson e Tjombrant (2007) testaram,
Entre os achados da pesquisa, confirmou a relação
em seu trabalho, um modelo em que fatores
posi va entre as variáveis con ngenciais, o grau de
con ngentes pertencentes ao meio ambiente, a
aderência ao sistema orçamentário e o desempenho
corporação e ao sistema de controle gerencial da
da empresa. Além disso, os resultados corroboram a
corporação, poderiam influenciar a funcionalidade
afirmação de que é possível estabelecer-se arranjos
do orçamento (coordenação, responsabilidades e
entre variáveis con ngenciais, atributos do sistema
avaliação). Após a coleta de dados de 111 empresas
orçamentário e desempenho.
suecas, encontraram indicações que a parte funcional
Contudo, há de se notar que a maior parte das
mais importante do orçamento é a coordenação, e
teses e dissertações com a temá ca orçamento
que esta é impulsionada por fatores externos, como
não propõe relacioná-la a Teoria da Con ngência,
a turbulência e a intensidade compe va.
nem inves gam a influência desta sobre o sistema
orçamentário.

Quadro 5. Listas de ar gos Internacionais

Autores Abordagem Temática Método


Testaram a relação entre as
Collin, Bengtesson
contingências e a funcionalidade do Amostra de 111 empresas.
e Tjombrant (2007)
orçamento.
Ambos e
Utilizou a teoria da contingência Estudou os mecanismos de controle
Schlegelmilch
como base. entre uma matriz e suas 134 filiais.
(2007)
Relacionou contingências a
Estudo quantitativo com levantamento
Jokiipi (2010) adaptações das estruturas de
junto a 741 empresas.
controle.
Fonte: Elaborado pelos autores
Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
10

Ambos e Schlegelmilch (2007) centraram seus finlandesas, concluiu-se que as organizações que
obje vos em explicar os mecanismos de controle, adaptaram a sua estrutura de controle, fizeram-no
dentre eles o orçamento, usados por uma corporação para lidar com a incerteza ambiental, assim como,
mul nacional alemã para com suas 134 unidades. esta s camente, apareceram modificações devido
Para tanto, basearam-se na literatura sobre o poder a efeitos da estratégia. Além disso, as empresas da
na organização e a Teoria da Con ngência. Com amostra consideraram as mudanças efe vas.
as hipóteses testadas, os resultados ressaltaram É possível notar que a metodologia e o foco da
a importância de delegar responsabilidades para relação entre o orçamento e a Teoria Con ngencial
as unidades e a dependência delas de explicações foi diversificado, pois em relação aos obje vos,
sobre os mecanismos de controle. Outro indica vo hipóteses e propostas de pesquisa, esse pequeno
foi o de que a abordagem polí ca (poder na grupo de ar gos internacionais apresentou
organização) tem um menor potencial de explicação heterogeneidade. O que deve ser ressaltado é que
dos mecanismos de controle (orçamento) do que a os três ar gos citados que relacionam a Teoria da
Teoria Con ngencial. Con ngência e a pesquisa orçamentária, foram
Mais recentemente, Jokiipi (2010) analisou se as realizados trabalhando com grande amostra, o que
empresas, a par r de caracterís cas con ngenciais não é comum no Brasil.
presentes, escolheram adaptar sua estrutura de Para que se tenha um resumo dos achados
controle interno e, se isso, resultou em uma avaliação desta pesquisa, o Quadro 6 apresenta o número de
mais favorável da administração sobre a eficácia do trabalhos encontrado na busca que relacionaram a
controle. Após um levantamento junto a 741 empresas Teoria Con ngencial a pesquisa orçamentária.

Quadro 6. Síntese do número de trabalhos relacionando a


Teoria Con ngencial com o orçamento, 2006-2011

FONTES INVESTIGADAS Quantidade


Revistas Nacionais Nenhum Trabalho
Congressos Nacionais 7 Trabalhos
Programas de Stricto Sensu em C. C. Nacionais 3 Trabalhos
Base Internacional 3 Trabalhos
Total de Trabalhados que relacionaram
13 Trabalhos.
a TC x Orçamento
Fonte: Elaborado pelos autores

Nota-se no Quadro 6 que, a par r do método deu não só ao orçamento mas sobre os sistemas de
u lizado, avaliando-se os ar gos publicados nos controle gerencial de modo mais generalizado e, até
periódicos nacionais da amostra, nenhum abordou mesmo, em pesquisas com outros obje vos.
a relação entre a Teoria Con ngencial (TC) e o A par r do Quadro 7, consegue-se o número
orçamento. Quanto aos Congressos, apesar de 22 total de trabalhos encontrados que u lizaram a
ar gos se referirem a um dos dois temas, somente Teoria da Con ngência (TC) . Além dos 13 estudos
sete relacionaram a TC à pesquisa orçamentária. que aplicaram a Teoria da Con ngência sobre o
Em se tratando da produção stricto sensu, após orçamento, veem-se quatro estudos que relacionam
serem analisadas 411 dissertações e teses, apenas a Teoria da Con ngência com o sistema de controle
três abordavam a relação temá ca procurada. gerencial. Além disso, três trabalhos preferiram focar
Finalmente, com mais três ar gos internacionais a TC, de outras formas, respec vamente: a gestão
somaram-se 13 os trabalhos com real aplicação da do curso de administração na abordagem da TC, a
TC sobre a pesquisa orçamentária. u lização da TC na contabilidade e os pontos crí cos
Contudo, o Quadro 7 mostrará que na em se abordar a TC nos estudos de contabilidade.
inves gação que se procedeu, a aplicação da TC se
Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
11

Quadro 7. Relação dos trabalhos que aplicaram a TC ao orçamento e a outros temas.

Estudos que
Estudos que aplicaram a TC a aplicaram a TC aos Estudos com demais
Pesquisa Orçamentária sistemas de aplicações da TC
Controle gerencial
Gonçalves e Silva (2006) Guerra (2007) Fagundes et al. (2008)

Collin, Bengtesson e Tjombrant (2007) Oliveira e Beuren (2009) Fagundes et al. (2009)

Ambos e Schlegelmilch (2007) Matos (2010) Marques e Souza (2010)


Tarifa (2008) Klann e Machado (2011)
Scwans (2008)
Espejo (2008)
Tarifa et al. (2009a)
Espejo et al. (2009)
Leal, Soares e Souza (2009)
Beuren e Macohon (2010)
Gonzaga et al (2010)
Joikipi (2010)
Gorla e Lavarda (2011)
Fonte: Elaborado pelos autores

É importante também proceder à iden ficação orçamentária. No Quadro 8, pode-se observar que os
dos fatores con ngenciais mais abordados nos autores buscaram, nestes treze trabalhos, relacionar
13 trabalhos que aplicaram a TC sobre a pesquisa dez diferentes fatores con ngenciais ao orçamento.

Quadro 8. Fatores con ngenciais mais u lizados pelos trabalhos achados na pesquisa.

Número de Trabalhos
Fatores Contingenciais utilizados
que utilizaram o(s) fator(es)
Estrutura/Descentralização/ Diversificação 6
Tamanho/ Porte 5
Ambiente 5
Estratégia/Posição estratégica/Participação mercado 5
Tecnologia 2
Cultura 2
Dinamismo da empresa 1
Fonte: Elaborado pelos autores

De acordo, com os números apresentados pelo estrutura, tamanho, ambiente, estratégia, e


Quadro 8, os cinco fatores con ngenciais mais tecnologia. Além desses, a cultura e o dinamismo da
u lizados nos treze trabalhos são, respec vamente: empresa foram citados.
Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
12

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O trabalho contribui no sen do de


direcionar a leitura e estudos dos gestores para que
encontrem, através de esta s cas e/ou estudos
O obje vo deste trabalho foi iden ficar o perfil
de caso, construídos nos trabalhos destes úl mos
bibliográfico sobre a aplicação da Teoria Con ngencial
anos, um direcionamento no que tange ao impacto
nas pesquisas sobre orçamento, entre 2006 e
de con ngencias sobre as estruturas gerenciais e
2011. Dentro da amostra escolhida, conseguiu-se
orçamentárias. Com isso, poderão tomar decisões
evidenciar trabalhos produzidos nessa linha. Tanto
u lizando a literatura como parte de sua reflexão e
na produção nacional como internacional, existem
análise.
autores buscando explicações, comprovações e
Esta pesquisa não detém, certamente, a
dimensionando o poder explica vo da Teoria da
íntegra dos trabalhos produzidos sobre a Teoria
Con ngência sobre a prá ca orçamentária.
Con ngencial e a pesquisa orçamentária em
Os trabalhos encontrados apresentaram
conjunto, mas intenciona com seus achados,
como caracterís cas, ser na sua maioria (53,84%)
colaborar no direcionamento e no es mulo de novos
ar gos aprovados em Congresso, aproximadamente
estudos sobre o tema.
70% dos estudos foram de abordagem quan ta va;
Deste modo, sugerem-se novos estudos,
e conduziram suas pesquisas u lizando, ao todo,
que possam ampliar a observação da produção
doze principais fatores con ngenciais, na tenta va
bibliográfica entre a Teoria Con ngencial e a
de relacioná-los ao orçamento.
pesquisa orçamentária, em especial, abrangendo
Aos gestores, o trabalho demonstra a
outras bases internacionais. Assim como, realizar
necessidade de atentarem-se a relação estreita,
trabalhos que possam comparar a produção da
apontada nos trabalhos apresentados, entre
pesquisa orçamentária ligada a Teoria Con ngencial
con ngencias e readequações nos controles
com a pesquisa orçamentária ligada a outras teorias.
gerenciais, especialmente, o orçamento. A pesquisa
levantou situações divergentes em que certas
Agradecimento: “Pesquisa realizada com o apoio
con ngencias podem favorecer ou in midar a
do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cien fico
prá ca orçamentaria, assim como ro nas e artefatos
e Tecnológico – CNPq”
da contabilidade gerencial.
Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
13

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BEUREN, I. M; MACOHON, E. R. Ins tucionalização


de hábitos e ro nas na contabilidade gerencial
AGUIAR, A. B. ; FREZATTI, F . Sistema de Controle à luz da teoria da con ngência: um estudo em
Gerencial e Contextos de Processo de Indústrias de móveis. In. CONGRESSO USP DE
Estratégia: Contribuições da Teoria da CONTABILIDADE E CONTROLADORIA, 10., 2010.
Con ngência. In: Congresso USP de São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 2010.
Controladoria e Contabilidade, 7., 2007, São
Paulo. Anais... USP: São Paulo, 2007. BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social. Classificação de porte de
AGUIAR, A. B. ; SOUZA, S. M. Processo Orçamentário empresa. Disponível em: < h p://www.bndes.
e Criação de Reservas em uma Ins tuição gov. br/clientes/porte/porte.asp>. Acesso em:
Hospitalar. Revista Contemporânea de 11 nov. 2007.
Contabilidade (UFSC), v. 1, p. 107-126, 2010.
BONACIM, C. A. G.; NARDI, P. C. C. ; SILVA, R. L.
AMBOS, B.; SCHLEGELMILCH, B. B. Innova on M. ; BONIZIO, R. C. Análise das variações
and Control in the Mul na onal Firm: A orçamentárias para a avaliação de desempenho
Comparison of Poli cal and Con ngency e de resultado atendendo aos preceitos do
Approaches. Strategic Management Journal, v. GECON: o caso de uma empresa comercial. In:
28, n. 5, p. 473-486, 2007. Congresso Brasileiro de Custos, 13., 2006, Belo
Horizonte/MG. Anais...Belo Horizonte, 2006.
ALMEIDA, L. B; MACHADO, E. A.; RAIFUR, E. A.;
NOGUEIRA, D. R. A u lização do orçamento BORNIA, A. C.; LUNKES, R. J. Uma contribuição
como ferramenta de apoio a formulação à melhoria do processo orçamentário.
estratégica, de controle e de intera vidade: Contabilidade Vista & Revista, Belo Horizonte,
um estudo exploratório nas coopera vas v. 18, n. 4, p. 37-59, 2007.
agropecuárias da região Sul do Brasil. Revista
de Contabilidade Vista e Revista, Universidade BURNS, T.; STALKER, G. M. The management of
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 20, innova on. London: Tavistock, 1960.
n.3, p. 65-69. jul/set 2009.
BRUNI, A. L. ; SAMPAIO, M. S. ; LIMA FILHO, R. N. ;
ALMEIDA, J. A.; GOMES, S. M. S.; DIAS FILHO, J. M.; CORDEIRO FILHO, J. B. A presença do excesso
ALBUQUERQUE, V. A Assimetria da Informação de confiança em prá cas orçamentárias: Um
na Elaboração do Orçamento: uma Análise estudo experimental. In: Congresso ANPCONT,
da Produção Cien fica nos Periódicos 4., 2010, Natal. Anais… São Paulo: Anpcont,
Internacionais entre 2005 e 2009. Revista 2010
Contabilidade Vista e Revista, v. 22, n. 2, p.
43-65, abr./jun. 2011. CARPES A. M. S.; ORO, I. M; EIDT; STERTZ, R.
Orçamento Empresarial: uma inves gação
BARBOSA FILHO, F., PARISI, C.. Análise da aderência sobre as formas de acompanhamento
ao modelo beyond budge ng round table: O orçamentário u lizadas pelas companhias
caso SADIA S.A. Revista Universo Contábil, v. 2, catarinenses. In: Congresso Brasileiro de
n.1, p.26-42, 2007. Custos, 15., 2008, Curi ba. Anais ... 2008.

BEUREN, I. M. Como elaborar trabalhos CASTANHEIRA, D. R. F. O uso do orçamento


monográficos em contabilidade. 3. ed. São empresarial como ferramenta de apoio à
Paulo: Atlas, 2009. tomada de decisão e ao controle gerencial
em indústrias farmacêu cas de médio porte.
BEUREN, I. M.; ERFURTH, A. E. Pesquisa em 2008. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de
contabilidade gerencial com base no futuro Economia, Administração e Contabilidade da
realizada no Brasil. Contabilidade, Gestão e Universidade de São Paulo, 2008.
Governança – Brasília, v. 13, n. 1, p. 44 – 58,
jan/abr 2010.
Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
14

CHANDLER, A. D. Strategy and structure: chapters in ESPEJO, M. M. dos S. B. Perfil dos Atributos do
the history of industrial enterprise. Cambridge, Sistema Orçamentário sob a Perspec va
MA: MIT Press, 1962. Con ngencial: uma Abordagem Mul variada.
São Paulo, 2008. Tese (Doutorado) – Programa
CHEN, S. DCF Techniques and Nonfinancial Measures de Pós-Graduação em Ciências Contábeis,
in Capital Budge ng: A Con ngency Approach Faculdade de Economia, Administração e
Analysis. Behavioral Research in Accoun ng, Contabilidade da Universidade de São Paulo,
v. 20, n. 1, p.13-29, 2008. doi:10.2308/ São Paulo.
bria.2008.20.1.13 ESPEJO, M. M. S. B.; COSTA, F.; CRUZ, A. P. C. da e
ALMEIDA, L. B. de. Uma análise crí co-reflexiva
COLLIN, S.O. Y.; BENGTESSON, K.; TJORNEBRANT, da compreensão da adoção dos artefatos
K. Explaining func onal orienta on of the de contabilidade gerencial sob uma lente
Budget: a survey of Swedish organiza ons. alterna va - a contribuição de abordagens
Proceedings…Linnaeus University SE-351 95 organizacionais. RCO [online]. v. 3, n. 5, p.
Växjö. Sweden, 2007. 25-43, 2009.

CORDEIRO FILHO, J. B. Orçamento como ferramenta FAGUNDES, J. A. ; SOLER, C. C. ; RIPOLL, V. M. ;


de gestão: do orçamento tradicional ao LAVARDA, C. E. F. Proposta de pesquisa em
advanced budge ng. In: Congresso Brasileiro contabilidade: Considerações sobre a teoria
de Custos, 14., 2007, João Pessoa (PB). Anais da con ngência. Revista de Contabilidade do
...2007. Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, Rio
de Janeiro, v.13, n.2, p.1, maio/ago. 2008.
COSTA, M. A.; MORITZ, G. O.; MACHADO, F. M. V.
Contribuições do Orçamento Base Zero (OBZ) FAGUNDES, J. A.; SOLER, C. C.; RIPOLL, V. M.;
no Planejamento e Controle de Resultados LAVARDA, C. E. F.; LAVARDA, R. Gestão do
em Organizações Empresariais. Revista Curso de Administração Considerando o
Contemporânea de Contabilidade, v.1, n. 8, p. Enfoque da Teoria da Con ngência. Revista
85-98, Jul./Dez. 2007. de Contabilidade do Mestrado em Ciências
Contábeis da UERJ, v. 14, p. 45-57, 2009.
COVALESKI, M. A., DIRSMITH, M. W.; SAMUEL,
S. Managerial accoun ng research: the FANK, O. L.; ANGONESE, R.; LAVARDA, C. E. F.
contribu ons of organiza onal and A percepção dos gestores acadêmicos de
sociological theories. Journal of Management uma IES quanto às crí cas ao orçamento.
Accoun ng, v. 8, n. 1, p.1-35,1996. Contabilidade, Gestão e Governança, v. 14, n.
1, p. 82 – 93, 2011.
CHENHALL, R. H. Management control systems
design within its organiza onal context : FARIA, A. C.; SILVA, R. A.; GERON, C. M. S.; SILVA, L. B.
findings from con ngency-based research Orçamento Base Zero: um instrumento ainda
and direc ons for the future. Accoun ng, u lizado. In: Congresso Brasileiro de Custos,
Organiza ons and Society, 28, p. 127-168, 2003. 17., 2010, Belo Horizonte. Anais... 2010.

ESCOBAR, B. P.; LOBO, A. G.. Implicaciones FREZATTI, F. Orçamento empresarial: planejamento


Teóricas y metodológicas de la evolución e controle gerencial. 4. ed. São Paulo: Atlas,
de la inves gación en Contabilidad de 2007.
Ges ón. Revista Española de Financiación y
Contabilidad, v. 31, n. 111, p. 245-286, 2002. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.
ed. São Paulo: Atlas, 1999.
Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
15

GIMENEZ, L. Uma análise compara va das propostas GUBIANI, C. A. Vieses cogni vos que influenciam
Beyond Budge ng e gestão econômica. 132p. a tomada de decisão orçamentária de alunos
Dissertação (Mestrado) Programa de Pós- de programas de pós-graduação em ciências
graduação em Ciências Contábeis, PUC-SP, contábeis do Brasil. 2010. 107 f, il. Dissertação
2009. (Mestrado em Ciências Contábeis) - Programa de
Pós-Graduação em Ciências Contábeis, Centro
GIMENEZ, L.; OLIVEIRA, A. B. S.; ROBLES JUNIOR, de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade
A.; PARISI, C. Uma Análise Compara va Regional de Blumenau, Blumenau, 2010.
das Propostas Beyond Budge ng e Gestão
Econômica. In: Congresso Brasileiro de Custos, GUERRA, A.R. Arranjos entre fatores situacionais e
16., 2009, Fortaleza. Anais ... 2009. sistema de contabilidade gerencial sob a ó ca
da teoria da con ngência. 2007 Dissertação
GONÇALVES, R. C. M. G.; SILVA, A. C. . Caracterização (Mestrado). FEA/USP, São Paulo.
do uso do sistema de controle orçamentário em
indústrias de bebidas estudo de caso múl plo. GUL, F. A.; CHIA, Y. M. The Effects of Management
In: Congresso Brasileiro de Custos, 13., 2006, Accoun ng Systems, Perceived Environmental
Belo Horizonte. Anais ... Belo Horizonte, 2006. Uncertainty and Decentraliza on on
Managerial Performance: a test of three-
GONÇALVES, R. C. M. G.; LEAL, E. A.; SOARES, M. way interac on. Accoun ng, Organiza ons e
A. ; SILVA, A. C. . O controle orçamentário em Society, v. 19, n. 5, p. 413-426, 1994.
ambiente interno voltado à inovação: estudo
de caso. In: Congresso Brasileiro de Custos, 15., HALDMA, T.; LÄÄTS, K. Con ngencies influencing the
2008, Curi ba. Anais...Associação Brasileira de management accoun ng prac ces of Estonian
Custos, 2008. CD-ROM manufacturing companies. Management
Accoun ng Research, v. 13, p. 379-400, 2002.
GONZAGA, P. R.; DA LUZ, A. T. M; GUIMARÃES, T.
N.; VALERIO JUNIOR, V. B. Associação entre HANSEN, S. C.;VAN DER STEDE, W. A. Mul ple
prá cas de contabilidade gerencial e Tamanho facets of budge ng: an exploratory analysis.
das empresas: um estudo empírico. In: Management Accoun ng Research, v.
Congresso ANPCONT, 2010. Anais…Vitória-ES: 15, n. 4, p.415-439, 2004 doi:10.1016/j.
Anpcont, 2010. mar.2004.08.001

GORDON, L. A.; NARAYANAN, V. K. Management HEINZMANN, L. M.; LAVARDA, C. E. F. Cultura


accoun ng systems, perceibed, environmental organizacional e o processo de planejamento
uncertainty and organiza on structure: e controle orçamentário. RCO – Revista de
an empirical inves ga on. Accoun ng, Contabilidade e Organizações, v. 5, n. 13, p.
Organiza on and Society. v. 9, n. 1, p-33-47, 4-19, 2011.
1984.
HYVONEN, J. Strategy, performance measurement
GORLA, M.; LAVARDA, C. E. F., Controles internos techniques and informa on technology of
em uma Empresa do setor de eletro- the firm and their links to organiza onal
eletrônicos do Sul do País, sob a ó ca da performance. Management Accoun ng
Teoria da Con ngência. In: Congresso USP Research, v.18. p. 343-366, 2007.
de Controladoria e Contabilidade, 11., 2011.
Anais... São Paulo: USP, 2011.
Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
16

JONES, G. D. C.; VILAS BOAS, A. A.; RIBEIRO, K. C. S. LUNKES, R. J. Manual de Orçamento. 2. ed. São
Planejamento e controle orçamentário e seus Paulo: Atlas, 2008.
efeitos no resultado econômico: um modelo
de simulação em uma indústria. In: Congresso LUNKES, R., RIPOLL FELIU, V., ROSA, F.. Pesquisa
Brasileiro de Custos, 15., 2008, Curi ba. sobre o orçamento na espanha: um
Anais…2008. estudo bibliometrico das publicações em
contabilidade. Revista Universo Contábil, v.7,
JOKIIPI, A. Determinants and consequences of n. 4, p.112-132, 2011
internal control in firms: a con ngency theory
based analysis. Journal of Management and MACHADO, M. A. V.; BARRETO, K. N. B. Decisões
Governance, 2010. Financeiras de Curto Prazo das Pequenas
e Médias Empresas Industriais: um estudo
KLANN; R. C.; MACHADO, D. Impacto da cultura exploratório. Sociedade, Contabilidade e
organizacional no uso dos controles Gestão, Rio de Janeiro, v. 5, n. 2, p.7-24, jul/dez
gerenciais de empresas metalúrgicas. Revista 2010.
Contabilidade e Organizações, v. 5, n. 12, p.90-
108, 2011. MARQUES, K. C. M.; SOUZA, R. Pontos crí cos da
abordagem da con ngência nos estudos
LAWRENCE, P. R.; LORSCH, J. W. Organiza on and da contabilidade gerencial. In: Congresso
environment: managing differen a on and Brasileiro de Custos, 17., 2010, Belo Horizonte.
integra on. Homewood, 1967. Anais... 2010.

LEAL, E. A.; SOARES, M. A.; SOUSA, E. G. A influência MATOS, Emanuel Rodrigues Junqueira de. Perfil do
de fatores con ngenciais no sistema sistema de controle gerencial sob a perspec va
orçamentário nas empresas atacadistas: da teoria da con ngência. 2010. Tese
estudo de mul -casos. In: Congresso Brasileiro (Doutorado em Controladoria e Contabilidade:
de Custos, 16., 2009, Fortaleza-CE. Anais...2009. Contabilidade) - Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade, Universidade
LEITE, R. M. Orçamento Empresarial: Um estudo de São Paulo, São Paulo, 2010.
exploratório em indústrias do estado do
Paraná. Curi ba, 2008. Dissertação (Mestrado) MERCHANT, K. A. Influences on Departmental
- Universidade Federal do Paraná, 2008. Budge ng: an empirical examina on of a
con ngency model. Accoun ng, Organiza ons
LEITE, R. M., CHEROBIM, A. P. M. S., SILVA, H. de F. and Society, v. 9, n. 3/4, p.291-307, 1984.
N., BUFREM, L. S. Orçamento empresarial:
levantamento da produção cien fica no MERCHANT, K. A. O modelo do sistema de orçamento
período de 1995 a 2006. Revista Contabilidade corpora vo: influências no comportamento
& Finanças, v. 19, n. 47, p.56–72, 2008. e no desempenho gerencial. Revista de
doi:10.1590/S1519-70772008000200006 Contabilidade e Organizações – RCO, v. 1, n. 1,
p. 107-126, set./dez. 2007.
LIMA FILHO, R. N.; BRUNI, A. L.; SAMPAIO, M. S.;
CORDEIRO FILHO, J. B.; CARVALHO JR., C. V. MINTZBERG, H. Criando organizações eficazes:
O. Heurís cas e Prá cas Orçamentárias: um estruturas em cinco configurações. São
estudo experimental. Sociedade, Contabilidade Paulo: Atlas, 1995.
e Gestão, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, p.42-58, jan/
jun 2010. MOLINARI, S. K. R.; GUERREIRO, R. Teoria da
con ngência e contabilidade gerencial: um
LOPES, H. A.; BLASCHEK, J. R. S. Minimizando as estudo de caso sobre o processo de mudança
Deficiências do Planejamento Operacional com na controladoria do Banco do Brasil. In:
o Uso do Orçamento Baseado em A vidades. CONGRESSO USP, 4., 2004, São Paulo. Anais…
Revista de Contabilidade do Mestrado em São Paulo: USP, 2004.
Ciências Contábeis da UERJ, Rio de Janeiro,
v.12, n.2, p.1-16, maio/ago, 2007.
Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
17

MORAES, R. C. Controladoria e planejamento RAIFUR, L.; PIRES, E. A. ; MACHADO, E.A.; NOGUEIRA,


orçamentário em organizações hospitalares: D. R.; ALMEIDA, L. B. . Prá cas orçamentárias
um estudo empírico. In: Congresso Brasileiro nas coopera vas agropecuárias na região sul
de Custos, 2007, João Pessoa-PB. Anais... 2007. do Brasil: um estudo empírico. In: Congresso
Internacional de Administração, 2008, Ponta
MURITIBA, S. S.; AGUIAR, A. B. Processo Grossa, Paraná, Brasil. Gestão Estratégica na
orçamentário e criação de reservas em uma Era do Conhecimento. Anais... 2008.
ins tuição hospitalar. In: Congresso ANPCONT,
2010, Natal-RN. Anais... ANPCONT, IV, 2010. RANA, G. M. P. O cumprimento do orçamento como
indicador do alcance da estratégia. Dissertação
NASCIMENTO, S.; LAVARDA, C. E. F.; SILVEIRA, A. (Mestrado de Ciências Contábeis e Financeiras).
O Controle Orçamentário num Ambiente São Paulo, 2010. Pon fica Universidade Católica
Inovador: Estudo de Mul casos em Empresas de São Paulo.
de Base Tecnológica. In: Congresso Brasileiro
de Custos, 16., 2009, Fortaleza. Anais...São REID, G. C.; SMITH, J. A. The impact of con ngencies
Leopoldo : ABCustos, 2009. on management accoun ng system
development. Management Accoun ng
OLIVEIRA, E. L; BEUREN, I. M. Adequação dos Research, v. 11, p. 427-450, 2000.
controles de gestão às Con ngências
ambientais em empresa familiar do Ramo SANVICENTE, A. Z; SANTOS, C. C. Orçamento na
de papel e celulose. Revista de Contabilidade administração de empresas: planejamento e
do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ controle. São Paulo: Atlas, 1995.
(online), Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p. 1-17, jan./
abr. 2009. SANVICENTE, A. Z. Administração Financeira. 3. ed.
São Paulo: Atlas, 1997.
PAULA, J. K. Uso das técnicas de orçamento de
capital nas empresas com ações negociadas na SCHWANS. Prá cas do orçamento de capital:
BOVESPA no segmento Novo Mercado. 2009. um estudo empírico nas coopera vas
Dissertação (Mestrado) - Programas de Pós- agropecuárias paranaenses. 2008, Dissertação
graduação Em resposta em Ciências Contábeis (Mestrado) UFPR, 2008
e Atuariais PUC-SP, 2009.
SCHUBERT, P. Orçamento empresarial integrado:
PEREIRA, A.; BRUNI, A.; ROCHA, J.; RIVERA-CASTRO, acompanhamento. Rio de Janeiro: Freitas
M.; LIMA FILHO, R. A presença do efeito Bastos, 2005.
framing em prá cas orçamentárias: um estudo
experimental. RIC - Revista de Informação SHARMA, D. S. The differen al effect on
Contábil, v. 5, n. 4, p.46-78, 2011. environmental dimensionality, size and
structure on budget system characteris cs
PERROW, C. Análise organizacional: um enfoque in hotels. Management Accoun ng Research,
sociológico. São Paulo: Atlas, 1972. v. 13, p. 101- 130, 2002.

PORTER, M. Estratégia compe va: técnicas para SILVA, M. B.; GRIGOLO, T. M. Metodologia para
análise de indústrias e da concorrência. Rio de iniciação cien fica à prá ca da pesquisa e da
Janeiro: Campus, 1986. extensão II. Florianópolis: UDESC, 2002.

PUGH, D. S.; HICKSON, D. J., HININGS, C. R.; TURNER, SILVA, J. O.; LAVARDA, C. E. F. O relacionamento
C. The context of organiza on structures. entre a contabilidade gerencial e o processo de
Administra ve Science Quarterly, v. 14, n. 1, p. planejamento: estudo em uma. Contabilidade,
91-114, 1969. Gestão e Governança, v. 12, n. 3, p.3 – 13, 2009.
Teoria da Con ngência e Pesquisa Contábil
Marcello Chris ano Gorla e Carlos Eduardo Facin Lavarda
18

SILVA, A. T., ROSA, P. M., PIRES, J. S. D. Uma Aplicação TARIFA, M. R; ALMEIDA, L. B.; REIS, L. G. Prá ca
Prá ca de Orçamento Baseado em A vidades. orçamentária empresarial privada: um estudo
Contabilidade, Gestão e Governança, Brasília, v. empírico nas maiores empresas da região sul
10, n. 2, p.147-171, Jul/ Dez – 2007. do Brasil. In: Congresso Brasileiro de Custos,
16., 2009, Fortaleza. Anais…2009b.
SIMON, C.A Configura on Form of fit in Management
Accoun ng Con ngency Theory: An Empirical TILLEMA, S. Towards an integrated con ngency
inves ga on. The Business Review, Cambridge; framework for, MAS sophis ca on – case
Summer; v. 7, n. 2, p. 220-227, 2007. studies on the scope of accoun ng instruments
in Dutch power and gas companies.
SOUTES, D. O. Uma Inves gação do Uso de Artefatos Management Accoun ng Research, v. 16, n.1,
da Contabilidade Gerencial por Empresas p.101-129, March, 2005.
Brasileiras. São Paulo, 2006. Dissertação
(Mestrado em Contabilidade) - Faculdade de VANZELLA, C.; LUNKES, R. J. Orçamento baseado em
Economia e Administração, Universidade de A vidades: um Estudo de Caso em Empresa
São Paulo, São Paulo. Distribuidora de Energia Elétrica. Revista
Contabilidade Vista e Revista, UFMG, v. 17, n. 1,
SOUZA, C. P. Um estudo exploratório sobre o p.113-132, 2006.
planejamento e orçamento empresarial.
Dissertação (Mestrado). Programa de Pós- WOODWARD, J. Management and technology.
graduação em Ciências Contábeis e Atuariais London: H. M. Sta onary Office, 1958.
PUC-SP, 2007.
WOODWARD, J. Industrial organiza on – theory
SOUZA, A. A.; CAIRES, N. A.; ANTOS, A. M.; AVELAR, E. and prac ce. New York: Oxford University
A. Uma análise das caracterís cas da aplicação Press, 1965.
do orçamento matricial como uma ferramenta
gerencial: estudos de casos. In: Congresso WELSCH, G. A. Orçamento empresarial:
ANPCONT, 4., 2010, Natal. Anais... ANPCONT, planejamento e controle do lucro. Tradução
2010. Antonio Zora o Sanvicente. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 1983.
SUZART, J.; MARCELINO, C. V.; GOMES, S. M. S.
O processo orçamentário das indústrias da ZAN, A. Mudanças na Contabilidade Gerencial
Região Metropolitana de Salvador: Uma análise de uma Organização: Estudo de Caso com
através de escalonamento mul dimensional. diagnós co Ins tucional. São Paulo, 2006.
In: Congresso Brasileiro de Custos, 16., 2009, Dissertação (Mestrado em Contabilidade) -
Fortaleza. Anais... São Leopoldo: Associação Programa de Pós-Graduação em Administração,
Brasileira de Custos, 2009. Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade de São Paulo,
TARIFA, M. R. Cultura organizacional e prá cas São Paulo.
orçamentárias: um estudo empírico nas
maiores empresas do sul do Brasil. 2008.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal
do Paraná, Curi ba, 2008.

TARIFA, M. R.; ALMEIDA, L. B.; ESPEJO, M. M.


S. B. Cultura organizacional e prá cas
orçamentárias: um estudo empírico nas
maiores empresas do Sul do Brasil. In:
CONGRESSO USP, 9., 2009, São Paulo. Anais …
São Paulo: USP, 2009a.

Você também pode gostar