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Jacques Louis David, pintor neoclássico.

Nasceu em paris no século XVIII, e ficou órfão ainda cedo. Sempre se interessou pela pintura,
sendo apresentado aos temas da antiguidade pelo seu professor Joseph Vien. Tal fato apenas
incentivou David à percorrer esse caminho. Fez quatro tentativas de ganhar o prêmio de Roma
enviando quadros à Academia francesa na esperança de poder ficar na idade italiana num
período de um ano com todas as despesas custeadas pelas Casa Real. Depois de conseguir, na
quarta tentativa, David chegou a Roma e se tornou ainda mais influenciado pela herança
clássica predominante na cidade em sua forma pura e original.

Suas obras se tornaram monumentais, com temas severos e proporções detalhadamente


estudadas. Cada traço e bordas das figuras são perfeitamente delimitados. No entanto, todo o
estilo neoclássico de suas obras acabava rejeitando o rococó e com isso, toda a sua autoridade
como estilo vigente e daqueles representados por ela, no caso, a aristocracia e o poder
absolutista. Com o tempo suas obras tiveram, ainda que não fossem, uma atuação política,
junto à um crescente sentimento de patriotismo cujo auge foi a Revolução Francesa. David
teve sua participação em vários acontecimentos da mesma mas, no fim, acabou sendo preso
por traição após a morte de seu amigo e líder Robespierre e liberado posteriormente por sua
esposa. Isolou-se no campo e só voltou a pintar ao conhecer seu novo ídolo: Napoleão
Bonaparte. Tornou-se Pintor do Imperador e exilou-se novamente quando os Bourbons
chegaram ao poder.

(Coloquei uma bibliografia base para vcs lerem e adicionarem o que quiserem ao seu próprio
texto)

A obra A morte dos filhos de Brutus foi feita no ano de 1789, com a técnica óleo sobre tela. O
contexto do quadro retrata Lucius Brutus, considerado o fundador da Republica romana,
recebendo os corpos de seus filhos após sentenciá-los a morte por traição. Em Roma, a
dinastia dos Tarquínios dominava o poder de forma violenta e ambiciosa. Existem poucos
relatos confiáveis sobre a história daquela época e um dos mitos estudados é a narrativa de
Tito Livio a qual descreve a trajetória de Brutus. Segundo Tito, o Rei Tarquinio mata ao pai e
irmão de Brutus por ganancia e o adota por zombaria. Brutus sofre com as constantes
injustiças cometidas pelos Tarquinios atingindo o limite após uma mulher de um oficial ser
estuprada pelo filho do rei e cometer suicídio. Nesse momento Brutus entende que é a hora
desta tirania acabar. Roma seria um lugar onde não haveria corrupção e injustiça de reis pois
não haveriam reis. No entanto, houve uma conspiração para a volta dos Tarquínios ao poder,
uma conspiração em que os próprios filhos de Brutus faziam parte. Ele não viu nenhuma saída
a não ser honrar Roma e executar os traidores.

(Coloquei a história de uma forma mais extensa para vcs entenderem o contexto e
construírem o seu texto)

É inegável que David, ao pintar essa obra, não deixou de transpassar a semelhança entre o
contexto de Roma e o da França. Enquanto Brutus era obrigado a sacrificar seu próprio sangue
para o bem de Roma, durante a Revolução de 1789 se fazia necessário o sacrifício para a
ordem republicana se fazer forte e presente.

Analisando a obra de fato, podemos ver uma separação de personagens bem nítida na tela.
Brutus se encontra no lado mais escuro e sombrio, numa pose firme e solene. Sua dor, ainda
que não expressiva, está fortemente presente nas suas feições duras e carregadas pelo pesar
de ter ordenado a morte dos próprios filho e ver o sofrimento de seus outros familiares. Estes
que se encontram no lado mais iluminada da tela e, diferentemente de Brutus, a mãe e as
filhas estão desoladas, caídas e sem forças para se sustentar ao ver o corpo ensanguentado do
primeiro filho sendo carregado pelos lictores. A cena histórica é representada num ambiente
doméstico, evidenciado pelos moveis e cesta de costura sobre a mesa, um contraste que
apenas reforça o quão pessoal e difícil foi para Brutus esse sacrifício.
Rembrandt

Rembrandt foi um dos mais importantes pintores do estilo barroco, famoso na Europa e,
principalmente, em sua terra natal Holanda. Nascido no século XVII, em Leyden, na Holanda,
provinha de uma família de moleiros. Seu gosto pela arte e pintura existiu desde cedo, o que o
fez ganhar sucesso ainda na juventude. Conforme sua fama aumentava, suas encomendas
também, o que o fez se mudar para Amsterdã. Seus estilo, em grande parte herdados pelos
seus mestres, foi evoluindo com o tempo. Suas pinturas eram, em grande maioria, retratos
(inclusive de si mesmo) e obras de temas religiosos, onde usava técnicas de luz para o fogo, e
mitológicos, com junção de vários elementos de natureza e figura humana, todos
normalmente esboços de tinta ou giz. Toda essa experiência evoluiu para um estilo pessoal
mais carregado e dramático na maior parte das obras, sendo alcançado através de jogos de luz
e sombra, junto da manipulação da forma através das pinceladas de tinta em camadas
espessas.

A obra Ronda Noturna foi feita entre 1640 e 1642, com a técnica óleo sobre tela. Retrata um
grupo de milícia comandados pelo capitão Frans Banning prestes a sair com os estandartes
erguidos a fim de celebrar a visita de Maria de Médici à Amsterdã. Este retrato militar possui
os nomes de todos os soldados integrantes da cena, esses personagens se encontram todos
numa composição diversificada, e tumultuada, de alturas horizontais e verticais com níveis de
aproximação diferentes, esta desorganização de posições demonstra o quão agitada estava a
situação na época. Os tons são escuros e carregados, devidos as texturas das pinceladas mas
as cores predominantes são o vermelho, preto e dourado, que destaca elementos devido a luz.
Já a luminosidade do ambiente provém da esquerda e imprime certa dramaticidade e mistério
proveniente de elementos teatrais. O capitão é claramente a figura central e seu braço
estendido denota o poder em seu comando, indicando que é necessário seguir. O tenente
encontra-se ao seu lado é identificado pelas cruzes militares em sua vestimenta, essa, de cor
clara, que se opõem ao do próprio capitão mas garante destaque ao mesmo. Existe, no
entanto, uma figura feminina misteriosa, vestida de dourado e bem iluminada, contrastando
com as sombras do resto da tela. A maioria dos pesquisadores acreditam que seja Saskia, a
falecida mulher de Rembrandt que morreu pouco tempo antes da obra ser realizada.

Um curioso fato é que, após a realização dessa obra, Rembrandt entrou numa mare de azar,
perdendo bens e ganhando dividas. Desde então, suas pinturas caíram muito do gosto popular
e ele se afastou, de pouco em pouco, da vida artística.

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