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Liberdade Sindical e Proteção ao Direito de Sindicalização
O Brasil não se insere entre os países que aderiram a esse tratado multilateral.
Em obediência à Constituição da OIT, o Presidente Eurico Gaspar Dutra
encaminhou o texto da convenção ao Congresso Nacional (Mensagens n. 256, de
31.5.49). Entretanto, até hoje não foi possível sua aprovação, porque a
Constituição de 1946 legitimou o exercício pelos sindicatos de funções delegadas
pelo Poder Público, previstas na CLT; a Constituição de 1967 manteve essa
norma e explicitou que essas funções se incluíam, desde logo, a de arrecadar
contribuições instituídas por lei para custeio de suas atividades; a vigente, de
1988, impôs a unicidade de representação sindical em todos os níveis e manteve
a contribuição compulsória dos integrantes das respectivas categorias para o
custeio do sistema.
Após ter decidido adotar sob forma de uma Convenção diversas propostas
relativas à liberdade sindical e à proteção do direito sindical, assunto que constitui
o sétimo ponto da ordem do dia da sessão.
Adota, aos nove dias de julho de mil novecentos e quarenta e oito, a Convenção
seguinte, que será denominada ‘Convenção sobre a Liberdade Sindical e à
Proteção do Direito Sindical, 1948’.
Art. 8 — 1. No exercício dos direitos que lhe são reconhecidos pela presente
convenção, os trabalhadores, os empregadores e suas respectivas organizações
deverão da mesma forma que outras pessoas ou coletividades organizadas,
respeitar a lei.
2. A legislação nacional não deverá prejudicar nem ser aplicada de modo a
prejudicar as garantias previstas pela presente Convenção.