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CONSTITUCIONAL
Nacionalidade
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Livro Eletrônico
DIREITO CONSTITUCIONAL
Nacionalidade
Luciano Dutra
Nacionalidade..................................................................................................................3
1. Conceito.......................................................................................................................3
1.1. Espécies de Nacionalidade.........................................................................................3
1.2. Critérios para Adoção de Nacionalidade Primária. . ....................................................4
1.3. Nacionalidade Primária.............................................................................................4
1.4. Nacionalidade Secundária.........................................................................................8
1.5. Quase Nacionalidade .............................................................................................. 10
1.6. Distinção entre Brasileiros Natos e Naturalizados.. ................................................. 12
1.7. Perda da Nacionalidade........................................................................................... 15
1.8. Dupla Nacionalidade............................................................................................... 16
1.9. Idioma Oficial e Símbolos Nacionais........................................................................ 18
Súmulas e Jurisprudência Aplicáveis............................................................................. 21
Resumo.........................................................................................................................24
Questões de Concurso...................................................................................................26
Gabarito........................................................................................................................44
Gabarito Comentado. .....................................................................................................45
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Nacionalidade
Luciano Dutra
NACIONALIDADE
1. Conceito
de Direito público interno, que faz da pessoa um dos elementos componentes da dimensão
Ou seja, nacionalidade é um vínculo que une uma pessoa a um determinado Estado. Somos
Constituição Federal;
Nacionalidade
Primária Secundária
Nascimento Ato de vontade
+ +
Critérios constitucionais Critérios constitucionais
Brasileiro nato Brasileiro naturalizado
1
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 32ª edição. São Paulo. Editora Malheiros.
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Nacionalidade
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Certo.
Como regra, só é possível haver um polipátrida (aquele que possui mais de uma nacionalidade)
se houver a conjugação dos dois critérios (o sanguíneo e o territorial).
A nossa atual CF/1988 adotou como regra o critério ius solis, permitindo a utilização do ius
sanguinis em algumas hipóteses que estudaremos a seguir. Vejamos.
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
não estejam a serviço de seu país [de origem];
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Aqui, se adota o critério do ius solis: nasceu no Brasil, será, em princípio, brasileiro nato.
Só não será brasileiro nato aquele que aqui nascer se houver a conjugação de dois fatores:
• ambos os pais estrangeiros;
• pelo menos um deles deve estar no território brasileiro a serviço do seu país de origem.
Muito cuidado com um detalhe: se estiver a serviço de um terceiro país, o nascido na Repú-
blica Federativa do Brasil será considerado brasileiro nato. Exemplo: se um casal de portugue-
ses estiver a serviço da Espanha, no Brasil, o filho deles, nascido no Brasil, será considerado
brasileiro nato.
Certo.
Não está a serviço do seu país, portanto, o filho do casal será brasileiro nato.
Errado.
O erro está na afirmação “independentemente de qualquer outro fator”. Se os pais forem es-
trangeiros e pelo menos um deles estiver a serviço do seu país de origem, o filho do casal não
será brasileiro nato.
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b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
Certo.
É brasileiro nato quem nasce no estrangeiro e é filho de pai brasileiro que está a serviço da
República Federativa do Brasil.
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
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Errado.
Consideram-se brasileiros NATOS os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasi-
leira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
pela nacionalidade brasileira. Sempre bom lembrar que essa manifestação de vontade pode se
dar em qualquer tempo depois da maioridade (18 anos).
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Certo.
Está de acordo com o art. 12, I, “c”, parte final, da CF/1988.
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
Inicialmente, importante dizer que a concessão da naturalização, como regra, é ato discri-
cionário do Presidente da República decorrente da soberania estatal, não se falando, pois, em
direito público subjetivo do requerente. Essa hipótese da alínea “a” segue essa lógica. A sim-
ples satisfação dos requisitos trazidos (um ano ininterrupto e idoneidade moral) não assegura
ao estrangeiro originário de países de língua portuguesa a nacionalidade brasileira. Por isso, a
doutrina chama essa hipótese da letra “a” de naturalização ordinária.
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Errado.
São brasileiros naturalizados, de acordo com a Constituição Federal, os que adquiram a na-
cionalidade brasileira, exigidas, dos originários de países de língua portuguesa, residência no
Brasil por, no mínimo, UM ano, e idoneidade moral.
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Certo.
É a expressão do art. 12, II, “b”, da CF/1988.
Diz o § 1º do art. 12 que aos portugueses com residência permanente no País, se houver
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, sal-
vo os casos previstos na Constituição Federal.
Esse § 1º do art. 12 trata de forma diferente os portugueses residentes no Brasil. Satis-
feitos os pressupostos constitucionais de residência permanente no País e reciprocidade, os
portugueses não precisam se naturalizar brasileiros para auferir os direitos dos brasileiros
NATURALIZADOS.
O instituto da reciprocidade citado significa tratamento semelhante nas relações interna-
cionais. Isto é, os portugueses com residência permanente no Brasil poderão gozar dos di-
reitos dos brasileiros naturalizados se Portugal assegurar os direitos dos portugueses aos
brasileiros que lá estão.
Cuidado: não se trata de uma hipótese de naturalização, mas tão somente de forma de
atribuição de direitos. Continuam sendo portugueses, mas poderão exercer os direitos dos
brasileiros naturalizados.
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como reciprocidade aos laços entre Brasil e Portugal durante o período colonial.
Errado.
Não é bem isso. Segundo o art. 12, § 1º, da CF/1988, aos portugueses com residência per-
manente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro naturalizado.
Errado.
Quase nacionalidade é a situação do português com residência permanente no Brasil, se hou-
ver reciprocidade em favor de brasileiros lá em Portugal. Nessa situação, o português que aqui
reside poderá exercer os direitos dos brasileiros naturalizados.
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O art. 12, § 2º, prevê que a lei (no caso, lei infraconstitucional) não poderá estabelecer dis-
tinção entre brasileiros natos e naturalizados. Só a Constituição Federal poderá estabelecer
esta diferenciação e o faz em quatro hipóteses:
1) cargos: são privativos de brasileiros natos os cargos de Presidente e Vice-Presidente
da República; Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do Senado Federal; Mi-
nistro do Supremo Tribunal Federal; carreira diplomática; oficial das Forças Armadas; e
Ministro de Estado da Defesa (art. 12, § 3º).
Cuidado: essa previsão alcança tanto os titulares do cargo quanto os seus substitutos.
É muito importante memorizar esse rol, uma vez que despenca em concurso público.
DICA DO LD
Vamos a um mnemônico: MP3.COM
C Carreira diplomática
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Errado.
Essa é uma pegadinha muito comum. O brasileiro naturalizado pode ocupar o cargo de Minis-
tro das Relações Exteriores. O único caso de Ministro de Estado que só pode ser ocupado por
brasileiro nato é o de Ministro da Defesa.
Errado.
Somente por brasileiro nato.
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Errado.
Pode sim, o que não pode é ser Presidente do Senado.
Certo.
É o que prevê o art. 12, § 3º, VI, da CF/1988.
Errado.
No caso, Andréa pode ser nomeada juíza de um TRT e, também, ministra do TST. No âmbito do
Poder Judiciário, o único órgão em que todos os membros devem ser brasileiros natos é o STF.
Errado.
Não pode. Só integrará as carreiras diplomáticas o brasileiro nato.
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2) função no Conselho da República: a Constituição Federal reservou seis vagas para bra-
sileiros natos, vejamos:
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele
participam:
I – o Vice-Presidente da República;
II – o Presidente da Câmara dos Deputados;
III – o Presidente do Senado Federal;
IV – os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V – os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI – o Ministro da Justiça;
VII – seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomea-
dos pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos
Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
3) extradição: da leitura do art. 5º, inciso LI, concluímos que o brasileiro nato NUNCA
será extraditado. Já o brasileiro naturalizado poderá ser extraditado, em caso de cri-
me comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei, praticado a qualquer
tempo.
Art. 5º, LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, pra-
ticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, na forma da lei;
Segundo o art. 12, § 4º, inciso I, será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que
tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional.
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Errado.
Em relação à nacionalidade, determina a Constituição Federal que a perda da nacionalidade do
brasileiro que tiver cancelada sua naturalização será declarada por decisão do juiz, em virtude
de atividade nociva ao interesse nacional. Tem que ser por sentença JUDICIAL transitada em
julgado. É uma matéria reservada à jurisdição.
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No caso da alínea “a”, temos um exemplo que praticamente todos conhecem: é a situação
cidadania italiana, não perderá a brasileira, haja vista que se trata de outra nacionalidade origi-
nária.
geiro como condição para permanência em seu território ou para exercício de direitos civis.
mina a Constituição Federal que o brasileiro não perderá a nacionalidade no caso de imposição
Certo.
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Errado.
ro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.
Errado.
Pelas mesmas razões da questão anterior.
DICA DO LD
Você gosta da BAHIA? Imagine duas BA - HI - A - S? BAndeira;
HIno; Armas; e Selo. Ficou fácil agora? As Armas Nacionais
são comumente chamadas de Brasão da República.
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ius solis
CRITÉRIOS ius sanguinis
RESULTANTE
nascido no Brasil, ainda que de pais estrangeiros, salvo se qualquer deles estiver a serviço
DO NASCIMENTO
do SEU país de origem
nascido no estrangeiro de pai ou mãe brasileiro que esteja a serviço do Brasil
PRIMÁRIA nascido no estrangeiro de pai ou mãe brasileiro, desde que a criança seja registrada em
BRASILEIRO NATO repartição brasileira competente
nascido no estrangeiro que venha residir no Brasil e opte, em qualquer tempo depois da
maioridade, pela nacionalidade brasileira
RESULTANTE DE UM REQUERIMENTO
estrangeiro originário de países de língua portuguesa com residência
SECUNDÁRIA ininterrupta no Brasil por 1 ano e idoneidade moral
BRASILEIRO NATURALIZADO estrangeiro de qualquer origem com residência ininterrupta no Brasil
por 15 anos e sem condenação penal
NACIONALIDADE
português com residência permanente no Brasil poderá gozar dos direitos dos bra-
sileiros naturalizados, desde que assegurada em Portugal a reciprocidade em rela-
QUASE ção aos brasileiros que lá residem
NACIONALIDADE
cancelamento da naturalização por sentença judicial transitada em julgada, em razão de atividade nociva
ao interesse nacional
PERDA DA
adquirir outra voluntariamente, SALVO
NACIONALIDADE
reconhecimento de outra nacionalidade originária
imposição como condição de permanência ou
exercício de direitos civis
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2) RE 418.096: Essa opção somente pode ser manifestada depois de alcançada a maio-
ridade. É que a opção, por decorrer da vontade, tem caráter personalíssimo. Exige-se,
então, que o optante tenha capacidade plena para manifestar a sua vontade, capacidade
que se adquire com a maioridade. Vindo o nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou de
mãe brasileira, a residir no Brasil, ainda menor, passa a ser considerado brasileiro nato,
sujeita essa nacionalidade a manifestação da vontade do interessado, mediante a opção,
depois de atingida a maioridade. Atingida a maioridade, enquanto não manifestada a
opção, esta passa a constituir-se em condição suspensiva da nacionalidade brasileira.
[RE 418.096, rel. min. Carlos Velloso, j. 22-3-2005, 2ª T, DJ de 22-4-2005.]
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5) HC 100.793: A norma inscrita no art. 12, § 1º, da Constituição da República – que con-
templa, em seu texto, hipótese excepcional de quase-nacionalidade – não opera de modo
imediato, seja quanto ao seu conteúdo eficacial, seja no que se refere a todas as conse-
quências jurídicas que dela derivam, pois, para incidir, além de supor o pronunciamento
aquiescente do Estado brasileiro, fundado em sua própria soberania, depende, ainda, de
requerimento do súdito português interessado, a quem se impõe, para tal efeito, a obriga-
ção de preencher os requisitos estipulados pela Convenção sobre Igualdade de Direitos e
Deveres entre brasileiros e portugueses.
[Ext 890, rel. min. Celso de Mello, j. 5-8-2004,1ª T, DJ de 28-10-2004.]
= HC 100.793, rel. min. Marco Aurélio, j. 2-12-2010, P, DJE de 1º-2-2011
8) HC 72.391: A petição com que impetrado o habeas corpus deve ser redigida em por-
tuguês, sob pena de não conhecimento do writ constitucional (CPC, art. 156, c/c CPP, art.
3º), eis que o conteúdo dessa peça processual deve ser acessível a todos, sendo irrelevante,
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para esse efeito, que o juiz da causa conheça, eventualmente, o idioma estrangeiro utili-
zado pelo impetrante. A imprescindibilidade do uso do idioma nacional nos atos proces-
suais, além de corresponder a uma exigência que decorre de razões vinculadas à própria
soberania nacional, constitui projeção concretizadora da norma inscrita no art. 13, caput,
da Carta Federal, que proclama ser a língua portuguesa “o idioma oficial da República
Federativa do Brasil”. [HC 72.391 QO, rel. min. Celso de Mello, j. 8-3-1995, P, DJ de 17-3-
1995.]
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RESUMO
Conceito: nacionalidade é um vínculo que une uma pessoa a um determinado Estado. So-
mos brasileiros porque temos um vínculo de nacionalidade com a República Federativa do
Brasil.
Espécies: 1) primária (também chamada de originária, de 1º grau, involuntária ou nata):
resultante de um fato natural (o nascimento). Trata-se de aquisição involuntária de naciona-
lidade, decorrente do simples nascimento ligado ao cumprimento de um critério trazido pela
Constituição Federal; 2) secundária (também chamada de adquirida, por aquisição, de 2º grau,
voluntária, ou por naturalização): é a que se adquire por ato de vontade, depois do nascimento,
a partir de um requerimento somado ao cumprimento dos requisitos constitucionais.
Critérios para Adoção de Nacionalidade Primária: 1) “ius sanguinis”: critério sanguíneo
pautado na hereditariedade; 2) “ius solis”: critério territorial, sendo irrelevante a nacionalidade
dos pais.
Nacionalidade Primária: segundo o art. 12, I, são brasileiros natos: a) os nascidos na Repú-
blica Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a ser-
viço de seu país [de origem]; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira,
desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no
estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qual-
quer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
Nacionalidade Secundária: segundo o art. 12, II, são brasileiros naturalizados: a) os que, na
forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros
de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze
anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Quase Nacionalidade: segundo o art. 12, § 1º, aos portugueses com residência permanen-
te no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos ineren-
tes ao brasileiro naturalizado.
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Distinção entre Brasileiros Natos e Naturalizados: o art. 12, § 2º, prevê que a lei infracons-
titucional não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados. Só a Cons-
tituição Federal poderá estabelecer esta diferenciação, e o faz em quatro hipóteses: 1) cargos:
são privativos de brasileiros natos os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República;
Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do Senado Federal; Ministro do Supremo Tri-
bunal Federal; carreira diplomática; oficial das Forças Armadas; e Ministro de Estado da Defesa
(art. 12, § 3º); 2) função no Conselho da República: a Constituição Federal reservou seis vagas
para brasileiros natos; 3) extradição: da leitura do art. 5º, inciso LI, extraímos que o brasileiro
nato nunca será extraditado. Já o brasileiro naturalizado poderá ser extraditado, em caso de
crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei, praticado a qualquer tempo; 4) direito
de propriedade: conforme estabelece o art. 222, “caput”, a propriedade de empresa jornalística
e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados
há mais de dez anos.
Perda da Nacionalidade: de acordo com o art. 12, § 4º, será declarada a perda da naciona-
lidade do brasileiro que: I – tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude
de atividade nociva ao interesse nacional; II – adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos a
seguir.
Dupla Nacionalidade: não será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adqui-
rir outra nacionalidade, nos seguintes casos: a) reconhecimento de nacionalidade originária
pela lei estrangeira; b) imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro re-
sidente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o
exercício de direitos civis.
Idioma Oficial e Símbolos Nacionais: segundo o art. 13, a língua portuguesa é o idioma
oficial da República Federativa do Brasil. São símbolos da República Federativa do Brasil a
bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
poderão ter símbolos próprios.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (2019/POLÍCIA CIVIL-ES/INVESTIGADOR) João, brasileiro nato, após devido
processo legal, transitado em julgado, perdeu a nacionalidade brasileira em razão de ter op-
tado, voluntariamente, por nacionalidade estrangeira. Anos depois, João retornou ao Brasil e
adquiriu a nacionalidade brasileira por meio da naturalização. De acordo com a Constituição
Federal, assinale qual dos cargos a seguir poderá ser ocupado por João.
a) Ministro do Supremo Tribunal Federal.
b) Oficial das Forças Armadas.
c) Embaixador.
d) Senador.
e) Ministro de Estado de Defesa.
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Nacionalidade
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a) brasileiro nato, se vier a residir no Brasil e opte, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira.
b) sempre brasileiro naturalizado, a qualquer tempo, porque foi registrado na repartição in-
glesa.
c) sempre brasileiro nato, pois, independentemente de residir na Inglaterra, é filho de mãe bra-
sileira.
d) brasileiro naturalizado, desde que venha a residir no Brasil e requisite, em qualquer idade,
a nacionalidade brasileira.
e) brasileiro nato, desde que, enquanto menor, mesmo residindo na Inglaterra, sua mãe proto-
cole, no Supremo Tribunal Federal, a requisição da sua nacionalidade brasileira.
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Nacionalidade
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a) Tibério.
b) Pompeu.
c) Cipriano.
d) Péricles.
e) Alexandre.
Questão 13 (2018/EXAME DA ORDEM XXV) Jean Oliver, nascido em Paris, na França, na-
turalizou-se brasileiro no ano de 2003. Entretanto, no ano de 2016, foi condenado, na França,
por comprovado envolvimento com tráfico ilícito de drogas (cocaína), no território francês,
entre os anos de 2010 e 2014. Antes da condenação, em 2015, Jean passou a residir no Brasil.
A França, com quem o Brasil possui tratado de extradição, requer a imediata extradição de
Jean, a fim de que cumpra, naquele país, a pena de oito anos à qual foi condenado. Apreensi-
vo, Jean procura um advogado e o questiona acerca da possibilidade de o Brasil extraditá-lo.
O advogado, então, responde que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, a ex-
tradição:
a) não é possível, já que a Constituição Federal, por não fazer distinção entre o brasileiro nato
e o brasileiro naturalizado, não pode autorizar tal procedimento.
b) não é possível, pois o Brasil não extradita seus cidadãos nacionais naturalizados por crime
comum praticado após a oficialização do processo de naturalização.
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Questão 17 (XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Alessandro Bilancia, italiano, com 55 anos
de idade, ao completar 15 anos de residência ininterrupta no Brasil, decide assumir a naciona-
lidade “brasileira”, naturalizando-se. Trata-se de renomado professor, cujas elevada densidade
intelectual e capacidade de liderança são muito bem vistas por um dos maiores partidos polí-
ticos brasileiros. Na certeza de que Alessandro poderá fortalecer os quadros do governo caso
o partido em questão seja vencedor nas eleições presidenciais, a cúpula partidária já ventila a
possibilidade de contar com o auxílio do referido professor na complexa tarefa de governar o
país. Analise as situações abaixo e assinale a única possibilidade idealizada pela cúpula parti-
dária que encontra respaldo na Constituição Federal.
a) Alessandro Bilancia, graças ao seu reconhecido saber jurídico e à sua ilibada reputação, po-
derá ser indicado para compor o quadro de Ministros do Supremo Tribunal Federal.
b) Alessandro Bilancia, na hipótese de concorrer ao cargo de Deputado Federal e ser eleito,
poderá ser indicado para exercer a Presidência da Câmara dos Deputados.
c) Alessandro Bilancia, na hipótese de concorrer ao cargo de Senador e ser eleito, pode ser o
líder do partido na Casa, embora não possa presidir o Senado Federal.
d) Alessandro Bilancia, dada sua ampla e sólida condição intelectual, pode ser nomeado para
assumir qualquer ministério do Governo.
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Nacionalidade
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Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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Nacionalidade
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dessa exigência, Adalberto requereu e teve deferida a nacionalidade desse país. À luz da siste-
mática constitucional, é correto afirmar que Adalberto:
a) deve ter declarada a perda da nacionalidade brasileira por ter obtido, a partir de requerimen-
to seu, a nacionalidade estrangeira.
b) somente não perderia a nacionalidade brasileira caso fosse naturalizado estrangeiro por
força de lei do respectivo país, sem qualquer requerimento nesse sentido.
c) somente não perderia a nacionalidade brasileira se estivesse no estrangeiro, de maneira
impositiva, a serviço da República Federativa do Brasil.
d) não perderá a nacionalidade brasileira, pois a naturalização foi imposta, pela norma estran-
geira, como condição para permanência no território do respectivo país.
e) não perderá a nacionalidade brasileira, pois a hipótese versa sobre reconhecimento de na-
cionalidade originária pela lei estrangeira.
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c) é considerado brasileiro nato pelo simples fato de seus pais serem brasileiros.
d) somente pode optar pela nacionalidade brasileira se seus pais estavam, no Paraguai, a ser-
viço do Brasil.
e) somente terá reconhecida a nacionalidade brasileira se o Paraguai oferecer reciprocidade
ao Brasil.
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b) Estrangeiro, pois nasceu fora do Brasil, e apesar de seu pai ser brasileiro, não estava a servi-
ço da República Federativa do Brasil.
c) Estrangeiro, pois nasceu em território italiano e sua mãe tem nacionalidade italiana.
d) Brasileiro naturalizado, pois seu pai é brasileiro, mas nasceu fora do território brasileiro.
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meses, teve uma intercorrência médica, sendo necessário realizar o parto na cidade de Ma-
naus-AM. O filho nasceu saudável e foi batizado com o nome de Carlos, posteriormente indo
morar no país de seus pais. Anos depois, quando já havia atingido a maioridade civil, Carlos
resolveu retornar ao Brasil, onde conheceu Ana, brasileira nata, com quem se casou. O casal
Carlos e Ana retornou ao país dos pais de Carlos e lá teve um filho, chamado João. Com base
nesse caso hipotético e na Constituição Federal de 1988, julgue o item. Carlos, por ter nascido
no Brasil, será considerado como brasileiro nato.
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GABARITO
1. d 28. E 55. C
2. c 29. E 56. a
3. b 30. E 57. d
4. e 31. C 58. c
5. d 32. C 59. E
6. e 33. E 60. e
7. e 34. E 61. E
8. b 35. C 62. E
9. a 36. C 63. C
10. b 37. E 64. C
11. a 38. E 65. b
12. a 39. C
13. c 40. E
14. a 41. E
15. a 42. C
16. b 43. C
17. c 44. C
18. d 45. E
19. d 46. C
20. d 47. C
21. c 48. C
22. a 49. E
23. d 50. C
24. a 51. C
25. b 52. b
26. b 53. c
27. C 54. E
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Nacionalidade
Luciano Dutra
GABARITO COMENTADO
Questão 1 (2019/POLÍCIA CIVIL-ES/INVESTIGADOR) João, brasileiro nato, após devido
processo legal, transitado em julgado, perdeu a nacionalidade brasileira em razão de ter op-
tado, voluntariamente, por nacionalidade estrangeira. Anos depois, João retornou ao Brasil e
adquiriu a nacionalidade brasileira por meio da naturalização. De acordo com a Constituição
Federal, assinale qual dos cargos a seguir poderá ser ocupado por João.
a) Ministro do Supremo Tribunal Federal.
b) Oficial das Forças Armadas.
c) Embaixador.
d) Senador.
e) Ministro de Estado de Defesa.
Letra d.
Portanto, das alternativas apresentadas, a única que traz um cargo não privativo de brasileiro
nato é a letra d (senador).
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Nacionalidade
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c) brasileiro nato.
d) brasileiro naturalizado, se o país dos seus genitores tiverem acordo de reciprocidade.
e) apátrida.
Letra c.
É a interpretação que se extrai do art. 12, inciso I, alínea a. Para não ser brasileiro nato aquele
que aqui nascer, deve haver a conjugação de dois fatores: a) ambos os pais estrangeiros; b)
pelo menos um deles (pai ou mãe) a serviço do seu país de origem.
Letra b.
É o único cargo que não é mencionado no art. 12, § 3º, da CF/1988, que determina quais car-
gos são privativos de brasileiros natos.
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Nacionalidade
Luciano Dutra
Letra e.
A regra geral é que o brasileiro (nato ou naturalizado) que adquire outra nacionalidade perca
a brasileira. No entanto, a Constituição resguarda duas hipóteses em que o brasileiro, mesmo
assumindo nova nacionalidade, não perderá a brasileira: a) reconhecimento de nacionalidade
originária pela lei estrangeira; b) imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao bra-
sileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território
ou para o exercício de direitos civis. Nessa situação, o brasileiro tornar-se-á polipátrida (indiví-
duo que possui mais de uma nacionalidade). A presente questão enquadra-se justamente no
art. 12, § 4º, inciso II, alínea b (“[...] o país em que trabalhará exigiu que Anita se naturalizasse
para nele permanecer e exercer sua atividade profissional”).
Letra d.
O art. 12, inciso I, alínea “b”, da CF/1988, é claro quando explica que são brasileiros natos “os
nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil”.
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Letra e.
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Letra e.
Letra b.
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d) brasileiro naturalizado, desde que venha a residir no Brasil e requisite, em qualquer idade,
a nacionalidade brasileira.
e) brasileiro nato, desde que, enquanto menor, mesmo residindo na Inglaterra, sua mãe proto-
cole, no Supremo Tribunal Federal, a requisição da sua nacionalidade brasileira.
Letra a.
Letra b.
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– grego naturalizado brasileiro –, Cipriano – inglês residente no Brasil há quinze anos ininter-
ruptos e sem condenação criminal –, Alexandre – nascido no Brasil e filho de pais franceses a
serviço da França – e Tibério – nascido na Bélgica e filho de pai brasileiro a serviço da Repúbli-
ca Federativa do Brasil – foram cogitados para ocupar cargo de Ministro de Estado da Defesa
do Brasil. Nesse caso, segundo a Constituição Federal, o cargo só poderá ser ocupado por:
a) Tibério.
b) Pompeu.
c) Cipriano.
d) Péricles.
e) Alexandre.
Letra a.
Para ocupar cargo de Ministro de Estado da Defesa do Brasil, o brasileiro deve ser nato, se-
gundo o art. 12, § 3º, inciso VII da CF/1988. Nesses termos, o único brasileiro nato é o Tibério,
segundo o art. 12, inciso I, alínea b.
Letra a.
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Nacionalidade
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a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais
de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade bra-
sileira.
Questão 13 (2018/EXAME DA ORDEM XXV) Jean Oliver, nascido em Paris, na França, natu-
ralizou-se brasileiro no ano de 2003. Entretanto, no ano de 2016, foi condenado, na França, por
comprovado envolvimento com tráfico ilícito de drogas (cocaína), no território francês, entre os
anos de 2010 e 2014. Antes da condenação, em 2015, Jean passou a residir no Brasil. A França,
com quem o Brasil possui tratado de extradição, requer a imediata extradição de Jean, a fim de
que cumpra, naquele país, a pena de oito anos à qual foi condenado. Apreensivo, Jean procura
um advogado e o questiona acerca da possibilidade de o Brasil extraditá-lo. O advogado, então,
responde que, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro, a extradição:
a) não é possível, já que a Constituição Federal, por não fazer distinção entre o brasileiro nato
e o brasileiro naturalizado, não pode autorizar tal procedimento.
b) não é possível, pois o Brasil não extradita seus cidadãos nacionais naturalizados por crime
comum praticado após a oficialização do processo de naturalização.
c) é possível, pois a Constituição Federal prevê a possibilidade de extradição em caso de com-
provado envolvimento com tráfico ilícito de drogas, ainda que praticado após a naturalização.
d) é possível, pois a Constituição Federal autoriza que o Brasil extradite qualquer brasileiro
quando comprovado o seu envolvimento na prática de crime hediondo em outro país.
Letra c.
É uma questão que permeia os direitos e deveres individuais e coletivos e a nacionalidade.
A resposta encontra-se no art. 5º, inciso LI, segundo o qual “nenhum brasileiro será extradita-
do, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei”.
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Nacionalidade
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Letra a.
Aplica-se ao caso o que prevê o art. 12, inciso I, alínea a, segundo o qual “são brasileiros natos
os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que esses
não estejam a serviço de seu país”.
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Nacionalidade
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Letra a.
I – Certo.
A Constituição Federal permite que o brasileiro nato perca sua nacionalidade originária no
caso de aquisição voluntária de outra nacionalidade, salvo nas hipóteses de: i) reconhecimento
de nacionalidade originária pela lei estrangeira; ou ii) imposição de naturalização, pela norma
estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência
em seu território ou para o exercício de direitos civis (art. 12, § 4º, inciso II, alíneas a e b). Nes-
tes casos, ao brasileiro nato será reconhecida dupla nacionalidade.
II – Certo. A Constituição Federal, no art. 12, § 2º, prevê que a lei não poderá estabelecer dis-
tinção entre brasileiro nato e naturalizado. Vale dizer que os únicos casos de discriminação
admitidos entre brasileiros natos e naturalizados são aqueles expressamente constantes do
texto constitucional. São eles: 1) cargos: são privativos de brasileiros natos os cargos de Presi-
dente da República e Vice-Presidente da República, Presidente da Câmara dos Deputados, Pre-
sidente do Senado Federal, Ministro do Supremo Tribunal Federal, carreira diplomática, oficial
das Forças Armadas e de Ministro de Estado de Defesa (Art. 12, § 3º, da CF/1988); 2) função
no Conselho da República: o Conselho da República é órgão de assessoramento superior do
Presidente da República. A Constituição reservou seis vagas para brasileiros natos (art. 89 da
CF/1988); 3) extradição: à luz do art. 5º, inciso LI, da CF/1988, o brasileiro nato jamais será
extraditado (por sua vez, o brasileiro naturalizado pode ser extraditado em caso de crime co-
mum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei, praticado a qualquer tempo); 4) direito de pro-
priedade: conforme estabelece o art. 222, da CF/1988, a propriedade de empresa jornalística
e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados
há mais de dez anos.
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III – Errado. Conforme já consignado, o art. 12, § 3º, da CF/1988 elenca o rol de cargos privati-
vos de brasileiro nato e, entre eles, não está o de Ministro da Justiça.
IV – Errado. Segundo o art. 12, inciso I, alínea c, da CF/1988, com sua redação dada pela
Emenda Constitucional n. 54 de 2007, são brasileiros natos “os nascidos no estrangeiro de pai
brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente
ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira”. Perceba a pegadinha da questão: ao reti-
rar da assertiva o termo “depois de atingida a maioridade”, poder-se-ia pensar que, assim que
viesse a residir no Brasil, mesmo que menor, já se poderia optar pela nacionalidade brasileira,
o que não é verdade. A toda evidência, só depois de atingida a maioridade é que se pode exer-
cer o direito à opção pela nacionalidade brasileira.
Letra b.
Art. 12, I – São brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que esses não estejam a serviço de seu país.
Nesse caso, o constituinte adotou o critério tradicional do ius solis, ou seja, via de regra, basta
ter nascido no Brasil para ser considerado brasileiro nato. Por outro lado, a Constituição exclui
os filhos de estrangeiros que estejam a serviço de seu país, exigindo a conjugação de dois
requisitos: 1) ambos os pais estrangeiros; 2) ao menos um dos pais deve estar no território
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brasileiro a serviço de seu país de origem. Estar a serviço de empresa privada alemã não bas-
ta. Estar a serviço de seu país abrange órgãos e entidades da administração pública direta e
indireta.
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de idade, ao completar 15 anos de residência ininterrupta no Brasil, decide assumir a naciona-
lidade “brasileira”, naturalizando-se. Trata-se de renomado professor, cujas elevada densidade
intelectual e capacidade de liderança são muito bem vistas por um dos maiores partidos polí-
ticos brasileiros. Na certeza de que Alessandro poderá fortalecer os quadros do governo caso
o partido em questão seja vencedor nas eleições presidenciais, a cúpula partidária já ventila a
possibilidade de contar com o auxílio do referido professor na complexa tarefa de governar o
país. Analise as situações abaixo e assinale a única possibilidade idealizada pela cúpula parti-
dária que encontra respaldo na Constituição Federal.
a) Alessandro Bilancia, graças ao seu reconhecido saber jurídico e à sua ilibada reputação, po-
derá ser indicado para compor o quadro de Ministros do Supremo Tribunal Federal.
b) Alessandro Bilancia, na hipótese de concorrer ao cargo de Deputado Federal e ser eleito,
poderá ser indicado para exercer a Presidência da Câmara dos Deputados.
c) Alessandro Bilancia, na hipótese de concorrer ao cargo de Senador e ser eleito, pode ser o
líder do partido na Casa, embora não possa presidir o Senado Federal.
d) Alessandro Bilancia, dada sua ampla e sólida condição intelectual, pode ser nomeado para
assumir qualquer ministério do Governo.
Letra c.
Não há nenhum óbice para que um brasileiro naturalizado concorra ao cargo de Senado. O que
ele não pode é ser Presidente do Senado Federal, conforme se vê no art. 12, § 3º, inciso III.
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Nacionalidade
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a) Juan, cidadão espanhol, casado com Beatriz, brasileira, ambos residentes em Barcelona.
b) Anderson, cidadão português, domiciliado no Brasil há 36 dias.
c) Louis, cidadão francês, domiciliado em Brasília há 14 anos, que está em liberdade condicio-
nal, após condenação pelo crime de exploração sexual de vulnerável.
d) Maria, 45 anos, cidadã russa, residente e domiciliada no Brasil desde seus 25 anos de idade,
processada criminalmente por injúria, mas absolvida por sentença transitada em julgado.
Letra d.
A hipótese trazida na letra d enquadra-se perfeitamente na previsão do art. 12, inciso II, alínea
b, segundo o qual “são brasileiros naturalizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade,
residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem con-
denação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira”.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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Nacionalidade
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Letra d.
I – Certo. É o que determina o art. 12, inciso II, alínea b, segundo o qual “são brasileiros natu-
ralizados os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do
Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira”.
II – Certo. Segundo o art. 12, inciso I, alínea a, são brasileiros natos os nascidos na República
Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que esses não estejam a serviço de
seu país.
III – Errado. À luz do art. 12, § 1º, “aos portugueses com residência permanente no país, se
houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasilei-
ro, salvo os casos previstos nesta Constituição”.
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Nacionalidade
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Letra d.
Art. 12, § 4º, II – será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra nacionali-
dade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de
imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro,
como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.
Letra c.
Art. 12, I, b São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, des-
de que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil.
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Nacionalidade
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Letra a.
Segundo o art. 12, § 4º, inciso II, via de regra, o brasileiro que voluntariamente adquire outra
nacionalidade perde a brasileira, salvo: a) reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeira; b) imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em
estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de
direitos civis.
Letra d.
É a situação narrada no art. 12, inciso I, alínea a, segundo a qual “são brasileiros natos os nas-
cidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que esses não
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Nacionalidade
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estejam a serviço de seu país”. Na hipótese narrada na questão, os pais de Peter estavam a
serviço de seu país de origem (no caso, a Áustria), pelo que Peter não é brasileiro.
Letra a.
É a permissão trazida pelo art. 12, inciso I, alínea c, parte final, segundo a qual “são brasilei-
ros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa
do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade
brasileira”.
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c) será cidadão brasileiro caso sua mãe também tenha a nacionalidade brasileira.
d) somente será nacional brasileiro caso requeira a sua naturalização.
e) é considerado cidadão brasileiro.
Letra b.
É a parte inicial do art. 12, inciso I, alínea c, segundo a qual “são brasileiros natos os nascidos
no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qual-
quer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira”.
Letra b.
É o que estabelece o art. 12, § 3º, inciso V.
Certo.
O disposto está em conformidade com o art. 12, § 3º, da CF/1988, que indica expressamente,
nos incisos VI e VII, que oficial das Forças Armadas e Ministro de Estado da Defesa são cargos
privativos de brasileiros natos..
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Errado.
Segundo o art. 12, inciso I, alínea c, da CF/1988, são brasileiros natos.
Errado.
Conforme o art. 12, § 3º, da CF/1988, um cidadão naturalizado brasileiro não pode ser eleito
para o cargo de Presidente do Senado Federal, mas pode ser Senador da República.
Certo.
De acordo com art. 12, § 3º, da CF/1988, o cargo de oficial das Forças Armadas somente po-
derá ser exercido por brasileiro nato.
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Certo.
Diz o art. 12, inciso I, alínea “a”, da CF/1988, que são brasileiros natos “os nascidos na Repúbli-
ca Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço
de seu país”.
Errado.
Segundo o art. 12, inciso I, são brasileiros natos: a) os nascidos na República Federativa do
Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que esses não estejam a serviço de seu país
(critério ius solis); b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil (critério ius sanguinis); c) os
nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em re-
partição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem,
em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira (critério ius
sanguinis). É importante dizer que o critério ius sanguinis (adotado nas letras b e c) tem por
base questões de hereditariedade, um vínculo sanguíneo com os ascendentes. Por outro lado,
o critério ius solis (adotado na letra a) concede a nacionalidade originária aos nascidos no ter-
ritório brasileiro, sendo irrelevante a nacionalidade dos genitores.
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trabalho, tenha requerido, voluntariamente, a naturalização daquele país. Nessa situação, a na-
cionalidade brasileira será mantida, pois o nato não a perde.
Errado.
Certo.
Os cargos privativos de brasileiros natos estão exaustivamente previstos no art. 12, § 3º, entre
os quais não se inclui o de diretor da ANS.
Certo.
Segundo o art. 5º, inciso LI, o brasileiro nato jamais poderá ser extraditado. Por seu turno,
o brasileiro nato pode vir a perder sua nacionalidade brasileira, desde que adquira outra nacio-
nalidade voluntariamente (exceto o reconhecimento de outra nacionalidade originária), segun-
do o art. 12, § 4º, inciso II.
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Errado.
Somente a Constituição Federal poderá prever distinções entre brasileiros natos e naturaliza-
dos, segundo o que reza o art. 12, § 2º, da CF/1988.
Certo.
No caso, o filho de um casal de indianos que nasce no território brasileiro (jus solis) sem que
os pais estejam a serviço da Índia no Brasil será brasileiro nato.
Errado.
Na verdade, os conceitos de nacionalidade e cidadania não se equivalem. Nacionalidade é o
vínculo jurídico-político de direito público interno que liga determinada pessoa ao seu Estado.
Por seu turno, cidadania é a aptidão para o exercício de direitos políticos.
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Errado.
É um dos cargos trazidos pelo art. 12, § 3º, da CF/1988, como privativo para brasileiros natos.
Certo.
Segundo o art. 12, inciso I, alínea b, são brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai
brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa
do Brasil. É justamente o caso presente: filho nascido no estrangeiro de pai brasileiro que está
a serviço da República Federativa do Brasil.
Certo.
Segundo o art. 12, § 3º, inciso VI, são privativos de brasileiro nato os cargos de oficial das Forças
Armadas. Percebam que a exigência da condição de brasileiro nato recai apenas aos oficiais das
Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), não aos oficiais das Polícias Militares.
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Certo.
Art. 12, I, c. São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou mãe brasileira,
desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalida-
de brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 54, de 2007.)
Errado.
Segundo o art. 12, inciso I, alínea a, são brasileiros natos os nascidos na República Federativa
do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que esses não estejam a serviço de seu país.
Em outras palavras, aquele nascer no território do Brasil, em princípio, será brasileiro nato (cri-
tério do ius solis). Ocorre que a norma excepciona os casos de filho de pais estrangeiros que
estejam a serviço de seu país. Assim, se um embaixador de país estrangeiro, em exercício no
Brasil, e sua esposa, também estrangeira, tiverem um filho nascido em território brasileiro, esse
filho não será considerado brasileiro nato, uma vez que se enquadra na exceção trazida pela
parte final da norma supracitada.
Certo.
Art. 12, § 3º São cargos de oficias das Forças Armadas: Oficial-General, Coronel, Tenente-coronel,
Major, Capitão e Tenente.
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Certo.
De acordo com o art. 12, § 4º, inciso II, da CF/1988, será declarada a perda da nacionalidade do
brasileiro que adquirir outra nacionalidade, porém nas alíneas há exceções.
Certo.
Segundo o art. 12, § 4º, I, da CF/1988, será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
que tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional.
Errado.
Diz o art. 12, § 1º, da CF/1988, que “aos portugueses com residência permanente no País, se
houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasi-
leiro, salvo os casos previstos nesta Constituição”. Assim, é hipótese de quase nacionalidade
quando são satisfeitos os pressupostos constitucionais de residência permanente no País e
reciprocidade. Nesse caso, os portugueses não precisam se naturalizar brasileiros para auferi-
rem os direitos dos brasileiros NATURALIZADOS.
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Nacionalidade
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Certo.
Conforme o art. 12, inciso I, alínea “c”, da CF/1988, são brasileiros natos “os nascidos no es-
trangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição bra-
sileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer
tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira”.
Certo.
Segundo o art. 12, § 3º, VI, da CF/1988, esse é um dos cargos privativos de brasileiros natos.
Letra b.
É o que determina o art. 12, § 3º, da CF/1988.
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Luciano Dutra
Letra c.
É a expressão do art. 12, § 4º, I, da CF/1988.
Errado.
Conforme estudamos, a hipótese do art. 12, II, “b”, da CF/1988, é chamada justamente de na-
turalização extraordinária por se constituir em um direito público subjetivo do estrangeiro à
naturalização, desde que satisfaça os requisitos constitucionais.
Certo
Carlos, filho de pais estrangeiros que estavam a serviço do seu país de origem, é estrangeiro.
Portanto, não pode ocupar o cargo de ministro de Estado da Defesa, que é privativo de brasi-
leiro nato.
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Nacionalidade
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Letra a.
É a situação regulamentada pelo art. 12, I, “c”, parte inicial, da CF/1988.
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Letra d.
Marie enquadra-se no art. 12, I, “a”, da CF/1988, ao passo que, para a Jéssica, aplica-se o art.
12, I, “c”, parte final, da CF/1988.
Letra c.
A letra c não se enquadra no art. 12, § 3º, da CF/1988.
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Errado.
Como os pais de Carlos estavam a serviço do seu país de origem, ele não será considerado
brasileiro nato, à luz do art. 12, I, “a”, da CF/1988.
Letra e.
Segundo o art. 12, § 4º, I, da CF/1988, será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
que tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional.
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Nacionalidade
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Errado.
É um cargo privativo de brasileiro nato, conforme o art. 12, § 3º, da CF/1988.
Errado.
A Constituição Federal, no art. 12, § 4º, I e II, traz exceções.
Certo.
É a situação posta no art. 12, I, “c”, da CF/1988.
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Nacionalidade
Luciano Dutra
Certo.
É a proibição trazida pelo art. 12, § 2º, da CF/1988.
Letra b.
O art. 12, § 3º, da CF/1988, traz, em rol taxativo, os cargos privativos de brasileiro nato.
Luciano Dutra
Advogado da União desde 2009, com atuação no Supremo Tribunal Federal. Autor de livros. Professor de
Direito Constitucional com ampla experiência em cursos preparatórios para concursos públicos e Exames
de Ordem presenciais e on-line. Aprovado em diversos concursos públicos. Graduado em Direito pela
Universidade Federal de Juiz de Fora e pós-graduado em Direito Público. Graduado e pós-graduado em
Ciências Militares.
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