Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumen: Este trabajo (re)visitar las ediciones anteriores del PROJETAR mediante el
discusión de un conjunto de artículos presentados y publicados en sus actas. Alinea con los
argumentos de Bruno Latour que dieron lugar a la propuesta de la cartografía de controversias:
los hechos son construcciones que implican un colectivo de actores humanos y no humanos
que producen controversias que puedan desarrollar los estudios en un determinado campo de
investigación. Comprende los textos como actores capaces de desplegar aliados y
discordantes que alimentan el debate y permitir la elaboración de propuestas sobre la
enseñanza del proyecto arquitectónico en Brasil. Para asignar las controversias producidas -
aunque no siempre explícita - fueron seleccionados inicialmente artículos de autores que han
participado en tres o más problemas de los seminários PROJETAR; a continuación, se llevó a
cabo (re) lectura de los artículos con el fin de identificar a aquellos que tienen un denominador
común: la enseñanza del diseño e, a continuación, tejen una serie de relatos que permiten
delinear el camino desde el primer evento y contextualizar la discusión actual. Como resultado
de ello, trata de demostrar que la cartografía de controversias refuerza la idea de que en el
campo de la arquitectura y su enseñanza no tiene lugar para argumentos hegemónicos y las
múltiplas realidades, resultantes de la multiplicidad de posiciones que permitan avances.
Palabras-clave: PROJETAR; enseñanza de proyecto de arquitectura; controvérsias.
Abstract: This paper (re)visit the previous editions of the PROJETAR by the discussion on a
set of articles submitted and published in their proceedings. It aligns with the arguments of
Bruno Latour that resulted in the proposition of cartography of the controversies: the facts are
1
Bolsista da CAPES – Processo nº 10462-12-0
O Projeto como Instrumento para a Materialização da Arquitetura: ensino, pesquisa e prática
Salvador, 26 a 29 de novembro de 2013
2
“Tradução” é um verbo que implica transformação e a possibilidade de equivalência, a possibilidade que
uma coisa (por exemplo, um ator) possa representar outra (por exemplo, uma rede)” (LAW, 1992, p.6).que
enfatiza a continuidade dos deslocamentos e transformações que ocorrem na rede – se refere à
capacidade de qualquer ator de uma rede de “decodificar” os anseios, as ações e as linguagens dos
demais atores (LAW, 1992).
O Projeto como Instrumento para a Materialização da Arquitetura: ensino, pesquisa e prática
Salvador, 26 a 29 de novembro de 2013
preta3, cujo conteúdo é reafirmado e levado adiante por ser considerado uma
“certeza indiscutível”; (b) uma controvérsia4, cujo conteúdo é considerado uma
“dessas ficções de vida curta que aparecem nos trabalhos de laboratório5”
(LATOUR, 2000, p. 41).
8
Cf, PEDRO (2010: 87), “pode-se definer controversia como um debate (ou uma polemica) que tem por
‘objeto’ conhecimentos científicos ou técnicos que ainda não estão totalmente consagrados.”
O Projeto como Instrumento para a Materialização da Arquitetura: ensino, pesquisa e prática
Salvador, 26 a 29 de novembro de 2013
(1) O professor, mesmo que agora precise ser "Doutor", perde sua
aura, pois em alguns casos considera-se possível prescindir de sua
presença no processo de aprendizado: educação à distância,
teleconferências, imagens virtuais disponíveis na internet e sendo
dela baixadas (como um espírito) e reproduzidas/copiadas
(maquinalmente) sem crítica ou constrangimento (às vezes, sob o
nome de reinvenção). O que é o real no momento em que vivemos?
Como compreender o objeto arquitetônico nesse contexto? Como
ensinar projeto de arquitetura se os métodos do passado parecem
já não mais servirem? (VELOSO & ELALI, 2003, p. 6, grifo nosso)
9
Entre eles o autor destaca: a perda da influência que a arquitetura gozava, até meados do século XX,
como centro ideológico do modernismo [...]; a mercantilização da arquitetura: os edifícios passam a ser
tratados como objetos de consumo [...]; a espetacularização da arquitetura [...]; o surgimento da surge a
figura do arquiteto globalizado[...]. (MAHFUZ, 2003, p. 9)
O Projeto como Instrumento para a Materialização da Arquitetura: ensino, pesquisa e prática
Salvador, 26 a 29 de novembro de 2013
As sentenças (4), (5) e (6) apontam o ensino não como uma forma de
“transmitir conhecimento”, mas como um modo de garantir ao aluno a
autonomia necessária para que ele possa seguir adiante sem necessariamente
depender dos “ensinamentos” do professor e/ou ter de repetir os métodos
provenientes da prática profissional do docente. Se, conforme exposto na
sentença (1), existem significativas mudanças no modo de ensinar e de atuar
na prática projetual da arquitetura, parece ser possível aferir que a
supervalorização do conhecimento e da competência do professor destacada
na sentença (5) perdem a razão de ser.
certo de suas certezas mas não deve omitir suas posições e convicções.
(ALCÂNTARA, 2005)
Em Rubem Alves busca-se a compreensão de que deve existir algo que motive
os alunos a frequentarem a escola e de que o docente deve os incentivar à
trilhar caminhos diferentes para que não virem apenas meros repetidores dos
supostos “saberes do professor”. (CARVALHO e RHEINGANTZ, 2003, p.8-9)
voltamos, por mais paradoxal que isso possa parecer, pois ela
tem sido considerada morta e ultrapassada há pelo menos trinta
anos. O conceito de construção formal, fundamental para a
concepção moderna, continua sendo de extrema utilidade para a
prática e o ensino de arquitetura. (MAHFUZ, 2003, p. 9, grifo nosso)
10
Estes artigos não serão analisados neste trabalho devido às limitações de espaço.
O Projeto como Instrumento para a Materialização da Arquitetura: ensino, pesquisa e prática
Salvador, 26 a 29 de novembro de 2013
Embora as sentenças (39) e (40) apontem para uma alternativa que propõe a
diminuição do grau de subjetividade na avaliação de projeto de arquitetura e
defendam maior clareza dos critérios a serem utilizados pelo professor, a
avaliação sempre estará permeada de subjetividade. Avaliar a aprendizagem é
atribuir-lhe uma qualidade, seja ela decorrente das condutas dos alunos ou de
manifestações relevantes de seu entendimento de realidade para a atividade
proposta (LUCKESI, 1987). As expressões juízo de valor, questão de opinião,
gosto pessoal, ponderação arbitrária, simulação da produção do projeto e
subjetividade, expostas nas sentenças (34) a (38), indicam características
indissociáveis da subjetividade do professor ao avaliar um projeto. A própria
escolha dos critérios de avaliação já a caracteriza como subjetiva.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS: