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Joinville
2011
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Sumário
1.1 - Segurança
Cuidados pessoais:
Utilize sempre guarda-pó, óculos de segurança e calçado fechado. O guarda-pó deve ser
de algodão e de manga comprida (os tecidos sintéticos podem aderir à pele, quando
inflamados). O uso de bermudas, saias, sandálias ou chinelos não é permitido no
laboratório.
Cabelos compridos deverão ser presos.
Não coma nem beba no laboratório.
Faça apenas as experiências indicadas. Caso tenha interesse em outras experiências,
consulte o professor. EXPERIÊNCIAS NÃO AUTORIZADAS SÃO PROIBIDAS.
Comunique seu professor sobre qualquer acidente, por menor que seja.
Tenha cuidado com os materiais inflamáveis.
Use a capela para trabalhar com materiais tóxicos, explosivos e reações perigosas.
Cuidados gerais:
Identificação de produtos
Todo produto obtido e todas as soluções preparadas no laboratório devem ter o frasco
identificado com os dados mostrados no rótulo da Figura 1.
Fórmula do composto
Vários compostos orgânicos e inorgânicos são tóxicos e devem ser manipulados com
cuidado. Em caso de acidente onde o produto é derramado, existem procedimentos
específicos. A seguir são exemplificados os procedimentos adequados quando algum ácido é
derramado:
Ácido sulfúrico: quando derramado deve ser neutralizado com carbonato ou
bicarbonato de sódio em pó.
Ácido clorídrico: quando derramado deve ser neutralizado com amônia (forma cloreto
de amônio na forma de névoa branca).
Ácido nítrico: reage violentamente com álcool, cuidado.
Os cuidados pertinentes a cada experimento em específico serão indicados pelo professor.
Organização do caderno
A primeira página deve ser reservada para os dados do aluno, incluindo e-mail e
telefone de contato. As duas páginas seguintes devem ser reservadas para criar o sumário. Os
registros dos experimentos devem conter:
a) Título;
b) Objetivos do experimento: duas ou três frases no máximo.
c) Pré-laboratório: Revisão bibliográfica, equações químicas, dados físico-químicos de
reagentes, solventes, bem como a periculosidades dos materiais manuseados;
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d) Materiais utilizados;
e) Procedimento: descrição de como foi realizado, não é cópia da apostila.
f) Resultados: podem ser descritos, organizados em tabelas e gráficos. A forma de registro irá
depender do experimento realizado.
g) Discussão: resumir os resultados de acordo com os objetivos propostos, comparar os
resultados com aqueles esperados. Discutir fatores de erros envolvidos e como os resultados
podem ser relacionados aos fundamentos teóricos. Dar sugestões para minimizar ou aprimorar
o experimento.
h) Conclusão.
i) Observação:
As ciências experimentais começam pela observação. A observação faz uso dos nossos
sentidos (visão, tato, olfato, paladar e audição) e também de equipamentos tais como
microscópio, balança, termômetro, etc. Na observação se procura caracterizar o objeto de
estudo. As observações englobam as propriedades organolépticas, as propriedades físicas,
químicas, físico-químicas e as interações com o meio ambiente.
ii) Hipótese:
A hipótese é uma explicação provisória para o conjunto de dados obtidos com as
observações. Ela fornece um rumo ao trabalho de pesquisa e relaciona os fatos ou fenômenos
observados.
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iii) Experimentação:
A experimentação é o conjunto de etapas utilizadas na verificação da hipótese. Ao
analisar uma propriedade (variável dependente,Y), geralmente se faz a variação de um fator
(variável independente,X) por vez mantendo-se os demais constantes. Dessa forma se tem a
relação da propriedade com tal fator: Y = f(X)
iv) Generalização:
―A generalização consiste essencialmente em passar da descoberta de uma relação
constante entre dois fatos, ou dois fenômenos, ou duas propriedades, ou duas
variáveis (X e Y) à afirmação de uma relação essencial (X e Y)”.(Lenzi e col., 2004)
A generalização é a chamada lei científica e, uma teoria científica é uma hipótese que
unifica um conjunto de leis científicas numa lei mais ampla e geral.
Pipetas Kitassato
São utilizadas para
transferências precisas de
volumes de líquidos. Existem
dois tipos de pipetas: 1) as É utilizado para efetuar filtrações a
pipetas graduadas e 2) as vácuo.
pipetas volumétricas (com
bulbos), que só permitem
medir um volume único de
líquido.
Bureta Balão com saída lateral
Consiste de um tubo cilíndrico É mais utilizado para efetuar
graduado que apresenta na destilações simples. A saída lateral
parte inferior uma torneira que por onde passa o vapor destilado, é
controladora da vazão do ligada ao condensador. Na parte
líquido que está dentro da superior coloca-se uma rolha
bureta. É empregada furada, com termômetro.
especificamente nas
titulações.
Estufa
Aparelho elétrico
utilizado para
dessecação ou
secagem de
substâncias sólidas,
evaporações lentas de
líquidos, etc.
Grande parte dos aquecimentos utilizados em laboratório são feitos mediante o bico de
Bunsen, ou de suas modalidades. O bico de Bunsen é um instrumento, que recebe um gás
combustível (por exemplo, gás de cozinha), que entra por um orifício muito pequeno na base
de um tubo que possui janelas (orifícios) que podem ser fechadas ou mantidas abertas por um
anel metálico móvel, também com orifícios.
As regulagens do controle de entrada de gás combustível originaram outros modelos
de queimadores (bicos), como por exemplo, o bico de Tirril e o bico de Mecker (Figura 2.1),
que produzem chamas mais quentes.
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(a) (b)
1.5 - Chama
Materiais utilizados:
- Velas de diferentes tamanhos e bitolas; - Erlenmeyers;
- Régua; - Bacia rasa com água, etc.
- Balança; - Barbante (fio)
- Relógio; - Fósforo
- Bequers; - Bico de bunsen
- Acender a vela.
- Observar a chama, fazer hipóteses sobre ela, experimentar estas hipóteses, concluir a
respeito.
- Acender o bico de Bunsen para comparar as chamas.
- Registrar o número máximo de propriedades observadas numa vela qualquer acesa, omitindo
as propriedades da mesma apagada.
2 - Leitura de instrumentos:
Este resultado 17,24 mL tem quatro algarismos significativos (os dígitos um, sete e
dois são conhecidos com certeza e o quatro é o algarismo duvidoso – aquele que foi
estimado). O algarismo duvidoso sempre está na casa decimal em que está o limite de erro do
aparelho de medida utilizado. Como o limite de erro de uma proveta corresponde à metade de
sua menor divisão, no caso da proveta acima mencionada, este limite é de 0,05 mL; por isso
que no valor 17,24 mL o dígito 4 corresponde ao algarismo duvidoso. Já no caso de um valor
de massa igual a 7,241 g, medido numa balança cujo fundo de escalas é 0,001 g (para
balanças, o limite de erro é igual à menor divisão), os dígitos sete, dois e quatro são
conhecidos com certeza e o um é o algarismo duvidoso.
Qual o número de algarismos significativos no valor dos limites de erro da proveta e
da balança – 0,05 ml e 0, 001 g, respectivamente? 0,05 mL é igual a 5x10-2 e 0,001 g é igual
a 1x10-3 que é igual a um (1) mg. Ao se expressar essas magnitudes de volume e de
massa, utilizando notação científica (potências de dez), fica claro que tanto 0,05 mL como
0,001 g têm somente um algarismo significativo. Conseqüentemente, tem-se a seguinte regra:
―Se à esquerda de um número só houver zeros, estes zeros não são algarismos significativos‖.
Freqüentemente, é difícil decidir qual o número de algarismos significativos em
valores que contêm muitos zeros, por exemplo, em um volume igual a ―500 mL ou em uma
massa igual a 200 g. Nestes casos, a decisão deve ser tomada levando – se em conta o limite
de erro do aparelho utilizado. Assim, um volume de 500 mL deve ser expresso como:
Exemplo: Se você mede o comprimento de um barbante e obtêm como valor 13 cm. Ao escrever o
número dessa maneira você está dizendo que o número 3 é o algarismo duvidoso. Caso você queira
expressar essa medida em metros, kilometros ou milimetros, como escrever deixando sempre claro
que o 3 é o algarismo duvidoso? A resposta para essa pergunta é o uso de potências de 10. Veja:
-2
13 cm = 13 x 10 m = 0,13 m
13 cm = 13 x 10 mm, seria errado escrever 13 cm = 130 mm, pois aqui você diz que o 3 é certo e o
duvidoso é o zero.
-5
13 cm = 13 x 10 km = 0,00013 km, nesse caso está correto escrever assim pois os zeros a esquerda
não são significativos.
Muitas vezes, a resposta a uma operação aritmética contém mais algarismos do que os
significativos. Nesses casos, as seguintes regras devem ser usadas para arredondar o valor até
o número correto de algarismos significativos:
a) Quando o algarismo seguinte ao último número a ser mantido é menor que 5, todos os
algarismos indesejáveis devem ser descartados e o último número é mantido intacto.
Exemplo: ao se arredondar 2,14 para dois algarismos significativos, obtém-se 2,1; ao se
arredondar 4,372 para três algarismos significativos, obtém-se 4,37.
b) Quando o algarismo seguinte ao último número a ser mantido é maior que 5, ou 5 seguido
de outros dígitos, o último número é aumentado em 1 e os algarismos indesejáveis são
descartados: Exemplo: ao se arredondar 7,5647 para quatro algarismos significativos, se
obtém 7,565; ao se arredondar 3,5501 para dois algarismos significativos, obtém-se 3,6.
c) Quando o algarismo seguinte ao último número a ser mantido é um 5 ou um 5 seguido de
zeros, tem-se duas possibilidades: Se o último algarismo a ser mantido for ímpar, ele é
aumentado em 1 e o 5 indesejável (e eventuais zeros) é descartado. Se o último algarismo a
ser mantido for par (zero é considerado par), ele é mantido inalterado e o 5 indesejável ( e
eventuais zeros) é descartado. Exemplo: ao se arredondar 3,250 para dois algarismos
significativos, obtém-se 3,2 ao se arredondar 7,635 para três algarismos significativos, obtém-
se 7,64; ao se arredondar 8,105 para três algarismos significativos obtém-se 8,10. Note que,
neste caso, o último dígito do número arredondado sempre será par.
Adição e Subtração
O resultado de uma soma ou de uma subtração deve ser relatado com o mesmo numero de
casas decimais que o termo com o menor número de casas decimais. Por exemplo, os
resultados da seguintes soma e subtração.
6,3 90
+ 2,14 e - 2,14
8,44 = 8,4 87,86 = 88
Devem ser relatados como 8,4 e 88, respectivamente, pois 6,3 têm somente uma casa decimal
e 90 não tem nenhuma.
Multiplicação e Divisão
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6,2
13,428 x = 13,428 x 0,069 = 0,93
90,14356
ou
6,2
13,428 x = 0,923566... = 0,92
90,14356
Leitura de temperatura
Erro absoluto: é a diferença entre o valor exato (ou verdadeiro) da grandeza física e o seu
valor determinado experimentalmente.
Eabs= X - Xv,
onde: Eabs= erro absoluto, X= valor medido e Xv= valor verdadeiro da grandeza.
Nos casos em que o valor exato é desconhecido, se usa o valor mais provável ou
representativo. Esse valor é obtido pela média aritmética ou através da mediana do conjunto
de medidas realizadas.
Se fizermos várias medidas de temperatura e obtemos como resultado: 20,46; 20,42;
20,45; 20,48 e 20,48. O melhor valor para representar esta medida é a média aritmética dos
valores medidos, por exemplo:
20,46
20,42
20,45
20,48
20,48
Média 20,46ºC
O desvio de cada medida será:
[20,46 – 20,46] = 0,00
[20,42 – 20,46] = 0,04
[20,45 – 20,46] = 0,01
[20,48 – 20,46] = 0,02
[20,48 – 20,46] = 0,02
Média dos desvios 0,02
Erel= Eabs / Xv
Exemplo: Uma certa amostra possui um teor exato de ferro igual a 65,80g de Fe/100g de
amostra. Numa análise, o teor obtido foi igual a 66,10 % (m/m). Calcular o erro absoluto e o
erro relativo dessa determinação.
Resolução:
Exatidão: A exatidão de uma medida tem relação com seu erro absoluto, ou seja, com a
proximidade entre o valor medido e o valor verdadeiro da grandeza. A exatidão pode ser
alcançada através da eliminação dos erros e do aumento da precisão.
Exemplo: considere que um objeto teve sua massa determinada oito vezes numa balança de
centigramas, com os seguintes resultados (o valor ― 0,01g‖ refere-se à incerteza associada ao
emprego da balança de centigramas):
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Esta determinação pode ser considerada precisa, uma vez que há pequena diferença entre
resultados individuais.
Considere agora que a massa verdadeira do objeto é igual a 14,22g. De posse desta
informação, pode-se afirmar que a determinação realizada é exata, além de precisa, pois os
valores encontrados diferem pouco do valor verdadeiro da grandeza.
Tabelas
Uma tabela sempre deve conter um título, um cabeçalho, um corpo e um rodapé.
Exemplo: Tabela 3.1 - Valores de Ka para ácidos monopróticos fracos.
Nome do ácido Fórmula Ka*
Ácido nitroso HNO2 7,1x10-4
Ácido fórmico HCHO2 1,8x10-4
Ácido hipocloroso HOCl 3,0x10-8
* Os valores foram obtidos a 25ºC.
Gráficos (Figuras)
O gráfico pode ser a representação dos dados tabelados ou não. Ele deve ter um título
que é colocado em baixo da figura e se necessário deve apresentar uma legenda.
Finalidades de um gráfico:
visualizar a correlação existente entre variáveis medidas;
calcular parâmetros (constantes, etc.). Por exemplo, a determinação do coeficiente
linear e do coeficiente angular;
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Análise Gráfica
Sabemos que, em escalas lineares, uma reta é sempre descrita por uma equação do
tipo:
Y = ax + b
Coeficiente Linear
O coeficiente linear da reta é o valor da ordenada Y quando a abscissa vale zero. Isto
é. Coeficiente linear = b = (Y) (quando X=0)
Coeficiente angular
Pela Figura 3.2, os pontos P e Q não são pontos experimentais. Os pontos P e Q
devem ser marcados fora da região delimitada pelos pontos experimentais, de forma a obter-
se b com maior quantidade de algarismo. O coeficiente angular da reta será dado por:
y p yq
a
x p xq
n.( Yi . X i ) ( X i ).( Yi )
a
n.[ ( X i ) 2 ] ( X i ) 2
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( Yi ).[ ( X i ) 2 ] ( X i ).( X i Yi )
b
n.[ ( X i ) 2 ] ( X i ) 2
A Tabela 3.2 apresenta os cálculos com as variáveis Y e X necessárias nas fórmulas acima.
Tabela 3.2 - Parâmetros para o cálculo do coeficiente linear e angular da função Y = f (X)
n Yi Xi (Xi)2 Yi.Xi
1 5.005 100,0 1,000.104 5,005.105
2 2505 50,00 2,500.103 1,2525.105
3 505,0 10,00 1,000.103 5,050.103
4 5,000 0,0000 0,0000 0,000.100
5 -495,0 -10,00 1,000.102 4,950.103
6 -2.495 -50,00 2,500.103 1,2475.105
7 -4.995 -100,0 1,000.104 4,995.105
Σ Yi = 35,00 Σ Xi = 0,0000 Σ(Xi)2 = 2,520.104 Σ Yi.Xi = 1,260.106
Experiência 3 - Medidas
Objetivos
Materiais
Procedimento Experimental
Medidas de Temperatura
Medidas de Massa
b) Antes de pesá-los, pegue cada objeto e tente estimar qual o mais pesado e qual o mais
leve, enumerando de 1 (mais pesado) a 3 (mais leve) na tabela da folha de dados.
c) Pese um béquer seco. Adicione 50 gotas de água destilada com um conta-gotas e pese
o conjunto. O propósito deste procedimento é encontrar o número de gotas em um mililitro
(mL) e o volume de uma gota de água.
DADOS:
Medidas de Temperatura
Temperatura da água da torneira: ________oC Água com gelo e sal: ________ oC
Água com gelo depois de agitada: ________ oC
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Medidas de Massa
Numere de 1 a 3 os objetos (1 = mais pesado)
Objeto Ordem da massa Massa medida (g) Ordem da massa real
estimada
Rolha de borracha
Vidro relógio
Cadinho
Medida de Volume:
PROVETA PIPETA
Massa do béquer antes da adição da água
Após a adição do 1o (50 mL) de água
Após a adição do 2o (50 mL) de água = 100ml
Após a adição do 3o (50 mL) de água = 150 ml
Massa do 1o (50 mL) de água
Massa do 2o (50 mL) de água
Massa do 3o (50 mL) de água
Média das três medidas de massa
Desvio de cada medida com relação à média
Referências:
1. LENZI, E., et al.; Química Geral Experimental, Rio de Janeiro, Freitas Bastos
Editora, 2004.
2. SPOGANICZ, B.; DEBACHER, N. A.; STADLER, E.; Experiências de Química
Geral, 2 ed., Florianópolis, FEESC, 2003.
3. SILVA, R. R.; BOCCHI, N.; ROCHA FILHO, R. C.; Introdução à Química
Experimental. São Paulo, Ed. McGraw – Hill, 1990.
4. BELTRAN, N. O.; CISCATO, C. A. M. Química, 2.ed. São Paulo: Cortez, 1991.
5. BERAN, J.A. Laboratory Manual for Principles of General Chemistry. 5.ed.New
York: John Wiley & Sons.
As propriedades físicas de um composto são aquelas que ele possui no estado puro e a
partir destas propriedades é possível fazer a sua identificação. As propriedades mais
conhecidas incluem a densidade, o ponto de fusão e o ponto de ebulição. Mas, existem outras
propriedades importantes como o peso molecular, o índice de refração, a rotação óptica,
espectros (infravermelho, ressonância magnética, ultravioleta-visível), etc.
4.1.1 – Densidade
A sua unidade de acordo com o Sistema Internacional de Unidades (SI) são gramas
por mililitro (g.mL-1) para um líquido e gramas por centímetro cúbico (g.cm3) para um sólido.
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Quando se juntam dois materiais de densidades diferentes, o menos denso flutua no mais
denso. Por causa disso, óleo e gelo flutuam na água.
O densímetro é um aparelho capaz de medir a densidade dos líquidos nos quais é
colocado. Quanto mais denso for esse líquido, maior a tendência do instrumento flutuar nele.
Assim é possível medir a densidade de vários fluidos (líquidos ou gases).
Pode-se medir a densidade dos líquidos colocando-se neles um objeto para flutuar. O
nível de flutuação do objeto depende da densidade do líquido no qual o objeto é colocado.
Comparando-se os níveis de flutuação em vários líquidos, é possível estimar suas densidades.
Objetivos
Materiais
Tubo de ensaio
Areia
Álcool comercial
Sal de cozinha
Açúcar
Óleo de cozinha
Leite
Proveta 50 mL
Parte experimental
interior do tubo até conseguir seu objetivo. O nível de flutuação do aparelho depende da
densidade do líquido no qual é colocado. Comparando o deslocamento de volume da água
que tem densidade conhecida é possível calcular a densidade de um líquido desconhecido
sabendo qual o volume deslocado por regra de três inversa. É necessário fazer a regra de
três inversa pois a densidade e o volume são variáveis inversamente proporcionais.
2. Verifique o volume de água deslocado pelo densímetro na água. Dê a esse deslocamento o
valor de densidade igual a 1 (densidade da água = 1 g/cm³).
3. Coloque o densímetro em álcool comercial. O deslocamento encontrado corresponde à
densidade 0,8 (ou seja, 0,8 g/cm³).
4. Prepare uma solução saturada de sal de cozinha e água. Para isso, junte sal à água até que
ela não consiga dissolvê-lo mais. A solução obtida tem densidade próxima a 1,2 g/cm³.
Faça no tubo a marca correspondente a esta densidade.
5. Com o densímetro construído procure avaliar as densidades de diferentes tipos de líquidos
como:
Mistura de álcool e água em proporções iguais;
Solução saturada de açúcar em água;
Óleo de cozinha;
Leite.
fusão de 1ºC. Alem disso, impurezas, fazem com que a temperatura varie durante a fusão
como mostrado nas figuras abaixo.
Assim se um composto apresenta um ponto de fusão de 86ºC, mas começa a fundir a 79ºC e
fica totalmente líquido a 83ºC dizemos que o composto é impuro, pois possui um intervalo de
fusão. Portanto, 86 – 79 = 7, ou seja, 7% de impurezas e a pureza do material é de 93%.
O fato de que as impurezas diminuem os pontos de fusão possibilita a distinção entre dois
compostos com o mesmo ponto de fusão. Suponha que no laboratório haja dois frascos
rotulados A e B, e um terceiro frasco sem rótulo. O sólido, nos três frascos, possui o mesmo
ponto de fusão (por exemplo, 86ºC). Agora, se misturarmos o composto desconhecido com A
e depois com B, observamos o seguinte: A mistura do composto desconhecido com A funde a
exatamente 86ºC enquanto a mistura do composto desconhecido com B funde no intervalo de
79ºC – 83ºC. Esta é uma forte indicação que o franco sem rótulo contém o composto A.
Objetivos
Materiais
Dados:
Temperatura de fusão: 1) ______oC, 2) ______oC,
Média entre os valores obtidos: ______oC
a) Fixe a argola de metal ao suporte com a tela de amianto acima do bico de Bunsen (8 a 12
cm) com indicado na Figura 5.1. Com a garra fixe o tubo de ensaio que contêm o
naftaleno e o termômetro, de maneira a ficar dentro do béquer. Coloque água no béquer
suficiente para que todo o naftaleno dentro do tubo fique imerso.
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Ligue o bico de Bunsen para aquecer a água do béquer lentamente. Quando a temperatura
atingir 60ºC comece a anotar a temperatura a cada 30 segundos (0,5 min.) na Tabela 5.1, até
atingir 90ºC, desligue o gás do bico de Bunsen e inicie logo o item b.
Obs.: Não tente mexer o termômetro, pois poderá quebrá-lo e o mercúrio contido no
termômetro é muito tóxico.
b) Sem retirar o tubo com naftaleno de dentro do béquer com água, anote a temperatura de
resfriamento do naftaleno a cada 30 segundos (0,5 min.) até atingir 60ºC. Com o
termômetro agite com cuidado o naftaleno fundido, até ficar sólido. Quando a
temperatura chegar a 60ºC pare de anotá-la. A experiência terminou. Desmonte o
equipamento e limpe o seu local de trabalho. Verifique se o gás está desligado.
c) Em uma folha de papel milimetrado desenhe a curva de aquecimento e a de resfriamento.
Coloque no eixo das abscissas o tempo e no eixo das ordenadas os valores das
temperaturas. Faça o gráfico traçando linhas retas pelos pontos, como na Figura 4.1 e 4.2.
Indique também o intervalo de temperatura em que ocorre a fusão do naftaleno e sabendo
que o ponto de fusão do naftaleno é de 80,5ºC (valor publicado no Handbook of
Chemistry and Phisics, CRC) indique a percentagem de pureza. Responda porque é
necessária a agitação durante o resfriamento.
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Tabela 5.1 – Compostos inorgânicos que cristalizam facilmente em álcool etílico, água, etc.
Amostras inorgânicas Cor e retículo
K2CrO7 (Cromato de potássio) Amarelo rômbico
K2Cr2O7 (Dicromato de potássio) Laranja triclínico
K3[Fe(CN)6] (Ferricianeto de potássio) Vermelho monoclínico
CuSO4.5H2O (Sulfato cúprico penta-hidratado) Azul Triclínico
Objetivo
No final desta experiência o aluno deverá ser capaz de separar um componente sólido de uma
solução líquido-sólido.
Materiais
Parte experimental
Referências:
1. http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?option=com_content&task=view&id=4
2&Itemid=159
Objetivos
No final desta experiência o estudante deverá ser capaz de: extrair um determinado composto
a partir de uma determinada solução.
Materiais
0,5g de ácido salicílico Bastão de vidro
5mL de etanol Funil de vidro
2 Béquers (50 mL) Argola Suporte universal
Papel filtro Vidro relógio
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Parte Experimental
Experiência 8 – Extração com solvente (Extração de iodo de uma solução aquosa com
hexano)
Objetivos
No final desta experiência o estudante deverá ser capaz de extrair um determinado composto
de uma solução utilizando a técnica de extração com solvente e deverá aprender todos os
conceitos de solubilidade e polaridade.
Materiais
Parte Experimental
hexano. Não agite. Anote suas observações e coloque a rolha no tubo (nunca o seu dedo), e
agite o tubo trancando a rolha com dedo. Espere a mistura descansar e anote suas
observações. Note que as fases aquosas e orgânica não se misturam e que a fase aquosa
deverá ser a camada inferior e a fase orgânica deverá ser a fase superior. OBSERVAÇÃO: O
mesmo processo poderia ser feito utilizando um funil de separação como mostra a Figura 8.2.
Referências:
1. http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/157/aulaspraticas/Aula.Pratica.
04-Extracao.com.Solvente.pdf
Objetivos
Materiais
50 mL de gasolina
Proveta de 100 mL com tampa
Solução de NaCl
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Parte Experimental
Referências:
1. http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc17/a11.pdf
10 – Separação de substâncias
Geralmente os químicos são expostos a muitos desafios como, por exemplo, separar
uma substância da outra. Como você separaria uma amostra de minério de ferro que pode
conter uma mistura de magnetita, Fe3O4 (um óxido de ferro) e sílica (SiO2)?
Alguns métodos de separação já foram citados como a cristalização e a extração por
solvente que também é conhecida como dissolução fracionada, mas existem outros métodos
de separação que um químico precisa conhecê-los como a catação, separação magnética,
peneiração, ventilação, levigação, flotação, decantação, filtração, evaporação, sublimação,
destilação simples e destilação fracionada.
Catação: Método de separação bastante rudimentar utilizado para separar sólido-sólido
que se baseia na identificação visual dos componentes da mistura, a separação dos compostos
é feita manualmente.
Separação magnética: Os componentes são atraídos por um imã.
Peneiração: Separa os compostos que apresentam granulometria diferentes utilizando uma
peneira.
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Ventilação: Método utilizado para separar sistemas sólido-sólido onde um dos compostos
pode ser arrastado por uma corrente de ar, por exemplo, separação do amendoim da casca.
Levigação: Neste caso a água corrente arrasta o componente menos denso e o mais denso
deposita-se no fundo do recipiente, por exemplo, a lavagem da poeira do arroz.
Flotação: Método utilizado para separação de sólidos que apresentam densidades
diferentes em um determinado líquido. O sólido mais leve (menos denso) flutua no líquido.
Um exemplo é separação entre serragem e areia, por adição de água.
A B
Figura 10.3 - Equipamentos utilizados numa filtração simples (A) e numa filtração a vácuo
(B).
Neste experimento você usará uma técnica para separar uma mistura de areia, sulfato de cobre
pentahidratado e uréia baseando-se na diferença de solubilidade destas substâncias em dois
solventes: água e etanol. Além disso, você utilizará a propriedade magnética do ferro para
separá-lo dos outros componentes da mistura.
Geralmente, não basta apenas separar os componentes de uma mistura. É preciso
também, verificar a pureza do material isolado. Para isso são utilizadas algumas propriedades
físicas da matéria: densidade, ponto de fusão, ponto de ebulição, índice de refração, etc.
O ponto de fusão pode ser utilizado para identificar a pureza de sólidos orgânicos
comparando-se os valores encontrados na literatura com os observados no intervalo de
temperatura durante a fusão do sólido em estudo. Normalmente, o ponto de fusão (PF) é
constituído de um intervalo de temperatura, onde a temperatura inicial é aquela em que os
primeiros cristais se fundem e a final é aquela em que todos os cristais estão liquefeitos. Os
sólidos puros, em geral, possuem um intervalo de fusão muito pequeno, em torno de no
máximo 2°C. Uma pequena quantidade de impureza na amostra é suficiente para aumentar
consideravelmente seu intervalo de fusão.
Todos os sólidos cristalinos puros possuem ponto de fusão bem definido, o que lhes
caracteriza e obviamente, é comum existirem compostos diferentes com pontos de fusão
iguais. Por isso, no caso de identificação de um composto, devemos verificar várias
propriedades físicas para não cometermos erros.
Objetivos
Materiais:
Parte experimental:
Inicialmente você deverá testar a solubilidade dos sólidos a serem separados nos solventes
disponíveis, colocando uma ponta de espátula de cada uma das substâncias em tubos de
ensaios diferentes (caso necessário, triture os cristais maiores com um bastão de vidro) e
adicione um pequeno volume de solvente. Agite e anote os resultados obtidos. Se
necessário, aqueça o tubo de ensaio em banho-maria.
Referências:
Objetivos
Materiais
Parte experimental
Referências:
12 - Cromatografia
O nome cromatografia foi cunhado pelo botânico russo Mikhael Semenovich Tswett
em 1906. Naquela época, os químicos e biólogos tinham um grande problema: ainda não
haviam conseguido encontrar uma maneira de separar as substâncias contidas nos extratos
vegetais e animais. Foi quando Tswett teve a brilhante idéia de encher com carbonato de
cálcio um tubo de vidro semelhante a uma bureta (aberto na parte superior e com uma torneira
na parte inferior). O tubo foi fixado na posição vertical e sobre o carbonato de cálcio foi
colocado um extrato de folhas e depois adicionado éter de petróleo. Tswett percebeu que o
extrato vegetal estava sendo arrastado para a parte inferior da coluna e que a cor verde-escura
original estava sendo decomposta em zonas coloridas com duas tonalidades de verde
(clorofilas), laranja (caroteno) e amarela (xantofila). Estava descoberto um método de
separação dos componentes de uma mistura. Embora Tswett tenha dado a ele o nome
cromatografia, referindo-se às zonas coloridas, essa técnica se aplica também a substâncias
incolores.
A cromatografia é um método físico-químico de separação dos componentes de uma
mistura, realizada através da distribuição desses componentes entre duas fases, que estão em
contato. Uma das fases permanece fixa, denominada fase estacionária, enquanto a outra
move-se através dela, por isso denominada fase móvel. Durante a passagem da fase móvel
sobre a fase estacionária, as substâncias da mistura são distribuídas entre duas fases, de
maneira que as menos solúveis na fase estacionária (mais solúveis na fase móvel) têm uma
52
movimentação mais rápida ao longo da coluna, enquanto as mais solúveis na fase estacionária
serão seletivamente retidas, tendo uma movimentação mais lenta.
Na cromatografia líquida, a fase móvel é um líquido ou uma mistura de líquidos como, por
exemplo, a água e o álcool. Já a fase estacionária consiste de um material sólido. A sílica
(SiO2)n, e a alumina (Al2O3) são fases estacionárias bastante utilizadas em cromatografia. A
Figura 12.1 apresenta uma representação esquemática de uma separação cromatográfica de
pigmentos com a utilização de uma coluna empacotada com sílica ou alumina. Observa-se
que devido à interação com a fase estacionária os pigmentos eluem com velocidades
diferentes, o que torna possível a separação quantitativa destes.
A mistura de substâncias atravessa a fase sólida, finamente dividida, sendo que cada
componente da mistura percorre uma distância por ser menos ou mais retido na superfície do
sólido. A escolha do dissolvente baseia-se, em geral, no fato de que as substâncias em questão
podem eluir-se bem com os mesmos solventes ou misturas de solventes que as dissolvem
bem.
Se o dissolvente e o soluto movem se ao mesmo tempo, pode-se expressar a relação
entre as distâncias percorridas por cada um através da fórmula:
Materiais
Parte experimental
- Colocar hexano no béquer tal que a altura do solvente não ultrapasse 0,5cm. Tampar o
béquer com o vidro de relógio.
- Recolher um pouco do extrato no tubo capilar.
- Colocar o capilar com o extrato em contato com o papel a 1cm de distância da base (na
altura da marca). A aproximação do tubo deve ser realizada perpendicularmente à folha do
papel de filtro. Esperar secar o solvente e repetir o procedimento mais duas ou três vezes.
- Colocar o papel com o extrato no béquer e tampar com o vidro de relógio.
- Retirar o papel do béquer quando a frente de eluição estiver a 0,5cm da borda superior do
papel.
- Observar as manchas, anotar os resultados e fazer a discussão no caderno. Observação: faça
um desenho do papel com as manchas.
Referências:
13 - Soluções
propriedades físicas características. Na mistura, cada uma das substâncias puras que a
compõem, guardam as suas propriedades químicas e físicas. Uma substância fica dispersa em
outras ou em outras, dessa forma, a mistura também pode ser denominada de dispersão.
As misturas são classificadas de acordo com o tamanho das partículas das substâncias
presentes, como mostrado na tabela 13.1
Tabela 13.1 – Classificação das misturas de acordo com o diâmetro das partículas
Classificação Diâmetro das Partículas / Å
Soluções < 10
Colóides 10-1000
Misturas heterogêneas >1000
A solução é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias, ela apresenta uma
fase. Ela é formada pelo solvente (ou dispersante) e um soluto (ou disperso). O solvente é o
componente que está em maior quantidade na mistura e, o soluto, está em menor quantidade.
A quantidade máxima de soluto que pode ser dissolvida numa certa quantidade de
solvente é denominada de solubilidade. Conforme a proporção soluto/solvente a solução será
denominada de:
- Solução saturada: contém o máximo de soluto disperso, ou dissolvido, em equilíbrio com o
soluto sólido (não dissolvido) na solução.
- Solução insaturada: contém menos soluto que ela pode dissolver.
- Solução diluída: quando a quantidade de soluto dissolvido é muito menor que a quantidade
que pode ser dissolvida.
- Solução concentrada: quando a quantidade de soluto dissolvido é grande comparada à
quantidade máxima que pode ser dissolvida.
Os termos miscíveis, parcialmente miscíveis e imiscíveis são usados quando o soluto e
solvente estão na mesma fase. Por exemplo, soluto e solvente são gases, são líquidos ou são
sólidos. Se o soluto está numa fase diferente, por exemplo, o soluto é sólido e o solvente é
líquido se usam o termo solúvel, pouco solúvel ou insolúvel.
A relação entre a quantidade de soluto e a quantidade especificada de solvente ou de
solução é denominada de concentração.
53
massa do soluto
C (m / V ) 100
volume da solução
volume do soluto
C (V / V ) 100
volume da solução
Concentração em ppm, ppb e ppt.
- Soluções sólidas: 1,0 ppm (m/m) = 1,0 μg/g = 10-6g/g = mg/Kg
1,0 ppb (m/m) = 1,0 ng/g = 10-9g/g = μg/Kg
1,0 ppt (m/m) = 1,0 pg/g = 10-12g/g
- Soluções gasosas: 1,0 ppm (V/V) = 1,0 μL/L = 10-6mL/L
Materiais
Parte experimental
14 – Diluição de soluções
Objetivos
Materiais
Parte experimental
1) Preparar 500 mL de solução de HCl 0,1 mol. L-1 a partir da solução HCl 0,6 mol.L-1
preparada na aula anterior, utilizando balão volumétrica e uma pipeta adequada.
56
2) Preparar 100 mL de solução de NaOH 0,1 mol. L-1, pela transferência de volume
adequado de NaOH 0,5 mol.L-1 (solução preparada na aula anterior) para balão
volumétrico de 100 mL, utilizando pipeta volumétrica adequada.
3) Descreva no seu caderno o procedimento utilizado e os cálculos realizados.
15 - Titulação
+ H2O H3O+ +
Padronização de soluções
deve possuir estabilidade ao ar, sob condições ordinárias, se não por longos períodos,
pelo menos durante a pesagem. Não deve ser higroscópico e nem conter água de
hidratação;
as reações que participa devem ser rápidas e praticamente completas;
não deve formar produtos secundários no decorrer da reação.
Materiais
Béquer Fenolftaleína
Bureta Alaranjado de metila
Suporte universal e garras HCl 0,1 mol.L-1
Pipeta NaOH (molaridade desconhecida)
Proveta Na2CO3
Bastão de Vidro Água destilada
Parte Experimental
bureta com HCl, zere-a e repita a titulação, utilizando outros dois béqueres. Anote os
volumes gastos em cada titulação.
Obs: Você deve parar de gotejar HCl assim que a cor ficar permanente.
Descartar os resíduos das soluções tituladas na pia. A solução de HCl não precisa ser
descartada, pois, será utilizada no procedimento b;
Objetivos
- Conhecer um método analítico para determinação da concentração de cálcio em produtos
comerciais
- Aprender a padronizar soluções analíticas
Introdução
A complexometria é um método analítico volumétrico que compreende a titulação de
íons metálicos com agentes complexantes ou quelantes. O agente complexante mais utilizado
é o ácido etilenodiaminotetracético(EDTA). O EDTA forma complexos estáveis de
estequiometria 1:1 com um grande número de íons metálicos em solução aquosa. Pode ser
obtido com alta pureza, na forma do ácido propriamente dito ou na forma do sal dissódico
diidratado. As duas formas possuem elevada massa molar, tendo o sal dissódico, a vantagem
60
de ser mais solúvel em água. Um composto orgânico que apresenta dois ou mais grupos com
pares de elétrons capazes formar ligações coordenadas (complexar) um íon metálico é
denominado de agente quelante, enquanto o complexo formado é denominado quelato. A
estrutura química do EDTA é apresentada na Figura 1.
Um par de elétrons disponível capaz de complexar com o íon metálico está presente
em cada um dos dois átomos de nitrogênio e em cada um dos quatro grupos carboxílicos (é
um ácido tetraprótico). Assim, existem seis grupos complexantes no EDTA. Este agente
complexante pode ser representado pelo símbolo H4Y. O ligante não protonado Y4- forma
complexos com os íons de metais. A Figura 2 ilustra a estrutura do complexo de cálcio com o
EDTA. O ponto de viragem das titulações complexométricas é determinado com indicadores
metalocrômicos. Os indicadores mais comumente usados são negro de eriocromo T,
alaranjado de xilenol, calcon, calmagita, murexida, violeta de pirocatecol e outros.
Materiais:
Equipamentos Regentes
64,0 g de NH4Cl
570 mL de NH4OH
Procedimentos
PREPARO DE REAGENTES
litro e completar com água destilada. Agitar para homogeneizar. Cada mL dessa solução
equivale a 1,00 mg de CaCO3.
Referências Bibliográficas:
1 - BACAN, N. et al.Química analítica quantitativa elementar.3.ed.rev., ampl. e reest. São
Paulo: Edgard Blücher, 2001.
17 - Curvas de titulação
ponto de equivalência se encontra nessa terceira região, ele é ponto de inflexão da curva. A
Figura 16.1 tem a curva de titulação ácido forte/base forte.
12.0
10.0
8.0
pH
6.0
4.0
2.0
0.0
0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 30.0 35.0 40.0
Volume de titulante (mL)
Materiais
Parte Experimental
Questões:
1) O que significam os termos base forte, ácido forte, base fraca e ácido fraco?
2) Identifique na curva de titulação da Figura 6.1 as regiões do ponto de equivalência e as
regiões de viragem dos indicadores que estão listados na Tabela 6.1. Quais podem ser
escolhidos para uma titulação ácido forte/base forte?
3) Qual é o indicador apropriado para uma titulação ácido fraco/base forte? Responda de
acordo com a curva de titulação que você construiu no Experimento 15.
4) Qual é a concentração do ácido acético na solução titulada?
5) Explique porque o perfil da curva de titulação de ácido forte/base forte é diferente do perfil
da curva obtida no experimento 15.
Referências Bibliográficas
18 - Chuva Ácida
A chuva ácida é um dos problemas ambientais mais graves que a sociedade enfrenta
atualmente. A chuva ácida é causada pela presença de gases, principalmente óxidos ácidos de
enxofre (SO2) e nitrogênio (NO2), que saem das chaminés industriais e são solúveis em água.
Misturados à água presente no ar, hidrolisam formando ácidos que caem sobre a terra
juntamente com a chuva.
A chuva não afetada pela atividade humana já é um pouco ácida, apresenta pH em
torno de 5,7. Esta pequena acidez é devida à presença de ácido carbônico, H2CO3, formado
pela dissolução de CO2 em H2O. Mas, estes níveis de acidez não são prejudiciais ao meio
ambiente.
O óxido nítrico, NO, não é muito solúvel em água, mas pode ser oxidado no ar formando
dióxido de nitrogênio:
É por este motivo que a legislação brasileira exige que os carros sejam equipados com
catalisadores. Eles reduzem o nitrogênio do NO a N2. O N2 é um importante componente
natural do ar e é muito pouco reativo a temperatura ambiente.
O dióxido de enxofre, SO2, é produzido a partir da queima de combustíveis derivados
de petróleo. Ele pode se combinar diretamente com a água, formando um ácido fraco,
chamado ácido sulfuroso, H2SO3, ou pode reagir diretamente com o oxigênio da atmosfera
para formar trióxido de enxofre, que, produz ácido sulfúrico e água.
O ácido sulfúrico é um ácido forte, é prejudicial ao solo porque causa a retirada dos íons de
cálcio. O solo é constituído por argilas que contêm íons Ca2+. Os íons de cálcio das argilas
podem ser substituídos pelo cátion de hidrogênio (H+) liberado pelo ácido sulfúrico. Neste
processo ocorre a formação de sulfato de cálcio que é insolúvel em água. Desta forma, o
cálcio não mais circula no ambiente e deixa de ser disponível no solo para ser usado pelas
plantas. As plantas sofrem com a sua falta e as florestas são afetadas, o crescimento das raízes
torna-se mais lento e, em consequência disso, menos nutrientes são transportados. A chuva
ácida também pode romper a superfície cerosa das folhas das árvores e os nutrientes perdem-
se, tornando as árvores mais susceptíveis a fungos e a insetos.
A chuva ácida também provoca alterações nos ecossistemas aquáticos. Com um pH
abaixo de 4,5, praticamente nenhum peixe sobrevive, enquanto níveis iguais ou superiores a 6
promovem populações saudáveis. O baixo pH também faz circular metais pesados como o
alumínio nos lagos. O alumínio faz com que alguns peixes produzam muco em excesso, na
zoda das guelras, prejudicando assim a sua respiração. O crescimento do fitoplâncton é
inibido pelos grandes níveis de acidez e os animais que se alimentam dele são dessa forma
prejudicados.
Para evitar a chuva ácida podemos:
Usar transporte coletivo assim diminuímos o número de carros e consequentemente a
quantidade de poluentes também diminui;
68
Utilizar o metrô como meio de transporte que por ser elétrico polui menos do que os
carros;
Utilizar fontes de energia menos poluentes como a energia hidrelétrica, energia
geotérmica, energia das marés e energia eólica (dos moinhos de vento);
Fazer a purificação dos escapamentos dos veículos: utilizar gasolina sem chumbo e adaptar
um conversor catalítico;
Utilizar combustíveis com baixo teor de enxofre.
Referência Bibliográfica:
Materiais
Parte experimental
Materiais
1 béquer 1 espátula
Enxofre em pó 1 pedaço de fio de cobre ( ~ 15 cm)
Vidro de relógio 1 caixa de fósforos
Indicador alaranjado de metila 1 caneta ou lápis
Parte Experimental
Questões
4) Foi avaliado o pH de um grande número de amostras de água de chuva de uma cidade ―A‖,
que possui uma grande frota automotiva e indústrias. O pH médio foi 4,5. Já para uma cidade
remota (cidade B) pouco afetada por atividades antrópicas, o pH médio foi de 5,8. Calcule a
diferença média na concentração de H+ da chuva das duas cidades. Por que na cidade ―B‖ que
tem baixo impacto humano o pH da água de chuva ainda é menor do que 7,0?
5) O que você pode fazer para contribuir para minimizar a sua emissão de contaminantes para
a atmosfera?
6) (UDESC 2009) Quando os derivados de petróleo e o carvão mineral são utilizados como
combustíveis, a queima do enxofre produz dióxido de enxofre. As reações de dióxido de
enxofre na atmosfera podem originar a chuva ácida. Sobre a chuva ácida, escolha a alternativa
incorreta.
a - O trióxido de enxofre reage com a água presente na atmosfera produzindo o ácido
sulfúrico, que é um ácido forte.
b - SO2 reage com o oxigênio e se transforma lentamente em trióxido de enxofre. Essa reação
é acelerada pela presença de poeira na atmosfera.
c - A chuva ácida é responsável pela corrosão do mármore, do ferro e de outros materiais
utilizados em monumentos e construções.
d - Tanto o dióxido quanto o trióxido de enxofre são óxidos básicos
e - Na atmosfera, o SO2 reage com o oxigênio e se transforma lentamente em trióxido de
enxofre (SO3).
19 - Equilíbrio Químico
Algumas reações ocorrem até o consumo total dos reagentes. As equações químicas
representam essas reações usando uma seta no sentido dos reagentes para os produtos.
Exemplo:
Combustão do metano: CH4 (g) + 2 O2 (g) → CO2 (g) + 2 H2O (l)
Reação de neutralização ácido /base : HCl (aq) + NaOH(aq) → NaCl (aq) + H2O (l)
Em outras reações, não ocorre o consumo total dos reagentes. Nesses casos, dizemos
que a reação atingiu um estado de equilíbrio. O meio de reação, quando atinge o equilíbrio,
contém produtos e reagentes. Isto é, o estado de equilíbrio é uma condição de balanço em que
não há modificação nas quantidades de reagentes e produtos. Essa condição é representada no
gráfico da Figura 19.1 para a reação:
65
⇌. Esse símbolo indica que a reação se processa nos dois sentidos, direto e inverso, ao
mesmo tempo e com as mesmas velocidades. Por esse motivo o equilíbrio químico é
dinâmico. Numa escala macroscópica, não é possível observar as transformações (direta e
inversa) e parece que nada acontece.
Materiais
Fio de cobre
Ácido nítrico (HNO3) concentrado
Tubo de ensaio com rolha
Banho de gelo e banho de água quente.
Pinça de madeira para tubo de ensaio
Procedimento
Adicione 1mL de HNO3 no tubo de ensaio e mergulhe uma ponta do fio de cobre no
ácido. Observe a reação de formação do NO2. Retire o fio de cobre e coloque a rolha vedando
o tubo de ensaio. REALIZAR ESSE PROCEDIMENTO NA CAPELA. Coloque tubo de
ensaio no banho de gelo. Anote as observações. Coloque o tubo de ensaio na água quente.
Anote as observações.
Referências bibliográficas
67
20 - Solução Tampão
Quando adicionamos um ácido forte nesta solução, o íon acetato, CH3COO-, que é uma base
forte, recebe um próton para formar molécula de ácido acético, CH3COOH. Desta maneira
mantém a constante de equilíbrio Ka para este ácido e, o pH que deveria diminuir devido à
presença de prótons fornecidos pelo ácido forte se mantém constante. Se adicionarmos uma
base, esta será neutralizada pelo próton proveniente do ácido acético e o equilíbrio será
deslocado no sentido direto da reação, mantendo o Ka e o pH.
CH 3COOH H 2 O CH 3COO H 3O
68
Um tampão básico é uma solução aquosa de uma base fraca e seu ácido conjugado na
forma de sal e estabiliza as soluções de pH > 7.
Quando adicionamos uma base forte nesta solução, o íon amônio, NH4+, que é um ácido forte,
doa um próton para formar molécula de amônia, NH3. Desta maneira mantém a constante de
equilíbrio Kb para esta base e, o pH que deveria aumentar devido à presença da base forte, se
mantém constante. Se adicionarmos um ácido, este será neutralizada pela amônia e o
equilíbrio será deslocado no sentido direto da reação, mantendo o Kb e o pH.
NH 3 H 2 O NH 4 OH
O mais conhecido sistema de tampão natural é aquele formado pelo equilíbrio entre
íon carbonato e o dióxido de carbono. O sistema de tampão carbonato é composto de pelo
menos seis espécies diferentes, os equilíbrios que governam as interações entre eles são
mostrados no Quadro 20.1.
Os experimentos são baseados nos propostos por Powers, et al., 2005 e tem como
objetivo verificar o papel do carbonato de sódio e carbonato de cálcio no sistema de tampão
carbonato e as implicações desse para as águas nos sistemas naturais. .
70
Materiais
Parte Experimental
Referências bibliográficas
2. FIORUCCI, A.R. et al. Química Nova na Escola, n.13, p.18-21, maio 2001.
3. POWERS, D.C., et al. Journal of Chemical Education, v. 82, n. 2, fev 2005.
21 - Cinética Química
(violeta) (incolor)
Materiais
Etanol
Procedimento
3. Efeito da temperatura
No tubo 4 adicionar 3 mL de solução de KMnO4 e aquecer até aproximadamente 60ºC.
Adicionar 3 mL da solução de ácido oxálico e acionar o cronômetro. Comparar com os
tempos do tubo 2 (temperatura ambiente).
4. Efeito do catalisador
No tubo 5 adicionar 3 mL de solução de KMnO4, adicionar 3 mL de solução de ácido oxálico
e algumas gotas de solução contendo íons Mn2+. Acionar o cronômetro.
5. Acompanhar o andamento da reação por espectrofotometria
A reação de redução do permanganato leva ao descoramento da solução. Por esta razão, a
cinética desta reação pode ser acompanhada espectroscopicamente. O íon permanganato
absorve na região de 545 nm e a absorção é diretamente proporcional à concentração do íon.
Parte Experimental
Resultados
Discussão: Faça uma discussão comparando as velocidades e como cada efeito influencia
na velocidade.
ANEXOS
1) Ácidos e bases:
Soluções aquosas diluídas de ácidos e bases deverão ser colocados em recipientes tipo béquer
e neutralizados no final de cada experiência. Este procedimento deverá ser efetuado pelos
75
próprios alunos e tem dois propósitos: ilustrar o processo de eliminação de rejeitos e formar
uma consciência de preservação do meio ambiente. Depois de neutralizado o material poderá
ser armazenado junto com os resíduos inorgânicos, metais pesados, cátions, ânions, etc.
a) Para o recolhimento dos rejeitos químicos devem ser utilizados recipientes de vidro ou de
plástico resistentes, que estejam em perfeitas condições principalmente com relação à vedação
dos mesmos. Evitar frascos com vazamentos;
b) O recolhimento dos rejeitos químicos não deve ultrapassar 2/3 da capacidade do recipiente.
Frascos extremamente cheios criam riscos quando transportados;
c) Antes do recolhimento dos rejeitos químicos ativos, deve-se ter o devido cuidado no
sentido da desativação destes. Lembrar que, frascos contendo rejeitos químicos ativos sem
nenhuma indicação no rótulo, expõe os funcionários do Setor à sérios riscos;
d) Para o recolhimento de rejeitos químicos deve-se dar preferência à utilização de frascos de
um litro, na cor âmbar, e procurar evitar misturas muito complexas. Dê preferência,
acondicionar solventes que foram utilizados em cromatografia, ou provenientes de
rotaevaporadores, etc. em frascos separados, já que é possível a recuperação dos solventes
orgânicos através de destilação com colunas de fracionamento;
e) Os frascos contendo rejeitos deverão ser rotulados e perfeitamente identificados com a
utilização do rótulo padronizado - figura 1- à disposição no Almoxarifado do Departamento
de Química;
76
f) Os rótulos deverão ser preenchidos com caneta esferográfica azul ou preta, nunca usar
caneta hidrocor ou pincel atômico;
g) Os rótulos deverão conter todas as informações sobre os componentes das misturas
existentes no frasco, tanto os solutos como os solventes, inclusive indicações de possíveis
riscos na operação de tratamento. A indicação apenas do solvente principal pode criar
problemas no tratamento adequado;
h) Os rótulos deverão conter de forma clara: O laboratório, o responsável pelo mesmo e a data
do recolhimento. Estas informações, eventualmente, podem vir a ser úteis em casos onde haja
necessidade de informações adicionais;
i) Os rótulos deverão ser fixados nos frascos com a aplicação de cola plástica, e nunca com
uso de fita adesiva. A fita adesiva resseca com o tempo levando a perda do rótulo devido à
estocagem;
j) Nunca se deve misturar substâncias que possam reagir entre si. Exemplo, mistura de
solventes orgânicos clorados com não clorados, mistura de solventes orgânicos com ácidos,
mistura de material orgânico com inorgânico, etc.
Cuidados
- Ao reutilizar frascos de reagentes para estocagens de resíduos químicos verifique a sua
procedência, visto que muitos produtos químicos formam misturas explosivas, por exemplo
ácido nítrico e etanol. Recomenda-se sempre passar água nos frascos antes de reutilizá-los.