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eST-301 / STR-301
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E EXPLOSÕES
PARTE B
ALUNO
EDIÇÃO/ANO: 1/2020
CRÉDITOS:
Equipe Técnica
Equipe Financeira
- GUSTAVO SIQUEIRA DO NASCIMENTO ANTONIO
- MADALENA EIKO HASEGAWA
Equipe de Divulgação
- NATALIA FIRMINO GUCCIONI
“Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou
processo, sem a prévia autorização de todos aqueles que possuem os direitos autorais sobre este
documento”.
i
SUMÁRIO
SUMÁRIO
SUMÁRIO
SUMÁRIO
Capítulo 1. Dimensionamento dos Equipamentos de Proteção Ativa e Passiva Contra Incêndio em uma
Indústria
OBJETIVOS DO ESTUDO
Este capítulo tem como objetivo apresentar os conceitos básicos de
dimensionamento dos equipamentos de proteção ativa e passiva contra incêndio em uma
área industrial por meio de um exercício prático.
Capítulo 1. Dimensionamento dos Equipamentos de Proteção Ativa e Passiva Contra Incêndio em uma
Indústria
1.1. EXERCÍCIO
Considere a situação da seguinte indústria moveleira, da fábrica de móveis
PRÁVIDATODA.
Trata-se de 1 conjunto de 3 galpões, sendo um utilizado como depósito de matérias–
primas e produtos acabados (galpão 1). As matérias–primas são madeiras naturais.
O galpão 1 mede 20 x 40 m.
No galpão 2, de 20 x 40 m, estão os equipamentos de corte e montagem, em número
de 30. Os equipamentos foram sendo instalados ao longo dos anos, à medida da compra,
sendo necessário fazer-se um ziguezague para entrar e sair do setor de produção. Ao
longo do caminho de entrada e saída, há equipamentos que distam 0,80 m uns dos outros.
Esta movimentação em ziguezague também se observa no galpão 1, no qual as
matérias primas e produtos acabados são “arrumados” à medida que chegam ou são
produzidos. Entre pilhas de materiais há locais com distâncias de 0,70 m.
A iluminação de emergência existe, porém não funciona. Não há chuveiros
automáticos.
O galpão 1 comunica-se com o galpão 2 pela passagem A, com a rua pela passagem
B e com o galpão 3 pela passagem C. As passagens A e C são comunicações simples
(não há portas)
No galpão 3, de 25 x 20 m, encontram-se os escritórios da empresa.
A área 4 é um viveiro de plantas, cultivado pelo proprietário da empresa. Entre o
viveiro e o bloco 2 há uma porta simples e sobre ela está indicada a saída de emergência,
sendo a única assim sinalizada. A área é de 20 x 3,0 m.
Considere que os galpões 1, 2 e 3 têm paredes comuns (estruturas geminadas),
porém cada um com seu telhado próprio, constituindo-se em riscos isolados. As paredes
externas, de 1 tijolo de espessura, são construídas por tijolos cerâmicos de 8 furos, de 0,10
x 0,10 x 0,20 m.
As setas indicam os fluxos de produção, matéria-prima e produto acabado.
Pede-se:
1. Indicar as necessidades de proteção contra incêndios ativa e passiva desta
empresa, caso se tratasse de edificação nova,
1.1. Se considerasse a área única (a soma das áreas dos 3 galpões).
1.2. Se considerasse cada galpão de forma isolada.
2. Indicar as necessidades de proteção contra incêndios ativa e passiva desta
empresa, caso se tratasse de edificação anterior ao ano de 1983,
2.1. Se considerasse a área única (a soma das áreas dos 3 galpões).
2.2. Se considerasse cada galpão de forma isolada.
Considere somente o decreto, 63911/18, a IT 43/19 e a NR 23 (máximo 1 página
para os itens 1 e 2).
3. Comente as diferenças entre 1.2 e 1.1, e 2.2 e 2.1 (máximo 1 página).
4. Você e sua equipe foram contratados pelo proprietário da empresa para fazer um
diagnóstico das condições encontradas e recomendações. Apresentem um
relatório de diagnóstico e recomendações (máximo 2 páginas).
Capítulo 1. Dimensionamento dos Equipamentos de Proteção Ativa e Passiva Contra Incêndio em uma
Indústria
Terreno vizinho
Rua
4 Estoque
A (1)
B
Produção (2)
Estacionamento Escritório
s (3) C
Rua
1.2. ROTEIRO
1. Determinar a classe de risco dos galpões (Tabelas 1 a 2) pág. 10 a 13 do Decreto
63911/18;
2. Verificar a carga de incêndio (Anexo A e Tabela B1 da IT14/01);
3. Determinar risco de incêndio (Tabela 3, Decreto 63911/18);
4. Determinar necessidades segundo Decreto 63911/18- Tabelas 4, 5, 6I.1.a 6J.2);
5. Repetir os procedimentos 1), 2), 3) e 4), utilizando o Decreto 63911/18, a IT 43/19 e a
NR23;
6. Verificar as necessidades estruturais dos galpões (Anexo A da IT 08/19);
7. Verificar as características das construções (comparar com o Anexo B da IT 08/19);
8. Verificar as necessidades e soluções, segundo a IT 09 /19;
9. Determinar a classificação do tipo de construção, segundo a Tabela 3 da IT11/19;
10. Dimensionar as saídas de emergência, segundo as Tabelas 4 a 6 da IT11/19.
Capítulo 1. Dimensionamento dos Equipamentos de Proteção Ativa e Passiva Contra Incêndio em uma
Indústria
1.3. RESOLUÇÃO
Quadro 1.1.
Resolução:
1) Somando as 3 áreas, temos: galpão 1, 800 m²; galpão 2, 800 m²; galpão 3, 500 m²;
carga de incêndio de 600 MJ/m2. Supor para o depósito uma altura de empilhamento
o 3 como D1.
de incêndio.
térreo encontram-se as exigências para cada um dos galpões e para o conjunto para
antes de 1983.
cada um dos galpões. Para o conjunto (área total), utiliza-se novamente a tabela 6J2.
Capítulo 1. Dimensionamento dos Equipamentos de Proteção Ativa e Passiva Contra Incêndio em uma
Indústria
10) No Anexo A da IT 08/19, a partir das ocupações das áreas, determina-se os TRRF.
12) No Anexo B IT 09/19, de acordo com o tipo de ocupação, indica área máxima que
13) A IT 11/19, em seu Anexo A, indica 1 pessoa para cada 30 metros quadrados de
área no caso do depósito e 1 pessoa para cada 10 m2 no caso da área fabril, ou seja,
para o depósito com 800 m2, 26 pessoas, e para a área fabril, com 800 m2, 80 pessoas,
J3, reduzidos em 30%, conforme a nota b, abaixo da mesma tabela, supondo que não
se tenha ainda o arranjo físico (layout) definido. Já para o escritório, cuja área é de
detectores de fumaça, a distância máxima a ser percorrida para encontrar uma saída
emergência para a área 4 é na verdade uma armadilha (não há saída), o que contraria
OBJETIVOS DO ESTUDO
Este capítulo tem como objetivo apresentar os conceitos básicos de
dimensionamento dos equipamentos de proteção passiva contra incêndio em um prédio
por meio de um exercício prático.
2.1. EXERCÍCIO
Considere somente o Decreto Estadual 63911/18 de São Paulo, as Instruções
Técnicas (IT’s) do Corpo de Bombeiros de São Paulo e a NR 23, disponibilizados na
plataforma.
No terreno abaixo, de 61 x 25 m, já há um prédio de 20 andares, tendo cada andar
20 x 20 metros. A face lateral esquerda do prédio (fundos do prédio) dista 3,5 m da divisa
esquerda do terreno e está centralizada em relação ao eixo maior do terreno.
Pretende-se construir um segundo prédio de mesmas dimensões do primeiro e que
apresenta as seguintes características arquitetônicas:
a) Os prédios ficarão frente a frente, sendo que a distância entre os fundos do prédio novo
e a divisa do lado direito do terreno, é a mesma já descrita no primeiro parágrafo.
b) O novo prédio terá na face frontal 10 janelas por andar, de 1,0 metro de lado e 1,5
metro de altura. Nos 2 lados adjacentes, há 5 janelas por andar, de mesma dimensão,
igualmente espaçadas.
c) Na face traseira não há janelas. A fachada é lisa, sem ressaltos.
d) Haverá um restaurante no prédio novo, que atenderá não só a população dos prédios,
mas o público em geral também. Este restaurante será abastecido por uma cozinha
industrial, que ocupará 2 andares do prédio.
e) A menos do citado em d), os 2 prédios serão de escritórios.
f) O novo prédio será provido de um sistema de ar condicionado central e de rede
centralizada de comunicações e dados, de forma que os cabos de comunicação e
dados atravessarão, dentro de bandejas, todos as áreas de um mesmo andar e todos
os andares de um mesmo edifício.
1) Você e sua equipe foram contratados pelo proprietário da empresa para fazer um
diagnóstico do projeto arquitetônico do prédio novo e de apresentação de recomendações
de proteção passiva para os seguintes itens:
Pede-se, por escrito (2 páginas no máximo):
1.1) Cozinha, especificamente na área de dutos de coifas.
1.2) Dutos de ar condicionado.
1.3) Bandejas metálicas de cabos de dados que se intercomunicam (entre áreas de
um mesmo pavimento e entre pavimentos).
1.4) Fachada do prédio.
1.5) Distanciamento entre edifícios. Da forma como foi descrito, os prédios poderão
ser construídos no terreno existente? Abstraia necessidades de recuo ou outras exigências
de códigos de obra. Que tipo de sugestão vocês dariam para que a construção pudesse
ser feita?
1.6) Suponha agora que o terreno em questão fosse vizinho à indústria do exercício
da anterior, e que as 3 construções (a fábrica e mais os dois prédios) depois de terminadas
ficariam em um mesmo terreno. Desconsidere limitações relacionadas aos afastamentos.
Quais itens da fábrica deveriam ser especialmente verificados e se necessário modificados,
visando o aumento da proteção passiva? Justifique a sua resposta.
1.7) Assuma que a estrutura dos telhados dos 3 galpões seja metálica e sem
nenhuma proteção contrafogo. Que sugestão você daria?
Assuma e justifique todos os dados que julgar necessários.
2.2. ROTEIRO
2.3. RESOLUÇÃO
Quadro 2.1.
Resolução:
3) Assumindo 3,0 metros de altura por andar, calculando para 20 andares, a área
29,9 m.
B da IT 07), observa-se que mesmo se a distância fosse reduzida em 50%, não seria
diminuir a área de abertura, o que se consegue fazendo com que o prédio seja
construído a 180 graus da posição inicialmente prevista, pois na parede traseira não
entre as edificações.
12) Quanto à cozinha, devem ser observados os requisitos de item 5.2 da IT 38.
13) No caso dos dutos de ar condicionado, bandejas elétricas e de dados, devem ser
14) Quanto à edificação vizinha (os 3 galpões), um dos aspectos mais importantes
15) Como possibilidades para aumentar o TRRF da estrutura do telhado, podem ser
OBJETIVOS DO ESTUDO
Este capítulo tem como objetivo apresentar os conceitos básicos de explosões e os
tipos, além de princípios de proteção.
3.1. INTRODUÇÃO
Há uma ampla gama de eventos relacionados a explosões.
O espectro deste tipo de ocorrência é extremamente variado e envolve situações
acidentais e intencionais.
Acidentais, como no caso de uma bexiga em uma festa de aniversário que estourou
ao encostar em uma superfície aquecida ou colidir contra um alfinete, ou um pneu de uma
bicicleta que arrebentou ao ser perfurado por um prego, ou uma roda de 3,0 metros de
diâmetro de caminhão fora de estrada que durante a pressurização se rompeu, um reator
químico que se desfez quando se perdeu o controle da reação, até uma caldeira que ao
explodir destruiu tudo e todos em um raio de 150 m à sua volta.
Envolve também eventos intencionais, como a remoção, utilizando-se explosivos, de
toneladas de material em uma frente de lavra de minério de ferro, ou a transformação de
energia química em mecânica dentro do cilindro de um motor a explosão, ou a demolição
de uma estrutura ou prédio utilizando-se de cargas explosivas, ou ainda a explosão de uma
bomba para extinguir um incêndio em um poço de petróleo. Percebe-se nestes casos que,
contrariamente ao que se supõe popularmente, a explosão em si não pode ser classificada
como algo indesejável ou ruim, podendo sim, ser um evento altamente desejável.
3.2. CONCEITOS
Explosões são ocorrências nas quais há uma súbita liberação de energia que se
materializa em um aumento de pressão associada à liberação de gases e que pode
eventualmente ser acompanhada de liberação de calor. Desta forma, pode-se afirmar que
em todas as explosões há um aumento súbito de pressão e que há explosões nas quais
não ocorre a liberação de calor.
Quadro 3.1
RESPOSTA:
Explosões são ocorrências nas quais há uma súbita liberação de energia que se
Quadro 3.2
RESPOSTA:
fenômenos químicos.
Para que se tenha uma ideia dos efeitos das sobre pressões, no acidente que ocorreu
em 1974 em Flixborough e que está descrito em outro capítulo, as pressões geradas foram
da ordem de 2,5 bar no nível do solo no local da explosão, 1 bar a 150 m de distância e
0,5 bar a 240 m, com destruição total das instalações.
Nas explosões heterogêneas a combinação de elementos é a mesma que existe para
que ocorra uma combustão, ou seja, o encontro simultâneo de quantidades apropriadas de
combustível, comburente e calor.
O combustível pode ser um gás inflamável, o vapor de uma substância inflamável ou
uma poeira inflamável.
O comburente geralmente é o oxigênio existente no ar presente no ambiente.
O calor pode ser de fonte elétrica, química, mecânica ou solar.
Conforme citado, o calor, o comburente e o combustível devem se encontrar em
proporções adequadas.
A explosão só ocorrerá se a mistura entre comburente e combustível se encontrar
dentro da faixa de explosividade.
A faixa de explosividade ou de inflamabilidade é determinada por dois valores: o limite
inferior de explosividade ou de inflamabilidade e o limite superior de explosividade ou de
inflamabilidade.
Os dois limites anteriormente citados encontram-se respectivamente acima e abaixo
da relação estequiométrica, a condição na qual todas as moléculas de combustível têm
comburente suficiente para reagir.
Acima da proporção estequiométrica, quando houver mais combustível do que o
necessário, a mistura é dita rica. Quando o componente em excesso é o comburente, a
mistura é dita pobre.
Em proporções acima do limite superior explosividade ou abaixo do limite inferior de
explosividade, a explosão não ocorre, respectivamente por que o comburente disponível
não é suficiente ou o combustível disponível não é suficiente.
Há fatores que influenciam e alteram os limites de explosividade e que, portanto,
podem ampliar ou restringir a amplitude da faixa de explosividade.
A concentração de oxigênio, por exemplo, à medida que aumenta, desloca o limite
superior de explosividade e amplia a faixa de explosividade.
A pressão atmosférica, por sua vez, poderá aumentar ou diminuir o limite superior de
explosividade.
No caso de ambiente estar a pressões inferiores à atmosférica, tanto o limite superior
quanto o inferior de explosividade serão diminuídos.
O aumento da energia de ativação - o calor disponível para que a reação se inicie -
tende a ampliar a faixa de explosividade, diminuindo o limite inferior e aumentando o limite
superior de explosividade.
A temperatura ambiente poderá aumentar ou diminuir a faixa de explosividade,
conforme respectivamente aumente ou diminua.
A umidade relativa do ar tem o mesmo efeito de ampliação ou diminuição da faixa de
explosividade, conforme respectivamente diminua ou aumente.
Quando além da explosão há um incêndio, ou seja, além do efeito da sobrepressão
há um efeito térmico, o efeito da explosão é ainda mais devastador. Por esta razão, se
Quadro 3.3.
RESPOSTA:
uma alternativa, desde que não degrade ou reaja com estes materiais ou com
• Detector de vazamentos.
3.6. TESTES
2. Nas explosões sempre haverá um resultado comum, qualquer que seja o tipo dela:
a) Geração de energia térmica.
b) Geração de onda de pressão.
c) Geração simultânea de energia térmica e onda de pressão.
d) Energia luminosa.
e) Geração de radiação.
Feedback: item 3.2. “Com a expansão rápida dos gases, há geração de ondas de
Capítulo 4. Bleve – Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion e UVCE- Unconfined Vapour Cloud
Explosion
OBJETIVOS DO ESTUDO:
Este capítulo tem como objetivo apresentar os conceitos de UVCE e apresentar as
causas, mecanismos, efeitos, prevenção, proteção e exemplos de BLEVEs.
Capítulo 4. Bleve – Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion e UVCE- Unconfined Vapour Cloud
Explosion
4.1. BLEVE
A ocorrência de BLEVEs ao longo da história tem se materializado no grande número
de pessoas atingidas, entre mortos e feridos ou pessoas que perderam suas residências
ou empresas que perderam suas instalações e na magnitude da destruição que provocam,
direta ou indiretamente.
Diretamente pela liberação brutal de energia quando da ocorrência de um BLEVE,
que pode vir acompanhada de incêndios, e indiretamente pelos efeitos da destruição que
um BLEVE pode provocar, incluindo-se aí a explosão de outros equipamentos e materiais
presentes no local e a ocorrência de incêndios.
Um BLEVE geralmente é uma ocorrência catastrófica e, apesar de ser um tipo de
vaporização brutal, e como tal uma explosão física, já apresentada em outro capítulo, é
apresentado como um item destacado, devido à sua intensidade, tanto da ocorrência em
si, quanto da gravidade de suas consequências.
Quadro 4.1
ebulição)?
RESPOSTA:
Capítulo 4. Bleve – Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion e UVCE- Unconfined Vapour Cloud
Explosion
Capítulo 4. Bleve – Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion e UVCE- Unconfined Vapour Cloud
Explosion
Para a mesma massa, o vapor ocupa um volume muitas vezes superior ao do liquido
correspondente, transformando esta vaporização em uma vaporização brutal e explosiva,
destruindo o recipiente e lançando suas partes, como se fossem mísseis, por vezes a
centenas de metros de distância.
Partes de vagões ferroviários de grande capacidade foram encontradas a mais de
700 metros do local de ocorrência do BLEVE.
Dependendo das características do material, caso se trate de material inflamável, o
BLEVE poderá ser acompanhado de uma bola de fogo (fire ball, em inglês).
Capítulo 4. Bleve – Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion e UVCE- Unconfined Vapour Cloud
Explosion
A bola de fogo, por sua vez, poderá provocar outros incêndios e eventualmente
contribuir para a ocorrência de novos BLEVEs em tanques e recipientes vizinhos,
configurando um cenário verdadeiramente catastrófico.
Capítulo 4. Bleve – Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion e UVCE- Unconfined Vapour Cloud
Explosion
É importante observar, no entanto, que BLEVEs podem ocorrer tanto com materiais
inflamáveis quanto com materiais não inflamáveis.
Materiais não inflamáveis como cloro, ou inflamáveis como GLP, estireno ou cloreto
de vinila.
Um dos acidentes mais conhecidos relacionados a BLEVEs foi a explosão de um
depósito de botijões de GLP, na Cidade do México, em 1984.
Após um início de incêndio na instalação, botijões superaquecidos explodiram em
sequência na forma de BLEVE.
Estas explosões e o calor gerado por sua vez produziram novos BLEVEs, produzindo
novas explosões, que terminaram por atingir e destruir residências vizinhas.
Terminadas as explosões e controlado o incêndio, constatou-se que 500 pessoas
haviam morrido além da destruição das instalações e das casas vizinhas.
4.2. UVCE
Os cenários já foram retratados em filmes de ação: o vazamento de uma substância
em estado gasoso e que se espalha pelo ambiente.
A nuvem de gás se desloca pelo ambiente e a quantidade de material que vaza no
ambiente vai se tornando cada vez maior, até que ocorre o encontro da nuvem de gás com
uma fonte de calor. Aí ocorre a explosão.
Quadro 4.2
Como ocorre uma UVCE (expansão explosão de nuvem de vapor não confinada)?
RESPOSTA:
tornando cada vez maior, até que ocorre o encontro da nuvem de gás com uma
Capítulo 4. Bleve – Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion e UVCE- Unconfined Vapour Cloud
Explosion
Quadro 4.3
RESPOSTA:
exemplo);
Capítulo 4. Bleve – Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion e UVCE- Unconfined Vapour Cloud
Explosion
Situações semelhantes ocorrem quando o gás ou vapor é mais denso que o ar.
Em situações deste tipo, a nuvem se desloca junto ao piso e, se porventura encontrar
uma depressão no piso, nela penetrará.
Depressões como valas, ralos, condutores de águas pluviais (“bocas de lobo”).
Este tipo de situação pode ocorrer, por exemplo, quando ocorre um vazamento de
gás liquefeito de petróleo (GLP).
O gás, mais pesado que o ar, desloca-se pelas partes baixas do ambiente.
Capítulo 4. Bleve – Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion e UVCE- Unconfined Vapour Cloud
Explosion
Capítulo 4. Bleve – Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion e UVCE- Unconfined Vapour Cloud
Explosion
Esta nuvem se deslocou por algumas centenas de metros pelas instalações até que
encontrou uma fonte de calor com energia suficiente para que a explosão ocorresse.
A instalação industrial foi completamente destruída e 28 pessoas faleceram.
Foram necessários 10 dias para que o incêndio resultante pudesse ser controlado.
Os danos se estenderam a cerca de 1800 imóveis, alguns dos quais localizados a
1500 metros do local do vazamento.
Estimativas feitas após o acidente indicaram que o diâmetro da nuvem formada era
de aproximadamente 150 metros e que correspondia a cerca de 40 toneladas de gás.
O vazamento ocorreu em função do rompimento de uma tubulação, que havia sido
incorretamente montada.
O acidente ocorreu num sábado, dia no qual a instalação contava com efetivo
reduzido. Estimou-se que o número de mortos poderia ter sido muito maior (cerca de 500
pessoas) caso o rompimento da tubulação tivesse ocorrido durante um dia de semana.
Pela magnitude das consequências citadas, o acidente de Flixborough é tido como
um marco no estudo dos chamados acidentes industriais ampliados.
Capítulo 4. Bleve – Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion e UVCE- Unconfined Vapour Cloud
Explosion
4.3. TESTES
2. Um BLEVE precisa de um agente iniciador para ocorrer. Esse agente pode ser:
I - Uma outra explosão.
II - Um incêndio.
III - A chama de um fogão ou a parede de um forno aquecido.
a) Apenas I é verdadeira.
b) Apenas II e III são verdadeiras.
c) Apenas I e III são verdadeiras.
d) Apenas II é verdadeira
e) Todas são verdadeiras.
Feedback: item 4.1.1.
3. Para que ocorra um BLEVE pelo menos duas condições devem existir
simultaneamente. Quais são?
a) Líquido confinado na temperatura e pressão ambiente e reservatório íntegro.
b) Poça de líquido dentro de um dique de contenção.
c) Líquido confinado acima de sua temperatura de ebulição à pressão externa e
rompimento do reservatório.
d) Líquido em temperatura e pressão ambiente e rompimento do reservatório.
e) Líquido confinado acima de sua temperatura de ebulição a pressão normal e
reservatório íntegro.
Feedback: item 4.1.1.
Capítulo 4. Bleve – Boiling Liquid Expanding Vapour Explosion e UVCE- Unconfined Vapour Cloud
Explosion
9. Quando identificado uma situação onde pode ocorrer uma UVCE, no mínimo 3 ações
imediatas devem ser feitas. Assinale a sequência que poderia evitar a ocorrência de
uma explosão:
a) Cortar o suprimento de combustível, isolar a área e evacuar a área.
b) Evacuar a área, sinalizar a área e cortar o suprimento de ar.
c) Cortar/isolar as fontes de energia existentes na área, cortar o suprimento de
combustível e evacuar a área.
d) Cortar o suprimento de ar na área, evacuar a área e cortar o suprimento de combustível.
e) Sinalizar a área, cortar o suprimento de combustível e cortar/isolar as fontes de energia
existentes na área.
Feedback: item 4.2.
10. No caso de existir uma nuvem de produto inflamável num ambiente aberto, dentro dos
limites de explosividade, ela entrar em contato com uma fonte de ignição e ocorrer a
explosão dessa nuvem, as consequências serão mais graves se:
a) A nuvem estiver num ambiente totalmente aberto, sem quaisquer obstáculos, como
num descampado, num pasto.
b) A nuvem explosiva estiver num local onde existam alguns edifícios, uma fábrica ou área
residencial.
Feedback: Quanto maior o número de estruturas e pessoas na área atingida, maiores
serão os danos.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Este capítulo tem como objetivo apresentar os conceitos de explosão de poeiras.
5.1. INTRODUÇÃO
Explosões em minas subterrâneas são relatadas com alguma frequência.
As situações geralmente ocorrem em minas de carvão e as notícias divulgadas pelos
órgãos de imprensa sempre dão conta de um elevado número de pessoas mortas e
desaparecidas. Situações deste tipo já aconteceram em diversos países, como por
exemplo, a China, Inglaterra, Estados Unidos e Brasil.
Explosões em instalações de industrialização, armazenagem e movimentação de
alimentos, como grãos, rações e biscoitos, entre muitos exemplos, já foram relatadas,
geralmente associadas à ocorrência de mortes e a um elevado número de feridos e de
danos materiais de monta. Acidentes deste tipo acontecem em silos, tanques, túneis,
transportadores e em áreas de carga e descarga de materiais.
Situações deste tipo também já aconteceram em diversos países, como por exemplo,
Brasil, Alemanha, França e Estados Unidos.
Neste texto buscar-se-á responder entre outros pontos:
1) Qual a semelhança, além das mortes e destruição, entre as situações dos
parágrafos anteriores?
2) Como materiais aparentemente inofensivos podem se transformar em poderosos
explosivos?
3) Será que um quilograma de madeira pode explodir?
5.2. PÓ E POEIRA
Um material que seja suficientemente triturado, moído, ralado, lixado ou cortado,
tende a se transformar em um pó.
Como ordem de grandeza, pós têm dimensões inferiores a 500µm. Segundo a
Associação Nacional de Proteção contra Incêndios dos Estados Unidos (NFPA), pós têm
dimensão inferior a 420 µm.
Um pó é, portanto, do ponto de vista químico, o mesmo material do sólido que o
gerou.
Assim, pode-se, a partir de um pedaço de madeira que pese 1 Kgf, produzir 1 Kgf de
pó de madeira, por exemplo, a partir do lixamento ou da trituração da peça original.
É importante ressaltar que o pedaço original de madeira não tem a capacidade de
explodir.
O pó pode ser acondicionado dentro de um recipiente e ocupará um volume
correspondente.
A poeira, por sua vez, é o pó em suspensão em um ambiente.
O volume ocupado pela poeira varia de acordo as dimensões do ambiente, com a
geometria e a existência de obstáculos, além da quantidade de pó originalmente existente
material e da turbulência existente no ambiente.
A composição química da poeira não será necessariamente a do material que gerou
o pó, pois dependerá de gases e outros materiais que poderão estar presentes no
ambiente.
Quadro 5.1
que o originou?
RESPOSTA:
Caso este cubo seja dividido pela metade, a massa total permanecerá a mesma,
porém, a área será 2* (2*l2 + 4*l*l/2) = 8*l2 e a superfície específica será 8*l2/M.
Se os dois “cubos” forem divididos pela metade, teremos como área total 4*(2*l2 +
4*l*l/4) = 12*l2 e a superfície específica será 12*l2/M.
Caso os quatro sólidos sejam divididos pela metade, teremos como área total 8*(2*l2
+ 4*l*l/8) = 20*l2 e a superfície específica será 20*l2/M.
Nestas quatro situações, observa-se o aumento da superfície específica à medida
que o material é fracionado.
À medida que a superfície específica aumenta, a probabilidade de partículas do
material entrarem em contato com o oxigênio também aumenta.
Se este material estiver em suspensão, na forma de poeira, este contato será
altamente provável e muito íntimo. Entenda-se por íntimo, neste contexto, o fato de cada
partícula do material estar cercada por ar e o fato do ar estar entremeado entre todas as
partículas do material.
Quadro 5.2.
Quais são os fatores necessários para que a probabilidade de explosão seja grande?
RESPOSTA:
uma fonte de calor com energia capaz de iniciar. Assim, haverá grande
Estudos realizados nos Estados Unidos indicaram que, em cerca de 33% dos
acidentes envolvendo poeiras, a fonte de calor foi de origem mecânica, 12% de situações
que envolvessem chama aberta (soldagem, oxicorte, etc.).
É importante salientar, no caso dos trabalhos envolvendo chamas abertas, que
provavelmente uma parte dos envolvidos desconheciam (ou esqueceram) as
características potencialmente explosivas do ambiente no qual realizariam suas tarefas.
Dados de estudos alemães de 2004 indicavam em média a ocorrência de uma
explosão de poeiras por dia, ocorrendo em 25% dos casos em indústrias de alimentos e
de rações.
5.5.1. MATERIAL
Para que a explosão ocorra, o material deverá ser explosivo, além de encontrar-se
em dimensões apropriadas.
Materiais diferentes, mesmo que explosivos, têm comportamentos distintos
relacionados às explosões, seja no que tange a concentração, a energia mínima para
ignição, ou pela energia liberada (caracterizada simultaneamente pela máxima pressão
gerada e pela máxima velocidade de aumento de pressão).
O comportamento do material é influenciado, por sua vez, pelo teor de umidade do
mesmo e pela presença de materiais inertes (quanto maior a umidade ou a presença de
materiais inertes, mantidas as demais características, menor a probabilidade de explosão).
De uma maneira geral, quanto mais finamente particulado o material estiver, maior
será a probabilidade de que venha a explodir, e, caso venha a explodir, maiores serão os
danos, quanto menor for o tamanho das partículas, pela facilidade com que a explosão irá
se propagar ao longo do material e do ambiente.
A adoção deste “limite de segurança” não deve ser feita, pois valores maiores do que
os experimentalmente determinados podem ocorrer em condições práticas, com a
ocorrência de explosões.
5.5.4. CONCENTRAÇÃO DE O2
Quanto maior for o teor de oxigênio no ambiente, menor o limite inferior de
explosividade e melhores e mais prováveis são as condições para que o material venha a
explodir e que a explosão se propague pelo material em suspensão.
5.5.5. CALOR
Quanto maior for a energia da fonte de calor, maior a probabilidade de ocorrência de
explosão.
É importante observar que, para um determinado conjunto de parâmetros existentes
no ambiente, se a energia for inferior a um certo valor, a explosão não ocorrerá.
Por analogia com o “triângulo do fogo”, o conjunto dos cinco componentes acima é
conhecido como o “pentágono das explosões”.
Quadro 5.3
RESPOSTA:
5.8. TESTES
1. Pó é o material particulado quando está em repouso sobre uma superfície.
a) Verdadeiro.
b) Falso.
Feedback: item 5.2.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Este capítulo tem como objetivo apresentar um resumo sobre treinamento e
característica de uma brigada contra incêndio e procedimentos de plano de emergência
em caso de incêndios.
6.2.2. COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES
Usando a mesma ordem lógica da apresentação, poderíamos dizer que o primeiro
requisito a se apresentar numa emergência é o referente às “comunicações”. A emergência
necessita ser percebida, transmitida, e acionar todo o sistema de resposta.
Normalmente a emergência é percebida por pessoas, as quais dão (devem dar) o
alerta, através de um sistema de alarme ou um sistema de comunicações. Hodiernamente,
quase todos os riscos possuem no mínimo um sistema de alarme composto por “botoeiras”.
Riscos maiores, normalmente com melhores meios de proteção, podem possuir sistemas
de detecção. Alguns riscos ou edificações possuem como base de seu sistema de
acionamento das respostas às emergências, o sistema de telefonia normal, com reserva
de um ramal para a emergência. Alguns ainda possuem ambos os sistemas sobrepostos
(alarme mais telefonia), o que é, sem dúvida, algo mais confiável. A partir desse
acionamento, a resposta à emergência se desenvolve pelo acionamento do pessoal que
responderá à emergência e do eventual socorro público.
Deve haver um “Centro” de recepção/transmissão de comunicações que funcione,
como o Centro de Operações do Corpo de Bombeiros (COBOM). Normalmente as
empresas se valem da Portaria para esse fim, porque é o local em que há permanência
humana por 24 horas.
Treinamento e reciclagem constantes do pessoal de Portaria são fundamentais,
especialmente em Portarias cujo pessoal é terceirizado.
Os procedimentos devem estar escritos. Deve haver equipamentos de comunicações
eficientes (modernos e novos). Os procedimentos escritos devem conter, por exemplo, lista
de telefones essenciais.
É conveniente juntar os PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE PORTARIA em um só
documento e treinar os porteiros e vigias, no mínimo semestralmente. Esse treinamento
deverá se fazer de imediato caso haja substituição da equipe de portaria. A esse
procedimento devem-se anexar os procedimentos de SINAIS E ALARME. Para os sinais e
alarme, pode-se usar a sirene da empresa com toques convencionados. Apitos e buzinas
de ar possibilitam soluções empíricas.
Como prática útil, pode ser produzido um “quadro”, a ser afixado na portaria, de
“como chamar o Corpo de Bombeiros” passo a passo, mais como acionar o alarme, etc.
6.2.4. EQUIPAMENTOS
VEÍCULOS/EQUIPAMENTOS
Devem existir meios de respostas dispostos no risco/edificação, quais sejam os
equipamentos necessários, como mangueiras, hidrantes, líquidos geradores (extrato) de
espuma, mais equipamentos complementares de proteção individual, salvatagem, etc.
Normalmente esses equipamentos são projetados para atender a regulamentação
pública ou securitária, mas devem sofrer os acréscimos decorrentes da capacidade de
resposta do socorro público, conforme tratado anteriormente.
Quadro 6.1.
vizinhos e órgãos públicos, trâmite com os órgãos públicos para saber de sua
adequação, etc.
ÁGUA
Deve existir com quantidade e deve estar próxima.
RELATÓRIOS
A empresa deve possuir roteiro para a elaboração de relatórios, seja de situação real,
seja de simulado. Esse roteiro pode prever número de cópias e trâmite.
6.2.7. RELATÓRIO
Em princípio, deve ser de responsabilidade do coordenador da resposta à
emergência. Deve possuir modelo ou roteiro (impresso) padrão para sua elaboração.
CONTROLADOR DE PESSOAL
Função para a qual deve ser previsto elemento de reserva.
Toma as providências normais acima descritas e chegando ao ponto de reunião:
• Confere o pessoal de seu setor.
• Dá ciência da saída ou não de todo o pessoal de seu setor ao controlador geral
ou às equipes de resposta às emergências para que sejam ou não realizadas buscas.
ENCARREGADO DE BUSCAS
Função para a qual deve ser designado elemento reserva.
Desliga (corta/fecha/imobiliza) seu equipamento e antes de sair:
• Busca nos locais críticos pré-determinados (banheiros, almoxarifados isolados,
etc.) pela existência de pessoas que não tenham percebido o sinal de abandono
(alarme) ou que estejam com dificuldades para realizar o abandono.
• Realiza as demais ações conforme outros funcionários.
OBSERVAÇÃO: É conveniente que o controlador seja o chefe natural do setor e que
o encarregado de buscas seja um colaborador que trabalhe no próprio setor com
treinamento adicional para essas ações ou colaborador que exerça funções em locais
próximos a esses locais críticos.
Deve ser prevista ação especial caso existam funcionários com mobilidade reduzida
ou com deficiência auditiva ou visual, etc. Uma boa alternativa é a de se determinar uma
ou mais pessoas para guiar esses funcionários em situações de emergência.
Deve ser dada especial ênfase quanto à proibição de se retornar ao local
abandonado sem prévia autorização, pois essa vontade de retornar acomete perto de 30
% das pessoas, pelos mais variados motivos, dentre os quais o de ajudar ou avisar outra
pessoa.
6.3.4. SIMULADOS
Os simulados são essenciais para a efetividade dos planos de abandono. Um sistema
de abandono deve ser considerado inexistente caso não ocorram simulados periódicos.
Os simulados podem ter variação de complexidade tais como:
• Saída sem comparecimento ao ponto de reunião e com retorno imediato ao posto
de trabalho, objetivando exercícios mais rápidos.
• Saída de metade do pessoal (Idem).
• Existência ou não de aviso prévio.
• Variação de horário, com aproveitamento ou não dos horários naturais de
paradas para troca de turno, almoço, etc.
• Simulação de presença de fumaça e consequente progressão agachado ou de
cócoras, etc.
Após os simulados, deve ser sempre efetuada reunião para críticas com elaboração
de atas ou relatórios e com as consequentes correções nos procedimentos implantados.
POPULAÇÃO
Deve ser medida a população real.
Pode-se estimar 1/7 pessoas por metro quadrado para escritório e 1/10 para
ocupações industriais.
CAMINHAMENTO
Recomenda-se como distância máxima a ser percorrida, em edificações que não
sejam dotadas de chuveiro automático, 30 metros, quando existe somente uma saída; 40
metros, quando existam 2 saídas.
Quando existem chuveiros automáticos, essas distâncias máximas podem ser
maiores.
6.4 TESTES
1. Qual Norma da ABNT trata-se de Brigada de Incêndio:
a) NBR 14 250.
b) NBR 14 726.
c) NBR 14 200.
d) NBR 14 276.
e) NBR 14 672.
Feedback: item 6.1.1.
5. Quais são os requisitos básicos para o funcionamento de um Corpo de Bombeiros e que podem
servir de guia para a implantação dos procedimentos de emergência?
a) Comunicações, Pessoal, Quartéis (Pontos de Encontro), mas não estão inclusos equipamentos
e nem a legislação (normas/inspeções).
b) Apenas a água é um requisito básico para o funcionamento de um CB.
c) Legislação (Normas/Inspeções) é o único requisito básico para o funcionamento de um CB.
d) Comunicações, Pessoal, Quartéis (Pontos de Encontro), equipamentos, legislação
(normas/inspeções) e água.
e) Apenas Quartéis (Pontos de Encontro) e água são os únicos requisitos básicos para um CB.
Feedback: item 6.2.1.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Este capítulo tem por objetivo apresentar os Sistemas de extinção de incêndio por
inundação total com Agente extintor limpo, conceituar Agente extintor limpo e apresentar
os Equipamentos e critérios de escolha de um agente e sistema de Agente extintor limpo.
7.1. INTRODUÇÃO
A ocorrência de incêndio em determinados locais, mesmo que de pequenas
proporções, pode ocasionar perdas materiais significativas, seja pela perda do
equipamento de elevado valor agregado contido naquele local, seja pela parada do
equipamento e interrupção da atividade ou prestação do serviço. É o caso de salas
contendo equipamentos eletrônicos sensíveis, cada vez mais comuns na atualidade, e
ambientes com conteúdo histórico insubstituível, tais como museus e bibliotecas. Em tais
áreas, os danos provocados pela escolha inadequada do agente extintor podem ser tão
catastróficos quanto os danos provocados pelo fogo.
Historicamente, para extinção de incêndios em tais riscos, utilizou-se inicialmente o
gás carbônico (CO2), com aplicação através do método de inundação total do ambiente, e
posteriormente o gás Halon 1301, que se tratava de um agente extintor muito efetivo e com
a vantagem de não provocar risco à vida como o CO2 (asfixia).
Quadro 7.1.
protegido.
A descoberta, na década de 80, dos efeitos adversos dos Halons sobre a camada
de Ozônio conduziu ao estabelecimento de prazo para descontinuação do excelente
agente extintor Halon 1301 e a uma busca de produtos alternativos que pudessem
substituí-lo. A permissão para instalação de novos sistemas fixos contendo Halon 1301 já
se encerrou e o emprego de agentes limpos é uma necessidade.
Nas décadas seguintes, vários agentes extintores que foram estudados e propostos
pelas empresas foram aceitos pela comunidade técnica, bem como pelas associações de
proteção do meio ambiente e finalmente vieram a ser incorporados nas normalizações
internacionais como agentes extintores alternativos ao gás Halon.
Tais agentes extintores mereceram uma nova classificação dentro das normas e
passaram a serem denominados como AGENTES EXTINTORES LIMPOS (CLEAN
AGENTS), tendo sido desenvolvida toda uma normalização técnica para a aplicação dos
mesmos, da qual a NFPA 2001 é a precursora.
Apresentaremos a seguir os conceitos básicos que envolvem os princípios de
atuação, a escolha e a aplicação dos AGENTES EXTINTORES LIMPOS.
Combustíveis
Halocarbono
s
Barreira Mecânica
Interferência Química
Calor Oxigênio
7.2.2. COMBUSTÍVEL
Combustível é o elemento que reage com o Oxigênio produzindo a combustão,
portanto, o combustível é o agente redutor da reação de combustão. Isto significa que o
combustível tem a capacidade de perder elétrons para o agente oxidante, que por sua vez
irá receber estes elétrons.
A combustibilidade de um material depende de sua maior ou menor capacidade de
reagir com o Oxigênio na presença de calor e, portanto, da facilidade de ceder elétrons. O
combustível é o elemento que serve de campo de propagação para o fogo.
O método de extinção relacionado a este elemento denomina-se Barreira mecânica
e consiste na retirada do combustível de contato com os demais elementos, como no caso
de fechamento de válvulas de combustível, ou sistemas de espuma que provocam o
isolamento do combustível com relação ao O2.
7.2.3. CALOR
O calor é o segundo elemento essencial à formação do fogo. É o elemento que dá
início ao incêndio e que lhe incentiva a propagação.
Definimos a seguir alguns conceitos importantes para a compreensão do calor como
elemento essencial da reação de combustão.
Ponto de Fulgor (Flash Point): é a temperatura na qual os combustíveis liberam
vapores em quantidade suficiente para formar uma mistura igniscível quando em contato
com uma fonte externa de calor. Entretanto, a chama não se mantém devido à insuficiência
na quantidade de vapores desprendidos.
Ponto de Combustão (Fire Point): é a temperatura na qual os gases desprendidos
dos combustíveis, ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor, entram em
combustão e continuam a queimar, mesmo se retirada a fonte externa. Normalmente este
ponto é ligeiramente superior ao ponto de fulgor.
Ponto de Ignição (Ignition Temperature): é a temperatura na qual entram em
combustão apenas pelo contato com o Oxigênio do ar, independentemente de qualquer
fonte de calor. É também chamado de Ponto de Combustão Espontânea ou Ponto de
Autoignição.
O método de extinção consiste na remoção do calor da reação de combustão,
portanto, realiza o abaixamento da temperatura do material abaixo do ponto de combustão
do mesmo. Este método é denominado Resfriamento.
A eficiência do agente extintor que age por resfriamento depende da sua capacidade
de absorver calor específico e do seu calor latente, bem como da temperatura de ebulição.
A água tem sido o agente extintor mais comumente utilizado para resfriamento,
devido sua abundância na natureza e os valores elevados de seu calor específico e calor
latente e, portanto, elevada capacidade de absorção de calor.
Além disto, devido a sua forma líquida, a água pode ser facilmente conduzida e
aplicada sobre o fogo.
Os inconvenientes da água residem nos danos que podem ser provocados pela
mesma a muitos materiais por ocasião do combate ao fogo, bem como em sua
condutividade elétrica quando em jato sólido.
7.2.4. OXIGÊNIO
O Oxigênio é o terceiro elemento necessário à reação de combustão e realiza a ação
de comburente. É o responsável pela manutenção das chamas e intensificação da
combustão.
Em ambientes pobres de Oxigênio, o fogo não tem chamas e, nos ambientes ricos,
estas são intensas, brilhantes e com elevada temperatura.
A combustão só pode ocorrer, via de regra, na presença de Oxigênio com
concentração a 13% para as chamas e, no caso dos sólidos, como a madeira, com
concentrações de 4% a 5%.
O procedimento de diminuição dos níveis de Oxigênio abaixo da concentração
requerida pelos materiais para queimar é denominado Abafamento.
Riscos com múltiplos produtos estocados, como no caso de Armazéns, devem ter
uma análise de produtos criteriosa para permitir a correta definição do agente extintor a ser
utilizado.
Apresentamos a seguir a Tabela 7.2 que resume em linhas gerais o agente extintor
a ser empregado versus a classe de incêndio.
Classe A OK Inadequado OK OK
Classe B Inadequado OK OK OK
Classe C Inadequado OK OK OK
Como podemos observar, existe uma infinidade de agentes extintores que podem
ser escolhidos para utilização em sistemas fixos de inundação total. A escolha de um ou
outro dependerá de análise técnico-financeira, bem como de fatores importantes para a
garantia de manutenção da confiabilidade do sistema.
Detecção
Difusor
Detecção
Descarga do Agente
Tubulação
Detecção
Detecção
Agente Extintor
Descarga do Agente Limpo
Difusor
Central Endereçável
Área protegida
Sinal elétrico
Agente Limpo
Tubulação
Risco protegido
Nos sistemas fixos de aplicação local (Fig. 7.4), o agente extintor que está
armazenado nos cilindros é conduzido pelas tubulações e é aplicado diretamente sobre ou
internamente ao risco protegido que pode ser um equipamento, gabinete ou painel.
Neste caso, a quantidade de agente extintor aplicado é reduzida com relação ao
método de inundação total.
As normas não são específicas com relação a este tipo de método de aplicação,
porém, existem fabricantes que desenvolveram equipamentos e soluções destinadas a
este fim.
CLASSE A
CLASSE B
AGENTES HALOCARBONOS
São aqueles que contêm como componente principal um ou mais dos seguintes
componentes orgânicos, contendo um ou mais dos seguintes elementos: Flúor, Cloro,
Bromo ou Iodo.
Estes agentes agem principalmente pelo princípio de resfriamento a nível molecular
e também secundariamente por inibição da reação em cadeia da combustão.
São aplicados pelo método de inundação total em concentrações baixas que variam
de acordo com o produto, mas que são da ordem de 4% a 8% em volume.
Portanto, requerem menor espaço para armazenamento e não conduzem a redução
significativa do Oxigênio da área protegida.
Exemplos destes agentes halocarbonos são: FE 25TM, FM 200TM, FE 227FM, FE 13TM,
NAF SIII e FE 36TM
Na Tabela 7.3, estão indicados todos os agentes limpos classificados pelo
mecanismo de atuação.
7.6. TOXICIDADE
Por se tratarem de agentes extintores que são aplicados no ambiente na forma
gasosa, a inalação é o principal meio de entrada do agente extintor no organismo.
Quando falamos em toxicidade de agentes limpos, devemos observar dois aspectos
distintos, a toxicidade do agente em seu estado natural e nas concentrações de projeto e
a toxicidade dos subprodutos da decomposição do agente extintor pela ação do fogo.
NOAEL %
7,5 9 43
LOAEL %
10 10,5 52
Outro fator a ser considerado, que diz respeito à segurança de pessoas, é o fato de
que, durante a descarga do agente limpo, existe uma expansão brusca do mesmo no
momento da gaseificação junto ao difusor e a temperatura é muito baixa. Este fenômeno
pode causar queimaduras em pessoas que estejam manuseando os difusores ou muito
próximas a estes. O mesmo pode ocorrer junto aos cilindros em caso de descargas
acidentais. Cuidados especiais devem ser tomados por pessoas responsáveis pelo
manuseio do equipamento.
A redução da temperatura depende das dimensões da sala, mas de um modo geral
não é significativa para as descargas de sistemas de baixa pressão de halocarbonos,
sendo significativa para agentes Inertes de alta pressão.
A descarga do agente extintor irá causar muito ruído e um ambiente dotado de névoa
(fog) que logo se normalizará, uma vez completada a mesma.
7.9.1. NOVEC
Uma alternativa recente para a extinção de incêndio por agentes limpos é o Novec.
O Fluido 3M Novec 1230 é um agente limpo utilizado para combate ao incêndio em áreas
fechadas, sensíveis e que contenham ativos valiosos, geralmente áreas onde é
imprescindível manter a continuidade das operações.
Novec é um fluído que representa uma próxima geração em substituição ao halon,
projetado para minimizar as preocupações com a segurança humana, desempenho e meio
ambiente. Diferentemente dos HFCs da primeira geração, o fluido NovecTM 1230 tem as
características-chave que definem um agente de combate a incêndio limpo e sustentável:
- Potencial 0 (zero) de agressão à camada de ozônio;
- Tempo de vida na atmosfera de apenas 5 dias;
- Potencial de aquecimento global igual a 1 (um);
- Uma grande margem de segurança para áreas ocupadas.
PROPRIEDADES AMBIENTAIS
Potencial de Agressão à
Camada de Ozônio¹ 0 12 0 0
Potencial de Aquecimento
Global² 1 7140 3.220 3.500
MARGEM DE SEGURANÇA
Halon HFC-125
Novec 1230 HFC-227ea
1301
Concentração de Uso 4-6% 5% 7,5-8,7% 8,7-12,1%
Figura 7.8. Exemplo de sistema com traçado de tubulações mais sofisticado, que deve ser
dimensionado por software.
Apresentamos nas Fig. 7.10 e 7.11 as pressões de trabalho para vários agentes
extintores.
7.14. TESTES
1. Os agentes limpos são:
a) Gases que substituíram o Halon 1301
b) São gases regulamentados pela EPA quanto sua aplicação.
c) São gases que podem ser tóxicos e nocivos se aplicados excessivamente.
d) As alternativas a) e b) estão corretas.
e) As alternativas a), b) e c) estão corretas.
Feedback: item 7.1.
OBJETIVOS DO ESTUDO
Este capítulo tem por objetivo introduzir os diversos tipos de detectores, sistemas
de detecção pontuais e especiais, bem como normas aplicáveis, apresentar os princípios
básicos de funcionamento dos sistemas de detecção e alarme e os componentes dos
sistemas e regras básicas de instalação.
8.1. INTRODUÇÃO
A função de um sistema de detecção e alarme de incêndio é detectar os produtos da
combustão através de sensores eletrônicos e emitir mensagens e avisos de alarme de
modo a propiciar o pronto combate ao incêndio, evitando assim perda de vidas e danos ao
patrimônio.
O estágio atual tecnológico destes sistemas, com emprego de processadores, tanto
nos painéis de controle como nos detectores, permite oferecer ao usuário uma variedade
de soluções de elevada confiabilidade.
Detectores dos fenômenos do fogo (fumaça, calor e chama) de elevada tecnologia e
sem partes “suspeitas” (tais como pastilhas radioativas), painéis de controle cada vez mais
“inteligentes” e que fornecem um maior número de informações sobre o estado do sistema,
bem como uma normalização técnica e certificação internacional mais desenvolvida,
tornaram tais sistemas em importantes aliados à proteção de vidas, patrimônio e
continuidade do negócio.
A seguir vamos apresentar os conceitos básicos de tais sistemas, bem como
discorrer sobre as diversas tecnologias existentes, fornecendo assim as primeiras noções
referentes a eles.
CHAMAS E CALOR
A reação de combustão é exotérmica e a energia por ela liberada apresenta-se em
duas formas: chamas e calor.
Nem sempre as chamas estão presentes na combustão, é o caso da combustão lenta
onde são produzidos apenas gases, calor e fumaça.
As consequências mais diretas da exposição às chamas são as queimaduras.
O calor fornece energia para a continuidade da reação de combustão e para a ignição
de materiais ainda não incendiados. O calor também facilita a convecção dos gases
combustíveis que são liberados no aquecimento dos materiais. Os efeitos fisiológicos do
calor no incêndio são: desidratação, exaustão, bloqueio do aparelho respiratório e morte.
FUMAÇA
A combustão incompleta de materiais orgânicos gera finas partículas mais densas
que o ar, que são envolvidas por gases quentes e vapores, e, que através de convecção,
as mantém em suspensão, formando a fumaça.
As partículas impedem a passagem da luz e obscurecem a visão, dificultando a
locomoção e o alcance das saídas. A inalação destas partículas é prejudicial às vias
respiratórias.
A densidade de fumaça no ambiente é medida pela porcentagem de obscurecimento
cuja unidade é % Obscurecimento por metro (%Obs/m) e que expressa a dificuldade de
visualizar à medida que nos afastamos do objeto, na presença de fumaça.
I
VESDA 88
M LaserPLUS
E
N
T
O
TEMPO
Vem do Dispositivo
painel de final de
central linha
Na figura acima, verificamos que o fio positivo é conectado sem interrupções nas
diversas bases, porém o fio negativo é interrompido em cada base. A continuidade se dá
através do detector, quando ele está instalado.
A corrente consumida por cada detector é baixíssima, da ordem de μA. Uma corrente
de supervisão da fiação forma-se, então, através do dispositivo de fim de linha, que na
maioria das centrais é um resistor de valor em torno de 4,7 kΏ. Quando algum detector for
retirado de sua base ou a fiação for interrompida por qualquer motivo, esta corrente deixará
de circular e o painel central emitirá uma sinalização de falha naquela linha de detecção. A
corrente de supervisão circulante é em torno de 5 mA. Como a corrente circulante através
das linhas de detecção é limitada, a tensão varia conforme se exige mais ou menos a
corrente.
Os detectores convencionais, de endereçamento coletivo ou não microprocessados,
quando a quantidade de fumaça na câmera é suficiente para gerar uma sinalização de
alarme, modifica sua impedância na linha de detecção mostrada na figura, diminuindo-a a
um valor bem abaixo do dispositivo de final de linha (algo em torno de 1 kΏ), fazendo com
que a central identifique este aumento de corrente como uma sinalização de alarme. Uma
outra condição é possível quando há um curto circuito entre os fios positivo e negativo da
linha de detecção. Neste caso, a corrente irá subir a um valor limitado apenas pela
resistência da fiação, porém, o painel de controle tem, em cada saída, um circuito limitador
de corrente que não permite que este valor ultrapasse a 100 mA, na maioria dos painéis.
Neste caso, a sinalização do painel será de falha na linha.
Assim, os estados possíveis de uma linha detecção, que são abertos, normal, em
alarme e em curto circuito, são informados pelo painel de acordo com o nível de tensão
apresentado pelo circuito alimentador da linha, conforme tabela abaixo:
Os valores da tabela acima não são padronizados, mas servem como referência.
Esta operação básica é verificada nos dispositivos (painéis e detectores) do tipo
convencional ou coletivo.
Câmera de amostra do
detector
Fumaça
Raios
emitidos Raios
refletidos
Anteparo
Tubo de amostragem
VESDA 88
LaserPLUS
Ar condicionado
Tubo primário no
retorno do ar
Grelha de retorno
Podem ser do tipo alavanca, quebre o vidro, ou quebre o vidro e aperte o botão.
106 dB
1 metro
2 metros 100 dB
4 metros 94 dB
CONDUTOS
A função dos condutos é fornecer proteção mecânica e, quando metálicos, blindagem
contra indução eletromagnética.
Portanto, os condutos podem ser aparentes, embutidos, metálicos, plásticos ou de
qualquer outro material que garanta efetiva proteção mecânica da fiação nele contida.
Os condutos devem ter dispositivos que impeçam a passagem de fumaça e de gases
quentes dentro deles e de uma área compartimentada para outra.
Sendo metálico, o conduto deve ter perfeita continuidade elétrica.
Sendo plástico ou de outro material não condutor, os condutos devem ser rígidos ou
flexíveis e toda fiação será de cabos blindados eletrostaticamente. A distância mínima entre
cabos ou fios em dutos metálicos e fiação de 110/220 Vac deve ser de 50 cm.
Os circuitos de detecção, acionadores manuais e monitoramento devem estar em
eletrodutos distintos dos circuitos de sirenes e comando em geral.
8.8. TESTES
OBJETIVOS DO ESTUDO
Este capítulo tem como objetivo apresentar os conceitos básicos do sistema de
iluminação de emergência, seus principais requisitos de operação e os critérios de projeto.
9.1. INTRODUÇÃO
Os Sistemas de Prevenção e Combate a Incêndio de um edifício são estruturas
físicas destinadas a preservação da vida e do patrimônio contra as situações de risco de
incêndio e contra a evolução do fogo.
A seguir, destacam-se os objetivos e princípios para que os sistemas de prevenção
e combate a incêndio sejam concebidos.
[Princípios básicos que determinam o nível de segurança da vida ao fogo nas edificações
(Life Safety Code - NFPA 101):
(a) Prevenção de ignição;
(b) Descoberta do fogo;
(c) Controle de desenvolvimento do fogo;
(d) Proteção dos efeitos do fogo;
(e) Extinção do fogo;
(f) Provisão de refúgio ou evacuação da edificação;
(g) Reação do Pessoal; e
(h) Informação de segurança de fogo para ocupantes.
Pode-se relacionar as funções de um sistema de iluminação de emergência de uma
edificação aos aspectos abrangidos pelos tópicos dos itens d, f, g e h.
O sistema de iluminação de emergência tem como principal função possibilitar que
os usuários do edifício tenham condições, em situação de falta de energia elétrica ou em
situação de incêndio (situações de emergência), de serem orientados, auxiliados e de
serem protegidos dos efeitos de um incêndio.
Ou seja, a iluminação de emergência deve proporcionar condições aos usuários a se
protegerem dos efeitos do fogo (d), de encontrar locais de provisionamento ou de se
direcionarem para as rotas de fuga (f), de forma organizada e segura (g, h).
Quadro 9.1
• Corredores;
• Escadas;
• Rampas;
• Saídas;
• Áreas de trabalho;
• Áreas técnicas;
Notas:
A seguir apresenta-se a Tabela 9.1 de classificação dos índices de proteção A e B.
verificar a curva de descarga da bateria para especificá-la. Para este caso, utilizando-se a
tabela abaixo, como exemplo, tem-se a necessidade de instalar uma bateria de 500 A.h.
9.8. TESTES
1. Quais das exigências abaixo os sistemas de iluminação de emergência devem
atender?
a) Operar só em ocorrência de incêndio do edifício.
b) Iluminar escadas e rotas de fuga exclusivamente.
c) Atividades específicas que não sejam ligadas ao abandono do edifício não são
previstas na NBR 10898.
d) A equipe de intervenção do Corpo de Bombeiros deve atuar prevenida dos perigos de
choque elétrico e o sistema de iluminação de emergência não precisa ter nenhum
requisito que garanta a segurança destes usuários.
e) N.d.a.
Feedback: item 9.2.
5. Quais dos grupos abaixo não fazem parte dos usuários aos quais o sistema de
iluminação de emergência deve atender?
a) Funcionários de escritórios ou moradores do edifício.
b) Visitantes do edifício.
c) Corpo de bombeiros.
d) Gestores, equipe de manutenção e limpeza do edifício.
e) N.d.a.
Feedback: item 9.1.
Bibliografia
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