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de Saúde e
Segurança no
Trabalho
PROFESSOR
Me. Juliano Bertolotti Moura
FICHA CATALOGRÁFICA
Reitor
Wilson de Matos Silva
Juliano Bertolotti Moura
Lattes: http://lattes.cnpq.br/2622850701219719
FUNDAMENTOS DE SAÚDE E
SEGURANÇA NO TRABALHO
Sempre que encontrar esse ícone, Ao longo do livro, você será convida-
esteja conectado à internet e inicie do(a) a refletir, questionar e trans-
o aplicativo Unicesumar Experien- formar. Aproveite este momento.
ce. Aproxime seu dispositivo móvel
da página indicada e veja os recur-
sos em Realidade Aumentada. Ex- EXPLORANDO IDEIAS
plore as ferramentas do App para
saber das possibilidades de intera- Com este elemento, você terá a
ção de cada objeto. oportunidade de explorar termos
e palavras-chave do assunto discu-
tido, de forma mais objetiva.
RODA DE CONVERSA
1
9 2
47
INTRODUÇÃO AOS GESTÃO DE
FUNDAMENTOS SAÚDE E
DE SAÚDE E SEGURANÇA DO
SEGURANÇA DO TRABALHO
TRABALHO
3
85 4 131
QUALIDADE O TRABALHO
DE VIDA NO E AS NOVAS
TRABALHO TECNOLOGIAS
5
173
EVOLUÇÃO
HISTÓRICA DAS
NORMAS
1
Introdução aos
Fundamentos de
Saúde e Segurança
do Trabalho
Me. Juliano Bertolotti Moura
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UNICESUMAR
cio bem bacana para iniciar ou aprimorar ainda mais este processo de percepção.
É um exercício bem fácil e não está limitado a um ambiente de trabalho. Vamos
lá! O exercício que proponho é para que você faça observações sobre as condições
em que as pessoas se expõem aos perigos e riscos, seja no trânsito (travessia de
pedestres, motoboys), obras de construção civil, limpeza de fachadas, atividades
desenvolvidas em sua casa etc. O objetivo é que você observe as condições de
riscos e perigos a que as pessoas se expõem ou estão expostas.
Como um(a) futuro(a) profissional da segurança do trabalho, você terá que
lidar com diversas situações, ora com a exposição das pessoas a um determinado
risco ou perigo, ora com as pessoas se expondo a uma situação de risco ou perigo.
Portanto, a prática do dia a dia, vivenciando cada uma das situações você irá se
tornar um expert em identificar os problemas presentes nos ambientes. Assim, o
exercício proposto irá te ajudar a dar o pontapé inicial neste processo de apren-
dizagem e evolução. Para anotar as suas observações e reflexões sobre o assunto,
utilize seu diário de bordo.
DIÁRIO DE BORDO
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UNIDADE 1
PENSANDO JUNTOS
Consegue imaginar o rigor desta lei imposta por Hamurabi naquele tempo? Já pensou se
esta lei perdurasse até os dias de hoje?
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
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UNICESUMAR
PENSANDO JUNTOS
Fazendo uma reflexão sobre o texto acima, será que conseguiríamos trabalhar nas mes-
mas condições em que os operários trabalhavam no início da Revolução Industrial?
Ainda neste período, além de todos os problemas com acidentes e péssimas con-
dições de trabalho, nasceu no meio dos trabalhadores a ideia de que as máquinas
substituíram a mão de obra humana. Com este pensamento, houve então uma
mobilização da classe trabalhadora para reivindicar os seus direitos, associando-
-se aos sindicatos e se recusando a realizar as atividades de trabalho e resistindo
ao controle de seus superiores. Devido às ações desenvolvidas pelos trabalhado-
res, os empresários se viram forçados a pensar em novas formas de organização
do trabalho. Neste período houveram muitos movimentos sociais e trabalhistas
que pressionaram os legisladores e os políticos, fazendo com que surgissem as
legislações e proteções para os trabalhadores, permitindo assim, que as atividades
fossem regulamentadas. Em função das primeiras ações que envolviam a regula-
ção jurídica dos direitos trabalhistas, surgiu o Direito do Trabalho. O objetivo do
Direito do Trabalho era proteger os trabalhadores do esgotamento causado pelo
abuso da carga horária imposta pelas empresas, estabelecendo limites de horas
de trabalho e garantia mínima de direitos contra as demissões por simples razões
econômicas ou decorrentes do arbítrio patronal (CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016).
Na Europa, no século XIX, os estudos sobre as condições de trabalho se inten-
sificaram, sendo estes motivados pelos abusos que estavam sendo cometidos nas
novas organizações que surgiam. Ao passo que novas fábricas iam surgindo, aumen-
tava a quantidade de atividades desenvolvidas. Consequentemente, o número de
acidentes e doenças do trabalho também cresciam, independente de estar ou não
relacionadas a atividades ocupacionais. Foi então que, no Parlamento britânico, sob
a direção de Sir Robert Peel, surgiu uma comissão de inquérito para investigar os
17
UNIDADE 1
“
A Lei proibia o trabalho noturno para menores de 18 anos; os me-
nores só podiam trabalhar 12 horas/dia em 69 horas/semanais;
obrigava as fábricas a montar escolas para os menores de 13 anos; a
idade mínima para o trabalho era 9 anos; um médico deveria atestar
que o desenvolvimento físico da criança correspondia a sua idade
cronológica (MATTOS; MÁSCULO, 2019, p.10).
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UNIDADE 1
OLHAR CONCEITUAL
Veja a seguir alguns dos fatos marcantes na história da Saúde e Segurança do
Trabalho nos EUA e na Europa.
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UNIDADE 1
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UNICESUMAR
Apresentadas as questões históricas, muito importantes para que você possa se lo-
calizar no tempo e no espaço onde tudo começou, nesse caso, a segurança do traba-
lho, quero apresentar a você alguns conceitos importantes sobre a medicina, saúde
ocupacional e a saúde do trabalhador. Ao passo que você vai sendo introduzido
no assunto, é importante que você também saiba o que significa e o que representa
cada um destes conceitos. Assim, sem perda de tempo, vamos ao que interessa!
A evolução das ações voltadas para a saúde versus trabalho é fruto de diferen-
tes conceitos e práxis entre diferentes caminhos que buscaram, de alguma forma,
durante alguns séculos atrás, trazer a si a hegemonia do conhecimento. Segundo
Waissmann (s.d.), é comum descrever as diferenças com um cunho ideológico,
materializada em métodos e Leis diferenciadas. Este modelo de análise possi-
bilitou a tipificação de três modos predominantes de ação e interpretação do
campo da saúde e a relação com trabalho designados pelas ciências associadas
aos estudos do trabalho como: medicina do trabalho, saúde ocupacional e a saúde
do trabalhador. Vejamos cada uma destas ciências com maiores detalhes.
Medicina do trabalho - O conceito de medicina do trabalho pode ser descri-
to como: “[...] especialidade médica voltada primordialmente para o tratamento
(da doença), a recuperação da saúde ... tratamento dos efeitos ou diminuição de
sequelas causadas pelos acidentes e doenças” (MATTOS; MÁSCULO, 2019, p.
14). Além disso, pode ser caracterizada como sendo “espaço de atuação empíri-
ca restrita ao médico; atendimento clínico individual como função primordial;
dissociação dos agravos gerados à saúde em relação ao trabalho” (MATTOS;
MÁSCULO, 2019, p. 14). O modelo de medicina do trabalho, surgido no século
XIX, se adaptou bem aos paradigmas tayloristas surgidos no final do mesmo
século, sendo aperfeiçoado por Henry Ford, nos Estados Unidos ao longo dos
anos seguintes. Neste período, o modelo de medicina do trabalho favorecia a
seleção das pessoas com maiores condições de saúde, o controle do absenteísmo
e proporcionava o gerenciamento do retorno ao trabalho das pessoas doentes
e acidentados. Porém, a sustentação estava ficando difícil para as questões que
envolviam a relação entre a saúde e o trabalho. Nesta fase do desenvolvimento tec-
nológico da época, não era possível responder aos agravos surgidos e não evitados
no trabalho. Com isso, a produção era inviável economicamente, principalmente
no período pós-guerra, onde a economia estava se reerguendo e a mão de obra
assumindo os postos de trabalho. Surge então a abordagem denominada saúde
ocupacional, tendo como objetivo se adequar às novas necessidades produtivas.
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UNIDADE 1
“
a atividade que visa a promoção e manutenção, no mais alto grau,
do bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores em todas as
ocupações; a prevenção, entre os trabalhadores, de doenças ocu-
pacionais causadas por suas condições de trabalho: a proteção dos
trabalhadores, em seus labores, dos riscos resultantes de fatores ad-
versos à saúde: a colocação e conservação dos trabalhadores nos
ambientes ocupacionais adaptados às suas aptidões fisiológicas e
psicológicas; em resumo: a adaptação do trabalho ao homem e de
cada homem ao seu próprio trabalho.
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UNICESUMAR
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UNIDADE 1
dentes que poderiam causar danos irreparáveis. Por que eu estou falando deste
assunto, ao invés de seguir em frente com a matéria? Porque você será muito
importante para as pessoas que estão a sua volta, uma referência de profissional
quando o assunto for saúde e segurança do trabalho. Afinal, se você está aqui, é
porque você se preocupa com as pessoas e isso te move a buscar conhecimentos
para ajudá-las nesta tão importante missão de preservar a vida.
Agora sim, vamos mudar de assunto.
Puxando um gancho na questão de preservar a vida e a integridade física das
pessoas, quero te perguntar: Como preservar a saúde e a integridade física das
pessoas? A resposta para esta pergunta você vai ter mais adiante. Por isso, guarde
ela para você responder depois que você ler o restante desta unidade.
Bem, para que se possa promover a saúde e segurança do trabalho nas em-
presas ou organizações, é preciso conhecer alguns conceitos sobre perigos, riscos,
tipos de doenças, formas de prevenção, entre outros assuntos.
Então vamos lá!
Observe a imagem a seguir.
Descrição da Imagem: Homem sentado em cima de um cano posicionado na horizontal que desce da pa-
rede e é direcionado para o lado esquerdo. O homem está furando a parede com um martelo e um formão.
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UNIDADE 1
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UNICESUMAR
Hoje, acidente de trabalho pode ser entendido de uma forma mais ampla do
que era no passado, como vimos na história apresentada no início desta unidade.
Vejamos algumas outras definições de acidentes.
“
Acidente ligado ao trabalho e que mesmo que não tenha sido a causa
única, contribui inteiramente para a morte do trabalhador, para a
perda ou redução da capacidade para o trabalho ou que tenha cau-
sado lesão que exija algum cuidado médico para a sua recuperação
(CHIMICI e OLIVEIRA, 2016, 128).
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UNIDADE 1
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UNICESUMAR
riscos presentes no ambiente e demonstrar a conta, ou seja, se não fizer custa “X”
se fizer o custo é “x”.
Voltando ao ato e a condição insegura, perceba que na situação apresentada
tem as duas condições. Mas antes, vamos aos conceitos destas duas condições,
segundo Rossete (2015).
Descrição da Imagem: a imagem apresenta um trabalhador no telhado de uma casa sem nenhum tipo
de equipamento de segurança fazendo a manutenção da clarabóia.
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UNIDADE 1
Descrição da Imagem: a imagem apresenta uma pessoa usando uma botina de segurança prestes a
pisar em um prego preso em uma tábua com a ponta voltada para cima.
PENSANDO JUNTOS
Agora, sabendo o que é um ato e uma condição insegura e, olhando para o seu ambiente
de trabalho, a quais condições inseguras você está exposto diariamente? Agora, quantos
atos inseguros você pratica durante o dia de trabalho?
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UNICESUMAR
Acidente do trabalho
Acidente-meio Acidente-tipo
Figura 4. Estrutura dos acidentes do trabalho. / Fonte: Adaptado de Zocchio (2002, p. 61).
Descrição da Imagem: retângulo que contém o texto acidente do trabalho, do qual parte um eixo que
divide-se em acidente-meio e acidente-tipo e segue para logo abaixo um que contém a inscrição: resultado
da ação de algum tipo de energia que supera a resistência do corpo sobre o qual atua.
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UNIDADE 1
“
O acidente-meio é caracterizado
independentemente de ter ou não
causado ferimento em alguém; bas-
ta que tenha havido um movimento
estranho ou uma reação estranha do
meio ou processo de trabalho e que
tenha causado algum dano material
ou econômico, mesmo que peque-
no”(ZOCCHIO, 2002, p. 61).
“
Acidente-tipo só existe quando al-
guém é ferido, caracterizado, como já
foi dito, pela maneira como a vítima
teve contato com o que lhe causou
a lesão. O acidente, portanto, num
razoável número de ocorrências, é
apenas uma parte do todo que se de-
nomina acidente do trabalho (ZOC-
CHIO, 2002, p. 61).
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UNIDADE 1
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Silicose: é uma doença que o trabalhador adquire ao longo dos anos devido a ex-
posição aos agentes causadores sem uma proteção respiratória adequada à poeira
de sílica, livre e cristalina. Em processos como jateamento de areia, lixamento
cerâmico, britagem de pedras, tijolos refratários, corte e polimento de granito ou
mármore, entre outros, desprendem pequenas partículas destes materiais que,
quando inalados, vão se acumulando no pulmão. Isso gera no organismo uma
reação a estas partículas, causando a fibrose pulmonar que reduz a capacidade
de trocas gasosas, este é um tipo de doença irreversível e sua evolução pode levar
a pessoa à morte por insuficiência respiratória.
Descrição da Imagem: a imagem apresenta uma radiografia de um pulmão acometido de silicose repre-
sentada por uma mancha vermelha.
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UNIDADE 1
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Descrição da Imagem: a imagem apresenta um garimpeiro escorrendo a água de uma bateia (formato
de uma bacia) em um balde de metal.
Elaioconiose: trata-se de uma doença que afeta os trabalhadores que estão ex-
postos óleos e graxas. Essa é bem comum para nós e pode ser observada em di-
versos segmentos da indústria, bem como em oficinas mecânicas. O contato dos
trabalhadores com estes produtos, podem causar lesões na pele, quando não se
utiliza os equipamentos de proteção adequados. Conforme os anos vão passando,
o trabalhador pode ser acometido com câncer de pele. Entre os produtos mais
perigosos estão o óleo de corte ou os óleos solúveis, pois contém nitrosaminas
(cancerígeno potente). Esta doença apresenta diversos pontos pequenos com pus
e perda de pelos nas regiões afetadas, normalmente nas coxas e nos antebraços.
As áreas onde esta doença é mais comum é em oficinas mecânicas e metalúrgicas
que utilizam a usinagem de metais em seus processos.
Pulmão Negro: é a doença a que os trabalhadores são aomcetidos quando
são expostos ao minério de cravão por vários anos sem a proteção adequada. Para
alguns autores, esta pneumoconiose é tida como uma silicose, enquanto outros à
parte, provocada pelo trabalho em minas de carvão.
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UNIDADE 1
Lesão por Esforço Repetitivo (LER): trata-se de uma lesão constituída por
um conjunto de quadros clínicos, patologias que afetam os músculos, nervos e
tensões de forma conjunta ou separada. As atividades em que o trabalhador pre-
cisa desenvolver grandes esforços físicos e não adota uma postura correta para
realizar a tarefa, ou ainda, quando ocorre a compressão mecânica constante das
estruturas dos membros. Pode surgir também de atividades esportivas, físicas ou
domésticas (ROJAS, 2015).
Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT): Doença cau-
sada pelo conjunto de alterações musculares, tendões e ligamentos, atingindo
os membros superiores tais como ombros e a região cervical. Isso se dá devido
a utilização repetida dos músculos ou por adotar uma postura inadequada ao
realizar a atividade. Alguns sintomas provenientes desta doença são tenossinovite,
bursite, entre outras (ROJAS, 2015).
Perda auditiva: este é um problema muito comum nos ambientes de traba-
lho, pois é muito difícil de controlar em alguns casos. Com isso, a perda auditiva é
a doença em que os trabalhadores vão perdendo gradualmente a sua capacidade
auditiva ao ficar expostos a elevados níveis de ruídos. Esta perda é irreversível,
pois as células do órgão de Corti da orelha interna são danificadas. Nestes casos,
o trabalhador pode ter dificuldades em se comunicar no ambiente de trabalho e
comprometer a fala (ROJAS, 2015).
Dermatoses: são doenças de difícil diagnóstico, pois, segundo Rojas (2015,
p. 136), podem ser provenientes de contato do trabalhador com agentes:
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Figura 8 - Dermatite
Descrição da Imagem: a imagem apresenta uma pessoa coçando seu antebraço com sinais de irritação
na pele causada por alergia a um produto químico.
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UNIDADE 1
Figura 9. Estresse
Descrição da Imagem: a imagem apresenta uma pessoa sentado à mesa de trabalho, frente a um laptop com
as mãos nas laterais do rosto, com os olhos fechados e gritando. Demonstrando sinais de profunda irritação.
PENSANDO JUNTOS
Quanto de carga emocional uma pessoa é capaz de suportar? Com certeza não dá para
saber, mas e você, qual seria o seu limite, você já parou para pensar nisso? Eis uma boa
hora para avaliar.
Vimos que existem várias doenças a que os trabalhadores estão expostos. Cada
uma delas pode trazer grandes prejuízos para a saúde dos trabalhadores, e por
este motivo, o profissional responsável pela segurança do trabalho, deve estar
atento às condições do ambiente e das condições em que as atividades laborais
são realizadas. Para isso, é importante que os trabalhadores estejam cientes da im-
portância da preservação de sua saúde e das condições de segurança do ambiente.
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UNICESUMAR
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Germinal
Ano: 1993
Sinopse: Este filme, apresenta o nascimento dos movimentos grevis-
tas ocorridos no século XIX na França, frente à exploração dos pa-
trões da época. Baseado no romance de Émile Zola, o filme retrata de
forma muito realista, o que foi a vida dos mineiros da época.
Comentário: Um bom filme para revermos alguns assuntos históricos trata-
dos nesta unidade.
Muito bem, chegamos ao final desta etapa em seu ciclo de aprendizagem. Vimos
a importância da saúde dos trabalhadores em sua jornada laboral nas empresas.
Porém, esta importância foi dada ao longo dos anos e para que os projetos, leis e
decretos estabelecidos para garantir a integridade física e mental dos trabalhadores
custaram muitos membros do corpo dilacerados, amputados e até mesmo a vida
de muitas pessoas. Aprendemos que embora a preocupação com a segurança das
pessoas já existia a mais de 2.000 a.C., no Egito, somente após a Revolução Indus-
trial, é que os estudos sobre as necessidades das pessoas, enquanto trabalhadores,
começaram a tomar forma e vieram evoluindo ao longo dos anos, até chegar no que
temos nos dias de hoje. Em alguns países, assim como no Brasil, ainda há muito o
que melhorar nas questões que envolvem a saúde e segurança dos trabalhadores.
Vimos também nesta unidade os conceitos de perigo e risco. São dois concei-
tos que se complementam e, em muitos casos, nos causam uma certa dúvida, se é
perigo ou se é risco. Com as definições e exemplos apresentados com certeza você
não terá mais esta dúvida e saberá identificar imediatamente o que é um e o que
é outro. Estes conceitos são muito importantes para você como profissional, pois,
diante do perigo ou de risco, você terá que tomar ações para evitar a exposição
das pessoas a estas situações.
Outro assunto abordado nesta unidade, que faz toda a diferença nos am-
bientes em que realizamos algum tipo de trabalho, são as doenças causadas pelo
desempenho de uma atividade laboral e os agentes causadores destas doenças.
Esta exposição não está restrita somente às empresas ou organizações, mas em
todos os locais onde se realiza um trabalho. Aprendemos que existem diversos
agentes que causam doenças nos trabalhadores.
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Para que você fixe ainda mais os assuntos abordados nesta unidade, sugiro que
desenvolva um mapa mental sobre os aspectos que envolvem os acidentes de
trabalho e suas definições. Para esta atividade, utilize as palavras-chave: acidente
de trabalho, aspectos sociais, aspectos econômicos, aspectos jurídicos e aspectos
epidemiológicos. Sugiro para esta atividade a utilização da ferramenta gratuita
disponível em: www.goconqr.com.
Aspectos Econômicos
Aspectos Epidemiológicos
Aspectos Jurídicos
ACIDENTE DE
TRABALHO
Aspectos Sociais
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1. Os perigos e riscos de exposição das pessoas aos agentes capazes de causar danos
às pessoas não é nada muito novo. As preocupações com a saúde dos trabalhadores
remontam aos tempos do Egito antigo. No Século IV a.C., foram feitos os primeiros
registros sobre a gravidade da exposição ao chumbo por Hipócrates. Durante este
processo de evolução outros acontecimentos marcaram os períodos que se segui-
ram ao longo das décadas. Sobre estes acontecimentos, leia as assertivas a seguir.
a) I, III e IV apenas.
b) II, IV e V apenas.
c) I, IV e V apenas.
d) II e IV apenas.
e) III e IV apenas.
3. Os acidentes, embora na maioria dos casos causem transtornos e danos para ambas
as partes, têm outros aspectos envolvidos. Quais são estes aspectos?
4. Um acidente ocorre devido um ato inseguro ou uma condição insegura. O ato inse-
guro é praticado pelo indivíduo e ocorre de três formas, quais são elas?
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5. Existem inúmeras doenças ocupacionais provocadas por agentes presentes no am-
biente. Dentre estas doenças estão a asbestose, LER, DORT, Hidrargirismo, entre
outras. Sobre estas doenças, leia as assertivas abaixo e assinale (V) para verdadeiro
ou (F) para falso.
a) V, F, V, V.
b) V, V, F, F.
c) F, V, F, V.
d) V, F, F, V.
e) V, F, F, F.
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2
Gestão de Saúde
e Segurança do
Trabalho
Me. Juliano Bertolotti Moura
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UNICESUMAR
avaliação dos locais de trabalho para verificar as possíveis causas que tem feito
com que os trabalhadores faltem ao trabalho. O gestor da segurança, ao fazer
um estudo dos locais de trabalho, observou que alguns dos trabalhadores, para
aumentar a produtividade, não seguiam corretamente os procedimentos de
segurança estabelecidos, tais como a utilização de luvas para a proteção das
mãos, avental para a proteção do corpo, protetor facial para a proteção do rosto,
máscara para proteger as vias respiratórias, botas para evitar escorregar e cair
devido ao piso molhado, entre outros meios de proteção. Após esta constatação,
o gestor da segurança do trabalho começou a intensificar as visitas aos locais de
trabalho e realizar treinamentos e orientações rápidas sobre a importância de
estar saudável e em segurança durante a realização das atividades de processo.
Após seis meses, em conversa com o RH da empresa, verificou-se que o índice
de absenteísmo vem diminuindo consideravelmente.
De acordo com o exemplo exposto, quero propor a você uma experiência
de avaliação de riscos em sua própria casa. Você já parou para pensar que nos
expomos a riscos em nossa casa? Sim, estamos expostos, e o mais incrível é que
os danos podem ser até maiores do que quando ocorre um acidente de trabalho.
Em nossa casa ao cozinhar, lavar a louça, roupas, calçadas estamos expostos a
acidentes com piso molhado, cortes, queimaduras, entre outros. Neste sentido,
quero propor a você que faça uma avaliação das condições de trabalho que
são realizadas em sua casa. Para esta atividade, escolha os locais que você julga
serem os mais propensos a promover um acidente e liste os tipos de acidentes
e produtos químicos utilizados.
Quando conhecemos os riscos aos quais estamos expostos durante a realiza-
ção de uma atividade, a prevenção fica mais fácil. Além disso, desenvolver pro-
cessos com menor potencial de causar danos e melhorar as condições ambientais
para proteger as pessoas envolvidas em alguma atividade laboral é um requisito
importante para a segurança no trabalho. Neste sentido podemos refletir sobre
a importância da preservação da vida e da integridade física e mental acima de
qualquer outra coisa. Esta condição de importância, não se limita somente ao
ambiente de trabalho em uma empresa, mas em todas as atividades desenvolvidas
por mim e por você. Portanto, a busca por condições de trabalho melhores no
dia a dia deve ser uma constante em nossas vidas como prevencionistas. Assim,
para iniciar esta jornada, conforme a proposta acima, utilize o seu diário de bordo
para anotar as suas observações e reflexões sobre o assunto.
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UNIDADE 2
DIÁRIO DE BORDO
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UNICESUMAR
Ano n° de acidentes
2010 709.474
2011 720.629
2012 713.984
2013 725.664
2014 712.302
2015 622.379
2016 585.626
2017 549.405
2018 623.788
2019 639.325
2020 446.881
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UNIDADE 2
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UNICESUMAR
Número de
Tipo Relacionamento dos componentes
componentes
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UNIDADE 2
funções operacionais realizadas por pessoas, sendo que este sistema é composto
por equipamentos, instalações, materiais, processos e produtos.
Outra questão importante a ser considerada é em relação às necessidades das
pessoas. Em um sistema de gestão é importante que se dê a devida importância
para as necessidades das pessoas que estão trabalhando. Afinal, se olharmos com
muita atenção e analisarmos o funcionamento de uma organização, chegamos
à conclusão de que, sem as pessoas, especificamente os trabalhadores, não há
empresa alguma. Por outro lado, também há uma preocupação com o bem estar
dos trabalhadores, pois entende-se que, um trabalhador, quando tem as suas ne-
cessidades atendidas e satisfeitas, tem um maior estímulo para um desempenho
melhor de suas atividades. Aprofundaremos mais este assunto ao tratarmos es-
pecificamente sobre a qualidade de vida no trabalho.
O fato é que a redução de acidentes no ambiente de trabalho é um dos maiores
desafios à inteligência do ser humano. Esta batalha, travada ao longo dos anos
contra os acidentes, apresenta, segundo Cardella (2016), um aspecto notável, pois
dispõe-se de recursos necessários para prevenir e evitá-los. Estes recursos são
proporcionados devido ao surgimento de dispositivos e metodologias criados
por meio do desenvolvimento científico e tecnológico envolvendo diversas áreas
de atuação humana. Porém, ainda que existam os meios para evitar os acidentes
e doenças do trabalho, o principal objetivo não tem sido alcançado de forma
satisfatória, pois ainda se presencia e se notifica a perda de vidas e/ou danos
na integridade física dos trabalhadores. O mais triste é que a grande maioria
das causas dos acidentes são atribuídas a fatores humanos. Estes fatores, se ob-
servarmos, registrarmos ou fizermos uma filmagem e quantificarmos as ações
realizadas durante as atividades desenvolvidas, iremos constatar que o acidente
ocorreu devido a forma com que o trabalhador se comporta. Neste sentido, o
comportamento, de acordo com Cardella (2016, p. 9), é: “o conjunto de ações
que o homem desempenha na interação com o mundo”. Neste sentido, Cardella
(2016), descreve que a realidade, em uma visão holística, é entendida pelo ho-
mem por meio de paradigmas. Paradigmas, para o nosso entendimento nada
mais é do que um conjunto de ideias e valores, sendo, neste caso, o modelo para
a descrição, explicação e compreensão da realidade. O fracasso do homem em
sua batalha contra os acidentes é influenciado por fatores que envolvem a visão
que o homem tem do mundo.
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UNICESUMAR
OLHAR CONCEITUAL
Na atualidade, o homem tem se baseado nos paradigmas construídos na Idade Moderna, sendo
conhecido como “cartesiano-newtoniano”. Este paradigma tem uma visão racionalista, mecanicista
e reducionista, que segundo Cardella (2016), são definidos como:
Tem ênfase na razão, no objetivo e na crença de que a metodologia científi-
ca é a única abordagem válida para a conhecimento;
Esta visão valoriza a parte, a fragmentação, a abordagem disciplinar e o
especialista, que no máximo de sua especialização teria o entendimento:
quase tudo de quase nada. Assim, podemos entender que a segurança e a
qualidade é vista como algo não pertencente aos sistemas e às atividades, no
entanto é um requisito que pode ser adicionado. Neste tipo de visão, os
fatores são analisados de forma fragmentada, levando a conclusões que não
conduzem a ações eficazes. Um exemplo pode ser dado da seguinte maneira:
uma estatística de acidente em uma organização revela que uma elevada
porcentagem dos acidentes é provocada pelos operadores. A visão reducioni-
sta leva à proposição de ações que visam diretamente à mudança de compor-
tamento dos condutores de veículos.
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UNIDADE 2
56
UNICESUMAR
processo se desenrola. Porém, na prática nem sempre é assim e a pergunta que fica
é: Como fazer com que as pessoas desenvolvam suas atividades em segurança e
que os ambientes de trabalho estejam seguros? A resposta está na implementação
de um sistema de gestão de segurança do trabalho.
As ações sistêmicas para assegurar a segurança dos trabalhadores envolve
médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, engenheiro de segurança do
trabalho, técnicos de segurança do trabalho, e mais recentemente o tecnólogo em
segurança do trabalho (PAOLESCHI, 2009).
Ao estudarmos sobre a Saúde e Segurança do Trabalho, temos uma dimensão
da importância do estabelecimento de um sistema para gerir as atividades, bem
como as atribuições de competências e responsabilidades dos profissionais envolvi-
dos. No entanto, as atividades são realizadas de forma conjunta, envolvendo gestores
e trabalhadores com o objetivo de prevenir a ocorrência de acidentes e doenças
do trabalho. Estas atividades ocorrem por meio da instalação de uma Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), assunto este que será tratado a seguir.
PENSANDO JUNTOS
Diante do que foi estudado até este momento, o quanto as ações de segurança do traba-
lho realizadas na empresa, interferem na vida pessoal de um trabalhador? Você já parou
para pensar no quanto interfere em sua vida?
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UNIDADE 2
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UNICESUMAR
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UNIDADE 2
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UNICESUMAR
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UNIDADE 2
As regras para o estabelecimento da CIPA são definidas por norma e precisam ser
seguidas à risca. Embora não pareça, os envolvidos nesta comissão, têm grandes
responsabilidades para com os trabalhadores e empregadores, pois são os agentes
de mudanças para os ambientes de trabalho. Portanto, para a realização do pro-
cesso de eleição são estabelecidos protocolos que devem ser respeitados. Assim,
no processo eleitoral da CIPA, o empregador tem a responsabilidade de escolher
seus representantes. Este processo deve ocorrer em um prazo mínimo de sessenta
dias antes do término do mandato em curso. O presidente e o vice-presidente
da gestão atual, deverão constituir a comissão eleitoral dentre seus membros em
um prazo máximo de quarenta e cinco dias que antecedem o final do mandato.
Ao ser definida a comissão eleitoral, esta será a responsável por organizar e
acompanhar todo o processo, que deverá transcorrer da seguinte maneira:
“
a. publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e
visualização, no prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes
do término do mandato em curso;
b. inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para
inscrição será de quinze dias;
62
UNICESUMAR
63
UNIDADE 2
“
a. estudo do ambiente, das condições de trabalho e dos riscos ori-
ginados do processo produtivo;
b. metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do
trabalho;
c. noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de
exposição aos riscos existentes na empresa;
d. noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
(AIDS) e medidas de prevenção;
e. noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas
à segurança e saúde no trabalho;
f. princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de con-
trole dos riscos;
g. organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício
das atribuições da comissão. O treinamento terá carga horária de 20
(vinte horas), distribuídas em no máximo oito horas diárias, e será
realizado durante o expediente normal da empresa (BARSANO;
BARBOSA, 2018, p. 148).
64
UNICESUMAR
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UNIDADE 2
66
UNICESUMAR
Equipamentos
Jornadas inadequados
Pressões
Vapores Fungos prolongadas defeituosos
anormais
de trabalho ou inexisten-
tes
Produtos
Responsabili- Armazena-
Frio químicos em
dade mento
geral
Conflito
Calor Substâncias, Parasitas Tensões emo-
compostos cionais
ou produtos Eletricidade
químicos em Desconforto
geral
Umidade
Monotonia
Quadro 3. Identificação dos tipos de riscos. / Fonte: Adaptado de SST ONLINE (2019).
67
UNIDADE 2
■ Frio: este tipo de risco pode provocar alteração no sistema vascular peri-
férico, além de doenças no aparelho respiratório e em alguns casos pode
gerar queimaduras.
■ Calor: este tipo de risco pode provocar taquicardia, cansaço, irritação,
choques térmicos, fadiga, bem como alteração das funções digestivas e
hipertensão.
68
UNICESUMAR
69
UNIDADE 2
Risco Médio
Escritório
Descrição da Imagem: A imagem representa hipoteticamente uma planta baixa contendo cinco cômo-
dos, em cada cômodo tem um círculo que representa o tipo e o grau de risco presente no ambiente. Os
círculos são pintados em cor azul que representa o risco físico, marrom que representa o risco biológico
e amarelo que representa o risco ergonômico. Do lado esquerdo da planta são apresentados três círculos
para indicar o grau de risco baixo (círculo pequeno), risco médio (círculo médio) e risco alto (círculo grande).
70
UNICESUMAR
missão pode optar pelo modelo que melhor aten- imagem apresenta um cír-
culo com uma linha vertical
der as necessidades da empresa. que o divide em dois lados.
O mapa de riscos deve ser refeito em cada gestão O lado esquerdo é pintado
de azul para indicar risco
da CIPA e devem conter informações do número de físico e o lado direito é pin-
trabalhadores expostos ao risco. O mapa de riscos não tado na cor amarela para
indicar risco ergonômico.
tem um formato estabelecido por norma.
No entanto, de acordo com Paoleschi (2009), uma das maiores dificuldades encon-
tradas para a realização do mapeamento de riscos nos ambientes de trabalho é a
falta de capacidade, informação e recursos técnicos para identificar, avaliar e con-
trolar os riscos presentes nos processos produtivos das empresas ou organizações.
Perceba que, o mapeamento dos riscos em uma organização é de muita im-
portância, pois, a ocorrência de um acidente de trabalho, causa grandes transtor-
nos para a empresa, para o trabalhador e até mesmo para a família do acidentado,
pois as consequências podem comprometer a mobilidade, fazendo com que haja,
além do sofrimento conjunto, um esforço enorme para tratar com os problemas
físicos e psicológicos causados pelo problema. Um acidente também pode causar
71
UNIDADE 2
• Facilidade na administração da prevenção
de acidentes e de doenças do trabalho;
• Ganho da qualidade e produtividade;
• Aumento de lucros diretamente; e
• Informação dos riscos aos quais o
trabalhador está exposto, cumprindo assim
dispositivos legais.
• Conhecimento dos riscos a que podem estar sujeitos os
colaboradores;
• Fornecimento de dados importantes relativos à sua saúde;
• Conscientização quanto ao uso dos EPIs.
72
UNICESUMAR
73
UNIDADE 2
As palavras deste trabalhador nunca mais saíram da minha mente e sempre que vou
realizar uma atividade que coloca em risco a vida dos colegas e a minha eu lembro
do relato do trabalhador. Bem, este relato é para demonstrar que, para motivar as
pessoas, não são necessárias grandes ações, mas sim grandes gestos que demons-
tram o quanto elas são importantes, seja para o ambiente de trabalho ou para sua
família. Estes gestos fazem com que os trabalhadores se sintam parte do todo e irão
fazer de tudo para se manterem assim. São por estes motivos que não se devem
promover eventos como a SIPAT como mera formalidade e cumprimento de nor-
mas e legislação, mas como forma de dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos
para prevenir acidentes e doenças ocupacionais. As empresas buscam lucrar com o
trabalho, e neste caso, a empresa o terá também por conta da promoção da saúde,
redução do absenteísmo, aumento da produtividade e na valorização da vida.
Embora o estabelecimento da CIPA, organização de SIPAT, entre outros mé-
todos e ações para promover a saúde e segurança do trabalhador, uma das prin-
cipais causas de acidentes são atribuídas às falhas humanas.
PENSANDO JUNTOS
Você já parou para pensar que, para um acidente de trabalho ocorrer e causar a morte
de um trabalhador, basta um pequeno descuido ou simplesmente desobedecer um pro-
cedimento operacional? De quantos acidentes você já ouviu relatos por estes motivos?
74
UNICESUMAR
75
UNIDADE 2
“
1. Falha de omissão, quando não executa ou executa apenas
parcialmente uma intervenção, tarefa, função ou passo.
2. Falha na missão, quando executa incorretamente uma in-
tervenção, tarefa, função ou passo.
3. Falha por ato estranho ou ação estranha, quando executa
uma intervenção, tarefa, função ou passo que não deveria
ter sido executado.
4. Falha sequencial, quando executa uma intervenção, tarefa,
função ou passo fora da sequência correta.
5. Falha temporal, quando executa uma intervenção, tarefa,
função ou passo fora do momento correto.
76
UNICESUMAR
Com base nestes cinco modos de falhas apresentados, vejamos alguns tipos e
características de falhas que podem ocorrer no ambiente de trabalho.
Falha técnica. Este tipo de falha ocorre quando não tem disponíveis os meios
necessários ou inadequados para exercer a função. Neste caso, se a situação não
for modificada, existe uma grande probabilidade de que esta continue se repe-
tindo. Neste tipo de falha, podem existir de forma randômica ou sistemática. A
randômica, se traduz nos resultados dispersos sem desvios em relação ao valor
desejado, ou seja, a média coincide com o valor verdadeiro, porém a variância
pode ser grande. Já na sistemática, os resultados das médias apresentam os des-
vios em relação ao valor verdadeiro. Um exemplo para as falhas técnicas é a não
utilização de métodos sistemáticos para identificar os riscos.
As falhas de equipamentos podem ser comparadas às falhas humanas, que
de acordo com Mattos e Másculo (2019), descreve como sendo aquelas em que
o equipamento não tem capacidade para realizar a tarefa requerida. Este tipo de
falha é chamada de “Falha T” e pode ocorrer em qualquer tipo de equipamento
nas seguintes situações:
■ O projeto do equipamento não atende a função requerida;
■ As condições para a realização do trabalho se difere do estabelecido em
projeto, tais como: materiais, energia, e ambiente.
■ O equipamento apresenta um estado falho.
77
UNIDADE 2
Podemos observar que, quando estamos sob uma determinada pressão, es-
tamos sempre alertas, pois qualquer detalhe pode gerar grandes prejuízos, tanto
para a empresa, quanto para as pessoas. Neste sentido, a tensão psicológica pode
fazer com que haja variação no desempenho das pessoas. Quando estamos sob
baixa pressão, a tendência é que relaxamos e a probabilidade de ocorrer uma
falha por descuido é grande.
Falha consciente: este tipo de falha ocorre por meio da adoção de pro-
cedimentos alternativos, os riscos são maiores do que o procedimento padrão
estabelecido. Podemos comparar este tipo de falha ao ato inseguro, já estudado
na unidade anterior, pois o trabalhador conhece o procedimento seguro já es-
tabelecido e decide realizar a atividade por outros meios, assim, não podemos
caracterizar a falha por descuido, esquecimento ou prática, mas sim por uma
decisão consciente. De acordo com Mattos e Másculo (2019, p. 202), o pensa-
mento do filósofo Montesquieu é muito bem aplicado à prevenção de acidentes.
“Quando vou a um país, não pergunto se esse país tem boas ou más leis, pois boas
e más leis todos os países têm, mas se ele faz cumprir as leis que tem.” Vemos nesta
filosofia de Montesquieu que o que importa é o cumprimento das leis e não se o
país as têm ou não. Se as leis, requisitos e/ou procedimentos não são atendidos
pelos trabalhadores durante a realização das atividades e há uma falha, esta é
considerada como sendo uma falha consciente. Imagine que você esteja saindo
de viagem sem um macaco e chave de rodas no porta malas do carro, entende
que é um risco que corre do pneu furar ou estourar, porém não dá importância
para as consequências, caso o problema ocorra.
Um dos mecanismos que resultam em falhas conscientes, de acordo com
Mattos e Másculo (2019), são atribuídos ao comportamento humano. A ocor-
rência de uma falha, neste sentido, irá depender de basicamente três conceitos
relacionados ao comportamento, sendo estes a atitude, postura e consequências.
78
UNICESUMAR
79
UNIDADE 2
NOVAS DESCOBERTAS
80
UNICESUMAR
81
Para que você fixe ainda mais os assuntos abordados nesta unidade, sugiro
que desenvolva um mapa mental sobre os aspectos que envolvem os tipos
de riscos a que os trabalhadores estão expostos Para esta atividade, utilize as
palavras-chave: riscos, postura, atitude, comportamento, consequências.
Estabeleça uma relação entre as palavras-chave aos riscos físicos, químicos,
ergonômicos e biológicos.
Químicos
Ergonômicos
TIPOS DE RISCO
Físicos Biológicos
a) I, II e IV apenas.
b) II, III e V apenas.
c) II, III e IV apenas.
d) II, IV, e V apenas.
e) I, IV e V apenas.
83
É correto o que se afirma em:
a) F, V, V, F, V.
b) V, F, V, V, F.
c) F, V, V, F, F.
d) F, V, F, V, V.
e) V, V, F, V, V.
84
3
Qualidade de
Vida no Trabalho
Me. Juliano Bertolotti Moura
A qualidade de vida é algo que as pessoas têm buscado no dia a dia. Práticas
esportivas, mudanças de hábitos alimentares etc., são práticas constantes para
muitos. No trabalho, não é diferente, as pessoas, devido a velocidade com que
as demandas e cobranças ocorrem, tem sido cada vez mais impelidas a buscar
atividades que proporcione uma melhor qualidade de vida.
Em minha experiência profissional na indústria, tive o desprazer de presen-
ciar situações que fizeram com que pessoas fossem afastados do trabalho devido
ao estresse desenvolvido no ambiente de trabalho. Devido a não observância do
gestor sobre as condições de trabalho e as necessidades do trabalhador no setor,
este desenvolveu um distúrbio psicológico decorrente do estresse causado pelo
tipo de atividade desenvolvida no departamento. A responsabilidade exigida de-
vido o tipo de produto fabricado e as várias discussões sobre os riscos presentes
no ambiente, somado às desavenças entre as pessoas, levaram o trabalhador a
ficar afastado de suas atividades na empresa por mais de noventa dias, devido
ao desenvolvimento de uma fobia e pânico ao ambiente de trabalho. Após um
período de tratamento psicológico, o trabalhador tentou voltar à atividade na
empresa, porém sem sucesso, o que levou a pessoa a pedir demissão.
86
UNICESUMAR
Esta é uma história que presenciei, porém, existem tantas outras que não
fazemos ideia do nível de estresse que um trabalhador pode chegar. Já houve
relatos de pessoas que chegam a agredir o colega por ter um nível de estresse
elevadíssimo e devido uma palavra ou gesto, não conseguirem segurar e acabarem
por descarregar a carga emocional sobre a outra ou outras pessoas.
Agora imagine as indústrias que não tem nenhuma estrutura para garantir a
qualidade de vida dos trabalhadores, tais como, um ambiente saudável, forneci-
mento de equipamentos para garantir a segurança do trabalho, gestão de conflitos
no ambiente de trabalho, entre outras ações que possam tornar a permanência
das pessoas no ambiente de trabalho mais saudável.
Você acha que é possível ter qualidade de vida no trabalho nos dias atuais?
O ambiente de trabalho pode ser fonte de diversos agentes que influenciam na
qualidade de vida das pessoas. O tipo de atividade, o ambiente, os colegas, entre
outros aspectos, podem causar danos à saúde do trabalhador e consequentemente
levá-lo ao desenvolvimento de doenças crônicas, físicas e psicológicas que podem
afastá-lo temporariamente ou até mesmo definitivamente do trabalho.
Para que você possa entender um pouco mais sobre esta relação da qualidade
de vida no trabalho, desenvolva uma pesquisa sobre as situações que causam
algum desconforto, tais como irritação, desânimo, estresse, fobia do ambiente de
trabalho, entre outras situações. Pergunte às pessoas de sua família, colegas de
trabalho (caso esteja trabalhando em algum lugar), como é para eles conviverem
com situações que não proporcionam um ambiente de trabalho saudável e, caso
haja situações desconfortáveis, como eles lidam ou lidaram com o problema e o
que o problema influenciou na qualidade de vida.
Aproveite e pesquise também sobre as boas situações que envolvem o am-
biente de trabalho e a satisfação em trabalhar no local, bem como quais os bene-
fícios para a qualidade de vida do pesquisado.
O que o ambiente de trabalho tem a ver com a qualidade de vida? Tudo.
Pare para pensar um pouco e busque em sua memória se houve em sua vida
um momento de estresse? Você consegue se lembrar da carga emocional a que
você esteve exposto? Se você já se deparou com uma situação dessa, você, com
certeza, teve os seus batimentos cardíacos alterados, começou a tremer, faltou um
pouco de ar, ficamos muitas vezes sem reação devido a carga de adrenalina que
nosso corpo desenvolve. Os problemas não param por aí! Veja você que, uma vez
que temos problemas no trabalho, consequentemente há desdobramentos que
87
UNIDADE 3
DIÁRIO DE BORDO
88
UNICESUMAR
89
UNIDADE 3
Barbosa e Barsano (2018, p. 277), definem a qualidade de vida como “todo bem-
-estar físico, psíquico, emocional e social do ser humano”. De acordo com Chia-
venato (2020, p. 170), a qualidade de vida está relacionada “à preocupação com o
bem-estar geral e a saúde dos colaboradores no desempenho de suas atividades”.
Alguns autores europeus desenvolveram outras conceituações dentro da abor-
dagem sociotécnica e da democracia industrial. Assim, como podemos observar,
não basta ter saúde e passar fome, alimentar-se bem e ser obeso, ter dinheiro e
não ter saúde etc. Barbosa e Barsano (2018).
O movimento que impulsiona a QVT, segundo Ferreira (2017), surgiu com
o objetivo de proporcionar o equilíbrio entre o trabalhador e a organização, le-
vando em consideração as exigências e necessidades da tecnologia, bem como as
necessidades dos trabalhadores. Neste sentido, a visão era de adaptar os cargos,
tanto aos trabalhadores quanto à tecnologia da organização. No processo de evo-
lução histórico da QVT, surge em 1950 a Escola Comportamental, que tinha o
objetivo de explicar o comportamento dos trabalhadores por meio da motivação.
Maslow e Herzberg eram dois dos estudiosos dessa escola.
Maslow, desenvolveu a teoria conhecida como “Hierarquia das Necessidades”.
Em sua teoria, Maslow estabelece as cinco necessidades humanas, sendo estas:
fisiológica, segurança, social, autoestima e autorrealização). Para representar sua
teoria, Maslow utilizou uma pirâmide, onde divide sua teoria em fases, conforme
90
UNICESUMAR
Autorrealização
(desafios, reconhecimentos)
Autoestima
(autoconfiança,
respeito, status)
Social
(participação e aceitação dos colegas, amizades)
Segurança
(emprego, salário, estabilidade)
Fisiológicas
(alimentação, sono e repouso, abrigo)
Descrição da Imagem: a imagem apresenta uma pirâmide dividida em partes coloridas distribuídas de
baixo para cima (verde, azul, laranja, lilás e salmão) “Fisiológicas(alimentação, sono e repouso, abrigo);
Segurança(emprego, salário, estabilidade); Social(participação e aceitação dos colegas, amizades); Autoes-
tima(autoconfiança, respeito, status) e; Autorrealização (desafios, reconhecimentos)” respectivamente.
91
UNIDADE 3
Herzberg, por sua vez, desenvolveu a teoria dos “Dois Fatores”. Nesta teoria, Herz-
berg buscou discutir a motivação a partir do comportamento das pessoas no
ambiente de trabalho. Neste caso, Herzberg defendia que o comportamento era
orientado por dois fatores:
Fatores higiênicos ou extrínsecos: condições oferecidas pela empresa para
evitar a insatisfação dos colaboradores no ambiente de trabalho, como salário,
benefícios, prêmios, condições de trabalho, estabilidade, estilo de liderança, po-
líticas etc. Os fatores higiênicos, quando são oferecidos, atendem às expectativas
dos colaboradores e apenas evitam a insatisfação temporariamente, e, quando
não são oferecidos, causam a insatisfação imediata. São fatores emergenciais que
apenas evitam a insatisfação, mas não provocam a satisfação (FIDÉLIS, 2014)..
Fatores motivacionais ou intrínsecos: estão ligados diretamente com a
importância da posição hierárquica do trabalhador na empresa. Quando o tra-
balhador acredita que suas ações e atividades desenvolvidas são importantes para
as pessoas e para a organização, isso produz sentimentos e reações positivas de
crescimento e desenvolvimento. Herzberg propõe em sua teoria que as organi-
zações procurem “enriquecer as tarefas” ou “enriquecer o cargo” continuamente a
partir do desenvolvimento de atividades desafiadoras que provoquem satisfação
e reforcem o sentimento de crescimento profissional (FIDÉLIS, 2014).
Na década de 1960, o movimento QVT ganhou força, ao surgir, no campo da
administração, a teoria contingencial, cujo preceito básico era da não existência
de um único modelo de gestão e estrutura organizacional. Assim, entendia-se
que cada organização tinha características próprias devido a influência sofrida
por seu entorno, ou seja, concorrência, fornecedores e clientes.
Embora houvesse vários movimentos que buscavam melhorar a qualidade de
vida dos trabalhadores, estes, principalmente nos Estados Unidos, começaram a
se atentar para estas questões somente na década de 1960, pois havia uma preocu-
pação maior dos americanos com os impactos do trabalho na saúde e bem-estar
dos trabalhadores. A busca por melhoria das condições de vida do trabalhador no
ambiente de trabalho fez com que os estudiosos, por meio do desenvolvimento de
pesquisas, ajudassem na criação de leis e órgãos que, até os dias de hoje, buscam
melhorar a qualidade de vida no trabalho (FERREIRA, 2017).
A ciência contribuiu muito para o desenvolvimento da QVT. Algumas destas
contribuições podem ser observadas no Quadro 1.
92
UNICESUMAR
Quadro 1. Contribuições científicas para o QVT/ Fonte: Adaptado de Ferreira (2017, p. 114).
93
UNIDADE 3
Trabalho Vida
Carreira Família
Negócios Saúde
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UNICESUMAR
programas de qualidade preservação, prevenção,
total, incluindo a captação, motivação correção ou reparação dos
ISO 9001, e os e desenvolvimento fatores humanos e
métodos de gestão do trabalhador; e ambientais que eliminam
focados nos os riscos nas condições
clientes; do trabalho.
95
UNIDADE 3
é formada por elementos que
envolvem o pensamento, memória,
raciocínios, emoções, sentimentos e crenças
que compõem o mapa de referência das pessoas
que determinam a forma pela qual se registra,
interpreta, dá sentido e significado às informações,
bem como a forma comoreagem às ocorrências,
pessoas e as circunstâncias. Atribui-se a
estes aspectos a personalidade que é expressa
pelo comportamento e influenciada pelas
instâncias conscientes e inconscientes.
envolvem a vida em grupo e a relação
com as demais pessoas, tais como familiares,
amigos, colegas de trabalho e comunidade
que está inserido.
a espiritualidade também deve ser
considerada neste aspecto, pois, as pessoas
têm a necessidadede ligar-se a forças que o
transcendem. Esta ligação do homem com as
questões espirituais os fazem se conectar a
emoções positivas em relação
ao futuro, por meio da fé e da esperança. Neste
sentido, a espiritualidade faz com que
sejam canalizadas energias
e emoções positivas e impulsionadoras,
que potencializam melhoria da
qualidade de vida.
96
UNICESUMAR
DOMÍNIO CARACTERÍSTICAS
Quadro 2. Domínios da qualidade de vida/ Fonte: Adaptado de Gramms e Lotz (2017, p. 26)
97
UNIDADE 3
Vemos no Quadro 2, que em cada área de domínio do ser humano existem ca-
racterísticas que podem fazer com que as pessoas se desenvolvam em um sentido
positivo ou negativo, e este sentido pode ser alterado de acordo com o qualidade
no atendimento de suas necessidades mais urgentes ou a longo prazo.
Há também a dimensão biológica, que diz respeito aos aspectos físicos do
corpo, tais como: anatomia, fisiologia, bem como as funções e disfunções dos
vários órgãos e a inter-relação dos sistemas. Além das questões físicas, também
são consideradas as características adquiridas pelas pessoas ao longo da vida que
são influenciadas por hábitos alimentares, atividades físicas, entre outros fatores
(GRAMMS; LOTZ, 2017). Abordaremos as questões dos hábitos das pessoas
posteriormente com maiores detalhes.
O Quadro 3 apresenta o processo de evolução do conceito da qualidade de
vida no trabalho.
CONCEPÇÕES EVOLUTIVAS
CARACTERÍSTICAS OU VISÃO
DO QVT
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UNICESUMAR
CONCEPÇÕES EVOLUTIVAS
CARACTERÍSTICAS OU VISÃO
DO QVT
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UNIDADE 3
PENSANDO JUNTOS
100
UNICESUMAR
Os conceitos de QVT são complexos e abrangentes e por este motivo está sujeito
às variáveis do trabalhador, à sua crença, à cultura, valores, assim como as ques-
tões que envolvem a organização onde trabalha, que de certa forma afetam as
mesma variáveis (ROSSETE, 2015).
Existem alguns modelos de QVT que podem ser utilizados nas organiza-
ções. Segundo Chiavenato (2020), as atividades e o clima organizacional re-
presentam fatores importantes e determinantes para a qualidade de vida das
pessoas, pois, se a qualidade do trabalho for pobre, irá levar as pessoas a um
estado de alienação e consequentemente à insatisfação, má vontade, perda de
produtividade, atitudes contraproducentes, tais como absenteísmo, rotativida-
de, furto, sabotagem, entre outros problemas. Por outro lado, quando a quali-
dade do trabalho é alta, aumenta o clima de confiança, respeito mútuo, onde as
pessoas tendem a aumentar as contribuições e aumentar as suas oportunidades
de êxito psicológico. Com isso, a gestão é conduzida a desenvolver ações para
reduzir a rigidez dos mecanismos de controle social.
A seguir, de acordo com Chiavenato (2020), são apresentados quatro modelos
de QVT que podem ser aplicados nas organizações.
101
UNIDADE 3
102
UNICESUMAR
2.Condições de se-
4.Jornada de trabalho
gurança e saúde no
5.Ambiente físico (seguro e saudável)
trabalho
6.Autonomia
3.Utilização e desen- 7.Significado da tarefa
volvimento de capaci- 8.Identidade da tarefa
dade 9.Variedade de habilidades
10.Retroação e retro informação
103
UNIDADE 3
14.Igualdade de oportunidades
5.Integração social na
15.Relacionamentos interpessoais e grupais
organização
16.Senso comunitário
7.Trabalho e espaço
21.Papel balanceado do trabalho na vida pessoal
total de vida
22.Imagem da empresa
8.Relevância social da
23.Responsabilidade social pelos produtos/serviços
vida no trabalho
24.Responsabilidade social pelos empregados
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UNICESUMAR
105
UNIDADE 3
106
UNICESUMAR
» Valores e princípios
» Estilo de gestão
» Estratégia organizacional
Vemos nestes modelos que o objetivo é fazer com que os trabalhadores tenham
um ambiente saudável, com um bom relacionamento interpessoal, que tenha o
entendimento dos objetivos traçados pela organização e que estejam motivados
para que os objetivos sejam alcançados. O importante é que ambas as partes,
empregador e empregado, estejam satisfeitos com as condições de trabalho e que
suas necessidades sejam atendidas satisfatoriamente.
Tendo os modelos definidos, estes devem ser implementados. As fases de
implementação da QVT, segundo Pereira (2020, p. 249), são:
“
a) Sensibilização: fase em que representantes da organização, do sin-
dicato e consultores trocam suas respectivas visões sobre o conjunto
das condições de trabalho e seus efeitos sobre o funcionamento da
organização e buscam juntos os meios de modificá-los.
b) Preparação: fase em que são selecionados os mecanismos insti-
tucionais necessários para a condução da experiência, formando-se
a equipe do projeto e estruturando os modelos e os instrumentos
a serem utilizados.
c) Diagnóstico: fase que compreende dois aspectos – a coleta de
informações sobre a natureza e funcionamento do sistema técnico,
e o levantamento do sistema social em termos da satisfação que os
trabalhadores envolvidos experimentam sobre suas condições de
trabalho.
d) Concepção e implantação do projeto: à luz das informações
colhidas na etapa precedente, a equipe do projeto dispõe de um
perfil bastante preciso da situação e estabelece as prioridades e um
cronograma de implantação da mudança relativa a aspectos que se
mostraram passíveis de melhorias quanto a:
• tecnologia: métodos de trabalho, fluxos, equipamentos etc.;
• novas formas de organização do trabalho: equipes semiau-
tônomas autogerenciadas;
• métodos de gestão: supervisão, tomada de decisão, controle
de execução etc.;
107
UNIDADE 3
Diagnóstico
Avaliação de
Planejamento
resultados
Implantação
Descrição da Imagem: a imagem apresenta quatro retângulos com textos que representam as etapas
de um ciclo de implementação de um programa de QVT. Iniciando pelo retângulo da esquerda no sentido
horário, as etapas são: Avaliação de resultados; Diagnóstico; Planejamento e, por fim Implantação. Os retân-
gulos estão ligados por setas no sentido horário que determinam o fluxo de implementação do programa.
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UNICESUMAR
109
UNIDADE 3
Ao olhar para a QVT de um modo sistêmico e amplo, vemos que se trata de uma
perfeita dosagem de união de talentos envolvidos e empoderados com elementos
fundamentais de uma organização, tais como trabalho em equipe, cultura organi-
zacional e gestão democrática e participativa. Neste caso, programas de bem-estar
podem ser adotados pelas organizações que buscam prevenir os problemas que
envolvem a saúde de seus trabalhadores. Neste sentido, os programas de bem-
-estar partem do reconhecimento dos efeitos causados sobre o comportamento
e estilo de vida dos trabalhadores fora do ambiente de trabalho. Estes efeitos
contribuem para o engajamento das pessoas em formas de melhorar seus padrões
de saúde, bem como reduzir os custos com a saúde dos trabalhadores. De acordo
com Chiavenato (2020), um programa de bem-estar é composto normalmente
por três componentes. São eles:
NOVAS DESCOBERTAS
110
UNICESUMAR
111
UNIDADE 3
As causas do estresse ocupacional tem suas raízes nas grandes demandas geradas
nas organizações, fazendo com que se torne o ponto fundamental para a quali-
dade de vida do trabalhador, para as empresas e demais áreas que envolvem as
atividades produtivas. No que diz respeito à inclusão deste tema na comunidade
científica, o termo stress, segundo Másculo e Vidal (2013), remonta ao séc. IV, e
significa “esforço intenso”. Na física, diz respeito ao estudo da resistência dos ma-
teriais. Ao fazermos uma analogia do estresse ocupacional com a resistência dos
materiais, temos a “estrutura” como objeto do estresse, o “esforço” como a tentativa
de adaptação às necessidades e exigências do trabalho, as “deformidades” como
os prejuízos sofridos na capacidade de resposta cognitiva, física ou emocional.
Hans Selye, foi o primeiro pesquisador sobre estresse. Suas pesquisas foram
iniciadas na década de 1930, e denominada como “Síndrome Geral de Adap-
tação”. Esta síndrome é decorrente da exposição do organismo a uma situação
ameaçadora que interfere na manutenção do seu equilíbrio, conhecido também
como “homeostase” - capacidade do organismo de manter as características fí-
sico-químicas constantes dentro de um determinado limite (GRAMMS; LOTZ,
2017). Existem três fases para o estresse:
112
UNICESUMAR
PENSANDO JUNTOS
Quantas situações de estresse você viveu ou presenciou em sua vida? Qual foi a que mais
deixou marcas? Tente se lembrar da sensação vivida no momento.
De uma forma geral, existe uma tendência que deve ser considerada quando o as-
sunto é o estresse ocupacional como um processo que envolve fatores estressores e
as respostas aos mesmos. Há um consenso entre os estudiosos de que os impactos
do ambiente de trabalho sobre as pessoas são advindos das percepções dos pró-
prios empregados, ou seja, para que algo seja um agente estressor na organização,
este deve ser percebido como tal pelo trabalhador. Assim, segundo Ferreira (2017,
p. 120), o estresse ocupacional pode ser definido como “um processo em que o
indivíduo percebe demandas do trabalho como estressores que, ao excederem sua
habilidade de enfrentamento, provocam no sujeito reações negativas”.
Existem algumas condições de trabalho que podem contribuir para o desen-
volvimento do estresse. Estas condições são apresentadas no Quadro 5.
113
UNIDADE 3
CONDIÇÕES DE TRABALHO
Falta de estabilidade
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UNICESUMAR
PENSANDO JUNTOS
Quando falamos ou pensamos em estresse, normalmente, o que vem à mente são lem-
branças ruins. Mas será que o estresse só traz resultados negativos para as pessoas?
Vimos até aqui, que o estresse é atrelado a situações ruins e trazem diversos male-
fícios para as pessoas. No entanto, o estresse também é um agente que nos trazem
sensações e emoções positivas, como por exemplo, o momento do nascimento
de um filho, o dia da formatura, o casamento, entre outras situações. Portanto, o
estresse nos causa, em diversas situações, situações prazerosas na vida. Observe
na Figura 3, que existe uma curva entre o distress e o eustress.
Distress Distress
Monotonia Monotonia
(- esforço) Eustreess (- esforço)
Área de melhor
desempenho e
Distress Distress
conforto
Monotonia Monotonia
(- esforço) (- esforço)
Descrição da Imagem: a imagem apresenta duas setas direcionais, sendo apontando para cima e outra
apontando para a direita indicando respectivamente os eixos (y e x). Também há duas linhas verticais pon-
tilhadas. Há também um arco no eixo horizontal que cruza as linhas pontilhadas para estabelecer a área
de melhor desempenho e conforto. Na parte ascendente superior e inferior da curva vemos a inscrição
“Distress - monotonia (-esforço)”, na parte central da curva vemos a inscrição “Eustress - área de melhor
desempenho e conforto”, na parte descendente da curva lemos a inscrição “Distress- Monotonia (-esforço)”.
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UNIDADE 3
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UNICESUMAR
Papel Ambiguidade
Conflito
Responsabilidade Comporta- Acidentes
Falta de apoio mental Erros
Descrição da Imagem: a imagem apresenta três colunas. À esquerda da imagem são dispostos seis (06)
retângulos sobrepostos verticalmente contendo textos sobre os fatores estressores, nos quais estão escritos:
trabalho (sobrecarga, rigidez, monotonia, programação); papel (ambiguidade, conflito responsabilidade,
falta de apoio); estrutura (comunicação pobre, pouca participação, pouca coordenação, rigidez); cultura
(inequidade, bitolamento, pouco progresso, pouca participação); fatores externos (família economia, vida
particular, comunidade); relacionamentos (superiores, subordinados, colegas, clientes), estes retângulos se
ligam por meio de setas direcionais a um retângulo posicionado ao centro. O retângulo central contém texto
sobre os agentes estressores individuais (necessidades, aspirações, estabilidade emocional, experiências,
flexibilidade, tolerância à ambiguidade, autoestima, padrão de comportamento) e se liga por meio de setas
direcionais a uma coluna à direita contendo cinco (05) retângulos sobrepostos contendo a descrição das
consequências dos agentes estressores na vida das pessoas: subjetivo (fadiga, ansiedade, preocupação,
culpa); comportamental (acidentes, erros); cognitivo (esquecimento, pouca concentração, erros de deci-
são); fisiológico (cansaço, pressão alta, insônia, doenças); organizacional (absenteísmo, rotatividade, baixa
produtividade, baixa qualidade). Acima do retângulo central, há dois retângulos que descrevem do que se
trata a coluna da esquerda e do que se trata a coluna da direita.
Observe que ao falarmos das questões de estresse, existem muitas situações a serem
observadas por todos os envolvidos na organização. Administradores, gestores e
demais trabalhadores, devem buscar o estabelecimento de um ambiente saudável
enquanto estão trabalhando. A comunicação, o diálogo e o entendimento das neces-
sidades das pessoas devem fazer parte do cotidiano para que se consiga alcançar os
117
UNIDADE 3
objetivos, tanto das organizações quanto dos trabalhadores. Este é um tema muito
profundo e que cabe um estudo específico para maior entendimento. Por ora, en-
tender o que o estresse causa e as necessidade da implementação de um ambiente
de trabalho saudável, irá ajudá-lo a dar os primeiros passos nesta caminhada rumo
ao entendimento e desenvolvimento da qualidade de vida no trabalho.
Falamos anteriormente sobre os hábitos e vícios desenvolvidos pelas pessoas
e que interferem direta ou indiretamente na QVT. Vejamos a seguir alguns destes
hábitos e vícios.
Alimentação saudável: As pessoas, em sua grande maioria, não têm o hábito de
se alimentarem de forma adequada, ou seja, não se alimentam de forma saudável.
A alimentação saudável, de acordo com Barsano e Barbosa (2018), fornece os nu-
trientes necessários para que o organismo possa alcançar a performance desejada.
Para muitas pessoas, a alimentação saudável pode custar caro. No entanto, é
possível consumir alimentos saudáveis, tais como frutas compradas em super-
mercados e feiras livres, como a banana, que tem efeitos excelentes para a saúde.
Consumir bananas durante o dia, além de ser uma fruta de baixo custo, fornece
uma grande quantidade de nutrientes para o organismo e ajuda na prevenção de
doenças como a depressão, anemia, pressão arterial, entre outros.
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UNICESUMAR
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UNIDADE 3
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UNICESUMAR
pensatória é realizada durante a realização das atividades laborais. Neste caso, esta
ginástica é realizada próximo ao posto de trabalho (máquina), mesa de escritório,
refeitório ou em áreas livres. O objetivo desta ginástica é promover o relaxamento
da musculatura, de forma a reduzir a fadiga e promover as enfermidades profis-
sionais crônicas, tais como LER e DORT.
Para as empresas que contratam um profissional de educação física para
orientar e aplicar os treinos de ginástica laboral só tem benefícios, pois, além
de despertar um senso de qualidade de vida nos praticantes, também contribui
para a redução de despesas por afastamentos médicos e doenças do trabalho. A
adoção desta prática, além dos benefícios citados, ainda melhora a imagem da
empresa perante os trabalhadores e a sociedade, e aumenta a produtividade e a
qualidade dos serviços.
No entanto, a qualidade de vida no trabalho não é só influenciada por bene-
fícios e o cultivo de hábitos saudáveis. Quando falamos de QVT, temos que levar
em consideração as condições e hábitos ruins das pessoas. Normalmente, estas
situações ocorrem em ambiente externo ao ambiente laboral. Vejamos algumas
situações que interferem na qualidade de vida dos trabalhadores.
O primeiro que iremos tratar é o alcoolismo. Este é um dos problemas con-
siderados como sendo o mais grave nas indústrias, Pois trata-se de um problema
relacionado ao excesso e ao longo período de consumo de bebidas alcóolicas,
o que é considerado como um vício de ingestão excessiva e as consequências
decorrentes, que segundo Barsano e Barbosa (2018), podem causar:
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UNIDADE 3
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UNICESUMAR
■ Solvente: benzeno.
■ Metais pesados: chumbo e cádmio (um cigarro contém de 1 a 2
mg, concentrando-se no fígado, rins e pulmões, tendo meia-vi-
da de 10 a 30 anos, o que leva à perda de capacidade ventilatória
dos pulmões, além de causar dispneia, enfisema, fibrose pulmo-
nar, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago).
■ Níquel e arsênico: armazenam-se no fígado e rins, coração, pul-
mões, ossos e dentes, resultando em gangrena dos pés, causando
danos ao miocárdio etc.
Um outro problema que envolve o tabagismo é a exposição das pessoas que es-
tão próximas aos fumantes. Imagine uma situação em que, durante o intervalo
após o almoço, a pessoa está em uma roda de colegas de trabalho e neste grupo
de conversa duas pessoas são fumantes. Enquanto estão ali conversando os dois
colegas, devido ao tempo sem fumar devido ao trabalho, querem saciar a neces-
sidade de fumar e acendem um cigarro atrás do outro (como dito popularmente).
A fumaça do cigarro invade o ambiente ou o espaço em que estão reunidos e a
pessoa acaba inalando parte desta fumaça. Neste caso hipotético, a pessoa se torna
um fumante passivo. Este é um dos fatores que torna necessária a proibição do
ato de fumar em locais fechados.
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UNIDADE 3
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UNICESUMAR
“
Ambiente físico de trabalho: ligados ao bem-estar, envolvendo:
■ Iluminação: luminosidade adequada a cada tipo de atividade.
■ Ventilação: remoção de gases, fumaça e odores desagradá-
veis, bem como afastamento de possíveis fumantes ou utili-
zação de máscaras.
■ Temperatura: manutenção de níveis adequados de tempe-
ratura.
■ Ruídos: remoção de ruídos ou utilização de protetores au-
riculares.
■ Conforto: ambiente agradável, repousante e aconchegante.
Ambiente psicológico de trabalho: ligados ao bem-estar psico-
lógico, envolvendo:
■ Relacionamentos humanos agradáveis.
■ Tipo de atividade agradável e motivadora.
■ Estilo de gestão democrático e participativo.
■ Eliminação de possíveis fontes de estresse.
■ Envolvimento pessoal e emocional.
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UNIDADE 3
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UNICESUMAR
A qualidade de vida no trabalho é um assunto a ser tratado com muita atenção pelas
organizações. Vimos que os benefícios são tanto para empregadores quanto para
empregados, pois ao mesmo tempo que a saúde dos trabalhadores é promovida, a
produtividade aumenta e os custos com afastamentos e absenteísmo diminuem.
A falta de um trabalhador causa grandes prejuízos, tanto para os colegas de
trabalho quanto para a empresa. O absenteísmo causa transtornos para os pro-
cessos produtivos, pois a força de trabalho é reduzida e os esforços dos trabalha-
dores aumentam, tornando-se um peso a mais nas atividades de trabalho que, em
muitos casos, já são pesadas devido ao tipo de atividade econômica desenvolvida
pela empresa. Outro aspecto negativo neste caso é o aumento do estresse devido
ao acúmulo de trabalho.
Vimos nesta unidade o quanto é importante promover a qualidade de vida
no trabalho e que esta qualidade deve ser estabelecida independentemente do
tipo de atividade realizada ou área de atuação profissional. As condições am-
bientais e as condições de trabalho às quais os trabalhadores estão expostos, são
fundamentais para promover a QVT, e isso é de responsabilidade de todos nós
trabalhadores. Podemos aprender que, o que importa é sairmos de casa para o
trabalho, desempenhar a nossa função e retornar para o nosso lar em segurança
e saudáveis para que possamos desfrutar dos benefícios do trabalho, e não nos
tornarmos uma vítima do mesmo.
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Aprendemos nesta unidade, que a qualidade de vida no trabalho é algo muito
importante a ser desenvolvido nas organizações para a promoção de um am-
biente saudável e seguro. Entender como e quais são as ações que envolvem a
QVT, é fundamental para que você, como um futuro gestor da saúde e segurança
do trabalho, se destaque como profissional. Para que você retenha ainda mais
seus conhecimentos, desenvolva um mapa mental utilizando as seguintes pa-
lavras-chave: QVT, Hábitos, Vícios, Saudável, não saudável, alimentação, riscos,
benefícios, malefícios.
Alimentação
Hábitos QVT
Vícios
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1. A qualidade de vida é um tema muito atual e necessário para melhorar as condições
de saúde física, mental e social dos trabalhadores. De acordo com o conteúdo estu-
dado, descreva o conceito de QVT.
2. A qualidade de vida no trabalho diz respeito a vários fatores que envolvem as pes-
soas, tanto no ambiente interno quanto no ambiente externo. No entanto, a quali-
dade de vida não diz respeito somente ao acometimento de doenças do trabalho.
Existem três tipos de abordagens que influenciam na qualidade de vida no trabalho,
quais são elas?
Sobre a alimentação saudável, avalie as assertivas a seguir e assinale (V) para verda-
deiro e (F) para falso.
a) V, V, F, F, V.
b) F, V, V, F, F.
c) V, V, F, V, F.
d) V, V, V, F, F.
e) V, V, F, F, F.
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O Trabalho e as
Novas Tecnologias
Me. Juliano Bertolotti Moura
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UNICESUMAR
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UNIDADE 4
DIÁRIO DE BORDO
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UNICESUMAR
As empresas e organizações espalhadas pelo mundo, evoluem cada dia mais para
a aplicação de novas tecnologias em todas as áreas da economia, seja indústria de
manufatura, comércio, logística, agricultura, pecuária, prestação de serviços, entre
outros. Neste mesmo sentido, há a necessidade de profissionais para atuarem nos
processos que envolvem as novas tecnologias implementadas nas organizações.
Este avanço tecnológico inclui a utilização de sistemas e softwares para controlar
os equipamentos e máquinas instalados nas empresas de manufatura. As respos-
tas para estas perguntas iremos descobrir ao longo desta unidade. Iniciaremos
o nosso estudo falando um pouco da evolução histórica das novas tecnologias.
Os aspectos históricos remetem a Revolução Industrial que caracterizou e
impulsionou a mudança em vários setores da economia, principalmente nas in-
dústrias. A primeira Revolução Industrial compreende o período entre os anos
de 1712 e 1913, ou seja, durou 201 anos. Com a criação da linha de produção
por Henry Ford, foi dado início à segunda revolução industrial. Neste período,
a característica dos processos de Ford era a produção em massa e o sistema de
produção puxado. Este período durou entre os anos de 1913 a 1969, ou seja,
56 anos. Após este período veio a era da automação que foi caracterizada pela
implantação dos computadores, controles, sensores, entre outros dispositivos
capazes de fazer o gerenciamento de grandes quantidades de variáveis de pro-
dução. Estas inovações deram início à terceira revolução industrial que durou
de 1969 a 2010, ou seja, 41 anos.
Um marco importante nesta época foi a mudança do perfil dos profissionais
responsáveis pela produção, pois o sistema produtivo também havia mudado,
pois o fabricante que produzia o produto em sua totalidade, passa a produzir
partes dos produtos. Com o surgimento da energia elétrica, as máquinas pas-
saram a produzir menos poluição, o que para saúde do trabalhador e para o
meio ambiente foi uma vantagem. De acordo com Almeida (2019), em meados
dos anos de 1960, com a evolução da eletroeletrônica houve a possibilidade de
processar informações de entradas e saídas de sinais originados dos sensores
instalados nos sistemas de produção, conhecido como Controlador Lógico
Programável (CLP). Neste período a automação industrial teve um grande
avanço, permitindo que as máquinas fossem automatizadas por meio de atua-
dores eletro eletrônicos, pneumáticos e hidráulicos.
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UNIDADE 4
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UNICESUMAR
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UNIDADE 4
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UNICESUMAR
Descrição da Imagem: a imagem apresenta um trabalhador vestido com óculos de proteção, capacete,
um colete na cor amarela e cinza refletiva. O trabalhador está olhando em direção à placa (à direita da
imagem)realizando um processo de usinagem em um torno convencional. Uma das mãos do trabalhador
está acionando uma manivela que faz com que a ferramenta avance em direção à placa do equipamento.
Na placa, à direita da imagem está preso um disco de aço que está sendo usinado.
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UNIDADE 4
PENSANDO JUNTOS
Diante do cenário de evolução da indústria 4.0 visto até o momento, quais são os impac-
tos positivos da tecnologia na saúde e segurança do trabalho?
Nas questões que envolvem as relações do trabalho e a era da indústria 4.0, Afonso
(2020), descreve que a revolução digital não está limitada somente aos aspectos
tecnológicos, ela promove mudanças significativas na economia e na socieda-
de, tanto brasileira como na sociedade mundial. Estruturalmente, é importante
identificar as mudanças causadas, porém com ênfase maior nas questões que
envolvem as relações de trabalho.
Quando se fala em quarta revolução industrial ou ainda, segunda era das má-
quinas, nos remete normalmente a indústrias, pois é um setor da economia que
se torna mais visível, devido a utilização de máquinas e equipamentos utilizados
nos processos produtivos. No entanto, esta revolução vai além de indústrias, pois
a tecnologia tem uma área muito maior de abrangência. De acordo com Afonso
(2020), a tecnologia tem avançado para áreas como comércio, serviços, finanças,
além de afetar as relações sociais e culturais. Um exemplo da evolução tecnológica
e a automação de atividades administrativas pode ser visto no que ocorreu nos
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UNICESUMAR
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UNIDADE 4
Assim, algumas habilidades são mantidas ao longo dos anos e outras são descar-
tadas mesmo sendo mais novas.
De acordo com Quintino et al. (2019), ao mesmo tempo que algumas fun-
ções são propensas a deixar de existir outras podem surgir para o atendimento da
demanda. O Quadro 1 apresenta alguns dos impactos na organização do trabalho.
REDUÇÃO DE CRIAÇÃO DE
TRANSFORMAÇÃO
EMPREGOS EMPREGOS
Coordenadores de
Utilização de robôs, Operadores de pro-
robôs
veículos autônomos dução, montagem e
Engenheiros e espe-
e impressoras 3D nas embalagem
cialistas em pesquisa e
linhas de produção Pessoal de logística
desenvolvimento
Quadro 1. Impactos da Indústria 4.0 na organização do trabalho/ Fonte: Quintino et al. (2019, p. 87).
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UNICESUMAR
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UNIDADE 4
Flexibilidade
Criatividade
Inteligência emocional
Habilidades de comunicação
Competências Liderança
sociais Capacidade de transferir conhecimento
Capacidade de persuasão
Quadro 2. Competências requeridas para indústria 4.0 / Fonte: Adaptado de Quintino et al. (2019, p. 88).
Avaliando o Quadro 2, não é tão diferente do que se exige na indústria 4.0 com
relação às habilidades dos trabalhadores. As maiores exigências é de que os pro-
fissionais devem estar em constante desenvolvimento para que não fiquem em
situação de desemprego.
Talvez você esteja se perguntando: Porque estamos falando de emprego, de-
semprego, capacitação, falta de capacitação, se a disciplina é de segurança do
trabalho? Aí eu te respondo: quando falamos em qualidade de vida no trabalho,
estamos falando de preocupações que podem fazer com que os trabalhadores
fiquem vulneráveis às condições de trabalho e consequentemente possam sofrer
com problemas psicológicos e sociais dentro das organizações. A capacitação
e conhecimento técnico das novas funções e necessidades do mercado de tra-
balho irão influenciar diretamente nas atividades laborais cotidianas e conse-
quentemente estes mesmos trabalhadores sofrerão impactos na segurança dos
ambientes e de todas as pessoas envolvidas nos processos. Quando falamos da
robótica, drones e equipamentos autônomos, temos que levar em conta que os
trabalhadores podem não sofrer das doenças causadas pelo desenvolvimento
144
UNICESUMAR
de suas atividades laborais, mas sofrer de doenças causadas pela falta delas, ou
seja, o simples fato de realizar um trabalho mais voltado para a intelectualidade,
conforme já citado, os trabalhadores podem desenvolver outros tipos de doenças
ou distúrbios, como por exemplo o estresse, insônia, entre outras.
Quintino et al. (2019, p. 89), apresenta algumas das características dos pro-
fissionais nesta era tecnológica, conforme apresentado a seguir:
De acordo com Schwab (2016), as várias categorias de trabalho, tais como as que
envolvem o trabalho mecânico repetitivo e aquelas atividades que envolvem os
trabalhos de precisão, estão sendo automatizadas, e há uma tendência de cresci-
mento em outras áreas de forma exponencial. Segundo Quintino et al. (2019), a
quarta revolução industrial parece estar reduzindo o número de postos de tra-
balho nas indústrias mais novas quando comparado à quantidade de postos de
trabalhos nas indústrias atuais do que aquelas estabelecidas durante as revoluções
industriais anteriores. A posterior adesão em massa da internet, as máquinas e
equipamentos fazendo com que o conhecimento humano seja substituído por
sistemas inteligentes e automatizados. De acordo com Venturelli (2018), as pro-
fissões que necessitam de criação, abstração, desenvolvimento que necessitem
lidar com novas situações, tais como engenharia, ciência de dados, computação,
matemática, gestão, entre outras, tendenciosamente irão ganhar maior credibili-
dade e irão crescer e irão mudar o perfil do trabalhador do século XXI.
Bem, vemos que as tendências para as profissões do futuro são mais voltadas
para atividades que envolvem gestão e tecnologia, ou seja, a tendência é que as
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UNIDADE 4
pessoas estejam cada vez menos envolvidas diretamente com o sistema produtivo
no chão de fábrica. Ainda que o trabalhador esteja no chão de fábrica realizando
suas atividades em um equipamento, este irá atuar como um programador do
equipamento, haja visto que a tendência é a utilização de máquinas e equipamen-
tos cada vez mais comandadas por meio de sistemas computacionais. Assim, se
torna justificável que os profissionais do futuro busquem cada vez mais o apri-
moramento de seus conhecimentos e a adaptação desta nova realidade.
Já nas questões que envolvem a saúde e segurança do trabalho no meio de
toda esta evolução, os cuidados com a ergonomia devem ser redobrados, já que
as atividades profissionais futuras tendem a ser cada vez mais estáticas nas po-
sições sentado e em pé. Também tem as questões de LER e DORT, que podem
ser geradas devido às atividades que envolvem períodos longos de digitação no
computador. A maioria das pessoas não se atentam para os aspectos ergonômi-
cos, pois já estão tão acostumadas com a forma de sentar, altura da mesa, altura
do monitor, que vão desenvolvendo comorbidades sem perceber. Os problemas
ergonômicos mais comuns estão associados à coluna, pois definitivamente, a
grande maioria não mantém uma postura ergonomicamente adequada e com
isso começam a surgir dores na região lombar devido a forma de sentar e na
região cervical devido a altura do monitor em relação aos olhos.
NOVAS DESCOBERTAS
Assim, é importante estar atento à saúde e segurança dos trabalhadores nos anos
que vem por aí. O desenvolvimento tecnológico pode mudar a forma com que os
trabalhadores realizam ou desenvolvem suas atividades laborais, pode mudar a
disposição e tipos de equipamentos utilizados, porém, as ações voltadas à saúde
e segurança dos trabalhadores não mudam, pois saúde e segurança devem estar
no topo da lista de prioridades sempre.
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UNICESUMAR
NOVAS DESCOBERTAS
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UNIDADE 4
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UNIDADE 4
Vimos que a aplicação de drones na construção civil tem uma grande utilidade
para auxiliar na segurança do trabalho. Os drones possibilitam um leque de ativi-
dades e podem ser utilizados com vantagens quando comparado à presença hu-
mana (CALASANS, 2018). Nas empresas, para garantir seu bom funcionamento,
os drones são utilizados para realizar o monitoramento e inspeção dos ativos por
meio de imagens de alta definição e scanners específicos que possibilitam aos
gestores de segurança identificar, riscos químicos, vazamento de gases tóxicos,
entre outros riscos presentes no ambiente de trabalho. As vantagens da utiliza-
ção dos drones é que as inspeções visuais são realizadas em áreas de riscos, tais
como espaços confinados, por exemplo. Com isso, trabalhadores, antes expostos
a situações de risco, agora podem ficar em um ambiente seguro e deixar que os
drones realizem o trabalho perigoso. Os drones, nos casos de inspeção em áreas
consideradas perigosas, possibilitam a realização de inspeções muito melhores
devido ter câmeras que fornecem imagens que permitem um alto nível de deta-
lhamento que o olho humano não consegue captar. Uma outra vantagem é que
os drones podem se deslocar com muita rapidez a áreas de risco de difícil acesso
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UNIDADE 4
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UNICESUMAR
“
[...] em situação de risco e quando os danos forem inevitáveis, o
computador deve priorizar a segurança do homem acima do equi-
pamento, dos eventuais danos económicos, e de forma a que os al-
goritmos não estabeleçam preferências em função da idade, sexo,
raça, constituição física ou psíquica.
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UNIDADE 4
Podemos ver que a IA é uma tecnologia que tem grande aplicação nas organi-
zações não só na produtividade mas também na segurança dos trabalhadores,
pois proporciona por meio de sistemas e dispositivos para limitar o acesso das
pessoas a áreas consideradas de risco, além de controlar as atividades desenvol-
vidas automaticamente.
Uma outra tecnologia muito presente nas organizações nos dias atuais é a robó-
tica. Os processos industriais têm sido cada vez mais realizados por meio de robôs.
Estes equipamentos são os responsáveis pela automatização de várias atividades.
A sofisticação destes equipamentos ao longo dos anos proporciona a realização de
trabalhos em situações de insalubridade, de risco de morte, ou simplesmente em
atividades monótonas desenvolvidas pelo ser humano (SANTOS, 2015).
Historicamente, o primeiro mecanismo representando a figura de um ser
humano foi apresentado por Roy J. Wensley, em 1927, na Exposição Mundial de
Nova York. Este mecanismo foi chamado de Robô Televox. Imediatamente no
Japão, no ano de 1928, foi apresentado uma máquina, réplica de um ser humano
e que tinha a capacidade de articular algumas partes do corpo.
De acordo com Santos (2015), estas máquinas foram utilizadas para o de-
senvolvimento de máquinas que mais tarde, em meados do século XX, seriam
utilizadas para manipular materiais radioativos por meio de teleoperação.
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UNICESUMAR
Neste contexto, ainda durante a Segunda Guerra Mundial, de acordo com Santos
(2015), os centros de pesquisa com materiais radioativos necessitavam desenvolver
um equipamento que possibilitasse a manipulação a distância de urânio e outros
materiais sensíveis, de forma a proteger os trabalhadores de seus efeitos maléficos. O
dispositivo era chamado de “teleoperador” e, por meio de manolas instaladas remo-
tamente, possibilitava o transporte das barras de urânio por meio de mecanismos
motorizados. Esta tecnologia também era empregada nas indústrias de manufatura
em operações de usinagem, haja visto que nos anos de 1950, começaram a surgir
nas indústrias os primeiros equipamentos de usinagem, tais como tornos, fresas
etc., que já utilizavam a tecnologia de Controle Numérico (CN), permitindo que
os movimentos fossem pré-programados em fitas perfuradas.
Voltando ao período atual, para os robôs industriais prevalecem as três leis da
robótica estabelecidas pelo escritor russo-americano Isaac Asimov, que segundo
Santos (2015, p. 12), são:
“
1ª Lei: um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação,
permitir que um humano seja ferido;
2ª Lei: um robô deve obedecer às ordens dadas por humanos, ex-
ceto quando isto conflitar com a primeira lei;
3ª Lei: um robô deve proteger sua própria existência, a menos que
isto conflite com a primeira ou a segunda lei.
“
Um robô industrial é um manipulador reprogramável, multifun-
cional, projetado para mover materiais, peças, ferramentas ou dis-
positivos especiais em movimentos variáveis programados para a
realização de uma variedade de tarefas.
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UNIDADE 4
Ano Tecnologia
Interpolações cartesianas
Controle digital
1986
Acionamentos em corrente alternada
Interface Windows
1994
Simulação em robôs virtuais
Uso de fieldbus
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UNIDADE 4
De acordo com Silva (2019), esta tecnologia é baseada, como o próprio nome
já diz, em frequências de rádio ou por meio da propagação magnética. O sistema
consiste em dois componentes: etiquetas eletrônicas e leitores. As etiquetas são
instaladas no que se busca identificar, seja um objeto, uma pessoa ou um ani-
mal, os leitores são responsáveis pela leitura ou escrita do que está contido nas
etiquetas. Uma outra característica importante de ser ressaltada é a utilização
deste tipo de tecnologia para ligar ou desligar algum sistema ou equipamento.
Na movimentação de cargas e veículos pesados, este dispositivo é utilizado para
emitir sinais, tanto para o operador quanto para as pessoas que estão ao redor de
onde está sendo realizada a operação.
NOVAS DESCOBERTAS
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UNIDADE 4
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Podemos observar no Quadro 5 que cada tecnologia tem a sua função quando
instalada e utilizada nas organizações. É importante ressaltar aqui os benefícios
que algumas destas tecnologias proporcionam para as ações de saúde e segurança
do trabalho. Na maioria das vezes nós não enxergamos estas tecnologias devido
ao fato de elas estarem instaladas em componentes eletrônicos que atuam no
sistema principal de uma máquina ou equipamento e não ficam aparente.
Outro aspecto interessante que podemos observar é a eficiência com que as
informações são transmitidas diante de uma situação de risco para impedir que
um acidente ocorra. Um exemplo desta velocidade de informação é a forma com
que os dispositivos de segurança instalados em serras circulares manuais ou de
bancada. Ao acionar a máquina e realizar o corte uma prancha de madeira, qual-
quer obstáculo que surgir à frente do sentido de corte da serra, automaticamente
libera uma capa protetora para a serra e desliga o equipamento instantaneamente.
Assim, a tecnologia desenvolvida nesta era industrial 4.0 tem grande aplicação
nas questões que envolvem a saúde e segurança do trabalho. O que precisa é
aplicar os recursos disponibilizados no desenvolvimento de novos sistemas e o
aprimoramento dos sistemas já existentes.
O desenvolvimento das tecnologias tem proporcionado muitos avanços na
troca de informações em tempo real entre o que ocorre durante os processos e
os gestores destes processos. Além disso, tem o fato de que o trabalhador pode
realizar as atividades de monitoramento e controle do processo por meio de soft-
wares instalados em computadores, laptops, tablets, bem como os smartphones,
que mais se parecem com computadores de bolso, devido ao desenvolvimento
de estruturas mais robustas de hardwares e softwares para estes equipamentos.
Precisamos estar atentos às novas tecnologias que estão surgindo e buscar nos
aprimorar ainda mais nossos conhecimentos nas tecnologias que já estão sendo
aplicadas em prol da saúde e segurança do trabalho.
Vimos nesta unidade a evolução da indústria 4.0 e com ela o surgimento de
várias tecnologias. Com esta evolução há também uma necessidade de evolução
dos trabalhadores devido aos novos cargos que vão surgindo nas organizações e o
desaparecimento de outros. Neste caso, a demanda futura do mercado de trabalho
tende a absorver profissionais com características mais voltadas para a gestão. No
167
UNIDADE 4
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Vimos nesta unidade o quanto evoluiu a tecnologia nesta nova era da revolução
industrial. Estas tecnologias são importantes não só para o desenvolvimento
das organizações, mas também para a segurança do trabalho. Neste sentido, os
benefícios para a segurança do trabalho estão no desenvolvimento de sensores
e dispositivos instalados nas máquinas e equipamentos. No intuito de assimilar
ainda mais o conteúdo apresentado sobre as novas tecnologias, sugiro que de-
senvolva um mapa mental utilizando as seguintes palavras chave: IoT, Inteligência
artificial, Drone, Relé de Segurança, CLP de Segurança, RFID e Robótica.
Inteligência
Artificial
Relé de
Segurança
CLP de Segurança
NOVAS TECNOLOGIAS
INDÚSTRIA 4.0
Robótica
RFID IoT
Drone
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1. A nova era da industrialização, conhecida como indústria 4.0 é relativamente nova,
levando em consideração que seu início se deu no ano de 2012. Com o desenvol-
vimento da tecnologia nestes últimos tempos, com o surgimento de drones, IoT, IA,
entre outros, é possível realizar atividades de uma forma mais rápida e segura. Na
construção civil os drones estão sendo utilizados em algumas atividades de inspeção.
a) I, II e IV apenas.
b) II, IV e V apenas.
c) I, II, III e V apenas.
d) I, II, IV e V apenas.
e) II, III, IV e V apenas.
170
( ) Os dispositivos de segurança acionados por meio de duas placas de aço são
chamados de tapetes de segurança e são acionados por pressão.
( ) O relé de segurança é utilizado para identificar as falhas ou defeitos nos circuitos
de proteção instalados em máquinas e equipamentos.
a) V, V, F, V.
b) F, V, F, V.
c) V, F, V, V.
d) V, F, F, V.
e) F, V, F, F.
171
5
Evolução
Histórica das
Normas
Me. Juliano Bertolotti Moura
174
UNICESUMAR
na maioria das vezes, estas pessoas não estão nem aí com a segurança, nem deles e
nem tampouco das pessoas que passam ou estão próximas da área em que se está
realizando o trabalho. Equipamentos de Proteção Individual (EPI), Equipamento
de Proteção Coletiva (EPC), nem pensar! Sendo assim, proponho a você realizar
um exercício interessante que envolve a sua percepção de risco de acidente e ao
mesmo tempo exercite tudo o que aprendeu até aqui e o que irá aprender nesta
unidade. O exercício consiste em observar, quando possível, as atividades sendo
realizadas e os possíveis riscos presentes em cada uma delas, como por exemplo:
trabalhadores realizando a construção de casas no bairro. A proposta é que você
faça estas observações no bairro onde mora ou quando sair para algum outro lugar
e ao chegar em casa, faça o relato do que foi observado. Para a anotação de suas
observações, sugiro a você que utilize o seu diário de bordo.
175
UNIDADE 5
Muitas vezes, indo de um lugar para o outro, presenciei várias situações de riscos
a que as pessoas estavam expostas. Ao presenciar algumas cenas de pessoas nos
últimos degraus de uma escada, a mais de 5 metros de altura, limpando letreiros
sem nenhum tipo de dispositivo que impedisse uma possível queda, automa-
ticamente me vem um questionamento: Será que esta pessoa não tem amor à
sua vida? Aonde está o contratante que não providencia os EPIs ou impeça que
o trabalho seja realizado de maneira insegura. Será que ele não sabe que se a
pessoa sofrer um acidente, ainda que seja um terceiro, ele vai ter que arcar com
as consequências? Pois é, esta é uma situação mais comum do que você imagina.
Embora não se tenha muito o que fazer nestes casos, temos que ter a consciência
de que a partir do momento em que nós temos o conhecimento das normas e leis
que estabelecem os requisitos de saúde e segurança, bem como as ferramentas,
dispositivos e equipamentos para identificar, avaliar e minimizar os riscos, somos
co-responsáveis por promover a saúde e segurança do trabalho em qualquer
tipo de ambiente e atividade. Portanto, somos agentes promotores de práticas de
trabalho seguro e consequentemente promotores do nosso bem maior… a vida!
176
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Ao falar da evolução histórica das normas, temos que voltar no tempo, pois
tudo o que conhecemos sobre a legislação de saúde e segurança do trabalho, teve
início na revolução industrial, e é a partir dela que iniciaremos esta unidade.
Com a Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, o surgimento das pri-
meiras máquinas possibilitou o avanço da tecnologia, fazendo com que houvesse
o aumento na produtividade das organizações e consequentemente o aumento da
oferta de produtos manufaturados disponíveis com um acabamento de melhor
qualidade e menor tempo de produção. Porém, com toda esta evolução, conse-
quentemente surgiram os pontos negativos, pois com a aceleração do processo
produtivo as condições de trabalho ficaram cada vez mais desumanas, fazendo
com que surgissem as doenças ocupacionais. Neste período, as taxas de acidentes
relacionadas ao trabalho aumentaram a níveis alarmantes tanto de homens como
mulheres, crianças e até mesmo os idosos. Não havia critérios para estabelecer
um limite de idade para o trabalho, nem tampouco para o tipo de atividade a ser
realizada, horário de trabalho, descanso, enfim, as condições laborais e de quali-
dade de vida eram, em muitos casos, deploráveis (CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016).
Além de todos os problemas causados pelas péssimas condições de trabalho,
segundo Chirmici e Oliveira (2016), os trabalhadores começaram a ter receio
de que as máquinas iriam substituir a mão de obra, ou seja, as pessoas seriam
obsoletas. Essa situação fez com que surgisse o primeiro movimento de luta da
classe operária iniciado pelos trabalhadores, que a partir de então passaram a
reivindicar os seus direitos por meio de associação com os sindicatos da época.
Os trabalhadores passaram a se recusar a desempenhar suas atividades e a resis-
tir ao controle dos seus superiores. Com isso, os empresários foram forçados a
reestruturar a forma de organização do trabalho.
Nesse cenário conturbado, surgiram diversos movimentos sociais e tra-
balhistas. Estes movimentos passaram a exercer pressão nos legisladores e
políticos da época, fazendo com que surgisse as legislações e proteções aos
trabalhadores, regulamentando assim as atividades laborais. Estas mudanças
ocorreram de forma lenta e gradual. Com as primeiras ações jurídicas relacio-
nadas ao trabalho surgiu o Direito do Trabalho, estabelecendo os limites de
horas para as jornadas de trabalho e as garantias mínimas de estabilidade de
emprego, diminuindo a quantidade de demissões devido a meras razões eco-
nômicas ou decorrentes do arbítrio patronal. Com isso, as empresas precisaram
melhorar ainda mais as condições de higiene e segurança do trabalho. Assim,
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No Brasil, a legislação voltada para a segurança do trabalho teve seu início his-
tórico em 1918, com a criação do primeiro Departamento Nacional do Tra-
balho (DNT), que tinha como objetivo planejar e fiscalizar a implantação de
uma legislação social no Brasil. Este departamento, no entanto, nunca chegou a
funcionar. Somente em 1931, quando se estabeleceu o Ministério do Trabalho,
é que foi definitivamente instalado um novo DNT, chefiado por uma diretoria
geral e subdividido em: organização, higiene, segurança, inspeção e previdência
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UNIDADE 5
EXPLORANDO IDEIAS
As normas passam por revisões, por isso é importante estar antenado nes-
sas atualizações. Para verificar as atualizações das normas de higiene ocupa-
cional, acesse o site da FUNDACENTRO através do QR-Code a seguir.
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UNIDADE 5
Organizações Representantes
• Sindicato Patronal;
• Confederação Nacional da Indústria (CNI);
• Confederação Nacional do Transporte (CNT);
• Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Empregadores Turismo (CNC);
• Confederação Nacional das Instituições Financeiras
(CNF);
• Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); e
• Confederação Nacional de Saúde (CNS).
• Força Sindical;
• União Geral dos Trabalhadores (UGT);
• Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST);
Trabalhadores • Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB);
• Central Única dos Trabalhadores (CUT); e
• Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
(CTB).
190
UNICESUMAR
Até 2021, no Brasil, foram publicadas 37 normas, porém duas foram revogadas,
a saber, as normas:
“
NR 02 - Inspeção Prévia, revogada por meio da portaria 915/2019; e
NR 27 - Registro profissional do Técnico de Segurança do Traba-
lho Ministério do Trabalho, revogada por meio da portaria MTE
262/2008.
O Quadro 2 apresenta as normas regulamentadoras vigentes no Brasil, publicadas
pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
N°. DESCRIÇÃO
NR-8 EDIFICAÇÕES
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UNIDADE 5
N°. DESCRIÇÃO
NR-14 FORNOS
NR-17 ERGONOMIA
NR-19 EXPLOSIVOS
192
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N°. DESCRIÇÃO
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UNIDADE 5
NR 1 – Disposições Gerais;
NR 3 – Embargo e Interdição;
NR 4 – Dimensionamento do SESMT;
Normas sociais
NR 5 – CIPA;
NR 7 – PCMSO;
NR 9 – PPRA
NR 6 - EPI;
NR 10 – Eletricidade;
NR 11 - Transporte e Manuseio de Materiais
NR 12 – Máquinas e Equipamentos;
NR 13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações;
NR 14 - Fornos;
NR 15 – Atividades Insalubres;
Normas técnicas NR 16 – Atividade Perigosa;
NR 17 – Ergonomia;
NR 20 – Inflamáveis e Combustíveis;
NR 23 – Proteção contra Incêndio;
NR 24 - Condições Sanitárias;
NR 28 - Fiscalização;
NR 33 – Espaço Confinado;
NR 35 – Trabalho em Altura
NR 18 – Indústria da Construção;
NR 19 - Explosivos;
NR 21 - Trabalho a céu aberto;
NR 22 – Mineração;
NR 25 - Resíduos;
NR 26 - Sinalização de Segurança;
NR 29 – Trabalho Portuário;
Normas temáticas
NR 30 – Trabalho Aquaviário;
NR 31 – Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração
Florestal e Aquicultura;
NR 32 – Serviços de Saúde;
NR 34 – Indústria de Construção e Reparação Naval;
NR 36 – Abate e Processamento de Carnes e Derivados;
NR 37 - Plataforma de Petróleo.
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PENSANDO JUNTOS
Se a segurança do trabalho, com toda a legislação vigente, ainda está muito aquém do ideal,
como seria a situação dos trabalhadores se não houvesse as Normas Regulamentadoras?
“
[...] Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assem-
bleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democráti-
co, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e indivi-
duais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento,
a igualdade e a justiça como valores supremos de uma socieda-
de fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia
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UNIDADE 5
Constituição
Federal (CF/88)
ADCT
Emendas Constitucionais
Re
Tratados e Convenções sobre
laç
ão
Direitos Humanos
de
su
pe
rio
Lei Complementar, Lei Ordinária,
rid
Lei Delegada, Medida Provisória,
ad
e
Decreto Legislativo
Decretos, Resoluções,
Portarias, Instruções Normativas
Descrição da Imagem: A imagem apresenta uma pirâmide contendo quatro divisões que representam a
hierarquia das normas por grau de importância, representada por uma seta direcional em sentido de cima
para baixo, descrita como “Relação de Superioridade”. Do topo da pirâmide em sentido à base, temos a pri-
meira divisão (Constituição Federal (CF/88); ADCT (Ato de Disposições Constituições Transitórias); Emendas
Constitucionais; Tratados e Convenções sobre Direitos Humanos); na segunda divisão (Lei Complementar; Lei
Ordinária; Lei Delegada; Medida Provisória; Decreto Legislativo), Na terceira divisão ( Decretos; Resoluções;
Portarias; Instruções Normativas) e por fim, na quarta divisão representando a base da pirâmide ( Contratos;
Sentenças Judiciais; Atos e Negócios Jurídicos).
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UNIDADE 5
I - Previdência;
II - Previdência complementar;
III - Política e diretrizes para a geração de emprego e renda e de apoio ao trabalhador;
IV - Política e diretrizes para a modernização das relações de trabalho;
V - Fiscalização do trabalho, inclusive do trabalho portuário, e aplicação das san-
ções previstas em normas legais ou coletivas;
VI - Política salarial;
VII - Intermediação de mão de obra, formação e desenvolvimento profissional;
VIII - Segurança e saúde no trabalho;
IX - Regulação profissional; e
X - Registro sindical.” (NR)
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“
a) dar maior efetividade à fruição dos direitos fundamentais traba-
lhistas e previdenciários dos trabalhadores;
b) aprimorar a qualidade e eliminar a redundância nas informações
prestadas pelas pessoas físicas e jurídicas obrigada
EXPLORANDO IDEIAS
Para entender um pouco mais sobre este assunto, sugiro a você acessar o
site do eSocial e aprender um pouco mais sobre este sistema e seus leiautes.
Todas as informações sobre o eSocial, seus manuais, leiautes e suas atuali-
zações estão disponíveis acessando o Qr-Code a seguir.
201
UNIDADE 5
202
UNICESUMAR
Nesta unidade, vimos que a evolução das normas foram importantes para o desen-
volvimento da saúde e segurança no trabalho. A grande ocorrência de acidentes
com as pessoas desde o advento da Revolução Industrial, a utilização de crianças e
idosos nas empresas, a quantidade de horas trabalhadas, os ambientes de trabalho,
entre tantos outros problemas que foram tomando forma e fazendo com que os
índices de acidentes tivessem um número considerável de acidentes de trabalho. O
surgimento de organizações voltadas à segurança do trabalho, com o objetivo de
estabelecer os requisitos mínimos de segurança para os ambientes e trabalhadores,
levou a ações voltadas à melhoria da qualidade dos ambientes e melhores condições
de trabalho em nível mundial. Vimos a importância da OIT como órgão que desen-
volveu muitos estudos e estabeleceu acordos internacionais que tinham o objetivo
de melhorar as condições de segurança e saúde ocupacional. Vimos também que,
além de todos os esforços, a OIT, até os dias de hoje, continua promovendo ações
para fomentar os valores de proteção e dignificação dos trabalhadores.
Vimos também a importância de outras organizações que promovem a saúde
e segurança do trabalho, tais como a OSHA, NIOSH, ACGIH e a FUNDACEN-
TRO. A FUNDACENTRO como uma organização que é a referência no Brasil
no desenvolvimento de pesquisa e disseminação de informações para promover
a segurança no trabalho.
Aprendemos que as normas que regulamentam a segurança no trabalho no
Brasil, possuem regras para o seu desenvolvimento e que envolvem diversos ór-
gãos para fazer com que sejam estabelecidas de acordo com as necessidades das
organizações para garantir não só um ambiente seguro, mas, atividades e condi-
ções de trabalho mais seguros.
Também tivemos uma introdução às principais leis, normas e decretos que
determinaram a legislação brasileira ao longo dos anos. Esta legislação é a res-
203
UNIDADE 5
204
Nesta unidade estudamos sobre a evolução histórica da legislação e normas
voltadas à segurança no trabalho. Esta evolução ocorre até hoje e, com certeza,
irá continuar evoluindo, pois ainda estamos muito aquém de ter uma cultura de
segurança no trabalho estabelecida em todos os segmentos econômicos no Brasil.
Para que você assimile ainda mais o conteúdo estudado sobre a evolução das
normas e as organizações responsáveis por esta evolução, sugiro que desenvolva
um mapa mental utilizando as seguintes palavras chave: OSHAS, NIOSH, ACGIH,
FUNDACENTRO, Normas Regulamentadoras, Leis, objetivo e benefícios.
Para este desenvolvimento sugiro utilizar a ferramenta gratuita disponível em:
https://www.goconqr.com/pt-BR.
Objetivo Benefícios
Benefícios
Objetivo
Normas
Regulamentadoras Objetivo
NIOSH
Objetivo
Leis
ACGIH EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DAS NORMAS Benefícios
Benefícios
FUNDACENTRO
OSHAS Normas
Objetivo
Objetivo Benefícios
Objetivo Benefícios Benefício
205
1. O surgimento de máquinas para o desenvolvimento produtivo durante a Revolução
Industrial, promoveu o aumento da produção. No entanto, ao mesmo tempo que
este desenvolvimento ia ocorrendo com o surgimento de novas tecnologias, aumen-
tou também a quantidade de acidentes e doenças do trabalho, causando grandes
transtornos para as empresas da época.
a) I e IV apenas.
b) II e IV apenas.
c) I e III apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e IV apenas.
206
III - A Portaria nº 229, regulamenta a CIPA em 1945.
IV - Em 1952 a Portaria 128 estabeleceu a adoção da ABNT “NB-18R”.
V - A Portaria nº 34.714, instituiu a Menção Honrosa da Segurança do Trabalho
Sobre as afirmativas acima, é correto o que se afirma em:
a) V, V, F, V, V.
b) V, F, F, V, F.
c) F, V, V, F, V.
d) F, F, V, F, V.
e) F, V, V, V, F.
a) I e II, apenas.
b) II e V, apenas
c) II e IV, apenas.
d) I, II e V, apenas.
e) II, III e IV, apenas.
207
4. As leis que tratam dos assuntos pertinentes à saúde e segurança do trabalho são
necessárias para as regras que garantam ao trabalhador a integridade física e psi-
cológica durante a realização de suas atividades nas organizações. Neste sentido, se
não houvessem os requisitos de segurança estabelecidos nas normas, muito pro-
vavelmente haveriam muito mais acidentes de trabalho. A legislação possui uma
hierarquia para estabelecer os requisitos a serem estabelecidos e aplicados nas
empresas/organizações.
a) I, III e IV.
b) I, III e V.
c) II, IV e V.
d) I, II, IV e V.
e) II, III, IV e V.
208
UNIDADE 1
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213
UNIDADE 1
1. D.
5. B.
214
UNIDADE 2
1. C.
(Quadro 2 da unidade).
A assertiva I é incorreta, pois uma organização pequena tem de 10 a 100 componentes.
Assertiva II é correta.
Assertiva III é correta.
Assertiva IV é correta.
Assertiva V é incorreta, pois uma organização média tem de 100 a 1.000 componentes.
2. D.
Afirmativa I é falsa, pois os requisitos da CIPA é estabelecido na NR 05
Afirmativa II é verdadeira.
Afirmativa III é falsa, pois a CIPA só é instalada quando a organização ou a empresas
possui de 20 ou mais trabalhadores.
Afirmativa IV é verdadeira.
Afirmativa V é verdadeira.
UNIDADE 3
3. D.
215
UNIDADE 4
1. D.
2. C.
UNIDADE 5
1. D.
2. E.
3. C.
4. C.
216