UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Fichamento de Estudo de Caso

Katiana Rodrigues dos Santos

Trabalho da disciplina: história da psiquiatria e da reforma psiquiátrica.

Tutor: Prof. Cristiane De Carvalho Guimaraes

Fortaleza-ce
2017

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Estudo de Caso:

HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA E DA REFORMA PSIQUIÁTRICA

O Alienista, de Machado de Assis.

REFERÊNCIA:

ASSIS, Machado de. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar 1994. V. II.

O texto retrata de uma crônica de Machado de Assis que fala de um médico o Dr. Simão
Bacamarte um dos melhores médicos Brasil, Portugal e Espanha. Ao regressar ao Brasil foi
morar na Vila Itaguaí entregou-se de corpo e alma ao estudo da ciência, alternando as curas
com as leituras. Aos quarenta anos resolveu se casar com D. Evarista da Costa e
Mascarenhas, que reunia condições fisiológicas e anatômicas, digeria com facilidade, dormia
regularmente, tinha bom pulso, e excelente vista; estava assim apta para dar-lhe filhos
robustos, sãos e inteligentes. Mas a D. Evarista Não conseguia engravidar, foi quando o Dr.
Simão mergulhou inteiramente nos estudos na medicina e na pratica. E uma are lhe chamou
atenção a saúde mental, pois na vila não existia nenhum tipo de acompanhamento e nem
hospital para as pessoas que sofressem psiquicamente e ele conseguiu um local e começou a
construir o asilo que ficou conhecido com a casa verde.
O alienista começou a classificar os enfermos em furiosos e os mansos e em outras
subclasses, depois disso começou um estudo ininterrupto analisava todos os passos dos
loucos e toda a trajetória de suas vidas. E ao mesmo tempo estudava sobre os medicamentos
os meios curativos e os meios paliativos. Todo esse trabalho consumia todo o seu tempo e ele
mal via a sua esposa. Com a passar de dois meses D. Evarista caiu em profunda melancolia,
mas não se queixava ao seu marido, pois o respeitava. O médico percebeu o quanto a sua
mulher estava triste e lhe fez a proposta de ir conhecer o Rio de Janeiro que ela sempre quis,
mas que achava impossível na atual conjuntura e não se mostrou muito interessada, pois iria

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sem ele, mas ele lhe propôs de ir com uma tia que custeava tudo, pois o asilo estava dando um
bom retorno. As despedidas foram tristes para todos, menos para o alienista. Conquanto as
lágrimas de D. Evarista fossem abundantes e sinceras, não chegaram a abalá-lo. Homem de
ciência, e só de ciência, nada o consternava fora da ciência.
Enquanto a sua esposa conhecia o Rio de Janeiro em lagrimas, o Dr. Simão estudava
bastante as bases da psicologia. O médico continua seus trabalhos envolvendo loucura e,
repetidamente, aceita a teoria de que onde não há razão, supostamente há desequilíbrio
mental. Decide contar ao padre Lopes e este não concorda com a ideia, e acredita que a uma
ameaça à tranquilidade da cidade. Os moradores não podiam tem reações ou ações fora do
comum que o Dr. Simão internava na casa verde. Houve protesto na cidade, pois varias
pessoas foram internadas sem motivos concretos até a sua esposa ele internou em razão de
um dia que ela estava em duvida em qual colar e vestido usar.
Depois de algum tempo o Dr. Simão passar a considerar outra teoria que louco seria
aquele que possuísse a mente em ótimo estado e equilíbrio e não o que tem o juízo doente.
Depois dessa nova descoberta o medico libera os antigos internados considerados loucos e
manda interna o padre e outras pessoas. Depois de algum tempo ate que os internados
atualmente pudessem revelar algum tipo de transtorno e depois liberou os internados.
Dr. Simão não se mostrava satisfeito e chegou a conclusão de que ninguém estava
realmente doente e os que eram considerados desiquilibrados notados o comportamento já
faziam parte deles. Então ele decide estudar o seu próprio estado mental e se declara o único
que se encontra em perfeito estado mental, e se entregou aos estudos e fica trancando na
casa verde onde morreu dezessete meses depois.
Em Itaguaí comenta-se que não houve outro louco além dele, mas é só um boato e
acredita-se que é duvidoso, pois veio do Padre Lopes que anteriormente elogiava bastante o
medico que só falava das suas qualidades. Apesar dos boatos e suas internações duvidosas foi
enterrado com muita pompa e rara solenidade.