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INTRODUÇÃO
J.Womack
O princípio do fluxo, que indica que qualquer detenção no fluxo dos materiais na
direção do produto acabado deve ser entendida como perda. Estas detenções e
alterações do fluxo darão origem aos inventários em processo, atrasos, refugos
etc. O princípio da produção puxada pretende garantir que nada seja feito na
fábrica sem ser necessário para uma outra atividade posterior ou para o cliente
final. E o princípio final, o da perfeição que diz que todo fabricante que deseja
atingir o nível de enxuto deve posicionar seus objetivos na perfeição. Perfeição
entendida como zero defeito, no combate às causas dos problemas, dos atrasos, na
redução dos inventários, da variabilidade, ou seja, nada que o leve ao desperdiço.
Como pode ser apreciado nestes concisos exemplos não existe um padrão
nas implantações dos conceitos de Manufatura Enxuta, apenas algumas
semelhanças e pouco pode ser aproveitado de experiências passadas por
empresas que já viveram estes processos. O que fica claro sim, é a grande
quantidade de benefícios que podem ser tirados através de iniciativas desta
natureza. Para reforçar ainda mais a diferença existente entre os preceitos da
Manufatura Tradicional e os da Manufatura Enxuta a tabela I mostra uma
comparação resumida entre estes enfoques.
Conceituação
Máquinas
Tempo de
Inatividade
Erros dos Provedores
Refugos
Estoques
Filas de Espera Redundância de Ordens de
Projeto Alterações
• Perda Zero;
• Produção em Células;
• Manutenção produtiva total;
• Teoria Z;
• Círculos de controle de qualidade;
• Análise do Valor;
• Controle Estatístico de Processo;
• Controle de Qualidade Total;
• Máquinas Flexíveis;
• KAIZEN;
• Just in Time com fornecedores.
É errado pensar em que será útil mapear tudo o que acontece dentro da
empresa. Para os fins de melhoria é essencial proceder a mapear e analisar
somente de uma maneira agregada. Isto é, deverão ser feitos inicialmente
agrupamentos de produtos de acordo com a sua natureza. Estes agrupamentos
se baseiam em semelhanças nos processos de fabricação, em função de
determinados grupos de clientes, semelhanças físicas, etc. O mapa do estado
atual é construído utilizando símbolos padrões que tentam refletir o que
acontece nos processos e fluxos, bem como seus parâmetros e características
mais importantes (figura 4). Destacam-se entre essas características os
tempos, níveis de refugo e retrabalho, estoques em processo, filas de espera,
tempos de setups, tamanhos dos lotes de produção, etc. Uma vez construído o
mapa da situação atual, deve-se identificar as principais fontes de desperdícios
e construir uma imagem ideal para o sistema de produção, ou seja, qual a
situação que se pretende atingir para o fluxo de valor em análise (figura 5). A
partir das diferenças entre o estado atual e o futuro, é que se elaborará um
plano de trabalho a ser implementado para atingir o nível de resultados
esperado.
Padronização do Trabalho
As quatro regras
Regra 1 - Todo trabalho deve ser altamente especificado quanto a conteúdo, seqüência, andamento e
resultado.
Regra 2 - Cada conexão cliente-fornecedor tem que ser direta e deve existir um processo não ambíguo
de fazer solicitações e receber respostas.
Regra 3 - O caminho para cada produto ou serviço deve ser simples e direto.
Regra 4 - Qualquer melhoria deve ser feita de acordo com o método científico, sob a orientação de um
instrutor, no nível organizacional mais baixo possível.
SET-UP Minimizados
LEAD TIME
TEMPO DE SET UP
Os tempos externos são todos os tempos das operações que podem ser
feitas enquanto a máquina ainda está processando um serviço, um exemplo é a
movimentação do ferramental e da matéria-prima. Os tempos internos são todos
os tempos das operações que só podem ser desempenhadas com a máquina fora
de produção, como fixação das ferramentas e ajustes.
Produção Puxada
Takt Time
Takt Time
2
0
OP.1 OP.2 OP.3 OP.4 OP.5 OP.6
As peças não podem ser fabricadas numa velocidade maior do que uma
unidade a cada dois minutos. Mas o ciclo de fabricação dura 8 minutos. Imagine
que através de uma análise seja estabelecido que é possível reduzir o
desperdício, digamos tempos perdidos, provocando uma redução do tempo de
ciclo de 8 para 6 minutos. Ao dividirmos o novo tempo de ciclo pelo Takt Time
(6/2 = 3) pode-se determinar o número de estações de trabalho, e
consequentemente o número de operadores, que seria adequado para que o
sistema trabalhe de maneira balanceada e sincronizada (figura 9)
Takt Time
2
0
OP.1 OP.2 OP.3 OP.4 OP.5 OP.6
KANBAN
Programa de
Produção
F
i 8 4 6 2 1
g
u P IPP P2 IPP2 P
r
a 7
5 3
1 Armazém de Pi : Processo i.
Matérias
0 IPPj : Estoque de produtos no processo j.
.
Produção Focalizada
L F S
P T
T P
Entrada F Saída
S
L P
P T