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Funcées RESUMO Este capitulo aborda as ideias basicas que voeé precisa co- hecer pars iniciar © aprendizado do céleulo. Fangées sio fundamentais para 0 estudo do céleulo, ¢ aqui discutiremos 0 que elas sio, seus grificos, como se combinam ¢ transformam e varias manciras de classificé-las. Uma Fungao pode ser representada por uma equagio, uma tabela numérica, um grifico ou, ainds, ser descrita verbalmente. O grifico de uma fungio é uma maneira particularmente ttl de visualizar seus atributos e seu comporta- ‘mento geral discutiremos varias maneiras de obter um grafico, incluindo 0 uso de calculadoras graticase software grafico. Examinaremos 0s principals tipos de Fangio que aparecem em calcul, com énfase especial, neste cay tulo, para as fungdes exponenciais e suas inversas, as fungbes logaritmicas. As fungdes irigonométricas aparecem resumidas no Apéndice B, com varios, ‘outros assuntos basicos, inchuindo o sistema de nimeros reais, as coordena- das cartesianas no plano, retas, paribolas e circulos. Fungées e seus graficos ‘As fungoes sd0 0 elemento-chave para descrever o mundo real em termos matemiticos. Nesta socio, sio discutidas as idéias basicas das fungdes, seus agrificos e métodos para represents-ls. Fungées; dominio e imagem A temperatura de ebuligao da 4gua depende da altitude (0 pont de ebu- igio diminui quando a altitude aumenta). Os juros pagos sobre um inves- timento dependem do tempo que o dlinheito permanece investido. A area de um cireulo depende do aio desse circulo, A distincia que um objeto percorre a uma velocidade constante, a partir de um ponto inicial, ao longo dde uma trajetoria reta, depende do tempo transcorri Em todos 0s casos, 0 valor de uma varidvel, que potlemos chamar ys de- pende do valor de outra, que podemos denominar x. Uma vez que o valor de yécompletamente determinado pelo valor de-x, dizemos que y é uma fungi dex, Muitas vezes, o valor de yé dado por uma regra ou formula que diz como calculi-to a partir da varidvel x. Por exemplo, a equagio A = nr é uma regra que calculaa rea A de um circulo a partir de seu rao r. Emcélculo, também podemos querernos referira uma fungio naoespeci ficada sem ter qualquer formula particular em mente. Uma maneira simbolica de dizer “y ¢ fungio de x"éescrever y=) Cyéiguala fde x’) 2 CBleulo Dominio Y= conjnto que conte images FIGURA 1.2 Uma fungio do conjunto D para o conjunto ¥ associa um tnico elemento de Ya cadaelemento de D. [Nessa notagdo, o simboto f representa a funcio. A letra x, chamada vari vel independente, representa valor de entrada de f,¢y, varidvel dependen- te, representa o valor de saida de fem x. Definigio Funca0 ‘Uma fangio de um conjunto D para um conjunto ¥ é ums regra que associa um tinio elemento f(x) € Ya cada elemento x ¢ D. © conjunto D de todas 0s possiveis valores de entrada chama-sedominio da fungao, O conjunto de todos os valores f(x) enquanto x variaao longo de D dlenomina-se imagem da fungo. A imagem nao inclui necessariamente todos 0s elementos do conjunto Y. ‘© dominio ea imagem de uma fansio podem ser quaisquer conjuntes de bjetos, mas normalmente, em cilculo, 0s conjuntos sio de nimeros reais. (Noscapitulos 13-16, Volume II veremos fungoes de virias vaidveis,) Pense numa fungao fcomo num tipo de maquina que produzum valor {{) em sua imagem sempre que a alimentamos com um valor de entrada x oriundo de seu dominio (Figura 1.1). As teclas de fungao das calculadoras nos permitem visualizar uma fungio como se fosse uma maquina. Por exemplo, a tecla Vx nos retorna um produto (a raiz.quadrada) sempre que inserimos um niimero x nao negative e apertamos essa tecla. O resultado que aparece no visor geralmente € uma aproximagio decimal da raiz qua- drada de x. Se inserirmos um nimero x < 0, a calculadora indicard erro, pois xs 0 ndoestiino dominio da fungao e nao pod seraceito como valor de entrada. A tecla Vx da calculadora nio € exatamente igual 4 funcio matemitica f definida por flx) = Vx , pois se limita a resultados decimais e tem apenas uma quantidade grande, porém finita, de resultados. ‘Fr an co (osniioy eager) FIGURA 1.1 Diagrama que mostra a fungio como uma espécie de “méquina’ Uma fungio também pode ser ilustrada como um diagrama de setas (Figura 12). Cada seta associa um elemento do dominio D a um inico ele- ‘mento do conjunto Y. Na Figura 1.2, as setes indicam que fla) esté associada a, fx) esta associada a.xe assim por diante. ‘© dominio de uma fungio pode ser restrto pelo contexto. Por exemplo, 0 dominio da fungio area dada por A = 7 exige que o rai r seja positivo. Quando definimos uma fungio y = f(s) com uma fSrmula e 0 dominio no é citado explicitamente ou restrito pelo contexto, considera-se que 0 dominio seja 0 maior conjunto de valores de x para os quais a formula fornece valores reaisde y,0 chamado dominio natural, Se queremos restringir o dominio de algum medo, deveros explicté-le. O dominio de y =x" é 0 conjunte de todos (0s mimeros reais. For exemplo, para restringirmos a fungio a valores posit- vos de.x, deveriamos escrever “y =37, x>0" ‘Seo dominio ao qual aplicamos a formula muclar, normalmente: também mudari. A imagem de y= 12 é (0, <0). A imagem de y © conjunto de todos os ntimeros obtidos elevando-se ao quadrado nsimeros maiores ou iguais a2. Em noiagdo de conjuntos,a imagem serd {x"| x2 2} ou by= 4} ou [4 ), Capitulo Funcoes 3 {Quando.a imagem de uma Fangio é um conjunto de niimeros reas, dize- mos que a funcio € uma fungio a valores reais. Os dominios e as imagens cde muitas fungies a valores reais de uma variével real sio intervalos ou com binagées de intervalos. Os intervalos podem ser abertos, fechados ou semi- abertos, além de finitos ou infinitos. EXEMPLO 1 Identificando dominios ¢ imagens Veriique os dominios eas imagens destas fungdes. Dominio (x) Imagem (y) =) 1.6) 040.) =), ) (0. 0,6) od] (0,6) en (0,1) SOLUGAO A frmula y =. fornece um valor real de y para qual- ‘quer ntimero real x, entiio.o dominio (2, e). A imagem de y = x é (0, =»), porque o quaérado de qualquer niimero real é no negativo e _qualquer ntimero nio negativo y é 0 quadrado da propria raiz quadrada, y= (19? para y 2 0. A formula y = 1/x fornece um valor real de y para cada valor real dex, excato x= 0. Nao podemiasdivdir qualquer mimtero por. A imagem de /s,9 conjunto de reciprocos de todos os nimeros reas diferentes de arose ooejunte da tides 6a iene eis dlfeontas do mech vee quey= (1). A formula y = Vx fornece um yalor real de y somente quando x é poshivo ou atra‘A imagem dey = Vz € 0,5) porque qualquer simerd io negativoéa ‘quadrada do proprio quadrado). Em y= a quantidade 4 ~ x nio pode ser negativa. Ou seja, 4-x20o0urs 4, A formula fornece valores reais de y para qualquer x $4. A imagem de V4—x & (0, «), 0 conjunto de todos os nimeros no negativos. A féemula y = «fix? fornece um valor real de y para cada valor de xno intervalo fechado de -1 a 1, Fora desse imervalo, 1 ~ 2° é negativo © sua raiz.quadrada nao é um miimero real. Os valores de 1 ~° variam de 0.21 no dominio dado, assim como as raizes quadradas desses valores. A imagemde ¥i-a° € (0,1). quadrada de algum niimero (especificamente, Graficos de fungées “Também ¢ possivel visualizar uma fungao por meio de seu grafico. Se fe ‘uma fungi com dominio D, sou geifico & formsdo pelos pontos do plano cartesiano cujas coordenadas sejam os pares “entrada-saida” para f. Em nota- gio deconjunto,o grifico é (6, JQ) | xeD} 4 aleulo 20} FIGURA 13 Ogrificode fix) =x+2€ ‘oconjunto de pontos (x,y) para os quas ‘ytem o valorx +2. FIGURA 14 Se (x, y) esté no grafico def entao 0 valor y= f(a) € aaltura do _grifico acima do ponto x (ou abaixode x se lx) for negativo). = | yee -2 4 -1 1 0 0 1 1 2 2 a 4 2 4 ‘Computadores ecalculadoras grificas cons- troem grificos de fungGes asicamente des- samaneira—unindo pontos —,eamesma ergunta sarge. grafico da fungao fix) = x +2 € o conjunto de pontos com coordenadas (cs y) para os quais y = x-+ 2.Seu grafico ¢ aretatracada na Figura 1.3. ‘© grifico ds uma fungao fé um retrato sil de seu comportamento. Se ) € um ponto no grifico, entdo y = fl) &a altura do grafico acimado pontox. A altura pode ser postiva cu negativa, dependendo do sinal de fx) (Figura 14). EXEMPLO2 Tragando um grifico ‘Trace ogrifico da fungio y= x7 no interval [~ SOLUGAO 1. Fage uma tabela de pares xy que sitisfegam a regra da fungao, nesse case, a equagio y =. , 2. 2. Insira no grifico os pontos 3. Trace uma curva. continua (sy) eujascoordenadasaparecam —_unindo os pontos. Identifique acur- na tabela. Use fragdes quando for va porsuaequagio. mais conveniente ao cileulo Como ssbemos que 0 grifico y= 1° nio se parece com uma destas curva? Para descobrir, podemos inserir mais pontos no grafico. Mas como conseguiriamos unilos? A pergunta bisica permanece: como podemos saber com certeza a aparéncia do grifico entre os pontes que inserimos? A respostaesid no cileulo, como veremos no Capitulo 4. Neste capitulo, usa- remosa derivada para encontrar 0 formato de uma curva entre os pontos do grifico, Por enquanto, vamos nos limitar a inserir pontes no grafico ¢ tuni-los da melhor maneira possivel EXEMPLO3 _Avaliando uma fungio a partic de seu gritico A Figura 1.5 mostra o grafico de uma populagio p de moscas-das-frutas, 330 0 280 2a 150 100 a 0 2 3 4 50 “Temp (dias) FIGURA 1.5. Grifico de uma popu- Jagao de moseas-das-frutas versus tem- po (Exemplo 3). ipresso) Capitulo Funcbes 5 (a) Determine as populagdes apos 20 45 dias. (b) Qual €a variagao (aproximada) da fungao da populagao no intervalo de tempo0 <= 50? SOLUGAO (a) Vimos, na Figura 1.5, que © ponto (20, 100) encontra-se no grafico, portanto o valor da popalacao p em 20 é p(20) = 100. Da mesma ma- neira, p(45) € aproximadamente 340, (b) A imagem da fungio da popalagso em 0 + ¢ < 50 é aproximadamente [0, 345]. Observamos também que a populagio parece aproximar-se cada vez mais do valor p = 350, & media que o tempo corre. Representando numericamente uma fungao J vimos que uma fungio pode ser representada algebricamente por urna {formula (a fangdo drea) e visualmente por um grifico (exemplos 23).E pos- sive, ainda, representar uma fungionumericamente, por meio de uma tabela de valores. Em geral, representagdes numérices sio usadas por engenheiros € 1. Entretanto, a angio é apenas ume fungao cxjo dominio €0 conjunto todo de niimeros reais (Figura 1.9). FIGURA 1.10 © grifico da fangio maior inteiro y = [xl] (ouy=Lx |) fica ma reta y=0u abaixo dela, proporcionando um “piso” intero para x (Exemplo 6). FIGURA 1.11 0 grifico da fino: mener‘ineirg ¥.=[] ficana reta y= x ou acima dela, proporcionan um “teto” in- teiro para x (Exemplo 7). yen ay ep FIGURA 1.12 ©. segmento a esquerda contém (0, 0), mas ndo(1, 1). O segmentoda direi- ta contém as duas extremidede: (Exemplo 8). Capitulo Funcoes 7 EXEMPLO 6 A fungio maior inteiro {A fungio cujo valor em qualquer nimero x & 0 maior inteiro menor ow {quel a.x€ chamada Fungo maior inteiro ou fungio piso. E denotada por Lx Jou, em algunslivros, [x} [[] ou int x. A Figura 1.10 mostra seu grafico. Observeque (24)=2 U9l=1, Loy 2J=2 02) [-0,3) I-12) = -2 (=a) EXEMPLO 7 A fango menor inteiro ‘A fungao cujo valor em qualquer niimero x 0 menor inteiro maior ow {quel a xé denominada de fung0 menor inteico ov fungio teto. f deno- tada por| x |. A Figura 1.11 mostra seu grafico. Para valores positivos dex, essa fungio pode representar, por exemplo, 0 custo versus horas passadas em um estacionamento que cobra 1 délar por hora ou fragio de hora. EXEMPLO 8 _Escrevendo férmulas para fungdes definidas em partes Escreva uma fSrmula para a fungdo y = flx) evjo grifico € formado pelos dois segmentos de reta da Figura 1.12, SOLUGAO Encontramos férmulasparaos segmentos de (0,0) (1, I)e de (1,0) (2,1) €as colocamos juntas como no Exemplo 5. Segmento de (0, 0) a (1, 1) A rota que passa por (0,0) ¢ (1,1) tem coeficiente angular m = (I - 0)/(1 - 0) = | ¢ coeficiente linear b = 0. Sua cequagio reduzidaé y =x. Osegmento de (0, 0a (1, 1), que inclui ponto (0,0), mas nao o ponte (1, 1), € 0 graico da fungdo y = x restrta ao inter- valo semicaberto 0S x< I, isto yex Osr) Gere uma tabela com valores para determinar sea distin- cia PQ de menor custo é maior ov menor que 2.000 pés. 411, Paraumacurva sersimétriaem relagdo ao eixo x0 pomto (4,3) deverd estar na curva see somente se 6 ponto (1, -y) estiver na curva. Explique por que uma curva que é sim trica em relagio a0 eixo x nio & 0 grtico de uma fungio, a menos que a fungio seja y =O. 42, Um teuque Voc? jé deve ter ouvido falar sobre um tru que que funciona assim: escolha um nimero, Some 5.Do- bre resultado, Subtraia6. Divida por 2. Subtraia2. Agora, diga o resultado ¢ eu direi o ntimero que voeé escolhea, ‘Vocé vai entender o que acontece se considerar sea nimero original como x e seguir os passos até montar uma férmula Ke) para o mimero final. Identificando fungées; modelos matematicos pportantes de fungSes freqiientemente encon- ios brevemente nesta seco. Existe uma série de tipos i trados em cileulo, Vamos identificé-los e rest FUNCOES LINEARES Uma fungio com a forma flx) = mx + b, para constantes m eb, &chamada fungio linear. A Figura 1.13 mostra um conjanto de retas fix) = mx onde b= 0, de modo que todas passam pela origem. Funes. constantes ocorrem quando 0 coefciente angular m = 0 (Figura 1.14), 2b ys 1 ee | es opt 2 FIGURA 1.13 Oconjunto de reas ‘matem eoeficienteangular me todas as retas passam pela erigem. FIGURAL.14 _Umafungaocons- tante tem coeficiente angular m=O. FUNGOES DE POTENCIA Uma fungio fx) =x, onde « uma constant, & chamada fungio de poténcia. Existom virios casos importantes a considerat (2) a= num ineeiro positive Os grificos de lx) =x", para n= 1, 2,3, 4,5, sio mostrados na Figura 1.15, Essas funjbes sio definidas para todos os valores reais de x. Observe que, & Captulo Fungdes 11 ‘medida quea poténcia n fica maior, as curvas tendem a se achatar sobre 0 eixo, xno intervalo(-1, 1) ¢ tambéma subir mais repentinamenteem || > 1. Todas ascurvas passam pelo ponto (1, 1) epelaorigem. FIGURA 1.15 Graficos de fix) = x", =1, 2, 3,4, 5, definidos para -e <.x< eo, Os graficos das fungdes lx {xe g(x) =3°7 = Ux si0 mostrados na Figura 1-16. As das fungdes so definides para todos os x «0 (nunea se poste ividir por zero). O grafico de y = Vx &a hipérbole xy= 1, que se aproxima, dos eixos das coordenadas longe da origem. © grafico de y = 1/x° também se aproxima dos eixos das coordenadas FIGURA 1.16 Graficos das fungoes de potencia f(x) = x" para (a) a == epara (b) a= ~2. AV eg(x)=x!= VF sdoas fungdes raizquadradac ‘aiz cibiea,respectivamente. O dominio da fungio raiz-quadrada ¢ [0, =], mas a fungao raizcibica é definida para todos osx reais. Seus grificos sio mostrados nna Figura 1.17 junto com os grificosde y= x""e y= x". (Relembre-se de que ete (etyrex = GP) jengeies Ioana FIGURA 1.17 Graficos das fungdes de poténcia f(x) = x" para a = 12 Caleulo POLINOMIOS Uma fungio p é um polindmio se BO) as Hage ees hae ay onde n é um inteiro nfo negativo ¢ os miimer0s a, a, ..» dy S80 constantes reais (chamadas coeficientes do polinémio). Todos os polinomios tém domi- ni (-eo, ©). Se 0 coeficiente dominante a, 0¢n > 0, entio n & denominado grau do polinomio. Fungdes lineares com m # 0 sio polinomios de grau 1 Polindmios de grau 2, normalmente indicados por p(x) = ax’ + br +c, sto chamados fungSes quaudrticas. De modo anslogo, fungdes etbieassio poli- némios plx) = ax? + bx? + cx + d de grau 3. A Figura 1.18 mostra os grificos de ° PIGURA 1.18 Graficos de trts Fungdes polinomiais. FUNGOES RACIONAIS Uma fungéo racional & 0 quociente ou razio de dois potinomios: _ 20) 1 @) onde e 4 so polindmics. © dominio de uma fungdoracional £0 coajunto de todos os x reais para os quai (x) # 0. Por exemplo, a funcio ax? 3 Jo) = 3 € uma fargo racional com dominio {x| x # 4/7}. Seu grifico é mostrado na Figura 1.19a, 20 lado dos grificos de duas outras Fungdes racionais (figuras 1.19b € 1.19¢). FIGURA 1.19 Graficos de trés fungies racionais. Captulo Fungses 13, FUNGOESALGEBRICAS Uma fan algébrica é uma fungio constr dda a partir de polinomios por meio de operagoes algébricas (adicao, subtra- <0, multiplicagio, divisio e extragdo de raizes). Fungdes racionsis sio casos especiais de fungbes algébricas. A Figura 1.20 mostra os gréficos de tiés fun- Ges algébricas. y yest —9?5 @ © © FIGURA 1.20. Grafices de tres fungoes algebricas. FUNGOES TRIGONOMETRICAS — Discutimos as fungées trigonométri- cas no Apéndice B3. Os grficos das fungies seno e cosseno sio mostrados na Figura 1.21, ©) faye sar (8) fe = cose FIGURA 121 Grificos das fungdes seno ¢ cosseno. FUNGOES EXPONENCIAIS Fungdes com a forma flx) = a’, onde a base a > 0 & uma constante positiva ¢ a # 1, sfo chamadas fungdes expo- nenciais, Todas as fungGes exponenciais tém dominio (-, e) e imagem (0, =). Logo, uma fungi exponencial nunca assume o valor 0. Os grificos de algumas fungdes exponenciais sio mostrados na Figura 1.22. O cilculo das fungies exponenciais serd estudado nos capitulos 3 ¢ 5. | Ne Veritcagao Andtie CConclstes Tmerpreagio |_tafemticas FIGURA 1.27 Um flux do processo de mo- delagem, comeganda com um exame dos da- dosdo mundo real A maioria dos modelos simpliica a realidade e s6 consegue se aproximar do comportamento do munco real, Uma relagao que serve para simplifcar € proporcionalidade. Captulo Fungoes 17 Definigio Proporcionalidade Duas varidveisy ex so proporcionais (uma A outra) se uma é sempre iitipla constante da outra; isto g se yoke para alguma constante k diferente de zero, A definigao significa que o grafico de y porx fica ao longo de uma reta que passa pela origem. Essa observagio grifica é itil para testar se dada colegio de dados assume razoavelmente uma relagio de proporcionalidade, Se uma proporcionalidade for razodvel,o grifico de uma varidvel em relacéo & outra devers ser aproximadamente uma reta que passa pela origem. EXEMPLO 3. Terceira ei de Kepler Uma proporcionalidade famosa, postulada pelo astrOnomo alemio Johannes Kepler no inicio do século XVI, é sua terceira lei. Kepler postu Jouque, se T¢ o tempo em dias que um planeta leva para completar uma <6rbita completa em tomo do Sel, e R &a distancia média do planeta a0 Sol, entao Té proporcional aR elevado a poténcia 3/2. Ou seja, para uma constante k, T=kR™ ‘Vamos comparar sua lei com os dados da Tatela 1.2, extraidos do World Almanac de 1993. RDistincia média Planeta ‘Vempo (dias) __(milhoes de milhas) Mereirio 880 36 ‘Venus 2247 6725 Tera 3653 93, Marte 6870 141,75 Jipiter 43318 483,80 Saturno 10.7600 38797 Urano 30.6840 1.764,50 Netuno 60.1883 2.791,05 Phutio 90.4668 3.65390 principio grifico deste exemplo pode ser novo para voct. Para fazer umgrifico de Tpor R™, primeiro,caleulamos 0 valorde R para cada valor dda Tabela1.2.Por exemplo, 3653.90" ~ 220.869,1 € 36°? =216.0 eixo hoxi- zonal representa R°? (no os valores de R) e colocamos os pares ordenados (R, T) no sistema de coordenadas da Figura 1.28. Esse grifico de pares or- denados, ou grifico de di ‘miédia & poténcia 3/2, Observamos que o grifico de cispersio da figara fica aptoximadamente ao longo de uma reta que nasce na origem. A partir de dois portos dessa linha, podemos facilmente estimar 0 coeficiente angular, queé a constante de preporcionalidade (em dias por milhas 10°). e150, fornece um grifico do tempo por distincia 18 Caleulo 90.466,8 ~ 88 k= coeficiome angular = ayy 661 — 316 ~ 0410 r 3 7000) 3 60.00 © so.00n| a wom Teno 2an000 * ** (iis x 10-4 FIGURA 1.28 Grifico da terceiralei de Kepler na forma de uma proporcionalidade: T= 0,410R'? (Exemplo 3). Estimamos que © modelo da terceira lei de Kepler seja T= 0,410R (o que depende de nossa escolha de unidades). £ preciso ter o cuidado de salientar que isso ndo é uma prova da terceira lei de Kepler. Nao podemos rovar ou verificar um teorema apenas observando alguns exemplos. dda assim, a Figura 1.28 sugere que a terevira lei de Kepler ¢ razoivel. © conceito de proporcionalidade € uma maneira de testar a razcabilidade dde uma relagio hipotética entre duas variéveis, como no Exemplo 3. Também pode proporcionara base para um modelo empirico, totalmente constraido «partir de uma tabela de dados caletados. Exercicios 1.2 Reconhecendo fungées Nos exercicios 1-4, identfique cada fungio como uma _Nos exercicios 5 e 6, descubra a qual grafico correspon- fungao constant, linear, de poténcia, polindmio (estabelera de cada equagao. Nao use um dispositivo grifico e jus seu grau), rai a, exponencial ou que sua resposta. logaritmica. Lembre-se de que algumas funcées podem se en- caixarem mais de uma categoria. yer” Say 1. (@) fle) = 7-3 gi) = Vr gat @ roy = 8° @ Gn=s eT (a) Re) SPP Bw (y= loss o @ Coptulot Funcoes 19 Gi y= Se y= 5" 31, (3)_y proporcionala.x elle lige lies x | 59 [121 [179] 239 [299] 362 | aus | 482 (©) y€proporcional ax"? y) | Sol) 8 | 6 |e | xt3 belts >is 32. (a) yéproporcionala 3" y [5 [1s | 4s [138] 005 [1215] 9645] 109s Slo laal abe lanes le (6) y€proporcional a tnx FungGes crescentes e decrescentes 2 | 4a | 53 | 5 | 80 | 10s | ia | 150 Repreene gricamente as ngs dos eirtdoe 7-18 aa | $8 [60 | 90° [ 14 [ssa fata son Existem simetrias entre os grificos? Em caso positivo, quai 233. Atabelaa seguirmosiraa distancia que um carro percorre sto clas? Especitique os intrvalos dentro dos quais a fungl0é Ei yeanteo tempo que o motoriaa lev par eugr ontes de rescente e aqueles em que ela é decrescente 14 y= -4V5 16. y= (=2)? V2. y= (9? y= oe Fungées pares e impares Nos exereicios 19-20, diga se a fungio é par, impar ou ne: nhuma delas. 19. fly = 3 20, fx) = xt 2b fy =P +1 2. fete Ba. gerte 2 gs) Set tae = 25. gay = st 26, a0) = St 27. h(a) = 28. A = 1P] 29, hi) = 2 A 30, AG) = Ie +1 Proporcionalidade Nos exercicios 31 e 32, verifique se os dados seguintes sustentam a proporcionalidade admitida, Construa um gra- fico de dispersio apropriado para sua investigagio ¢ se hipdtese parecer razodvel, entio estime a constante de pro- porcionalidade. 38. acionar o freio, ea distancia que o carro percorre depois ue 0 freio foi acionado. As distincis (em pés) dependem da velocidade docarro (em milhas por hora). Teste & razoa~ bilidade das proporcionalidades conjecturadas a seguir € estimeas constantes de proporcionalidade. (a) a distancia de reagio é proporcionala velocidade. (b) a distancia de frenagem é proporcional 0 quadrado davelocidade. Velocidade(mph) | 20 | 25 | 30 | 35 | 40 | 45 | 50 Distineia de wage (PEs) 22 | 28 | 33 | 39 | 44 | 50| 55 20 | 28 | ar | 53.72/93) 18 YVelocidade (mph) | $5 | 60 | 65 | 70 | 75 | 80 Distancia de reagio (pés) st | 66 | 72 | 77 | 83 | 88 Distineia de frenagem (pes) | 149 | 182 | 221 | 266 | 318 | 376 Em outubro de 2002, astrdnomos descobriram um minipla- neta rochoso e ado provisoriamentebatizado de “Quaoat’ Onove planeta, que cicundava o Sol bem depois de Netuno, es a cerca de 4 bilhdes de milhes da Terra, numa regido pe- riféricado sistema solar conheci¢a como Cinturio de Kuiper. ‘Usando a terceralei de Kepier, etimeo tempo Tque Quavar leva para completar uma érbita completa em voka do So Alongamento de molas rias cargas deve ser modelada para se projetar um vefculo A resposta de uma mola a vie

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