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CÓDIGO PÁG

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NORMA APROVAÇÃO
DEX n.443°.
DATA
13/02/2012
REVISÃO DATA
02 19/10/2015
TÍTULO

MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS

PALAVRAS-CHAVE
Cargas Classificadas, Cargas Especiais, Produtos Perigosos, Armazenagem, Transporte e
Operações.

SUMÁRIO Pág

1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO.................................................................. 01


2. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES................................................................... 01
3. DEFINIÇÕES, SÍMBOLOS E ABREVIATURAS...................................................... 03
4. PROCEDIMENTOS BÁSICOS................................................................................. 04
4.1 Obrigações e Disposição Gerais dos Agentes Portuários...................................... 04
4.2 Obrigações e Disp. Gerais do Armador e Resp. Emb. com Produtos Perigosos... 06
4.3 Obrigações do Operador Portuário......................................................................... 07
4.4 Obrigações e Disposições Gerais do OGMO e Resp. Instalação Portuária........... 07
4.5 Transporte Interno de Produtos Perigosos............................................................. 08
4.6 Armazenamento de Produtos Perigosos................................................................ 08
4.7 Manuseio de Produtos Perigosos........................................................................... 09
4.8 Gerenciamento de Risco........................................................................................ 13
4.9 Capacitação dos Agentes Portuários...................................................................... 14
4.10 Planejamento Prévio das Atividades Portuárias quanto aos Aspectos de
Segurança e Saúde Ocupacional, Segurança Patrimonial e do Meio Ambiente.. 15

4.11 Das Penalidades................................................................................................... 16


4.12 Disposições Gerais e Finais................................................................................. 16
5. DISTRIBUIÇÃO........................................................................................................ 17
6. AUDITORIA.............................................................................................................. 17
7. APROVAÇÃO........................................................................................................... 17
8. ANEXOS................................................................................................................... 22

1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO

Esta Norma visa regulamentar procedimentos relacionados à movimentação, transporte e


armazenagem de Cargas Classificadas (Carga IMO – International Maritime Organization),
determinando os locais seguros para armazenagem, ova e desova, ou restrições destas,
procedimentos a serem observados, tempo de estadia no âmbito portuário, documentações
obrigatórias, segregações de cargas incompatíveis e avisos prévios de carga e descarga,
dentre outros, no âmbito dos Portos Organizados de Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus.

2. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

 Código Marítimo Internacional de Mercadorias Perigosas/International Maritime


Dangerous Goods Code (Código IMDG).
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 Código Internacional de Proteção de Navios e Instalações Portuárias/International Ship


and Port Facility Security Code (Código ISPS).
 Regulamentos da Organização Marítima Internacional (IMO).
 Resolução ANTAQ nº 2239/2011 – Norma de procedimentos para trânsito seguro de
produtos perigosos por instalações portuárias situadas dentro ou fora da área do porto
organizado.
 NR 29 do MTE - Segurança nas Operações Portuárias.
 Resolução nº 420/04 da ANTT – Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos
Perigosos.
 Lei Federal nº 8.630/93 Modernização dos Portos.
 Lei Federal nº 9.719/98 de Normas e Condições Gerais de Segurança no Trabalho
Portuário.
 Decreto Federal nº 96.044/88 – Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.
 NBR nº 14253/98 - Manipulação de Produtos Perigosos em Área Portuária.
 NBR nº 10271/98 – Conjunto de equipamentos no transporte rodoviário de ácido
fluorídrico.
 NBR nº 9735/06 – Conjunto de equipamentos para emergência no transporte terrestre
de produtos perigosos.
 NBR nº 7500/09 – Identificação para o transporte de terrestre de produtos perigosos –
Terminologia.
 NBR nº 7503/09 – Ficha de emergência e envelope de emergência para o transporte
terrestre de produtos perigosos.

3. DEFINIÇÕES, SIMBOLOS E ABREVIATURAS

Para efeito desta norma, devem ser observadas as seguintes definições, siglas e
considerações:

a) Agente Portuário
Autoridade Portuária e demais autoridades que exercem função no porto organizado; o
Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO); operadores portuários; tomadores de serviço
em geral; sindicatos de categorias (profissional e econômica), entre outros que
respondam por uma ou mais tarefas específicas na atividade portuária, conforme o
caso.

b) APR
Análise Preliminar de Riscos.

c) Armador ou Preposto
Responsável pela embarcação destinada ao transporte aquaviário.

d) Arrendatário
Entidade de direito público ou privado, que tenha celebrado, nos termos do artigo 4º,
inciso I, da Lei Federal 8.630/93, contrato de arrendamento de área ou instalação
portuária localizada dentro dos limites da área do porto organizado, para utilização na
prestação de serviços portuários.
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e) Código IMDG
Código Maritimo Internacional para Cargas Perigosas da IMO - International Maritime
Organization

f) Dono da Carga
Responsável da carga (proprietário), importador, exportador ou seus prepostos.

g) EPI/EPE/EPC
Equipamentos de Proteção Individual, Especial e Coletiva.

h) Equipamento de Proteção Coletiva


Equipamentos destinados à proteção/salvaguarda de uma coletividade, instalados ou
posicionados em locais estratégicos, tais como: equipamentos de salvatagem,
luminárias de emergência, isolamentos acústicos, extintores etc.

i) Equipamentos de Proteção Especial (EPE)


São aqueles utilizados para proteção de riscos específicos de determinada área ou
equipamento, como uso eventual ou em caso de emergência, tais como: luvas
(especiais), aventais, óculos ampla visão contra gases e respingos químicos, protetor
facial, máscaras semifaciais, perneiras, vestimentas em PVC, macacões especiais etc.

j) Equipamento de Proteção Individual (EPI) Básicos


São aqueles que são utilizados por todas as pessoas, para acesso às instalações da
sede e Portos administrados pela CODEBA, inclusive de áreas arrendadas, tais como:
bota de segurança, capacete com jugular, protetor auricular, luva de vaqueta e óculos
contra impacto.

k) Estação de Transbordo de Cargas (ETC)


Situada fora da área do porto organizado, utilizada, exclusivamente, para operações de
transbordo de cargas destinadas à ou provenientes da navegação.

l) FISPQ
Ficha de Informação de Segurança do Produto Químico, documento base para
qualquer trabalho com produtos químicos. Deve estar disposto nos locais de
armazenamento, manuseio e transporte, bem como estar redigida, para nosso país, em
português e ser do conhecimento de todos no âmbito de trabalho.

m) Fumigação
Tratamento fitossanitário utilizado no processo de exportação para eliminação de
pragas e vetores de doenças que possam estar impregnados nas embalagens que
protegem o produto a ser exportado..

n) Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte (IP4)


As destinadas às operações portuárias de movimentação de passageiros ou cargas, ou
ambas, provenientes de navegação interior.

o) ONU
Organização das Nações Unidas
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p) PGR
Programa de Gerenciamento de Risco.

q) Produtos Perigosos
Substâncias nocivas ou perigosas, as quais podem ser classificadas pelo Código
IMDG, da IMO, que, sob condições normais, tenham alguma instabilidade inerente,
que, sozinha ou combinadas com outras cargas, possam causar incêndio, explosão,
corrosão de outros materias, ou ainda, que sejam suficientemente tóxicas para
ameaçar a vida, as instalações portuárias e o meio ambiente, se não houver controle
adequado. Incluem-se também os recipientes e embalagens que tenham contido
anteriormente produtos perigosos e estejam sem devida higienização,
descontaminação que anule qualquer efeito prejudicial.

r) SESSTP
Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Portuário, do Porto.

s) Terminal Portuário de Uso Privativo (TUP)


Instalação explorada por pessoa jurídica de direito público ou privado, dentro e fora da
área do porto organizado, utilizada na movimentação ou armazenagem de produtos,
destinados ou provenientes do transporte aquaviário.

t) Transbordo de Cargas
Movimentação de cargas realizada entre distintas embarcações da modalidade
aquaviária, ou entre outra modalidade de transporte, bem como entre embalagens
compatíveis com a carga transbordada.

u) Transporte Interno
Aquele efetuado com veículo de transporte dentro do porto organizado, em área
comum ou em instalações portuárias.

v) Trânsito Portuário
Toda operação portuária envolvendo produto perigoso, como o seu transporte interno,
manuseio e armazenagem em pátio ou em outra instalação portuária.

4. PROCEDIMENTOS BÁSICOS

4.1 Obrigações e Disposições Gerais dos Agentes Portuários

4.1.1 O trânsito de produtos perigosos no âmbito portuário deverá ocorrer sempre no menor
intervalo de tempo necessário para seu desembaraço aduaneiro, salvo quando se tratar de
instalações especializadas para tais produtos, mas sempre guardando aspectos de segurança
e saúde ocupacional, integridade física das instalações portuárias e proteção do meio
ambiente.

4.1.2 Os produtos perigosos em trânsito por instalações portuárias não especializadas deverão
portar em sua documentação a indicação das respectivas datas de entrada e saída.
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4.1.3 O não cumprimento do prazo de saída informado a CODEBA deverá ser justificado
adequadamente e em tempo hábil, dando continuidade às medidas de proteção ou ampliando-
as, quando necessário, inclusive com alocação de recursos.

4.1.4 São obrigações da CODEBA, e demais responsáveis por instalações situadas nas áreas
dos portos organizados, no que couber:

a) fazer com que a movimentação de produtos perigosos em suas instalações ocorra em


condições adequadas de segurança e saúde ocupacional, integridade física das instalações
portuárias e proteção do meio ambiente, com tempo mínimo de permanência nas suas
dependências, salvo em instalações especializadas;

b) ter em sua estrutura organizacional pelo menos um profissional devidamente habilitado e


responsável pelo cumprimento das exigências legais aplicáveis ao trânsito, armazenamento e
movimentação de produtos perigosos, bem como estabelecer exigências mínimas de
capacitação, ensino, treinamento, atualização e avaliação de eficácia, para colaboradores
contratados, terceirizados, avulsos, entidades ou empresas envolvidas direta ou indiretamente,
e que possa sofrer danos em caso de emergência em suas instalações;

c) designar áreas específicas, em suas instalações, para produtos perigosos, cujas


embalagens se encontrem avariadas ou com risco de vazamento e, separadamente
sinalizadas e isoladas, para aquelas que tenham sido ou estejam preparadas para ser
fumigadas. Essas áreas, quando estiverem locadas dentro do porto organizado, deverão ser
necessariamente incorporadas ao Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ);

d) implantar, manter atualizado e permitir acesso a um banco de informações técnicas acerca


do trânsito de produtos perigosos em suas instalações;

e) assegurar o cumprimento das medidas preventivas e de precaução referente ao trânsito,


armazenamento, e movimentação de produtos perigosos, observando os Planos de
Emergência e de Ajuda Mútua do Porto, bem como adotando outras medidas necessárias e
cabíveis, que possam não estar listadas nos planos supracitados, dando-lhes a devida
publicidade, de modo a que venham ser do conhecimento de todos os agentes portuários
envolvidos e da CODEBA;

f) avaliar os fatores intervenientes no trânsito, armazenamento e movimentação de produtos


perigosos, como a quantidade e tipo, as condições de operação e monitoração, quando
aplicáveis, situação climática, as instalações, o meio ambiente natural, os trabalhadores
portuários e a vizinhança, entre outros;

g) determinar, sob a coordenação da Autoridade Marítima, em caso de emergência, o


deslocamento de embarcações com produtos perigosos ou sua remoção da área portuária.

4.1.5. A CODEBA, o arrendatário de instalação portuária ou o responsável por TUP pode


recusar a movimentação de produtos perigosos em suas instalações ou retirá-las da sua
instalação a qualquer momento, sempre que julgar, justificadamente, que a presença deles
coloca em risco a segurança e a saúde ocupacional, a integridade física das instalações
portuárias e do meio ambiente.
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4.1.6 A CODEBA, deve estabelecer a quantidade máxima, por classe e subclasse, de produtos
químicos que poderão ser estocados nos portos sob sua administração. Essas informações
deverão ser registradas em tabela, conforme item 8. Anexos “A”, “B”, “C” e “D” - Tabela de
Estocagem Máxima de Produtos Perigosos por Classe e Subclasse no Porto de Salvador,
Aratu-Candeias e Ilhéus e atualizadas sempre que houver alteração, observando-se as
condições estabelecidas no Anexo “D” da presente Norma. Essas quantidades deverão
obedecer à tabela de segregação, previstas no subitem 29.6.5.1 e no Anexo “9” da NR 29.

4.1.7 Qualquer alteração pelos arrendatários dos quantitativos de produtos perigosos, bem
como para solicitação de armazenagem de novos produtos, listados como “armazenamento
proibido” deverá ser informado a CODEBA, tendo seus planos de ação iniciais ou
complementares, quando couber, discutidos com a Gerencia do respectivo Porto e a Gerência
de Assuntos Estratégicos - GAE da CODEBA. Essa sistemática deverá contemplar, em seu
planejamento, tempo hábil para implantação das medidas preventivas propostas, antes do
aumento do quantitativo ou recebimento de novo produto.

4.2 Obrigações e Disposições Gerais do Armador, Preposto e Responsável pela


Embarcação com Produtos Perigosos

4.2.1 Apresentar à CODEBA, ao arrendatário de área, à instalação portuária, ao OGMO e ao


responsável por TUP, com no mínimo de 24 horas de antecedência da chegada da
embarcação à respectiva instalação de destino, o manifesto de produtos perigosos (em língua
portuguesa), conforme o modelo constante no Anexo VII da NR 29.

4.2.2 Apresentar à CODEBA, ao arrendatário de área, à instalação portuária, ao OGMO e ao


responsável por TUP, com no mínimo de 24 horas de antecedência da chegada da
embarcação os respectivos certificados de inspeção e adequação de máquinas, equipamentos
e acessórios, em língua Portuguesa ou transcritas carimbadas e assinadas pelo Comandante
do Navio e Agente Portuário, que serão utilizados na movimentação da embalagem das
Cargas Perigosas, em atendimento ao subitem 29.3.5.10 e 29.12.55.

4.2.3 Fazer com que sejam adotados os procedimentos previstos nos Planos de Emergência e
de Ajuda Mútua, durante a estadia da embarcação no porto ou em instalação situada fora da
área do porto organizado garantindo segurança e a saúde ocupacional, a integridade física das
instalações portuárias e do meio ambiente.

4.2.4 Verificar as condições gerais dos produtos perigosos a bordo, imediatamente antes da
entrada da embarcação no porto, identificando possíveis vazamentos ou danos na
embalagem, que se houver deve ser comunicados a CODEBA e ao responsável por instalação
arrendada, ao SESSTP/OGMO, ao Operador Portuário ou ao responsável por TUP - Terminal
de Uso Privado.

4.2.5 Comunicar a CODEBA qualquer incidente ocorrido durante a viagem ou permanência da


embarcação em instalação portuária.

4.2.6 Notificar, antecipadamente, a CODEBA e o responsável por instalação arrendada, ao


SESSTP/OGMO, ao Operador Portuário ou ao responsável por TUP – Terminal de Uso
Privado, de qualquer operação de reparo, concerto, pinturas ou retoques em navios atracados,
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ou em área de fundeio, que possa acarretar algum dano a segurança e a saúde ocupacional, a
integridade física das instalações portuárias e ao meio ambiente.

4.2.7 O não cumprimento do prazo de saída informado a CODEBA deverá ser justificado
adequadamente e em tempo hábil, dando continuidade às medidas de proteção ou ampliando-
as, quando necessário, inclusive com alocação de recursos.

4.3 Obrigações do Operador Portuário

4.3.1 Observar, nas operações portuárias, os aspectos de segurança e a saúde ocupacional, a


integridade física das instalações portuárias e ao meio ambiente, inspecionando
periodicamente as áreas onde os produtos estejam armazenados, empregando as medidas
preventivas e de precaução, podendo providenciar, quando couber, sua remoção para áreas
mais adequadas;

4.3.2 Notificar antecipadamente a CODEBA e ao responsável por instalação arrendada, ao


SESSTP/OGMO, ao Operador Portuário ou ao responsável por TUP - Terminal de Uso Privado
da intenção ou interesse em realizar operação de reparo ou concerto em instalação ou
equipamento que possa acarretar riscos em função da proximidade desses produtos.

4.3.3 Requisitar ao SESSTP/OGMO ou ter sob contrato pelo menos um profissional habilitado,
responsável pelo cumprimento das exigências legais – nacionais e internacionais – relativas ao
trânsito, armazenagem e movimentação de produtos perigosos, bem como manter
empregados treinados para as situações de risco envolvendo produtos perigosos.

4.3.4 Os operadores de máquinas e equipamentos envolvidos na movimentação, transporte e


armazenagem de produtos perigosos, obrigatoriamente, devem ser treinados, em curso
específico de Movimentação Segura de Produtos Perigosos em âmbito portuário, e estarem
devidamente habilitados, por órgão ou empresa reconhecida (cadastrada junto ao OGMO e/ou
Capitania/Marinha do Brasil).

4.4 Obrigações e Disposições Gerais do OGMO e do Responsável por Instalação


Portuária

4.4.1 Dar conhecimento do manifesto de carga constante do inciso I do art. 7º aos sindicatos
dos trabalhadores portuários envolvidos com a operação de produtos perigosos, com
antecedência mínima de 24 horas do início da operação.

4.4.2 Promover capacitação e treinamentos periódicos, com foco na atualização destes, dos
Trabalhadores Portuários (avulsos ou contratados) diretamente envolvidos nas operações com
produtos perigosos, de forma proporcional as suas responsabilidades, a fim que estes possam
executar suas atividades com segurança, dando-lhes conhecimento, no mínimo, dos seguintes
conteúdos:

a) exigências sobre embalagens, etiquetagem, marcação, rotulagem, sinalização,


documentação, manuseio, estufagem, desova e segregação de embalagens em terminais,
pátios e armazéns;

b) classes das substâncias nocivas ou perigosas previstas em Código IMDG;


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c) objetivo e conteúdo dos documentos de transporte;

d) procedimentos de emergências;

e) riscos inerentes ao trânsito, manuseio e armazenagem de produtos perigosos em terminais,


pátios e armazéns;

f) métodos e procedimentos seguros para manuseio, transporte e armazenagem de produtos


perigosos, com uso de Equipamento de proteção individual, Especial e Coletivo (EPI, EPE e
EPC);

g) procedimentos a serem observados em caso de vazamentos e ou derramamento de


substâncias nocivas ou perigosas, incluindo todos os procedimentos de emergência pelos
quais o indivíduo seja responsável e formas de prevenção de acidentes;

4.4.3 O ingresso de produtos perigosos no porto ou em instalação portuária situada fora da


área do porto organizado por acesso terrestre, a notificação correspondente, emitida pelo
agente de transporte ou seu preposto, deve ser encaminhada imediatamente à CODEBA, com
cópia para a GAE/NGA – Núcleo de Gestão Ambiental, à arrendatária ou responsável pela
instalação, conforme o caso.

4.5 Transporte Interno de Produtos Perigosos

4.5.1 Somente podem transitar por instalação portuária produtos perigosos que estiverem de
acordo com as normas vigentes, em adequadas condições de transporte e manuseio,
observadas as características de cada produto e seu regramento por legislação nacional e
internacional.

4.5.2 Produtos perigosos cujas embalagens apresentem indício ou risco de vazamento devem,
por precaução, ser removidas para deposição em áreas destinadas a tal finalidade (áreas ou
bacias de contenção), dentro do porto organizado ou fora dele, disponibilizado ou autorizado
pela CODEBA ou responsável pela instalação pertinente, contendo adequadas condições de
segurança e saúde ocupacional, preservação da integridade física das instalações e do meio
ambiente.

4.5.3 É vedado lançar no corpo d’água, direta ou indiretamente, substâncias resultantes dos
serviços de limpeza e tratamento de produtos perigosos.

4.5.4 A CODEBA deve dar conhecimento ao Órgão Gestor de Mão de Obra do Porto e às
empresas que atuam nos portos, das exigências e recomendações contidas na presente
norma, inclusive fazendo constá-la nas cláusulas contratuais de arrendamento, locação,
prestação de serviços diversos, execução de obras, fornecimentos e outros.

4.6 Armazenamento de Produtos Perigosos

4.6.1 É necessário observar as seguintes condições de segurança e saúde ocupacional,


preservação da integridade física das instalações e do meio ambiente:
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a) a CODEBA, a arrendatária de instalação portuária na área do porto organizado e o


responsável por TUP - Terminal de Uso Privado, devem fixar previamente as condições de
armazenagem de produtos perigosos em suas respectivas instalações, abrangendo o tipo, a
quantidade máxima e a forma de armazenagem desses produtos;

b) os produtos perigosos somente poderão ser armazenados em instalações portuárias em


condições adequadas e recebendo cuidados preventivos dos riscos inerentes a essa
operação, conforme tabela de segregação da NR 29;

c) as áreas, embalagens, máquinas e equipamentos que movimentam produtos perigosos


devem ser objeto de vigilância permanente e inspeções periódicas e adequadas, aplicando-se,
no caso de avarias em embalagens, os procedimentos prescritos nos Planos de Emergência,
de Ajuda Mútua do Porto e outros, complementares, que a CODEBA, SESSTP/OGMO, a
arrendatária de instalação portuária na área do porto organizado e o responsável por TUP -
Terminal de Uso Privado determinarem, podendo, inclusive, serem adotadas medidas
extremas como sua remoção do porto ou instalação portuária;

d) não é permitido o armazenamento de explosivos na área portuária, devendo ainda sua


movimentação ser efetuada conforme o disposto na NR 29 – Norma Regulamentadora de
Explosivos, do MTE, exceto nos casos em que haja a homologação prévia da CODEBA,
cumpridas as diretrizes constantes no código IMDG e com a devida autorização do Ministério
da Defesa – Exército;

e) o armazenamento de substâncias radioativas será feito de acordo com as recomendações


da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN);

f) os produtos perigosos devem ser armazenados e mantidos de tal forma que não haja
interação com outros produtos, cargas ou materiais incompatíveis, em especial alimentos;

g) em locais fechados, onde se encontrem substâncias tóxicas, um sistema de ventilação


forçada deve ser adotado, mantendo-se sob controle o risco decorrente da presença ou
ocorrência de fontes de calor, faíscas, chamas expostas ou canalização de vapor;

h) substâncias da classe 6.2 (anexo II) só poderão ser armazenadas em instalações portuárias
em caráter excepcional e mediante autorização da ANVISA.

4.7 Manuseio de Produtos Perigosos por Classe

Os cuidados e orientações, dispostos abaixo referentes às 09 (nove) classes de riscos listadas


pela ONU deverão, obrigatoriamente, ser subsidiados pela Ficha de Informação de Segurança
do Produto Químico – FISPQ, elaborada pelo fabricante e/ou importador do produto químico
perigoso (em língua portuguesa).

4.7.1 CLASSE 1 (EXPLOSIVOS)

Observar as seguintes recomendações, nas operações com explosivos, sem prejuízo do


disposto na NR 19 (Explosivos):
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a) limitar a permanência de explosivos nos portos ao tempo mínimo necessário ao transporte


interno e ao transbordo da carga;

b) evitar a exposição dos explosivos aos raios solares;

c) manusear em separado as distintas divisões de explosivos, salvo nos casos de comprovada


compatibilidade;

d) adotar medidas de proteção contra incêndio e explosões no local de operação, incluindo


proibição de fumar, o controle de qualquer fonte de ignição ou de calor;

e) impedir o abastecimento de combustíveis na embarcação, durante essas operações;

f) proibir a operação com explosivos sob condições atmosféricas adversas à carga;

g) utilizar somente aparelhos e equipamentos cujas especificações sejam adequadas ao risco;

h) estabelecer proibição do uso de transmissor de rádio, telefone celular e radar - exceto por
permissão de pessoa responsável;

i) proibir a realização de trabalhos de reparos em embarcações atracadas, carregadas com


explosivos ou em outras embarcações que estejam a menos de 40 (quarenta metros) de sua
proximidade;

j) determinar que os explosivos sejam as últimas cargas a embarcar e as primeiras a


desembarcar.

4.7.2 CLASSES 2 E 3 (GASES E LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS)

Observar as seguintes recomendações, nas operações com gases e líquidos inflamáveis, sem
prejuízo do disposto na NR 20 (Líquidos combustíveis e inflamáveis):

a) adotar medidas de proteção contra incêndio e explosões, incluindo especialmente a


proibição de fumar, o controle de qualquer fonte de ignição e de calor, os aterramentos
elétricos necessários, bem como a utilização dos equipamentos elétricos adequados à área
classificada;

b) depositar os recipientes de gases em lugares arejados e protegidos dos raios solares;

c) utilizar os capacetes protetores das válvulas dos cilindros durante a movimentação a fim de
protegê-las contra impacto ou tensão;

d) prevenir impactos e quedas dos recipientes nas plataformas do cais, nos armazéns e
porões;

e) segregar, em todas as etapas das operações, os gases, líquidos inflamáveis e tóxicos dos
produtos alimentícios e das demais classes incompatíveis;

f) isolar a área a partir do ponto de suas operações;


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g) manter a fiação e terminais elétricos com isolamento perfeito e com os respectivos tampões,
inclusive os instalados nos guindastes;

h) manter os guindastes totalmente travados, tanto no solo como nas superestruturas;

i) realizar inspeções visuais e testes periódicos nos mangotes, mantendo-os em boas


condições de uso operacional;

j) fiscalizar permanentemente a operação, paralisando-a sob qualquer condição de


anormalidade operacional;

k) alojar, nos abrigos de material de combate a incêndio, os equipamentos necessários ao


controle de emergências;

l) instalar na área delimitada, durante a operação e em locais de fácil visualização, placas em


fundo branco, com os seguintes dizeres pintados em vermelho reflexivo: NÃO FUME – NO
SMOKING; NÃO USE LÂMPADAS DESPROTEGIDAS - NO OPEN LIGHTS;

m) instalar, na área delimitada da faixa do cais onde se encontram as tomadas e válvulas de


gases e líquidos inflamáveis, em local de fácil visualização, sinalização vertical constituída de
placas com fundo branco, pintadas em vermelho reflexivo, com estas advertências: NÃO
FUME - NO SMOKING; NÃO USE LÂMPADAS DESPROTEGIDAS - NO OPEN LIGHTS;

n) manter os caminhões-tanque usados nas operações com inflamáveis líquidos a granel em


conformidade com a legislação sobre transporte de produtos perigosos.

4.7.3 CLASSE 4 (SÓLIDOS E OUTRAS SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS)

a) Adotar medidas preventivas para controle não somente do risco principal, como também dos
riscos secundários, como toxidez e corrosividade, encontrados em algumas substâncias desta
classe;

b) adotar as práticas de segurança, relativas às cargas sólidas a granel, que constam do


suplemento ao Código IMDG;

c) utilizar medidas de proteção contra incêndio e explosões, incluindo especialmente a


proibição de fumar e o controle de qualquer fonte de ignição e de calor;

d) adotar medidas que impeçam o contato da água com substâncias das subclasses 4.2 -
substâncias sujeitas a combustão espontânea e 4.3 - substâncias perigosas em contato com a
água;

e) adotar medidas que evitem fricção e impactos com a carga;

f) ventilar o local de operação que contenha ou tenha contido substâncias da Classe 4, antes
de os trabalhadores terem acesso a esse local. No caso de concentração de gases, os
trabalhadores que adentrarem esse espaço deverão portar aparelhos de respiração autônoma,
cintos de segurança com dispositivos de engate, travamento e cabo de arrasto;
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g) monitorar, antes e durante a operação de produtos de carvão ou pré-reduzidos de ferro, a


temperatura do porão e a presença de hidrogênio ou outros gases, para as providências
devidas.

4.7.4 CLASSE 5 (SUBSTÂNCIAS OXIDANTES E PERÓXIDOS ORGÂNICOS)

a) Adotar medidas de segurança contra os riscos específicos dessa classe e os secundários


que ela possa apresentar, como corrosão e toxidez;

b) adotar medidas que impossibilitem o contato das substâncias dessa classe com os materiais
ácidos, óxidos metálicos e aminas;

c) monitorar e controlar a temperatura externa dos tanques que contenham peróxidos


orgânicos, até seu limite máximo citado na “Ficha de Informações de Segurança de Produto
Químico” (FISPQ) do produto, ou quando aplicável;

d) adotar medidas de proteção contra incêndio e explosões, incluindo especialmente a


proibição de fumar e o controle de qualquer fonte de ignição e de calor.

4.7.5 CLASSE 6 (SUBSTÂNCIAS TÓXICAS, INFECTANTES, NOCIVAS E VENENOSAS)

a) Segregar substâncias dessa classe dos produtos alimentícios;

b) manipular cuidadosamente as cargas, especialmente aquelas simultaneamente tóxicas e


inflamáveis;

c) restringir o acesso à área operacional e circunvizinha, somente ao pessoal envolvido nas


operações;

d) dispor de conjuntos adequados de EPC e EPI, para o caso de avarias ou na movimentação


de granéis da Classe 6;

e) dispor, no local das operações, de material absorvedor natural ou sintético apropriado


(mantas absorventes, turfas, vermiculita, entre outros), para absorver e conter derramamentos;

f) proibir a participação de trabalhadores no manuseio dessas cargas, principalmente da


Classe 6.2 (Substâncias Infectantes), quando portadores de erupções, úlceras ou cortes na
pele;

g) proibir o ato de comer, beber ou fumar na área operacional e nas proximidades.

4.7.6 CLASSE 7 (MATERIAIS RADIOATIVOS)

a) Exigir que as embarcações de bandeira estrangeira que transportem materiais radioativos


apresentem, para a admissão no porto, a documentação fixada no "Regulamento para o
Transporte com Segurança de Materiais Radioativos", da Agência Internacional de Energia
Atômica. No caso de embarcações de bandeira brasileira, deverá ser atendida a "Norma de
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Transporte de Materiais Radioativos" - Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear -


CNEN 13/80 e Norma CNENNE 5.01/88 e alterações posteriores;

b) obedecer às normas de segregação desses materiais, constantes do IMDG, com as


distâncias de afastamento aplicáveis;

c) monitorar e controlar a exposição de trabalhadores às radiações conforme critérios


estabelecidos na NE-3.01 e na NE-5.01 - Diretrizes Básicas de Radioproteção da CNEN e
alterações posteriores;

d) Adotar medidas de segregação e isolamento com relação a pessoas e outras cargas,


estabelecendo uma zona de segurança para o trabalho por meio de placas de segurança,
sinalização, cordas e dispositivos luminosos, definidos pelo SPR, conforme o caso.

4.7.6.1 A autorização para a atracação de embarcação com produtos da Classe 7 - materiais


radioativos deve ser precedida de adoção de medidas de segurança indicadas por pessoa
competente em proteção radiológica, que, neste caso, é o Supervisor de Proteção Radiológica
(SPR), conforme a Norma 3.03 da CNEN e alterações posteriores.

4.7.7 CLASSE 8 (SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS)

a) Adotar medidas de segurança que impeçam o contato de substâncias dessa classe com a
água ou com temperatura elevada;

b) utilizar medidas de proteção contra incêndio e explosões, incluindo especialmente a


proibição de fumar e o controle de qualquer fonte de ignição e de calor;

c) dispor, no local das operações, de material absorvedor natural ou sintético apropriado


(mantas absorventes, turfas, vermiculita, entre outros), para absorver e conter derramamentos.

4.7.8 CLASSE 9 (SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS)

a) Adotar medidas preventivas dos riscos dessas substâncias, que podem ser inflamáveis,
irritantes e, afora outros riscos, passíveis de alguma decomposição ou alteração durante o
transporte;

b) rotular as embalagens com o nome técnico dessas substâncias, marcado de forma


indelével;

c) utilizar medidas de proteção contra incêndio e explosões, incluindo especialmente a


proibição de fumar e o controle de qualquer fonte de ignição e de calor;

d) dispor, no local das operações, de material absorvedor natural ou sintético apropriado


(mantas absorventes, turfas, verniculita, entre outros), para absorver e conter derramamentos;

e) adotar medidas de controle de aerodispersóides.


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4.8 Gerenciamento de Risco

4.8.1 A CODEBA e os responsáveis por instalações portuárias devem, individualmente, ou em


conjunto, sempre que couber, efetuar análises de risco acerca do trânsito, movimentação e
armazenagem de produtos perigosos em suas instalações, com base nas quais elaboraram,
implementarão e apresentaram, a CODEBA e ao SESSTP (OGMO), os Programas de
Gerenciamento de Riscos para situações pertinentes, mantendo-os atualizados;

4.8.2 O Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR deve, no mínimo, contemplar:

a) as condições para transporte, movimentação e armazenagem de produtos perigosos para


os tipos e quantidades permitidas, nas instalações portuárias no porto organizado;

b) estudos de identificação, avaliação e medidas mitigadoras dos risco (APR);

c) documentações e informações, atualizadas, acerca desses produtos, para situações criadas


desde a chegada até a saída das instalações portuárias;

d) os estudos e avaliações realizados e apresentados a CODEBA e ao SESSTP deverão


subsidiar a elaboração dos Planos de Emergência e de Ajuda Mútua dos portos de Salvador,
Aratu-Candeias e Ilhéus.

4.9 Capacitação dos Agentes Portuários

4.9.1 A CODEBA, OGMO e os responsáveis por instalação portuária situadas no porto


organizado que movimentem, transportem ou armazenem produtos perigosos em suas
dependências, devem promover capacitação de todo pessoal envolvido de forma direta ou
indireta nas atividades relativas a execução e fiscalização do trânsito desses produtos, que
incluam, no mínimo, atualização de conhecimentos sobre:

a) regramento sobre produtos perigosos, em especial a legislação;

b) marcação, sinalização, cartazes, enfardamento etiquetagem, segregação e compatibilidade


de cargas perigosas;

c) identificação do produto perigoso prevista no código IMDG;

d) conteúdo dos documentos de transporte;

e) programas, planos e procedimentos de emergências internos e externos;

f) riscos decorrentes do transporte, movimentação e armazenagem de produtos perigosos nas


instalações portuárias;

g) métodos e procedimentos para prevenção de acidentes com produtos perigosos;

h) métodos e procedimentos seguros de movimentação, estivagem, armazenagem e


segregação de produtos perigosos;
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4.9.2 Todas as pessoas engajadas no transporte, movimentação e armazenagem de produtos


perigosos, devem receber capacitação proporcional às suas responsabilidades para que possa
adotar os cuidados devidos de segurança ocupacional, preservação física das instalações
portuárias e do meio ambiente;

4.9.3 O treinamento deve ocorrer com periodicidade mínima de 2 (dois) anos, ou sempre que
houver inclusão de um determinado produto perigosos e que este, por suas características
físico-químicas, exija observações especiais, com vistas a manter e promover a atualização
dos conhecimentos dos envolvidos nas operações;

4.9.4 A capacitação das Brigadas de Emergências deve incluir simulações de situações a


serem vivenciadas na prática, dando eficácia ao treinamento dos profissionais envolvidos;

4.9.5 A qualificação desses agentes deve ser realizada pelo OGMO, conforme determina a Lei
de Modernização dos Portos 12.815/2013, ou por empresa devidamente credenciada junto a
este.

4.10 Planejamento Prévio das Atividades Portuárias quanto aos Aspectos de Segurança
e Saúde Ocupacional, Segurança Patrimonial e do Meio Ambiente

4.10.1 Os estudos destinados à elaboração do PDZ – Plano de Desenvolvimento e


Zoneamento dos portos organizados de Salvador, Aratu e Ilhéus devem incorporar elementos
de segurança e saúde ocupacional, preservação da integridade física das instalações
portuárias e proteção do meio ambiente, observando-se que:

a) na sua elaboração, a CODEBA deve fazer uso da infraestrutura existente, dispondo as


instalações da área do porto organizado de fatores de segurança e saúde ocupacional,
preservação da integridade física das instalações portuárias e proteção do meio ambiente,
baseando-se nas análises de risco preliminar à nova configuração;

b) entre os fatores de segurança a serem considerados, inclui-se a segregação das instalações


portuárias em face dos produtos movimentados/armazenados, em especial quanto à
proximidade de cargas incompatíveis, tais como produtos vegetais ou animais, catalíticos e
reagentes químicos, entre outros;

c) as instalações com predominância de movimentação de produtos perigosos devem ser


dispostas na área do porto organizado de forma a se ter acesso facilitado às áreas externas do
porto, evitando-se, na medida do possível, o trânsito destas cargas por outras instalações
portuárias;

d) os portos organizados, instalações portuárias, TUP - Terminal de Uso Privado que recebam
produtos perigosos devem implantar sinalizações verticais e horizontais nas áreas de
circulação interna, de armazenagem e manuseio desses produtos, bem como, sinalização
semafórica, quando couber, e sonora para equipamentos móveis;

e) empresas especializadas poderão ser contratadas pela CODEBA, instalações portuárias,


TUP - Terminal de Uso Privado, para elaboração e implementação dos PGR, bem como para
atendimento a emergência com produtos perigosos;
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f) a CODEBA, instalações portuárias, TUP - Terminal de Uso Privado, ou conjunto destas,


manterão, em tempo integral e em quanto durar armazenagem em suas instalações de
embalagens com produtos perigosos, equipes treinadas (Brigada de Emergência), para
atendimento a emergência (terra ou mar);

g) as arrendatárias, instalações portuárias apresentarão, até último dia útil do mês de Janeiro
de cada ano, um programa de treinamentos e simulados anual das suas Brigadas de
Emergências, fazendo constar neste treinamento específico para atendimento a emergências
com produtos perigosos (para as Brigadas de Emergência a periodicidade de treinamento em
produtos perigosos é anual);

h) as arrendatárias e instalações portuárias, TUP - Terminal de Uso Privado, deverão informar


em seus PGR os contratos firmados com empresas ou profissionais especializados para
atendimento a emergências com produtos perigosos, recursos disponíveis (profissionais
especializados, máquinas, equipamentos, materiais etc.) e previsões orçamentárias de
investimentos para minimização, controle e/ou eliminação dos riscos na movimentação,
transporte e armazenagem de produtos perigosos.

4.11 Das Penalidades

4.11.1 Aplicam-se os dispositivos desta norma, em consonância com a Resolução nº 2.239


ANTAQ de 15 de setembro de 2011, para outorga de autorização para a construção,
exploração e a ampliação de terminal portuário de uso privativo, e sobre a fiscalização das
atividades desenvolvidas pela administração portuária na exploração de portos públicos, bem
como outras que couberem e não conflitarem, relativas às atribuições ou responsabilidades
constantes desta Norma.

4.11.2 Aplica-se também, as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e


atividades lesivas ao meio ambiente de que trata a Lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998,
nos termos e extensão do disposto no art. 2º da referida lei.

4.11.3 A Autoridade Portuária poderá acionar civil e criminalmente a arrendatária e instalações


portuárias, TUP - Terminal de Uso Privado, ou responsável direto pela operação/atividade
(pessoa física ou jurídica), se ficar comprovado, em investigação de acidente e incidente com
dano pessoal, patrimonial e/ou ambiental, em conjunto com órgãos competentes (polícia,
SRTE, MPT, SESAT etc.), que houve negligência quanto ao cumprimento das Normas
Regulamentadora, aprovada pela Portaria MTE 3.214 de 08 de junho de 1978, ou outras
vigentes, para garantia da segurança e saúde ocupacional, preservação da integridade física
das instalações portuárias e proteção do meio ambiente.

4.12 Das Disposições Gerais e Finais

4.12.1 O transbordo de produtos perigosos, estando ele em estado líquido, gasoso ou sólido,
entre embarcações ou entre embalagens estará sujeito à permissão da CODEBA, quando na
área do porto organizado, e da Autoridade Marítima, quando couber, avaliadas as condições
de risco pertinentes.

4.12.2 Os agentes envolvidos terão um prazo de 2 (dois) meses, a partir da publicação desta
Norma pela CODEBA, para se adequarem as disposições aqui listadas.
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4.12.3 Esta Norma entra em vigor nesta data e revoga, na íntegra, o Regulamento para
Operação com Mercadorias Perigosas nos Portos da CODEBA (aprovada pela Deliberação
DIREXE nº 008, de 28/08/1998).

5. DISTRIBUIÇÃO

Diretoria Executiva, Gerentes, Sindicatos Laborais e Patronais, Órgãos de Gestão de Mão de


Obra, Receita Federal, Operadores Portuários, SINDOPSA, SINDNAVE, CAP, Arrendatários,
SRTE e outros que atuam nos portos organizados da CODEBA.

6. AUDITORIA

As atividades regulamentadas pela presente Norma devem ser auditadas pela Gerência de
Auditoria Interna – GAI, conforme plano anual de auditoria.

7. APROVAÇÃO

A presente Norma foi alterada na 558.ª Reunião Ordinária da DEX, realizada em 19 de outubro
de 2015.

8. ANEXOS

ANEXO “A” - TABELA DE ESTOCAGEM MÁXIMA DE PRODUTOS PERIGOSOS POR


CLASSE E SUBCLASSE NO PORTO DE SALVADOR.

ANEXO “B” - TABELA DE ESTOCAGEM MÁXIMA DE PRODUTOS PERIGOSOS POR


CLASSE E SUBCLASSE NO PORTO DE ARATU-CANDEIAS.

ANEXO “C” - TABELA DE ESTOCAGEM MÁXIMA DE PRODUTOS PERIGOSOS POR


CLASSE E SUBCLASSE NO PORTO DE ILHEUS.

ANEXO “D” – TABELA DE CLASSES E SUB-CLASSES E SUAS CONDIÇÕES NO ÂMBITO


PORTUÁRIO

JOSÉ MUNIZ REBOUÇAS


Diretor Presidente
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ANEXO “A” – TABELA DE ESTOCAGEM MÁXIMA DE PRODUTOS PERIGOSOS POR CLASSE


E SUBCLASSE NO PORTO DE SALVADOR
CLASSE RISCO SUBCLASSES EMPRESA EMPRESA
TECON S/A INTERMARÍTIMA
1.1 Armaz. proibido Armaz. proibido
1,2 Armaz. proibido Armaz. proibido
1.3 Armaz. proibido Armaz. proibido
1 Explosivos
1.4 Armaz. proibido Armaz. proibido
1.5 Armaz. proibido Armaz. proibido
1.6 Armaz. proibido Armaz. proibido
2.1 Armaz. proibido Armaz. proibido
Gases 10 iso/cont 50un de palets 12 iso/cont e 20un de
2 2.2
(área coberta) palets (área coberta)
Comprimidos
2.3 Armaz. proibido Armaz. proibido

Líquidos Ver ponto de fulgor 50 iso/cont 80un de palets 16 iso/cont e 182un de


3 em FISPQ
Inflamáveis (área coberta) palets (área coberta)

4.1 Armaz. proibido Armaz. proibido


Sólidos 210 iso/cont 500un de palets 01 iso/cont e 42un de
4 4.2
Inflamáveis (área coberta) palets (área coberta)
10 iso/cont 100un de palets 01 iso/cont e 23un de
4.3
(área coberta) palets (área coberta)
25 iso/cont 100un de palets 01 iso/cont e 377un de
Oxidantes e 5.1
(área coberta) palets (área coberta)
Peróxidos
5
Orgânicos 05 iso/cont 100un de palets
Armaz. proibido
5.2 (área coberta)

30 iso/cont 700un de palets 34 iso/cont e 09un de


Tóxicos, 6.1
(área coberta) palets (área coberta)
Venenosos,
6
Nocivos e Em caráter excepcional
Infectantes. Em caráter excepcional
6.2 (Pré-autorizado pela
(Pré-autorizado pela ANVISA)
ANVISA)
7 Radioativos N/A Armaz. proibido Armaz. proibido
50 iso/cont 560un de palets 42 iso/cont e 20un de
8 Corrosivos N/A
(área coberta) palets (área coberta)
Substâncias
50 iso/cont 650un de palets 13 iso/cont e 355un em
9 Perigosas N/A
(área coberta) palets (área coberta)
Diversas
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ANEXO “B” – TABELA DE ESTOCAGEM MÁXIMA DE PRODUTOS PERIGOSOS POR CLASSE


E SUBCLASSE NO PORTO DE ARATU-CANDEIAS

CLASSE RISCO SUBCLASSE BRASKEM / TEGAL TEQUIMAR FAFEN VOPAK

1.1 Armaz. Proibida Armaz. Proibida Armaz. Proibida Armaz. Proibida


1.2 Armaz. Proibida Armaz. Proibida Armaz. Proibida Armaz. Proibida
1.3 Armaz. Proibida Armaz. Proibida Armaz. Proibida Armaz. Proibida
1 Explosivos
1.4 Armaz. Proibida Armaz. Proibida Armaz. Proibida Armaz. Proibida
1.5 Armaz. Proibida Armaz. Proibida Armaz. Proibida Armaz. Proibida
1.6 Armaz. Proibida Armaz. Proibida Armaz. Proibida Armaz. Proibida
7 esferas com
2.1 capacidade total N/A N/A N/A
3
2 Gases de 29.600m
2.2 N/A N/A N/A N/A
2.3 N/A N/A 18.500 N/A
04 tanques - 3.700m³
Ver ponto 28 tanques -
Liquidos 3
3 de fulgor N/A 192.140m N/A 32.900m³
Inflamáveis
em FISPQ 12 tanques -
20.200m³
4.1 Armaz. Proibida Armaz. Proibida N/A Armaz. Proibida
Sólidos
4 4.2 Armaz. Proibida Armaz. Proibida N/A Armaz. Proibida
Inflamáveis
4.3 Armaz. Proibida Armaz. Proibida N/A Armaz. Proibida
Oxidantes e 5.1 Armaz. Proibida Armaz. Proibida N/A Armaz. Proibida
5 Peróxidos
Orgânicos 5.2 Armaz. Proibida Armaz. Proibida N/A Armaz. Proibida
Toxicos, 6.1 Armaz. Proibida Armaz. Proibida
Venenosos,
6 218.140m3 N/A
Nocivos e 6.2 Armaz. Proibida Armaz. Proibida
infectantes
7 Radioativos N/A Armaz. Proibida Armaz. Proibida Armaz. Proibida Armaz. Proibida
3 tanques - 3.500m³
8 Corrosivos N/A Armaz. Proibida 218.140m3 N/A 2 tanques - 2.400m³
6 tanques - 2.100m³
Substancias Armaz. Proibida N/A
9 Perigosas N/A Armaz. Proibida 218.140m3 N/A N/A
Diversas Armaz. Proibida N/A
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ANEXO “C” – TABELA DE ESTOCAGEM MÁXIMA DE PRODUTOS PERIGOSOS POR CLASSE


E SUBCLASSE NO PORTO DE ILHÉUS

Este Porto não movimenta produtos classificados pela ONU e, consequentemente, não possuem
classe e subclasse, conforme determina o subitem 29.6.5.1. da Norma Regulamentadora nº 29 (NR
– 29).
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ANEXO “D” – TABELA DE CLASSES E SUBCLASSES E SUAS CONDIÇÕES NO ÂMBITO


PORTUÁRIO

CLASSE RISCO SUBCLASSES CONDIÇÃO NA ÁREA PORTUÁRIA


1.1; 1.2; 1.3; 1.4;
1 Explosivos Embarque ou desembarque direto.
1.5 e 1.6
2 Gases 2.1 e 2.3 Embarque ou Desembarque direto
Líquidos - Embarque ou desembarque
Ver ponto de direto. Para armazenamento, ver
3 Inflamáveis
fulgor em FISPQ quantitativo no anexo “B”.

Grupo de embalagem I - Embarque ou


Desembarque direto;
Grupo de embalagem II - Quando em
contêiner, sem desova no Porto, poderá
ser armazenado em função das condições
4 Sólidos 4.1; 4.2 e 4.3
disponíveis do Terminal, a critério da
Autoridade Portuária (Ver armazenamento
no anexo “B”).
Grupo de embalagem III - Poderá ser
armazenado.

Grupo de embalagem I - Embarque ou


desembarque direto;

Grupo de embalagem II - Quando em


Oxidantes e Peróxidos
5 5.1 e 5.2 contêiner, sem desova no Porto, poderá
ser armazenado em função das condições
disponíveis do Terminal, a critério da
Autoridade Portuária (Ver armazenamento
no anexo “B”).
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Infectante - Grupos de embalagem


I, II e III. Embarque ou desembarque
direto;
Veneno - Grupo de embalagem I.
Embarque ou desembarque direto;

Tóxicos, Venenosos, Veneno - Grupo de embalagem II -


6 6.1 e 6.2
Nocivos e Infectantes Quando em contêiner, sem desova no
Porto, poderá ser armazenado em função
das condições disponíveis do Terminal, a
critério da Autoridade Portuária;
Veneno - Grupo de embalagem III -
Poderá ser armazenado (Ver
armazenamento no anexo “B”).

Embarque ou Desembarque direto com


autorização da CNEN e presença de
7 Radioativos N/A Supervisor de Proteção Radiológica
devidamente credenciado, conforme a
Norma 3.03 da CNEN.

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