Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
P.02.03 1 / 22
NORMA APROVAÇÃO
DEX n.443°.
DATA
13/02/2012
REVISÃO DATA
02 19/10/2015
TÍTULO
PALAVRAS-CHAVE
Cargas Classificadas, Cargas Especiais, Produtos Perigosos, Armazenagem, Transporte e
Operações.
SUMÁRIO Pág
2. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Para efeito desta norma, devem ser observadas as seguintes definições, siglas e
considerações:
a) Agente Portuário
Autoridade Portuária e demais autoridades que exercem função no porto organizado; o
Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO); operadores portuários; tomadores de serviço
em geral; sindicatos de categorias (profissional e econômica), entre outros que
respondam por uma ou mais tarefas específicas na atividade portuária, conforme o
caso.
b) APR
Análise Preliminar de Riscos.
c) Armador ou Preposto
Responsável pela embarcação destinada ao transporte aquaviário.
d) Arrendatário
Entidade de direito público ou privado, que tenha celebrado, nos termos do artigo 4º,
inciso I, da Lei Federal 8.630/93, contrato de arrendamento de área ou instalação
portuária localizada dentro dos limites da área do porto organizado, para utilização na
prestação de serviços portuários.
MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E TRANSPORTE DE PRODUTOS
PÁG 3 / 22
PERIGOSOS
NORMA P.02.03
e) Código IMDG
Código Maritimo Internacional para Cargas Perigosas da IMO - International Maritime
Organization
f) Dono da Carga
Responsável da carga (proprietário), importador, exportador ou seus prepostos.
g) EPI/EPE/EPC
Equipamentos de Proteção Individual, Especial e Coletiva.
l) FISPQ
Ficha de Informação de Segurança do Produto Químico, documento base para
qualquer trabalho com produtos químicos. Deve estar disposto nos locais de
armazenamento, manuseio e transporte, bem como estar redigida, para nosso país, em
português e ser do conhecimento de todos no âmbito de trabalho.
m) Fumigação
Tratamento fitossanitário utilizado no processo de exportação para eliminação de
pragas e vetores de doenças que possam estar impregnados nas embalagens que
protegem o produto a ser exportado..
o) ONU
Organização das Nações Unidas
MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E TRANSPORTE DE PRODUTOS
PÁG 4 / 22
PERIGOSOS
NORMA P.02.03
p) PGR
Programa de Gerenciamento de Risco.
q) Produtos Perigosos
Substâncias nocivas ou perigosas, as quais podem ser classificadas pelo Código
IMDG, da IMO, que, sob condições normais, tenham alguma instabilidade inerente,
que, sozinha ou combinadas com outras cargas, possam causar incêndio, explosão,
corrosão de outros materias, ou ainda, que sejam suficientemente tóxicas para
ameaçar a vida, as instalações portuárias e o meio ambiente, se não houver controle
adequado. Incluem-se também os recipientes e embalagens que tenham contido
anteriormente produtos perigosos e estejam sem devida higienização,
descontaminação que anule qualquer efeito prejudicial.
r) SESSTP
Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Portuário, do Porto.
t) Transbordo de Cargas
Movimentação de cargas realizada entre distintas embarcações da modalidade
aquaviária, ou entre outra modalidade de transporte, bem como entre embalagens
compatíveis com a carga transbordada.
u) Transporte Interno
Aquele efetuado com veículo de transporte dentro do porto organizado, em área
comum ou em instalações portuárias.
v) Trânsito Portuário
Toda operação portuária envolvendo produto perigoso, como o seu transporte interno,
manuseio e armazenagem em pátio ou em outra instalação portuária.
4. PROCEDIMENTOS BÁSICOS
4.1.1 O trânsito de produtos perigosos no âmbito portuário deverá ocorrer sempre no menor
intervalo de tempo necessário para seu desembaraço aduaneiro, salvo quando se tratar de
instalações especializadas para tais produtos, mas sempre guardando aspectos de segurança
e saúde ocupacional, integridade física das instalações portuárias e proteção do meio
ambiente.
4.1.2 Os produtos perigosos em trânsito por instalações portuárias não especializadas deverão
portar em sua documentação a indicação das respectivas datas de entrada e saída.
MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E TRANSPORTE DE PRODUTOS
PÁG 5 / 22
PERIGOSOS
NORMA P.02.03
4.1.3 O não cumprimento do prazo de saída informado a CODEBA deverá ser justificado
adequadamente e em tempo hábil, dando continuidade às medidas de proteção ou ampliando-
as, quando necessário, inclusive com alocação de recursos.
4.1.4 São obrigações da CODEBA, e demais responsáveis por instalações situadas nas áreas
dos portos organizados, no que couber:
4.1.6 A CODEBA, deve estabelecer a quantidade máxima, por classe e subclasse, de produtos
químicos que poderão ser estocados nos portos sob sua administração. Essas informações
deverão ser registradas em tabela, conforme item 8. Anexos “A”, “B”, “C” e “D” - Tabela de
Estocagem Máxima de Produtos Perigosos por Classe e Subclasse no Porto de Salvador,
Aratu-Candeias e Ilhéus e atualizadas sempre que houver alteração, observando-se as
condições estabelecidas no Anexo “D” da presente Norma. Essas quantidades deverão
obedecer à tabela de segregação, previstas no subitem 29.6.5.1 e no Anexo “9” da NR 29.
4.1.7 Qualquer alteração pelos arrendatários dos quantitativos de produtos perigosos, bem
como para solicitação de armazenagem de novos produtos, listados como “armazenamento
proibido” deverá ser informado a CODEBA, tendo seus planos de ação iniciais ou
complementares, quando couber, discutidos com a Gerencia do respectivo Porto e a Gerência
de Assuntos Estratégicos - GAE da CODEBA. Essa sistemática deverá contemplar, em seu
planejamento, tempo hábil para implantação das medidas preventivas propostas, antes do
aumento do quantitativo ou recebimento de novo produto.
4.2.3 Fazer com que sejam adotados os procedimentos previstos nos Planos de Emergência e
de Ajuda Mútua, durante a estadia da embarcação no porto ou em instalação situada fora da
área do porto organizado garantindo segurança e a saúde ocupacional, a integridade física das
instalações portuárias e do meio ambiente.
4.2.4 Verificar as condições gerais dos produtos perigosos a bordo, imediatamente antes da
entrada da embarcação no porto, identificando possíveis vazamentos ou danos na
embalagem, que se houver deve ser comunicados a CODEBA e ao responsável por instalação
arrendada, ao SESSTP/OGMO, ao Operador Portuário ou ao responsável por TUP - Terminal
de Uso Privado.
ou em área de fundeio, que possa acarretar algum dano a segurança e a saúde ocupacional, a
integridade física das instalações portuárias e ao meio ambiente.
4.2.7 O não cumprimento do prazo de saída informado a CODEBA deverá ser justificado
adequadamente e em tempo hábil, dando continuidade às medidas de proteção ou ampliando-
as, quando necessário, inclusive com alocação de recursos.
4.3.3 Requisitar ao SESSTP/OGMO ou ter sob contrato pelo menos um profissional habilitado,
responsável pelo cumprimento das exigências legais – nacionais e internacionais – relativas ao
trânsito, armazenagem e movimentação de produtos perigosos, bem como manter
empregados treinados para as situações de risco envolvendo produtos perigosos.
4.4.1 Dar conhecimento do manifesto de carga constante do inciso I do art. 7º aos sindicatos
dos trabalhadores portuários envolvidos com a operação de produtos perigosos, com
antecedência mínima de 24 horas do início da operação.
4.4.2 Promover capacitação e treinamentos periódicos, com foco na atualização destes, dos
Trabalhadores Portuários (avulsos ou contratados) diretamente envolvidos nas operações com
produtos perigosos, de forma proporcional as suas responsabilidades, a fim que estes possam
executar suas atividades com segurança, dando-lhes conhecimento, no mínimo, dos seguintes
conteúdos:
d) procedimentos de emergências;
4.5.1 Somente podem transitar por instalação portuária produtos perigosos que estiverem de
acordo com as normas vigentes, em adequadas condições de transporte e manuseio,
observadas as características de cada produto e seu regramento por legislação nacional e
internacional.
4.5.2 Produtos perigosos cujas embalagens apresentem indício ou risco de vazamento devem,
por precaução, ser removidas para deposição em áreas destinadas a tal finalidade (áreas ou
bacias de contenção), dentro do porto organizado ou fora dele, disponibilizado ou autorizado
pela CODEBA ou responsável pela instalação pertinente, contendo adequadas condições de
segurança e saúde ocupacional, preservação da integridade física das instalações e do meio
ambiente.
4.5.3 É vedado lançar no corpo d’água, direta ou indiretamente, substâncias resultantes dos
serviços de limpeza e tratamento de produtos perigosos.
4.5.4 A CODEBA deve dar conhecimento ao Órgão Gestor de Mão de Obra do Porto e às
empresas que atuam nos portos, das exigências e recomendações contidas na presente
norma, inclusive fazendo constá-la nas cláusulas contratuais de arrendamento, locação,
prestação de serviços diversos, execução de obras, fornecimentos e outros.
f) os produtos perigosos devem ser armazenados e mantidos de tal forma que não haja
interação com outros produtos, cargas ou materiais incompatíveis, em especial alimentos;
h) substâncias da classe 6.2 (anexo II) só poderão ser armazenadas em instalações portuárias
em caráter excepcional e mediante autorização da ANVISA.
h) estabelecer proibição do uso de transmissor de rádio, telefone celular e radar - exceto por
permissão de pessoa responsável;
Observar as seguintes recomendações, nas operações com gases e líquidos inflamáveis, sem
prejuízo do disposto na NR 20 (Líquidos combustíveis e inflamáveis):
c) utilizar os capacetes protetores das válvulas dos cilindros durante a movimentação a fim de
protegê-las contra impacto ou tensão;
d) prevenir impactos e quedas dos recipientes nas plataformas do cais, nos armazéns e
porões;
e) segregar, em todas as etapas das operações, os gases, líquidos inflamáveis e tóxicos dos
produtos alimentícios e das demais classes incompatíveis;
g) manter a fiação e terminais elétricos com isolamento perfeito e com os respectivos tampões,
inclusive os instalados nos guindastes;
a) Adotar medidas preventivas para controle não somente do risco principal, como também dos
riscos secundários, como toxidez e corrosividade, encontrados em algumas substâncias desta
classe;
d) adotar medidas que impeçam o contato da água com substâncias das subclasses 4.2 -
substâncias sujeitas a combustão espontânea e 4.3 - substâncias perigosas em contato com a
água;
f) ventilar o local de operação que contenha ou tenha contido substâncias da Classe 4, antes
de os trabalhadores terem acesso a esse local. No caso de concentração de gases, os
trabalhadores que adentrarem esse espaço deverão portar aparelhos de respiração autônoma,
cintos de segurança com dispositivos de engate, travamento e cabo de arrasto;
MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E TRANSPORTE DE PRODUTOS
PÁG 12 / 22
PERIGOSOS
NORMA P.02.03
b) adotar medidas que impossibilitem o contato das substâncias dessa classe com os materiais
ácidos, óxidos metálicos e aminas;
a) Adotar medidas de segurança que impeçam o contato de substâncias dessa classe com a
água ou com temperatura elevada;
a) Adotar medidas preventivas dos riscos dessas substâncias, que podem ser inflamáveis,
irritantes e, afora outros riscos, passíveis de alguma decomposição ou alteração durante o
transporte;
4.9.3 O treinamento deve ocorrer com periodicidade mínima de 2 (dois) anos, ou sempre que
houver inclusão de um determinado produto perigosos e que este, por suas características
físico-químicas, exija observações especiais, com vistas a manter e promover a atualização
dos conhecimentos dos envolvidos nas operações;
4.9.5 A qualificação desses agentes deve ser realizada pelo OGMO, conforme determina a Lei
de Modernização dos Portos 12.815/2013, ou por empresa devidamente credenciada junto a
este.
4.10 Planejamento Prévio das Atividades Portuárias quanto aos Aspectos de Segurança
e Saúde Ocupacional, Segurança Patrimonial e do Meio Ambiente
d) os portos organizados, instalações portuárias, TUP - Terminal de Uso Privado que recebam
produtos perigosos devem implantar sinalizações verticais e horizontais nas áreas de
circulação interna, de armazenagem e manuseio desses produtos, bem como, sinalização
semafórica, quando couber, e sonora para equipamentos móveis;
g) as arrendatárias, instalações portuárias apresentarão, até último dia útil do mês de Janeiro
de cada ano, um programa de treinamentos e simulados anual das suas Brigadas de
Emergências, fazendo constar neste treinamento específico para atendimento a emergências
com produtos perigosos (para as Brigadas de Emergência a periodicidade de treinamento em
produtos perigosos é anual);
4.12.1 O transbordo de produtos perigosos, estando ele em estado líquido, gasoso ou sólido,
entre embarcações ou entre embalagens estará sujeito à permissão da CODEBA, quando na
área do porto organizado, e da Autoridade Marítima, quando couber, avaliadas as condições
de risco pertinentes.
4.12.2 Os agentes envolvidos terão um prazo de 2 (dois) meses, a partir da publicação desta
Norma pela CODEBA, para se adequarem as disposições aqui listadas.
MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E TRANSPORTE DE PRODUTOS
PÁG 17 / 22
PERIGOSOS
NORMA P.02.03
4.12.3 Esta Norma entra em vigor nesta data e revoga, na íntegra, o Regulamento para
Operação com Mercadorias Perigosas nos Portos da CODEBA (aprovada pela Deliberação
DIREXE nº 008, de 28/08/1998).
5. DISTRIBUIÇÃO
6. AUDITORIA
As atividades regulamentadas pela presente Norma devem ser auditadas pela Gerência de
Auditoria Interna – GAI, conforme plano anual de auditoria.
7. APROVAÇÃO
A presente Norma foi alterada na 558.ª Reunião Ordinária da DEX, realizada em 19 de outubro
de 2015.
8. ANEXOS
Este Porto não movimenta produtos classificados pela ONU e, consequentemente, não possuem
classe e subclasse, conforme determina o subitem 29.6.5.1. da Norma Regulamentadora nº 29 (NR
– 29).
MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E TRANSPORTE DE PRODUTOS
PÁG 21 / 22
PERIGOSOS
NORMA P.02.03