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1.

INTRODUÇÃO

Conheça a fascinante história dos astecas. A formação do


Império,sua arquitetura, religião, o famoso imperador Montezuma,
sua agricultura, economia, artesanato, cultura e arte de modo
geral.Os astecas foram também muito útil na descoberta da
medicina alternativa auxiliando assim o desenvolvimento da ciência
para as sociedades posteriores.
Os astecas (1325 até 1521) foram uma civilização mesoamericana,
pré-colombiana, que floresceu principalmente entre os séculos XIV
e XVI, no território correspondente ao atual México.
Na sucessão de povos mesoamericanos que deram origem a essa
civilização destacam-se os toltecas, por suas conquistas
civilizatórias, florescendo entre o século X e o século XII seguidos
pelos chichimecas imediatamente anteriores e praticamente
fundadores do Império Asteca com a queda do Império Tolteca. Os
astecas foram derrotados e sua civilização destruída pelos
conquistadores espanhóis, comandados por Fernando Cortez.
O idioma asteca era o náuatle (nahuatl)

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SUMÁRIO

1. Introdução .................................................................. ....1


2. História ...........................................................................2
3. A Sociedade ....................................................................4
3.1 Imperadores ....................................................................4
4. Religião ...........................................................................5
5. A Medicina ......................................................................6
5.1 Plantas e Técnicas ...........................................................7
6. Conclusão ........................................................................8
7. Referências .......................................................................9
8. Anexos ............................................................................10
2. Historia

O controle político do populoso e fértil vale do México ficou confuso após 1100.
Gradualmente, os astecas, uma tribo do norte, assumiram o poder depois de
1200. Os astecas eram um povo indígena da América do Norte, pertencente ao
grupo nahua. Os astecas também podem ser chamados de mexicas (daí
México). Migraram para o vale do México (ou Anahuác) no princípio do século
XIII e assentaram-se, inicialmente, na maior ilha do lago de Texcoco (depois
todo drenado pelos espanhóis), seguindo instruções de seus deuses para se
fixarem onde vissem uma águia pousada em um cacto, devorando uma
cobra.A partir dessa base formaram uma aliança com duas outras cidades –
Texcoco e Tlacopán – contra Atzcapotzalco, derrotaram-no e continuaram a
conquistar outras cidades do vale durante o século XV, quando controlavam
todo o centro do México como um Império ou Confederação Asteca, cuja base
econômico-política era o modo de produção tributário. No princípio do século
XVI, seus domínios se estendiam de costa a costa, tendo ao norte os desertos
e ao sul o território maia.
Os astecas, que atingiram alto grau de sofisticação tecnológica e cultural, eram
governados por uma monarquia eletiva, e organizavam-se em diversas classes
sociais, tais como nobres, sacerdotes, guerreiros, comerciantes e escravos,
além de possuírem uma escrita pictográfica e dois calendários (astronômico e
litúrgico).
Ao estudar a cultura asteca, deve-se prestar especial atenção a três aspectos:
a religião, que demandava sacrifícios humanos em larga escala,
particularmente ao deus da guerra, Huitzilopochtli; a tecnologia avançada,
como a utilização eficiente das chinampas (ilhas artificiais construídas no lago,
com canais divisórios) e a vasta rede de comércio e sistema de administração
tributária.
O império asteca era formado por uma organização estatal que se sobrepôs
militarmente a diversos povos e comunidades na Meso-América. Segundo
Jorge Luis Ferreira, os astecas possuíam uma superioridade cultural e isso
justificaria sua hegemonia política sobre as inúmeras comunidades nestas
regiões, o que era argumentado por eles mesmos.
No período anterior a sua expansão os astecas estavam no mesmo estágio
cultural de seus vizinhos de outras etnias. Por um processo muito específico,
numa expansão rápida, passaram a subjugar, dominar e tributar os povos das
redondezas, outrora seus iguais. É importante lembrar estes aspectos pelo fato
de terem se tornado dominantes por uma expansão militar, e não por uma
suposta sofisticação cultural própria e autônoma.
Apesar de sacrifícios humanos serem uma prática constante e muito antiga na
Mesoamérica, os astecas se destacaram por fazer deles um pilar de sua
sociedade e religião. Segundo mitos astecas, sangue humano era necessário
ao sol, como alimento, para que o astro pudesse nascer a cada dia. Sacrifícios
humanos eram realizados em grande escala; algumas centenas em um dia só
não era incomum. Os corações eram arrancados de vítimas vivas, e levantados
ao céu em honra aos deuses. Os sacrifícios eram conduzidos do alto de
pirâmides para estar perto dos deuses e o sangue escorria pelos degraus.

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A economia asteca estava baseada primordialmente no milho, e as pessoas
acreditavam que as colheitas dependiam de provisão regular de sangue por
meio dos sacrifícios.
Durante os tempos de paz, "guerras" eram realizadas como campeonatos de
coragem e de habilidades de guerreiros, e com o intuito de capturar mais
vítimas. Eles lutavam com clavas de madeira para mutilar e atordoar, e não
matar. Quando lutavam para matar, colocava-se nas clavas uma lâmina de
obsidiana.
Sua civilização teve um fim abrupto com a chegada dos espanhóis no começo
do século XVI. Tornaram-se aliados de Cortés em 1519. O governante asteca
Moctezuma II considerou o conquistador espanhol a personificação do deus
Quetzalcóatl, e não soube avaliar o perigo que seu reino corria. Ele recebeu
Cortés amigavelmente, mas posteriormente o tlatoani foi tomado como refém.
Em 1520 houve uma revolta asteca e Moctezuma II foi assassinado. Seu
sucessor, Cuauhtémoc (filho do irmão de Montezuma), o último governante
asteca, resistiu aos invasores, mas em 1521 Cortés sitiou Tenochtitlán e
subjugou o império. Muitos povos não-astecas, submetidos à Confederação, se
uniram aos conquistadores contra os astecas.

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3. A Sociedade

Imagem totem de um guerreiro águia, que junto com o guerreiro-jaguar,


compuseram primordialmente as elites de guerra do antigo império asteca.
A sociedade asteca era rigidamente dividida. O grupo social dos pipiltin
(nobreza) era formada pela família real, sacerdotes, chefes de grupos
guerreiros — como os Jaguares e as Águias — e chefes dos calpulli. Podiam
participar também alguns plebeus (macehualtin) que tivessem realizado algum
ato extraordinário. Tomar chocolate quente (xocoatl) era um privilégio da
nobreza. O resto da população era constituída de lavradores e artesãos. Havia,
também, escravos (tlacotin).
Havia, na ordem, começando do plano mais baixo:

Escravos
maceualli ou calpulli (membro do clã)
artesãos e comerciantes
pochtecas (grandes comerciantes)
sacerdotes, dignitários civis e militares.

3.1. O Imperador
Os imperadores astecas em língua Nahuatl eram chamados Hueyi Tlatoani ("O
Grande Orador"), termo também usado para designar os governantes das
altepetl (cidades). Os imperadores astecas foram os maiores responsáveis
tanto pelo crescimento do império, como para a decadência do mesmo.
Ahuizotl, por exemplo, foi ao mesmo tempo o imperador mais cruel e o
responsável pela maior expansão do império. Já Montezuma II (ou Moctezuma
II), tendo sido um imperador justo e pacifico, foi também fraco em suas
decisões, permitindo que os espanhóis entrassem em seus domínios, mesmo
após a circulação de histórias de que estes teriam massacrado tribos, abalando
fatalmente a solidez de seu império, e finalmente degenerando na sua
extinção.
A sucessão dos imperadores astecas não era hereditária de pai para filho,
sendo estes eleitos por um consenso entre os membros da nobreza.

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4. A Religião
Eram politeístas (acreditavam em vários deuses) e acreditavam que se o
sangue humano não fosse oferecido ao Sol, a engrenagem do mundo deixaria
de funcionar.

Os sacrifícios eram dedicados a:


Estátua de Tlaloc nas imediações do Museu Nacional de Antropologia e
História, na Cidade do México.
Huitzilopochtli ou Tezcatlipoca: o sacrificado era colocado em uma pedra por
quatro sacerdotes, e um quinto sacerdote extraía, com uma faca, o coração do
guerreiro vivo para alimentar seu deus.
Tlaloc: anualmente eram sacrificadas crianças no cume da montanha.
Acreditava-se que quanto mais as crianças chorassem, mais chuva o deus
proveria.

[...]segundo Cortez,havia em Tenochtilán “muito


templos ou casa de ídolos de construções muito bonitas, por suas paróquias e
seus bairros”,e se podia constatar que “nas principais há religiosos que residem
nelas, para as quais, além das casas onde estão os ídolos,há bons aposentos”.

Rezende,Antonio Paulo.Rumos da História,Maria


Tereza Didier-São Paulo:ed.atual,2001 pág.174.

O deus mais venerado era Quetzalcóatl, a serpente emplumada. Os sacerdotes


formavam um poderoso grupo social, encarregado de orientar a educação dos
nobres, fazer previsões e dirigir as cerimônias rituais. A religiosidade asteca
incluía a prática de sacrifícios. Segundo o divulgado pelos conquistadores o
derramamento de sangue e a oferenda do coração de animais e de seres
humanos eram ritos imprescindíveis para satisfazer os deuses, contudo se
considerarmos a relação da religião com a medicina encontraremos um sem
número de ritos.
Há referências a um deus sem face, invisível e impalpável, desprovido de
história mítica para quem o rei de Texoco, Nezaucoyoatl, mandou fazer um
templo sem ídolos, apenas uma torre. Esse rei o definia como "aquele, graças
a quem nós vivemos".

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5. A Medicina

Uma página do Libellus de Medicina libus Indorum Herbis, um herbário asteca


composta em 1552 por Martín de la Cruz e traduzido para o latim por Juan
Badianus.
A antropologia médica situa o conhecimento mítico-religioso como forma de
racionalidade médica se este se constitui como um sistema lógico e
teoricamente estruturado, que preencha como condições necessárias e
suficientes os seguintes elementos:

Uma morfologia (concepção anatômica);


Uma dinâmica vital ( "fisiologia");
Um sistema de diagnósticos;
Um sistema de intervenções terapêuticas;
Uma doutrina médica (cosmologia

Pelo menos parcialmente, o sistema asteca preenche tais requisitos.


Apresenta-se como teoricamente estruturado, com formação específica (o
aprendizado das diversas funções da classe sacerdotal), o relativo
conhecimento de anatomia (comparado com sistemas etnomédicos de índios
dos desertos americanos ou florestas tropicais) em função, talvez, da prática de
sacrifícios humanos mas não necessariamente dependente dessa condição.
Há evidências que soldavam fraturas e punham talas em ossos quebrados.

A dinâmica vital da relação tonal (tonalli) – nagual (naualli) ou explicações do


efeito de plantas medicinais são pouco conhecidos, contudo o sistema de
intervenções terapêuticas através de plantas medicinais, dietas e ritos são
evidentes. A doutrina médica tradicional por sua vez, também não é bem
conhecida.

No sistema diagnóstico encontramos quatro causas básicas: Introdução de


corpo estranho por feitiçaria; Agressões sofridas ao duplo (nagual); Agressões
ou perda do tonal; e influências nefastas de espíritos (ares).

Em relação a esse conjunto de patologias, os deuses representavam


simultaneamente uma categoria de análise de causa e possibilidade de
intervenção por sua intercessão. Tlaloc estava associado aos ares e doenças
do frio e da pele (úlceras e lepra) e hidropsia; Ciuapipiltin às convulsões e
paralisia; Tlazolteotl às doenças do amor que inclusive causavam a morte
(tlazolmiquiztli ); Ixtlilton curava as crianças; Lume, ajudava as parturientes;
Xipe Totec era o responsável pelas oftalmias.

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5.1. Plantas e técnicas

O tabaco e o incenso vegetal (copalli) estava presente em suas práticas. Seus


ticitl (médicos feiticeiros) em nome dos deuses realizavam ritos de cura com
plantas que contém substâncias enteógenas ( Lophophora williamsii ou peiote;
Psylocybe mexicana, Stropharia cubensis - cogumelos com psilocibina;
Ipomoea violacea e Rivea corymbosa - ololiuhqui) que ensinam a causa das
doenças, mostram a presença de tonal (tonalli), e agressões infligidas ao duplo
animal ou nagual (naualli) os casos de enfeitiçamento ou castigo dos deuses.

Entre os remédios mais conhecidos estava a alimentação dos doentes com


dietas a base de milho e ervas tais como: passiflora (quanenepilli), o bálsamo-
do-peru (Myroxylon peruiferum L. f.), a raiz de jalapa, a salsaparrilha (iztacpatli /
psoralea) a valeriana o cihuapahtli ou zoapatle (Montanoa tomentosa),
empregado como auxiliar do trabalho de parto com seu princípio ativo análogo
à ocitocina associado à purhépecha (Manzanilla - Matricaria recutita L.) ou
equivalente, com suas propriedades sedativas, entre centenas de outras
registradas em códices escritos dos quais nos sobraram fragmentos.

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6. CONCLUSÃO

Esses Povos eram dedicados à guerra,habitaram a região do atual


México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram no século XIV a
importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa
área de pântanos, próxima do lago Texcoco.Essa sociedade
chegou a ser bastante hierarquizada e não admitia mobilidade
social. Essa divisão social era decorrente também das riquezas
acumuladas pela aristocracia

Com as guerras constantes. A forte organização militar mostra que


os astecas viviam em luta constante contra os povos vizinhos. As
atividades comerciais baseavam no regime de trocas.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Rezende, Antônio Paulo

Rumo da História : História geral e do Brasil / Antônio Paulo Rezende,


Maria Thereza Didier ---- São Paulo: Atual,2001.

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ANEXOS

Brasão de armas mexicano mostrando


o sinal para a fundação da capital asteca.

Um guerreiro-jaguar do Codex Magliabecchiano.


O jaguar desempenhava um papel cultural
na mitologia asteca.

Imagem totem de um guerreiro águia,


que junto com o guerreiro-jaguar,
compuseram primordialmente as elites de
guerra do antigo império asteca. Moctezuma II.

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Imagem de Xipe Totec
no calendárioTonalamatl
de 260 dias.
Estátua de Tlaloc nas imediações
do Museu Nacional de Antropologia e
História na Cidade do México.

Mercado de Tlatelolco

Uma página do Libellus de Medicinalibus


Indorum Herbis, um herbário asteca composta
em 1552 por Martín de la Cruz e traduzido
para o latim por Juan Badianus.

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