GOLFETERAPIA NO CAPS,

TRANSFORMANDO A REALIDADE DO PACIENTE

* Sales e Silva, RL - CAPS I - Campos do Jordão - SP

Dias Pereira, ML - CAPS I - Campos do Jordão - SP
Tema: Esquizofrenia

INTRODUÇÃO
Campos do Jordão se mostra um tanto peculiar entre as cidades de nosso País. Mantém uma temperatura
em média 10°C abaixo das cidades do estado de São Paulo por estar situada no topo da Serra da
Mantiqueira a 1628 metros de altitude. Sua beleza natural privilegiada e eventos de música erudita atraem
turistas e cria um ambiente europeu.
Grande parte dos pacientes do CAPS I de Campos do Jordão são provenientes de famílias simples e
desconhecem o circuito turístico da cidade. Faz parte do contexto dos CAPS reinserção social e esta
acontece com terapias, oficinas e excursões culturais, apoiando o retorno social saudável, livre de
preconceitos e traumas.
MÉTODO
Partimos inicialmente de artigos da Espanha e da Itália sobre golfeterapia e observamos que a realidade local
poderia adotar aspectos destes modelos ligados a neurologia, psicologia e fisioterapia. Adaptamos assim um
grupo para o desenvolvimento dos nossos pacientes e suas famílias.
Atualmente o grupo se encontra em pleno desenvolvimento, os pacientes conhecem as regras básicas do
jogo e são feitas até duas sessões semanais:
1 - Oficinas de construção artesanal de material para golfe como tacos, bolinhas, bandeirolas, buracos de
minigolfe e de golfe de campo.
2 – Jogo propriamente dito acompanhado de regras práticas e campeonato entre os pacientes, utilizando
material artesanal e profissional.

OBJETIVOS
- Desenvolver o espírito de equipe entre os pacientes e sua família;
- melhorar a destreza manual e a postura corporal;
- lidar com regras complexas;
- aprender a ganhar ou perder com a honra do espírito esportivo e
- preparar para um mercado de trabalho em expansão.

RESULTADOS
As reuniões acontecem nas dependências do CAPS I de Campos do Jordão e no gramado da Praça Dr.
Sylvio da Costa Rios, vizinha ao CAPS.
Participam do grupo os pacientes do CAPS I, portadores de transtornos emocionais e comportamentais
graves e seus familiares.
A população que passa pelo local observa e também aprende, participando e apoiando o projeto.

CONCLUSÃO
A prática tem permitido a integração do paciente com seus familiares e com os cidadãos sentem-se
respeitados como cidadãos, fazendo uso de um ambiente público aberto e ensinando outros a jogar,
melhorando assim a auto-estima e diminuindo os sintomas de inferioridade e até mesmo de pânico.
Planejamos, após maior domínio do golfe, visitas a campos de golfe da cidade e da região, levando assim ao
conhecimento amplo do esporte, favorecendo momentos de lazer até então desconhecidos.
Os pacientes estão muito empenhados e acreditamos que os objetivos estão sendo superados.

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