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Índice
Introdução ………………………………………………………………………………………………………………… 3
OEA: ………………………………………………………………………………………………………………………….. 4
O que é? ................................................................................................................ 4
Contexto histórico ................................................................................................ 5
Objetivo ................................................................................................................ 6
Princípios .............................................................................................................. 7
Atuação Política: ............................................................................................................ 10
Diálogo Político ................................................................................................... 10
Cooperação ………………………………………………………………………………………………………… 10/11
Estrutura …………………………………………………………………………………………………………………. 12
Conferência de Caracas …………………………………………………………………………………………… 13
Incidente em Cuba …………………………………………………………………………………………….. 14/15
Caso da Venezuela ……………………………………………………………………………………………….… 16
A intervenção da OEA na crise venezuelana ……………………………………….…… 16/18
Conclusão ..................................................................................................................... 19
Bibliografia …………………………………………………………………………………………………… 20/21/22
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Introdução
A fim de concretizar os ideais em que se baseia e cumprir com suas obrigações
regionais de acordo com a Carta das Nações Unidas, a OEA estabeleceu vários objetivos
e princípios pelos quais a organização se rege para que assim consiga cumprir a sua
função.
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OEA – Organização dos Estados Americanos
O que é?
A Organização dos Estados Americanos (OEA) é o mais antigo organismo
regional do mundo. A sua origem provém da Primeira Conferência Internacional
Americana, exercida em Washington, D.C., entre outubro de 1889 e abril de 1890. Esta
reunião originou a criação da União Internacional das Repúblicas Americanas, da qual
resultou uma rede de disposições e instituições, nascendo assim o “Sistema
Interamericano”, o mais antigo sistema institucional internacional. (OEA)
A nível teórico, esta organização de fins gerais é vista como uma introdução das
Américas no sistema internacional moderno. Porém, na prática, esta instituição, que
careceria de um multilateralismo, foi no nosso entende apenas um instrumento
utilizado pelos norte-americanos para defesa dos seus próprios interesses. Em vários
momentos da Guerra Fria, a OEA manteve-se imóvel ou simplesmente auxiliou as
intenções do governo dos EUA, mesmo em episódios em que essas ações eram opostas
aos princípios professados por Sólon (democracia). Desta forma, a noção de democracia
foi reinterpretada de modo a que esta pudesse entrar nas orientações ao combate do
idealismo Bolchevique.
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Contexto histórico
A luta pela independência após 1810 entre as nações latino-americanas
evocou um sentimento de unidade, especialmente na América do Sul.
Os Estados Unidos foram vistos como modelo e o reconhecimento das novas repúblicas
era parte da política externa dos EUA.
Posto isto, os Estados Unidos declararam, através da doutrina Monroe, uma nova
política em relação à interferência das nações europeias nos assuntos do Hemisfério
Ocidental. (Leão, 1978)
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ataque contra todos os outros” (The Columbia Eletronic Encyclopedia, 2013) – na
celebração deste contrato pôde ser clara a influência hegemónica dos EUA.
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Para atingir os seus principais objetivos, a OEA baseia-se nos seguintes
principais pilares: a democracia, os direitos humanos, a segurança e o
desenvolvimento. (OEA)
Objetivo
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Princípios
d. A solidariedade dos Estados americanos e os altos fins a que ela visa requerem
a organização política dos mesmos, com base no exercício efetivo da
democracia representativa;
e. Todo Estado tem o direito de escolher, sem ingerências externas, seu sistema
político, econômico e social, bem como de organizar-se da maneira que mais
lhe convenha, e tem o dever de não intervir nos assuntos de outro Estado.
Sujeitos ao acima disposto, os Estados americanos cooperarão amplamente
entre si, independentemente da natureza de seus sistemas políticos,
econômicos e sociais;
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i. As controvérsias de caráter internacional, que surgirem entre dois ou mais
Estados americanos, deverão ser resolvidas por meio de processos pacíficos;
Estados Membros
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Atuação Política
A OEA opera uma estratégia para incutir de forma eficaz esses objetivos
essenciais. Os quatro pilares da Organização (democracia, direitos
humanos, segurança e desenvolvimento) apoiam-se mutuamente e estão
transversalmente interligados por uma estrutura que engloba diálogo político,
inclusividade, cooperação, instrumentos jurídicos e mecanismos de
acompanhamento. Estes, fornecem à OEA as ferramentas necessárias à realização
eficaz do seu trabalho no hemisfério e maximizar os resultados. (OEA).
Observemos cada um:
Diálogo Político
Cooperação
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da OEA fizeram com que muitos habitantes da região tivessem a oportunidade de
desenvolver habilidades que de outra forma não conseguiriam e que lhes pode ser útil
nos seus países. (OEA)
Mecanismos de Acompanhamento
Património Jurídico
- Direito Internacional
- Cooperação Jurídica
- Programas Jurídicos Especiais
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Estrutura
A OEA realiza as suas metas através dos seguintes órgãos:
A Assembleia Geral realiza períodos frequentes de sessões uma vez por ano.
Em situações especiais, dão-se reuniões em períodos extraordinários. A Reunião de
Consulta é invocada a fim de refletir problemas urgentes e de interesse comum e para
servir de Órgão de Consulta na aplicação do Tratado Interamericano de Assistência
Recíproca (TIAR).Este tratado representa o principal instrumento de ação solidária em
caso de agressão.
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Conferência de Caracas de 1954
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O incidente de Cuba
Em 1959, com a revolução e a chegada ao poder de Fidel Castro e Che Guevara,
o país Cubano adotou o socialismo à época professado pelas forças soviéticas.
Em Abril de 1961 o presidente JFK decidiu lançar a “Operação da Baía dos Porcos”
em Cuba. A operação ficou assim denominada porque os soldados americanos
desembarcaram exatamente nessa Baía. Ora, esta consistiu no desembarque de 1400
soldados Americano com o objetivo de estes iniciarem um levantamento popular contra
Fidel Castro. Todavia, o que aconteceu foi exatamente o contrário, sendo os Americanos
capturados.
Cuba foi suspensa da OEA a 31 de janeiro de 1962, após a Revolução Cubana ter
proclamado o socialismo como a doutrina política adotada pelo governo estando,
portanto, aliado à URSS. A decisão foi tomada na 8ª Assembleia em Punta del Este
(Uruguai). Nesta decisão, catorze países votaram a favor da suspensão, Cuba votou
contra e outros seis países abstiveram-se. Contudo, na verdade, tratou-se de uma
exclusão do governo de Cuba e não do estado em si. Tudo isto é possível afirmar pois os
termos da resolução ditam o seguinte:
Quer isto dizer, portanto, que, tecnicamente, o estado cubano continuava a ser
membro da organização, porém sem qualquer “voz” dentro da organização isto depois
de lhe ter sido retirado o direito de representação e de participação nas reuniões em
todas as outras atividades realizadas pela organização. A posição da OEA face à
suspensão de Cuba foi questionada por vários membros da organização, uma vez que as
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obrigações do país em relação à Carta da OEA, à Declaração Americana de Direitos e
Deveres do Homem, entre outras, continuavam a ser praticadas. Exemplo disso, eram
os vários relatórios publicados pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos
sobre a questão dos direitos humanos cubanos (Inter-American Comission of Human
Rights, 1979). Acerca dos vários pedidos de explicações por parte da Comissão
Interamericana de Direitos Humanos, a circunstância de Cuba foi exposta em nota oficial
à OEA como “simples cortesia”, pelo seu ministro de negócios estrangeiros, Dr. Raúl Roa
García, a 4 de Novembro de 1964. Na nota, estava expresso que Cuba havia sido
ocasionalmente excluída da OEA e que a organização não possuía jurisdição, nem
autoridade jurídica ou moral sobre um estado em que a própria organização havia
ilegalmente privado dos seus direitos. (Inter-American Comission of Human Rights,
1983)
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Caso da Venezuela
Desde 2013 que a Venezuela vem passando por uma crise socio económica que
se iniciou nos fins do mandato de Hugo Chavéz e que se entendeu até aos tempos
contemporâneos sob a presidência de Nicolás Maduro (Turrer, 2016).
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assassinatos, prisões, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, como
ferramentas para aterrorizar venezuelanos " (Almagro, 2017). Isto pode consistir em
crimes contra a humanidade, portanto, por esse motivo, o Tribunal Penal
Internacional deve ter conhecimento da situação. (OEA, 2017)
Investigação:
Processo de avaliação:
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variados níveis de governo. A 16 de Novembro decorreram ainda audiências
adicionais (OEA, 2017).
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Conclusão
Vários países da América têm ultrapassado múltiplos conflitos e guerras civis que
infelizmente faziam parte do ADN da região ao longo de muitos anos. Atualmente, muito
por culpa da OEA, apenas uma nação ainda passa por conflitos dentro do seu território.
Também a consolidação da democracia e o impulsionar da boa governabilidade dentro
dos países membros são extrema responsabilidade por parte desta organização.
Podemos concluir que a OEA se trata de uma burocracia internacional, com nível
de autoridade e autonomia de influência em relação aos Estados a ela pertencentes.
Trata-se de uma organização com ideias, interesses e personalidades próprias, bem
como detentora de poder no que toca à construção da realidade social.
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Bibliografia
Almagro, Luís. 2017. “TERCER-INFORME-VENEZUELA-SPANISH-Final-signed”.
OEA, 19 de Julho de 2017. Disponível em: http://bit.ly/2vFdQfs [Consultado em
27 de Novembro de 2017]
Carta das Nações Unidas, 1945. ”Carta das Nações Unidas”. ONU, 26 de Junho
de 1945. Disponível em: http://bit.ly/2BqyOCS [Consultado em 17 de Dezembro
de 2017]
Jardim, Cláudia. 2009. “OEA revoga suspensão a Cuba depois de 47 anos”. BBC,
3 de Junho 2009. Disponível em: http://bbc.in/2zjesfe [Consultado em 27 de
Novembro de 2017]
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OEA. “Cooperação”. OEA. Disponível em: http://bit.ly/2CSCePh [Consultado
em 12 de Novembro de 2017]
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em 27 de Novembro de 2017]
Saiz, Eva. 2014. “Devemos trazer um importante setor estudantil para o diálogo”. El País,
19 de Abril de 2014. Disponível em: http://bit.ly/2ALUloB [Consultado em 27 de Novembro
de 2017 ]
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