Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A roda inicia-se com uma música infantil que começava com a seguinte frase:
“vai começar a brincadeira do tchatchatcha”. O aluno H. tira o sapato, começa a
“chamar a atenção”. A prof. o guia com seus movimentos físicos, mas não para de
cantar com as outras crianças (não reforçando, assim, a atitude de chamar a atenção).
A professora fez uma brincadeira onde cada um precisava falar uma comida, e se
o colega fizesse repetição da mesma deveria pagar uma prenda, como por exemplo,
imitar uma foca, ou uma bailarina, mas tudo era diversão para eles, e não uma prenda,
de fato. Começaram então, depois da brincadeira, a cantar:
Quinta-feira, Sexta-feira,
Quais são as relações que se dão a partir das mídias? Todos somos mediados em
nossas ações e reflexões. Nas mochilas, nos cartazes confeccionados de E.V.A. pelas
professoras, no painel de aniversário, nas roupas dos alunos, nos enfeites da parede (que
não possuem conteúdo ou aprendizado aparente), nos cadernos, nas agendas, nos
enfeites dos potes que continham materiais pedagógicos, e até mesmo no cartaz de bem-
vindo da porta. As crianças já possuem demasiado acesso e incentivo dessas coisas em
casa, e é reforçado cada vez mais dentro das instituições de ensino. (Assim como as
músicas, que a escola poderia trabalhar variadas de autores como Toquinho ou Vinícius
de Moraes). Desde antes de nascer muitas crianças já estão inseridas no contexto das
relações capitalistas (compra dos produtos que permeiam o ambiente e estabelece
relações entre as crianças). Na sala de aula haviam os bonecos “Mascotes da caixa”.
Qual o papel da escola? Não seria está responsável por separar o senso comum do
conhecimento científico?
Durante a roda ela continuou o trabalho sobre os insetos, neste em questão era
sobre a abelha. A professora leu uma história para as crianças de ALGARRA, Alejandro.
Descubra as Abelhas (ANEXO), depois escreveu o nome abelha no quadro, jogou as
letras o chão e as criança de grupo em grupo deveriam procurar a letra e colocar
no quadro. H. colaborou bastante (encontrou 4 letras). Percebemos que ele amou a
atividade. Reforça cada vez mais que a escola não é feita para todos, na maioria do
tempo os autistas não são incluídos (não fazem o que não querem e não gostam de ser
contrariados). O aluno H. participou de todas as rodadas. A professora encerrou a
atividade levando os alunos para as cadeiras (instituição), outros alunos se dispersaram
guardando as letras, enquanto a auxiliar entregava a massinha para os alunos e a
professora regente entregou os cortadores. C ainda destacou que ontem foi dado
massinha, mas que não é todo dia que trabalham isto.
Como o tom de voz baixo ela inicia a cantoria “Se você está feliz bata palma,
bata os pés, faz estátua (ninguém e mexe ou faz barulho), faz pose, dá um grito, outro
grito. As crianças estavam bem agitadas durante a manhã esta atividade ressalta a
importância de canalizar a agitação. Durante a terças tem sido um dia muito cansativo
para as crianças, pois elas não têm quadrinha ou parque antes. Elas ficam agitadas,
muitas atividades são propostas em um período longo de tempo. Com contraproposta
realizamos e realizaremos nossas atividades sempre em ambientes externos.
Uma criança dormiu toda a manhã, a professora auxiliar explicou que ela
não costuma dormir bem à noite e a mãe sempre avisa que pode deixar ela dormir.
Neste momento uma criança T fala para a professora auxiliar “O H apertou minha
bochecha”. A professora auxiliar percebeu e perguntou se aquilo era correto na
concepção dele “Tá certo isto, H?” A criança H explicou que a criança T apertou a
bochecha dele primeiro. A professora auxiliar disse “é bom apertar a bochecha dos
outros, mas a sua não pode né?” em forma de ironia. Algumas falas devem ser
revisadas.
É servido o almoço, o cardápio do dia foi arroz, milho, feijão em caldo e salada
de alface, sendo igual ao que estava proposto no cardápio semanal. A galinhada é
servida a todos com o nosso auxílio e depois passamos em cada mesa perguntando do
interesse em comer feijão e salada. Observamos o cuidado no preparo da comida, sem
osso ou algo que facilite o engasgamento.
Uma aluna pediu à estagiária ir ao banheiro. Chegando lá, a estagiária notou que
não havia papel ou sabão. Havia um rolo de papel a 2 metros de altura. As crianças têm
autonomia de ir ao banheiro e ter a responsabilidade de realizar a própria higiene, mas
elas não a fazem. Não seria melhor encontrar uma nova forma de fazê-la?
ANEXOS
(Fotos tiradas por Beatriz Antunes em 15/05/2018)