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DIAGRAMAS DE BODE
1. INTRODUÇÃO
Para que este sistema entre em oscilação, isto é fique instável, duas condições
devem ser satisfeitas: 1) O sinal de erro, aplicado em G(s) deve retornar com uma
amplitude maior ou igual à original. 2) O defasamento total do circuito deve ser 0 o ou
360o.
Note que o sinal negativo do somador significa um defasamento de 180 o.
Devido a isto temos que verificar se o defasamento de G(jw) poderá ser 180 o (pois
os outros 180o são devido ao sinal de menos do somador) ao mesmo tempo em que o
módulo de |G(jw)| será 1.
Para fazer a análise da variação da fase e do ganho serão utilizados os
diagramas de Bode.
Os diagramas de Bode, são compostos por dois diagramas: a) diagrama de
módulo em função da frequência e b) diagrama de fase em função da frequência.
Para entender como se utilizam estes diagramas, podemos analisar a figura abaixo
Diagrama de
módulo Margem de
ganho
0 dB
Figura 2
g
Diagrama de
fase
0º f
-180º
Margem
de fase
A margem de ganho é o fator pelo qual o ganho pode ser aumentado antes que o
sistema fique instável. A margem de ganho pode ser lida diretamente das curvas de
Bode, medindo a distância vertical entre a curva de módulo da função GH(j) e a linha
|GH(j) |=1, isto é, a linha de 0 db, na freqüência onde GH(j) =180º.
A margem de fase é o numero de graus de GH(j) acima de -180º, na
freqüência de cruzamento de ganho, onde o módulo da função é igual a 1 (ou seja, 0db).
A margem de fase é definida como 180º mais o ângulo de fase da função de
Prof. Paulo R. Brero de Campos - Apostila Diagramas de Bode - UTFPR XII - 1
transferência de malha aberta na freqüência cujo módulo tem o valor unitário, isto é:
Margem de fase = [180º + argGH(jg)], onde |GH(jg)|=1 e g é chamada frequência de
cruzamento de ganho.
As margens de ganho e de fase são medidas de estabilidade relativa.
Os diagramas de bode são desenhados utilizando-se a função de transferência de
malha aberta. Isto é uma vantagem, pois evita termos de calcular a função de
transferência em malha fechada. Desta forma será possível fazer a análise do sistema
em malha fechada, verificando apenas a função de transferência em malha aberta.
Pelo diagrama da figura 1, o sinal realimentado é subtraído do sinal de referência.
Este sinal negativo, equivale a defasar o sinal em 180 o. Desta forma para termos um
defasamento de 360o do sistema em malha fechada, e que poderia tornar o sistema
instável, resta verificar se a função G(s)H(s) irá causar um defasamento de 180 o (pois os
outros 180o são causados pelo sinal de menos do somador).
Através da figura 2 podemos ver que o diagrama de fase terá 180 o no momento
em que o módulo for menor que 0 dB (isto é ganho menor que 1). Isto significa que o
sistema é estável.
OBS: A variável complexa s é formada pela soma de um termo real com um
termo imaginário: s= + j. Para se fazer a análise da resposta em freqüência deve ser
imposta a condição: =0; desta forma tem-se s= j. Isto significa que estamos analisando
a resposta do sistema no eixo j, ou seja a resposta em freqüência da função.
2. DEFINIÇÕES DE MF E MG
Margem de fase: é o atraso de fase adicional na frequência de cruzamento do
ganho, necessário para levar o sistema ao limiar da instabilidade.
A frequência de cruzamento de ganho é a frequência na qual o módulo da
função de transferencia em malha aberta é unitário, isto é |G(jg)|= 1.
A margem de fase é definida como 180º mais o ângulo de fase da função de
transferência de malha aberta, na freqüência cujo módulo tem o valor unitário:
MF = 180o + argGH(jg)
MGdB = - 20 log|GH(jf)|
Para o eixo de frequências (eixo x), utiliza-se uma escala logarítma para que seja
possível verificar uma grande faixa de freqüências.
Para o diagrama de módulo, será utilizado 20log(módulo(função)). Isto possibilitará
somar ou subtrair todos os termos componentes do módulo. Se não fosse utilizado esta
forma, seria necessario multiplicar ou dividir os termos.
Os diagramas serão obtidos utilizando-se assíntotas.
Para KB < 0, o modulo não se altera, mas a fase terá a seguinte forma:
Neste caso o
diagrama de módulo
tem uma inclinação
de –20 dB/década,
sendo que o ganho
vale 0dB para a
freqüência = 1.
Devido ao operador
complexo (j) no
denominador temos
um defasamento de
–90o .
Devido ao operador
complexo (j) no
numerador temos um
defasamento de
+ 90o .
1 + j
p
Os pólos
complexos aparecem
sempre em pares
conjugados:
(s + a + bj)(s+ a – bj)
O produto dessa
equação leva a uma
equação da forma:
s2 + xs + y, onde
x=2a e y=a2 + b2.
1 – j
p
Note que este termo significa um zero no semi-plano direito. Desta forma a fase vai
para -90º .