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Eletrônica Linear II

Material de Consulta para o Aluno

3º Tópico – Polarização por divisor de tensão. Configurações em um transistor.

É chamada de polarização universal. Nesta polarização temos um divisor de tensão


formado pelos resistores R1 e R2. O Resistor (R2) polariza a base (diodo emissor).
Observe a figura 1.

Figura 1 – Polarização por divisor de tensão

A tensão de base é determinada pelo teorema de Thevenin aplicado no divisor de


tensão formado pelos resistores a partir da equação da figura 2.

Figura 2 - Cálculo da tensão de base

Uma das vantagens dessa polarização é que o βCC não aparece nas expressões o
que torna o circuito imune a variações desse parâmetro.

Este tipo de polarização é mais usada em amplificadores. Na prática consideramos


que a corrente de que atravessa o resistor R2 deve ser 20 vezes maior que IB. A
equação da figura 2 mostra como é calculada a tensão sobre R2.

Com o valor de VR2 é simples o cálculo de IE. Observando a malha de entrada do


circuito obtemos a equação da figura 3.

Figura 3 - Cálculo de VR2

Como: (Figura 4)

Figura 4 - Cálculo de Ve
Temos (Figura 5)

Figura 5 - Cálculo de Ie

Agora analisando a malha de saída, teremos: (Figura 6)

Figura 6 - Malha de saída

Considerando IE = IC a equação da figura 6 será modificada para a da figura 7.

Figura 7 - Malha de saída reformulada

O cálculo de IC será dado pela fórmula da figura 8.

Figura 8 - Cálculo de Ic

Exercício resolvido

Considere R1 = 6,8K ; R2 = 1K; RE = 750Ω; RC = 3K e Vcc = 30 V. Encontre VB, VE,


VCE, IE.

Cálculo de VB. (Figura 9)

Figura 9 - Cálculo de Vb

Cálculo de IE. (Figura 10)

Figura 10 - Cálculo de Ie
Cálculo de VE (Figura 11)

Figura 11- Cálculo de Ve

Cálculo de VCE (Figura 12)

Figura 12 - Cálculo de Vce

Regras do projeto

Sempre para polarizar um transistor se busca um divisor de tensão estabilizado.


Para minimizar o efeito de βCC considerar: (Figura 13)

Figura 13 - Cálculo de R2

Na escolha do ponto de operação da curva IC x VCE deve-se dá preferência a um


ponto central, ou seja, VCE = 0,5 . VCC ou IC = 0,5 . ICsat. Por último aplicar a regra
de VE com um décimo de VCC. (Figura 14)

Figura 14 - Regra do décimo

Exercício resolvido

Polarizar um transistor por divisor de tensão firme.


Dados: VCC = 10 V, IC = 10mA e βCC = 100

Cálculo de RE (Figura 15)

Figura 15 - Cálculo de Re

Cálculo de RC (Figura 16)

Figura 16 - Cálculo de Rc
Cálculo de R2 (Figura 17)

Figura 17 - Cálculo de R2

Cálculo de R1 (Figura 18)

Figura 18 - Cálculo de R1

Configurações de um transistor

Os componentes ativos dos circuitos eletrônicos como os transistores comuns


(bipolares), os transistores de efeito de campo de junção (JFET) e os MOSFET’s
podem operar em configurações muitos semelhantes, amplificando sinais elétricos.
Cada uma dessas três configurações básicas de cada um destes componentes
apresenta características específicas.

Componentes ativos são aqueles que podem amplificar sinais, em que uma variação
de uma corrente ou tensão de entrada (ou ambas) causa uma variação maior da
corrente ou tensão de saída. De outra forma, a potência do sinal que obtemos na
saída é maior da que aplicamos na entrada.

Sem os elementos ativos não seria possível amplificar os sinais fracos que chegam
a antena de um celular e convertê-lo em som audível, ou converter em imagem os
sinais fracos que chegam a uma antena de TV. Neste tópico estudaremos as
configurações de um transistor bipolar conhecidas como base comum, emissor
comum e coletor comum.

a) Configuração emissor comum

Na configuração emissor comum, o sinal é aplicado entre a base e o emissor e


retirado entre o coletor e o emissor. O emissor é o terminal comum a entrada e a
saída do sinal. Observe a figura 19.

Figura 199 - Configuração emissor comum


https://www.ebah.com.br/content/ABAAABaW0AB/amplificador-sinais
As principais características desta configuração são mostradas na figura 20.

Ganho de corrente Elevado


Ganho de tensão Elevado
Ganho de potência Elevado
Resistência de entrada Baixa
Resistência de saída Alta

Figura 200 - Características da configuração emissor comum


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Na figura 21 mostramos a mesma configuração com os elementos de polarização e


acoplamento.

Figura 21 - Configuração emissor comum com polarização e acoplamento


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A maior capacitância de entrada limita a frequência máxima de operação das etapas


com esta configuração. Em caso de frequências mais altas, a configuração de base
comum é mais preferível.

b) Configuração base comum

Neste tipo de configuração o sinal entra entre o emissor e a base e é retirado entre o
coletor e a base, ou seja, a base é o terminal comum entre a entrada e a saída. Isso
é demonstrado na figura 22. As características da configuração base comum estão
destacadas na figura 23.

Figura 22 - Configuração base comum


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Ganho de corrente Próximo de 1
Ganho de tensão Elevado
Ganho de potência Médio
Resistência de entrada Muito baixa
Resistência de saída Muito alta
Figura 23 - Características da configuração base comum
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A figura 24 mostra o transistor polarizado na configuração base comum. É


importante ressaltar que na nesta configuração é possível que o transistor opere
com frequências mais elevadas devido a menor capacitância de entrada.

Figura 24 - Configuração base comum com transistor polarizado


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c) Configuração coletor comum

Esta configuração recebe também o nome de seguidor de emissor. O sinal entra na


base e sai no emissor de forma que o coletor é o terminal comum à entrada e a
saída conforme figura 25.

Figura 25 - Configuração coletor comum


https://www.ebah.com.br/content/ABAAABaW0AB/amplificador-sinais

As características dessa configuração são mostradas na tabela da figura 26.

Ganho de corrente Elevado


Ganho de tensão Menor que 1
Ganho de Potência Pequeno
Resistência de entrada Elevada
Resistência de saída Baixa
Figura 26 - Características da configuração coletor comum
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Pelas suas características esse circuito é usado normalmente para casar uma alta
impedância de entrada com uma baixa impedância de saída. A figura 27 mostra a
configuração coletor comum com os elementos de polarização e acoplamento para
um transistor bipolar.

Figura 27 - Configuração coletor comum polarizado


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Ainda é importante ressaltar que nesta configuração dois ou mais transistores são
acoplados de modo a se obter o que chamamos de configuração Darlington,
conforme mostra a figura 28. Nesta configuração, os ganhos de corrente dos
transistores são multiplicados. O inconveniente é que a capacitância também fica
multiplicada, fazendo com que não seja apropriada para altas frequências.

Figura 28 - Configuração Darlington


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