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Comportamento humano

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Comportamento humano é o estudo do comportamento do ser humano, e tem como


objetivo ajudar a entender as ações realizadas pelas pessoas em determinadas situações,
bem como os motivos que condicionam tais ações, e todas as possíveis alterações que o
meio e as relações sociais, ao longo da vida, proporcionam a cada indivíduo. O
comportamento pode ser descrito basicamente como o que o indivíduo faz com relação
ao meio em que vive e com relação aos demais indivíduos.

Comportamento humano é a expressão da ação manifestada pelo resultado da interação


de diversos fatores internos e externos que vivemos, tais como: personalidade, cultura,
expectativas, papéis sociais e experiências. É a ação do ser humano ao se relacionar ao
mundo.

Dependendo do comportamento do ser humano, sua origem pode remontar de dentro da


própria casa, como brigas dos pais e familiares, o que pode afetar o comportamento de
um indivíduo. Por isso, mudamos tanto com as pessoas que podem estar ao nosso redor.

Índice
 1 Estudos sobre o comportamento
 2 Características comportamentais
 3 Técnicas comportamentais
 4 Ligações externas
 5 Ver também

Estudos sobre o comportamento


O psicólogo americano John Broadus Watson (1878-1958) foi considerado o pai do
comportamentalismo ao publicar, em 1913, o artigo "Psicologia vista por um
behaviorista" que declarava a psicologia como um ramo puramente objetivo e
experimental das ciências naturais, com a finalidade de prever e controlar o
comportamento. Watson era um defensor da importância do meio ambiente na
determinação de todo o comportamento humano (oposto à hereditariedade) e acreditava
que toda a aprendizagem era o resultado daquilo que ele designava por hábitos.

Os seus estudos, sobre a aquisição do medo (caso da experiência do bebé Albert, 1920),
assentaram no conceito de condicionamento clássico do fisiologista russo, Ivan Pavlov
(1849-1936), que ganhou o prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1904 pelo seu
trabalho sobre a atividade digestiva em cães. Pavlov, descobriu que os cães não
salivavam apenas quando a comida era colocada na sua boca, mas também quando
ocorriam determinados estímulos antecedentes como, por exemplo, salivavam quando
ouviam Pavlov a descer as escadas do laboratório. A este fenómeno de associação ele
denominou "condicionamento clássico".
O behaviorismo (comportamentalismo) tem as suas raízes nos trabalhos pioneiros de
Watson e Pavlov, mas a criação dos princípios e da base de grande parte da abordagem
comportamental foi da responsabilidade do psicólogo americano Burruhs Skinner
(1953), que se tornou no mais importante representante da escola comportamental,
criando o sistema do condicionamento operante (caso da experiência do rato na caixa de
Skinner), que explica que quando a ocorrência de um comportamento é seguida da
apresentação de um reforço positivo (algo agradável), o comportamento repete-se; e dos
estudos realizados, na África do Sul, por Joseph Wolpe (1958) que deram origem a uma
série de métodos comportamentais de tratamento.

Em suma, os métodos de tratamento utilizados em terapia comportamental provêm dos


sistemas de condicionamento (clássico e operante) e da aprendizagem social de Albert
Bandura (1977) defendendo este que, em situações sociais, aprendemos essencialmente
através da imitação, observação e reprodução dos comportamentos dos outros. Deste
modo, para Bandura, é possível apreender uma variedade de comportamentos, desde os
mais simples aos mais complexos, sem que os tenhamos de experimentar.

Uma das maiores críticas à corrente behaviorista assentou no facto de eles excluírem os
fatores genéticos como determinantes do comportamento humano.

O termo terapêutica do comportamento foi introduzido por Arnold Lazarus (1958) e


designa um conjunto de princípios terapêuticos, com origem na teoria da aprendizagem
(que se dedica à formulação de leis e condições em que a aprendizagem ocorre) e que
têm por objetivo modificar os comportamentos inadequados.

Esta terapêutica está principalmente associada à psicologia clínica sendo praticada,


predominantemente, em instituições hospitalares ou nos consultórios de consulta
privada.

Características comportamentais
A avaliação comportamental praticada pelos psicólogos do comportamento, possui
quatro características fundamentais.

A primeira baseia-se nos acontecimentos observáveis, isto é, para o terapeuta interessa


saber especificamente o que o paciente faz, como e quando o faz. O comportamento
deve ser identificado, observado e definido e finalmente analisado quanto à forma,
frequência e intensidade.

Uma segunda característica da avaliação comportamental consiste em encarar o


comportamento como uma amostra. Ele é uma amostra que pode ser representativa do
funcionamento global do indivíduo.

A terceira característica baseia-se nas relações funcionais, ou seja, para o terapeuta o


comportamento dos indivíduos varia em função dos estímulos externos que o rodeiam e,
deste modo, tem-se que recolher informação acerca das relações entre o meio ambiente
e o comportamento.

Por último, temos a ligação entre a avaliação e o tratamento, ou seja, após o terapeuta
obter a informação da avaliação comportamental, mencionada nas características atrás
citadas, está-se em condições de elaborar a estratégia terapêutica adequada ao indivíduo
e acompanhar devidamente os efeitos do tratamento.

Habitualmente, para a seleção do tratamento, segue-se um modelo, no qual são


avaliadas três tipos de variáveis: as do indivíduo (por exemplo, a motivação); as do
meio (por exemplo, a existência de apoio social); e as variáveis do próprio terapeuta
(sua experiência, competência e valores).

Técnicas comportamentais
As técnicas comportamentais mais conhecidas são as técnicas de exposição, que
consistem em colocar o doente num contacto prolongado com as situações ou objetos
que lhe provocam mal estar e desconforto, criando-se uma hierarquia mental das
referidas situações ou objetos durante um completo e profundo relaxamento físico,
provocado pelo terapeuta. Por exemplo, duas destas técnicas são: a dessensibilização
sistemática que submete os doentes a um relaxamento físico até que possam identificar
a situação ou objeto que lhes provoca os sintomas ansiosos, à qual serão expostos de
uma forma repetida.

É muito utilizada em perturbações sexuais ou distúrbios que ocasionam medos, fobias


ou descontrolo da ansiedade; e a técnica de emersão ou "flooding" que, em fantasia, os
doentes imaginam a situação ou objeto temido, durante um largo período de tempo
(uma hora ou mais) até que eles se sintam bem melhor em relação a tais situações ou
objetos.

Ligações externas
 As ciências do comportamento humano

Ver também
 Comportamento
 Comportamento social
 Normalidade (comportamento)
 Comportamento sexual humano

Este artigo sobre psicologia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia


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 Portal da psicologia

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 Comportamento humano
 Comportamento
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Comportamento humano
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Comportamento humano é o estudo do comportamento do ser humano, e tem como


objetivo ajudar a entender as ações realizadas pelas pessoas em determinadas situações,
bem como os motivos que condicionam tais ações, e todas as possíveis alterações que o
meio e as relações sociais, ao longo da vida, proporcionam a cada indivíduo. O
comportamento pode ser descrito basicamente como o que o indivíduo faz com relação
ao meio em que vive e com relação aos demais indivíduos.

Comportamento humano é a expressão da ação manifestada pelo resultado da interação


de diversos fatores internos e externos que vivemos, tais como: personalidade, cultura,
expectativas, papéis sociais e experiências. É a ação do ser humano ao se relacionar ao
mundo.

Dependendo do comportamento do ser humano, sua origem pode remontar de dentro da


própria casa, como brigas dos pais e familiares, o que pode afetar o comportamento de
um indivíduo. Por isso, mudamos tanto com as pessoas que podem estar ao nosso redor.

Índice
 1 Estudos sobre o comportamento
 2 Características comportamentais
 3 Técnicas comportamentais
 4 Ligações externas
 5 Ver também

Estudos sobre o comportamento


O psicólogo americano John Broadus Watson (1878-1958) foi considerado o pai do
comportamentalismo ao publicar, em 1913, o artigo "Psicologia vista por um
behaviorista" que declarava a psicologia como um ramo puramente objetivo e
experimental das ciências naturais, com a finalidade de prever e controlar o
comportamento. Watson era um defensor da importância do meio ambiente na
determinação de todo o comportamento humano (oposto à hereditariedade) e acreditava
que toda a aprendizagem era o resultado daquilo que ele designava por hábitos.

Os seus estudos, sobre a aquisição do medo (caso da experiência do bebé Albert, 1920),
assentaram no conceito de condicionamento clássico do fisiologista russo, Ivan Pavlov
(1849-1936), que ganhou o prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1904 pelo seu
trabalho sobre a atividade digestiva em cães. Pavlov, descobriu que os cães não
salivavam apenas quando a comida era colocada na sua boca, mas também quando
ocorriam determinados estímulos antecedentes como, por exemplo, salivavam quando
ouviam Pavlov a descer as escadas do laboratório. A este fenómeno de associação ele
denominou "condicionamento clássico".
O behaviorismo (comportamentalismo) tem as suas raízes nos trabalhos pioneiros de
Watson e Pavlov, mas a criação dos princípios e da base de grande parte da abordagem
comportamental foi da responsabilidade do psicólogo americano Burruhs Skinner
(1953), que se tornou no mais importante representante da escola comportamental,
criando o sistema do condicionamento operante (caso da experiência do rato na caixa de
Skinner), que explica que quando a ocorrência de um comportamento é seguida da
apresentação de um reforço positivo (algo agradável), o comportamento repete-se; e dos
estudos realizados, na África do Sul, por Joseph Wolpe (1958) que deram origem a uma
série de métodos comportamentais de tratamento.

Em suma, os métodos de tratamento utilizados em terapia comportamental provêm dos


sistemas de condicionamento (clássico e operante) e da aprendizagem social de Albert
Bandura (1977) defendendo este que, em situações sociais, aprendemos essencialmente
através da imitação, observação e reprodução dos comportamentos dos outros. Deste
modo, para Bandura, é possível apreender uma variedade de comportamentos, desde os
mais simples aos mais complexos, sem que os tenhamos de experimentar.

Uma das maiores críticas à corrente behaviorista assentou no facto de eles excluírem os
fatores genéticos como determinantes do comportamento humano.

O termo terapêutica do comportamento foi introduzido por Arnold Lazarus (1958) e


designa um conjunto de princípios terapêuticos, com origem na teoria da aprendizagem
(que se dedica à formulação de leis e condições em que a aprendizagem ocorre) e que
têm por objetivo modificar os comportamentos inadequados.

Esta terapêutica está principalmente associada à psicologia clínica sendo praticada,


predominantemente, em instituições hospitalares ou nos consultórios de consulta
privada.

Características comportamentais
A avaliação comportamental praticada pelos psicólogos do comportamento, possui
quatro características fundamentais.

A primeira baseia-se nos acontecimentos observáveis, isto é, para o terapeuta interessa


saber especificamente o que o paciente faz, como e quando o faz. O comportamento
deve ser identificado, observado e definido e finalmente analisado quanto à forma,
frequência e intensidade.

Uma segunda característica da avaliação comportamental consiste em encarar o


comportamento como uma amostra. Ele é uma amostra que pode ser representativa do
funcionamento global do indivíduo.

A terceira característica baseia-se nas relações funcionais, ou seja, para o terapeuta o


comportamento dos indivíduos varia em função dos estímulos externos que o rodeiam e,
deste modo, tem-se que recolher informação acerca das relações entre o meio ambiente
e o comportamento.

Por último, temos a ligação entre a avaliação e o tratamento, ou seja, após o terapeuta
obter a informação da avaliação comportamental, mencionada nas características atrás
citadas, está-se em condições de elaborar a estratégia terapêutica adequada ao indivíduo
e acompanhar devidamente os efeitos do tratamento.

Habitualmente, para a seleção do tratamento, segue-se um modelo, no qual são


avaliadas três tipos de variáveis: as do indivíduo (por exemplo, a motivação); as do
meio (por exemplo, a existência de apoio social); e as variáveis do próprio terapeuta
(sua experiência, competência e valores).

Técnicas comportamentais
As técnicas comportamentais mais conhecidas são as técnicas de exposição, que
consistem em colocar o doente num contacto prolongado com as situações ou objetos
que lhe provocam mal estar e desconforto, criando-se uma hierarquia mental das
referidas situações ou objetos durante um completo e profundo relaxamento físico,
provocado pelo terapeuta. Por exemplo, duas destas técnicas são: a dessensibilização
sistemática que submete os doentes a um relaxamento físico até que possam identificar
a situação ou objeto que lhes provoca os sintomas ansiosos, à qual serão expostos de
uma forma repetida.

É muito utilizada em perturbações sexuais ou distúrbios que ocasionam medos, fobias


ou descontrolo da ansiedade; e a técnica de emersão ou "flooding" que, em fantasia, os
doentes imaginam a situação ou objeto temido, durante um largo período de tempo
(uma hora ou mais) até que eles se sintam bem melhor em relação a tais situações ou
objetos.

Ligações externas
 As ciências do comportamento humano

Ver também
 Comportamento
 Comportamento social
 Normalidade (comportamento)
 Comportamento sexual humano

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