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SENAI “GASPAR RICARDO JÚNIOR”

Tecnologia de máquinas - Elementos de fixação

Sorocaba

2010
Resumo

Este trabalho visa o estudo dos componentes utilizados para fixação de


equipamentos mecânicos. Em seu desenvolvimento poderemos observar suas
características, vantagens, desvantagens e suas aplicações em geral.
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Sumário
Introdução..................................................................................................................................... 4
Desenvolvimento.......................................................................................................................... 5
1. Arruelas.................................................................................................................................... 5
1.1 Tipos de arruelas................................................................................................................ 5
1.1.1 Arruela lisa................................................................................................................... 5
1.1.2 Arruela de pressão....................................................................................................... 6
1.1.1 Arruela estrelada......................................................................................................... 6
2. Rebites..................................................................................................................................... 6
2.1 Especificação...................................................................................................................... 6
2.2 Tipos de rebite.................................................................................................................... 7
3. Parafusos................................................................................................................................. 8
4. Porcas...................................................................................................................................... 9
5. Pinos....................................................................................................................................... 10
6. Cavilhas.................................................................................................................................. 10
6.1. Classificação das cavilhas............................................................................................... 11
7. Cupilha ou contrapino............................................................................................................. 12
7.1. Pino cupilhado..................................................................................................................... 12
8. Anéis elásticos........................................................................................................................ 13
8.1. Tipos de anéis elásticos e aplicações..............................................................................13
8.2. Anéis de travamento........................................................................................................ 15
8.3. Tipos de anéis de travamento.......................................................................................... 16
Conclusão................................................................................................................................... 17
Referências................................................................................................................................ 18
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Lista de Tabelas
2.2. Tabela 1: Tipos de rebite........................................................................................................ 7
5. Tabela 2: Tipos de pinos......................................................................................................... 10
6.1. Tabela 3: Tipos de cavilha por norma..................................................................................11

Lista de Figuras

3. Figura 1: Parafuso Phillips........................................................................................................ 8


3. Figura 1.1: Conjunto de parafusos........................................................................................... 9
4. Figura 2: Porca sextavada........................................................................................................ 9
5. Figura 3: Modelos de pino...................................................................................................... 10
6. Figura 4: Modelos de cavilhas................................................................................................11
7. Figura 5: Formato de uma cupilha.......................................................................................... 12
7. Figura 5.1: Modelos de cupilha............................................................................................... 12
7.1. Figura 5.2: Pino roscado...................................................................................................... 12
7.1. Figura 5.3: Pino sem cabeça............................................................................................... 12
8.1. Figura 6: Cálculo de um anel elástico externo.....................................................................13
8.1. Figura 6.1: Cálculo de um anel elástico interno...................................................................13
8.1. Figura 6.2: Cálculo de um anel elástico externo tipo RS.....................................................14
8.1. Figura 6.3: Formas Básicas: DIN471 / DIN472; DIN983 / DIN984......................................14
8.2. Figura 6.4: Anéis tipo SP..................................................................................................... 15
8.2. Figura 6.5: Anéis de secção circular....................................................................................15
8.3. Figura 6.6: Anéis de alto travamento...................................................................................16
8.3. Figura 6.7: Anéis de Montagem Radial DIN 6799................................................................16
8.3. Figura 6.8: Anéis de travamento perfil constante. DIN 5417 / DIN 7993.............................16
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Introdução

Na mecânica é muito comum a necessidade de unir peças como chapas, perfis e


barras. Qualquer construção, por mais simples que seja, exige união de peças entre
si. Entretanto, em mecânica as peças a serem unidas, exigem elementos próprios de
união que são denominados elementos de fixação. Numa classificação geral, os
elementos de fixação mais usados em mecânica são: rebites, pinos, cavilhas,
parafusos, porcas, arruelas, chavetas etc. Neste trabalho iremos apresentar cada
um desses elementos de fixação para conhecer suas características, o material de
que é feito, suas aplicações e representação.
A união de peças feita pelos elementos de fixação pode ser de dois tipos: móvel
ou permanente.
No tipo de união móvel, os elementos de fixação podem ser colocados ou
retirados do conjunto sem causar qualquer dano às peças que foram unidas. É o
caso, por exemplo, de uniões feitas com parafusos, porcas e arruelas.
No tipo de união permanente, os elementos de fixação, uma vez instalados, não
podem ser retirados sem que fiquem inutilizados. É o caso, por exemplo, de uniões
feitas com rebites e soldas.
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Desenvolvimento

1. Arruelas

São peças cilíndricas, de pouca espessura, com um furo no centro, pelo qual
passa o corpo do parafuso. As arruelas servem basicamente para:

 Proteger a superfície das peças;


 Evitar deformações nas superfícies de contato;
 Evitar que a porca afrouxe;
 Suprimir folgas axiais (isto é, no sentido do eixo) na montagem das peças;
 Evitar desgaste da cabeça do parafuso ou da porca

A maioria das arruelas é fabricada em aço, mas o latão também é empregado;


neste caso, são utilizadas com porcas e parafusos de latão. As arruelas de cobre,
alumínio, fibra e couro são extensivamente usadas na vedação de fluidos.

1.1. Tipos de arruelas


Os três tipos de arruela mais usados são:

 Arruela lisa
 Arruela de pressão
 Arruela estrelada

1.1.1. Arruela lisa

A arruela lisa (ou plana) geralmente é feita de aço e é usada sob uma
porca para evitar danos à superfície e distribuir a força do aperto. As arruelas
de qualidade inferior, mais baratas, são furadas a partir de chapas brutas,
mas as de melhor qualidade são usinadas e têm a borda chanfrada como
acabamento.
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1.1.2. Arruela de pressão

A arruela de pressão consiste em uma ou mais espiras de mola


helicoidal, feita de aço de mola de seção retangular. Quando a porca é
apertada, a arruela se comprime, gerando uma grande força de atrito entre a
porca e a superfície. Essa força é auxiliada por pontas aguçadas na arruela
que penetram nas superfícies, proporcionando uma travação positiva.

1.1.3. Arruela estrelada

A arruela estrelada (ou arruela de pressão serrilhada) é de dentes de


aço de molas e consiste em um disco anular provido de dentes ao longo do
diâmetro interno ou diâmetro externo. Os dentes são torcidos e formam
pontas aguçadas. Quando a porca é apertada, os dentes se aplainam
penetrando nas superfícies da porca e da peça em contato. A arruela
estrelada com dentes externos é empregada em conjunto com parafusos de
cabeça chanfrada.

2. Rebites

O rebite ou arrebite é um fixador mecânico metálico, semipermanente. Antes de


sua instalação, consiste num cilindro com uma cabeça em uma das extremidades,
similar a um prego ou pino. Sua instalação é feita num orifício pré-perfurado, através
do achatamento (deformação por golpes) da ponta, quando a espiga preenche o
orifício, prendendo o rebite, expandindo-se até 1,5 vezes o seu diâmetro original,
prendendo-o de forma definitiva.

2.1. Especificação

Para adquirir os rebites adequados ao seu trabalho, é necessário que você


conheça suas especificações, ou seja:
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• De que material é feito;


• O tipo de sua cabeça;
• O diâmetro do seu corpo;
• O seu comprimento útil;

2.2. Tipos de rebite

Tabela 1: Tipos de rebite

Os rebites são peças fabricadas em aço, alumínio, cobre ou latão. Unem


rigidamente peças ou chapas, principalmente, em estruturas metálicas, de
reservatórios, caldeiras, máquinas, navios, aviões, veículos de transporte e treliças.
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3. Parafusos

O parafuso é um eixo com um sulco ou uma linha helicoidal dado forma em sua
superfície. Seus usos principais são como elemento de fixação que engata os
objetos, pode também ser definido como um plano inclinado envolvido em torno de
um eixo.

Um parafuso usado como um prendedor consiste em um eixo, que pode


ser cilíndrico ou cônico, e uma cabeça.

Os parafusos podem normalmente ser removidos e reintroduzidos sem reduzir


sua eficácia. Têm um poder de fixação maior do que pregos e permitem a
desmontagem e reutilização. Um parafuso que seja apertado girando-o no sentido
horário é dito ter uma rosca à direita.

Figura 1: Parafuso Phillips.

Os parafusos são feitos em uma larga gama de materiais, com muitas


variedades de aço que são talvez os mais comuns. Onde é necessário resistência
ao tempo e a corrosão, o aço inoxidável, o titânio, o bronze são os materiais mais
utilizados.

A ferramenta de mão usada para apertar a maioria dos parafusos é chamada


de chave de fenda. Para apertar os parafusos de cabeça sextavada é utilizada
a chave de boca (tamanho fixo para cada parafuso) ou chave inglesa (tamanho
variável conforme o parafuso). Existem também outros padrões de parafusos cujas
chaves herdam os nomes: Phillips, Torquímetro, chave Allen entre outros.
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Figura 1.1: Conjunto de parafusos.

4. Porcas

Porcas são elementos de máquinas de fixação e estão sempre associadas a


um fuso ou parafuso.

Seus tipos variam de acordo com as roscas (que correspondem a do parafuso) e


formato, sendo os mais comuns, as porcas sextavadas, quadradas, recartilhadas
(para apertos manuais) e borboleta (também conhecidas por "porcas de orelhas")
para apertos manuais, auto travante e de pressão. Os formatos sextavados existem
também com versões retentoradas e de filete deformado, bem como as "porcas de
mama" para aplicações no topo de roscas (parafusos ou varões roscados) em que
se pretende um acabamento em redondo.

Figura 2: Porca sextavada.


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5. Pinos

Os pinos são usados em junções resistentes a vibrações. Há vários tipos de


pinos, segundo sua função.

Tabela 2: Tipos de pinos.

Figura 3: Modelos de pino.

Para especificar pinos e cavilhas deve-se levar em conta seu diâmetro


nominal, seu comprimento e função do pino, indicada pela respectiva norma.
Exemplo: Um pino de diâmetro nominal de 15mm, com comprimento
de 20mm, a ser utilizado como pino cilíndrico, é designado: pino cônico:
10 x 60 DIN 1.

6. Cavilhas

A cavilha é uma peça cilíndrica, fabricada em aço, cuja superfície externa


recebe três entalhes que formam ressaltos. A forma e o comprimento dos
entalhes determinam os tipos de cavilha. Sua fixação é feita diretamente no furo
aberto por broca, dispensando-se o acabamento e a precisão do furo alargado.
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Figura 4: Modelos de cavilha.

6.1. Classificação das cavilhas

Figura 4.1: Classificações das cavilhas.

Segue uma tabela de classificação de cavilhas segundo tipos, normas e


utilização.

Tabela 3: Tipos de cavilha por norma.


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7. Cupilha ou contrapino

Cupilha é um arame de secção semi-circular, dobrado de modo a formar um


corpo cilíndrico e uma cabeça.

Figura 5: Formato de uma cupilha.

Sua função principal é a de travar outros elementos de máquinas como


porcas.

Figura 5.1: Modelos de cupilha.


7.1. Pino Cupilhado

Nesse caso, a cupilha não entra no eixo, mas no próprio pino. O pino
cupilhado é utilizado como eixo curto para uniões articuladas ou para suportar
rodas, polias, cabos, etc.

Figura 5.2: Pino roscado.

Figura 5.3: Pino sem cabeça.

8. Anéis elásticos
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É um elemento usado para impedir o deslocamento axial, posicionar ou limitar


o curso de uma peça deslizante sobre um eixo. Conhecido também por anel de
retenção, de trava ou de segurança.

Fabricado de aço para molas, tem a forma de anel incompleto, que se aloja
em um canal circular construído conforme normalização.

8.1. Tipos de anéis elásticos e aplicações

Aplicação: para eixos com diâmetro entre 4 e 1000 mm. Trabalha


externamente - DIN 471.

Figura 6: Cálculo de um anel elástico externo.

Aplicação: para furos com diâmetro entre 9,5 e 1000 mm. Trabalha internamente
- DIN 472.

Figura 6.1: Cálculo de um anel elástico interno.


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Aplicação: para eixos com diâmetro entre 8 e 24 mm. Trabalha externamente -


DIN 6799.

Figura 6.2: Cálculo de um anel elástico externo tipo RS.

Figura 6.3: Formas Básicas: DIN471 / DIN472; DIN983 / DIN984.

A dureza do anel deve ser adequada aos elementos que trabalham com ele. Se o
anel apresentar alguma falha, pode ser devido a defeitos de fabricações, ou
condições de operação. As condições de operação são caracterizadas por meio de
vibrações, impacto, flexão, alta temperatura ou atrito excessivo. Um projeto pode
estar errado: previa, por exemplo, esforços estáticos, mas. As condições de trabalho
geraram esforços dinâmicos, fazendo com que o anel apresentasse problemas que
dificultaram seu alojamento. A igualdade de pressão em volta da caneleta assegura
aderência e resistência. O anel nunca deve estar solto, mas alojado no fundo da
caneleta, com certa pressão. A superfície do anel deve estar livre de rebarbas,
fissuras e oxidações. Em aplicações sujeitas corrosão, os anéis devem receber
tratamento. anti-corrosivo adequado. Dimensionamento correto do anel e do
alojamento. Em casos de anéis de seção circular, utilizá-los apenas uma vez. Utilizar
ferramentas adequadas para evitar que o anel fique torto ou receba esforços
exagerados. Montar o anel com a abertura apontando para esforços menores,
quando possível. Nunca substituir um anel normalizado por um “equivalente”, feito
de chapa ou arame sem critérios. Para que esses anéis não sejam montados de
forma incorreta, È necessário o uso de ferramentas adequadas, no caso, alicates.
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8.2. Anéis de travamento

Aplicado em furo ou eixos, o Anel de Travamento é o sistema de fixação que


apresenta a menor largura radial, o que propicia sua aplicação onde o espaço é
limitado e os olhais de um anel de retenção não podem ser aplicados. Seu
desempenho é geralmente inferior à do anel de retenção devido a sua seção
constante, que provoca uma distribuição de tensão não uniforme através do anel
quando submetidos à ação de abrir ou fechar.

Anéis tipo SP, para eixos entre 4 e 390 mm, para Rolamentos

Figura 6.4: Anéis tipo SP.

Anéis de secção circular, Aplicação: para pequenos esforços axiais

Figura 6.5: Anéis de secção circular.


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8.3. Tipos de anéis de travamento

Figura 6.6: Anéis de alto Travamento

Figura 6.7: Anéis de Montagem Radial DIN 6799

Figura 6.8: Anéis de travamento perfil constante. DIN 5417 / DIN 7993
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Conclusão

Tanto os elementos de fixação móvel como os elementos de fixação permanente


devem ser usados com muita habilidade e cuidado porque são, geralmente, os
componentes mais frágeis da máquina. Assim, para projetar um conjunto mecânico é
preciso escolher o elemento de fixação adequado ao tipo de peças que irão ser
unidas ou fixadas. Se, por exemplo, unirmos peças robustas com elementos de
fixação fracos e mal planejados, o conjunto apresentar á falhas e poderá ficar
inutilizado. Ocorrerá, portanto, desperdício de tempo, de materiais e de recursos
financeiros.
Ainda é importante planejar e escolher corretamente os elementos de fixação a
serem usados para evitar concentração de tensão nas peças fixadas. Essas tensões
causam rupturas nas peças por fadiga do material.
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Referências

Elementos de máquinas. Senai: Disponível em <http://pt.scribd.com/doc/6583


639/Elementos-de-maquinas-Senai>. Acesso set. 2011.

Elementos máquinas. Cefetes, Aula 1. Disponível em: ftp://ftp.cefetes.br/Curso


s/Mecanica/T%E9cnico/Elementos%20de%20M%E1quinas/Elementos%20de
%20Fixa%E7%E3o/02elem.pdf>. Acesso set. 2011.

Rebites. Instituto federal de educação, ciência e tecnologia, D. Bitencourt. Disponível


em: <http://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/e/e5/REBITES.pdf>. Acesso set. 2011.

Parafusos. Wikipédia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Parafuso>. Acesso


set. 2011.

Elementos de máquinas. Senai, Espírito Santo. Apostila de Programa de certificação


de pessoal de manutenção. Disponível em
<http://perdiamateria.eng.br/Mecanismos /Elementos%20de%20M%C3%A1quinas
%202.pdf >. Acesso set. 2011.

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