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Visto do(a) Profº:_________________

CURSO: PSICOLOGIA
CAMPUS: RIBEIRÃO PRETO
FORMULÁRIO DE ACOMPANHAMENTO DE
ATIVIDADE COMPLEMENTAR

ALUNO: GRAZIELLA BIANCUZZI MORAES DE SOUZA


TURMA: PS3A18 RA: G517DG0 PERÍODO: MANHÃ

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE: LEITURA DO LIVRO “A MENTE MORALISTA”


DATA: 22/01/2023

RELATÓRIO DE ATIVIDADE

LEITURA REALIZADA: ENTRE JANEIRO/2022 E JANEIRO/2023

FICHA TÉCNICA:

Título: “A Mente Moralista – Porque pessoas boas são segregadas por política e religião”

Autor: Johnathan Haidt – Psicólogo Social, EUA; professor de Liderança Ética na Stern School of
Business da Universidade de Nova Yorque: áreas de pesquisa: julgamento moral,
política/polarização/populismo, ética empresarial, diversidade de ponto de vista, mídias sociais,
capitalismo e moralidade.

HAIDT, Jonathan. A Mente Moralista: por que pessoas boas são segregadas por política e religião. 1.
ed. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020.

RESUMO:

Apoiado em mais de duas décadas de pesquisas o autor nos apresenta concepções que desafiam o
conceito convencional sobre moralidade, oferecendo explicações sobre o porquê de sermos tão
segregadores (nos mais diversos campos) e o que podemos fazer para compreendermos melhor uns
aos outros.

PROTOCOLO DE ENTREGA DE RELATÓRIO DE ATIVIDADE


ALUNO:
TURMA: RA: PERÍODO:
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:

DATA ENTREGA: Recebido por:


PARECER DO ALUNO

Neste livro, Johnathan Haidt realiza além de diversas pesquisas, uma extensa revisão na literatura que
aborda a origem moralidade nos campos psicossocial, antropológico, evolutivo e da neurociência.

Descreve a moralidade como sendo uma construção intuitivo-social, em alternativa às teorias


empiristas, inatistas e racionalistas, enfatizando que, ao realizar julgamentos morais, as intuições vêm
primeiro (emoções), depois é que surge o raciocínio estratégico (razão). Tal mecanismo pode, segundo
ele, ser comprovado, através de estudos de neuroimagem que localizam as áreas emocionais do
cérebro como as que são imediatamente acionadas diante dos raciocínios morais.

Haidt também destaca que a moralidade varia de acordo com a cultura e que sociedades individualistas
(como EUA e Europa Ocidental), possuem um domínio moral mais limitado do que sociedades
sociocêntricas, onde abrange mais aspectos da vida. E vai além, ao propor que moralidade envolve bem
mais do que dano e justiça, desenvolvendo o que ele chama de “teoria dos alicerces morais”, segundo a
qual os desafios enfrentados por nossos ancestrais por milhares de anos passam a constituir módulos
cognitivos, transmitidos adiante por meio da seleção natural e que são ativados via gatilhos na vida
real: 1) cuidado e dano; 2) justiça e trapaça; 3) lealdade e traição; 4) autoridade e subversão; 5) pureza
e degradação; 6) liberdade e opressão. Exemplo: o alicerce do cuidado ou dano evoluiu em resposta ao
desafio de cuidar dos filhotes vulneráveis (gatilho original); ele nos torna sensíveis a sinais de
sofrimento e necessidade (gatilho real), despertando nosso desejo em ajudar (emoção característica).

Para completar seu raciocínio, o autor aponta o surgimento da moralidade – o desenvolvimento de


normas comuns para julgar o comportamento alheio – como subproduto necessário para a formação
de grupos. E defende que nossa evolução se deu de maneira multinível - a maior parte da seleção
natural operando no nível individual, mas parte dela operando em nível de grupo, fazendo com que o
homem comporte-se 90% como chimpanzé (egoísta e competindo entre indivíduos) e 10% como
abelhas (quando determinadas condições nos tornam capazes de bloquear sentimentos mesquinhos e
nos transformam em células de um organismo maior – altruísmo, contudo, direcionado principalmente
para membros do próprio grupo).

Assim, a moralidade, fenômeno intrínseco à natureza humana, ao mesmo tempo que nos agrega em
grupos que compartilham matrizes morais semelhantes, nos cega para o fato de que em outros grupos
também existem pessoas com coisas importantes para dizer.

OPINIÃO

O trabalho de Jonathan Haidt afasta o foco simplista de que moral é o mero julgamento de valores
(onde há o certo e o errado, o bem e o mal) e traz o debate da moralidade para a esfera dos fenômenos
cognitivos e sociais, focando no que podemos identificar via de método científico e possibilitando a
criação de soluções mais viáveis e efetivas tanto para problemas atuais, como é o caso das
polarizações, como para os mais antigos, que é o caso dos preconceitos.

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