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CURSO: PSICOLOGIA
CAMPUS: RIBEIRÃO PRETO
FORMULÁRIO DE ACOMPANHAMENTO DE
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
RELATÓRIO DE ATIVIDADE
FICHA TÉCNICA:
Título: “A Mente Moralista – Porque pessoas boas são segregadas por política e religião”
Autor: Johnathan Haidt – Psicólogo Social, EUA; professor de Liderança Ética na Stern School of
Business da Universidade de Nova Yorque: áreas de pesquisa: julgamento moral,
política/polarização/populismo, ética empresarial, diversidade de ponto de vista, mídias sociais,
capitalismo e moralidade.
HAIDT, Jonathan. A Mente Moralista: por que pessoas boas são segregadas por política e religião. 1.
ed. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020.
RESUMO:
Apoiado em mais de duas décadas de pesquisas o autor nos apresenta concepções que desafiam o
conceito convencional sobre moralidade, oferecendo explicações sobre o porquê de sermos tão
segregadores (nos mais diversos campos) e o que podemos fazer para compreendermos melhor uns
aos outros.
Neste livro, Johnathan Haidt realiza além de diversas pesquisas, uma extensa revisão na literatura que
aborda a origem moralidade nos campos psicossocial, antropológico, evolutivo e da neurociência.
Haidt também destaca que a moralidade varia de acordo com a cultura e que sociedades individualistas
(como EUA e Europa Ocidental), possuem um domínio moral mais limitado do que sociedades
sociocêntricas, onde abrange mais aspectos da vida. E vai além, ao propor que moralidade envolve bem
mais do que dano e justiça, desenvolvendo o que ele chama de “teoria dos alicerces morais”, segundo a
qual os desafios enfrentados por nossos ancestrais por milhares de anos passam a constituir módulos
cognitivos, transmitidos adiante por meio da seleção natural e que são ativados via gatilhos na vida
real: 1) cuidado e dano; 2) justiça e trapaça; 3) lealdade e traição; 4) autoridade e subversão; 5) pureza
e degradação; 6) liberdade e opressão. Exemplo: o alicerce do cuidado ou dano evoluiu em resposta ao
desafio de cuidar dos filhotes vulneráveis (gatilho original); ele nos torna sensíveis a sinais de
sofrimento e necessidade (gatilho real), despertando nosso desejo em ajudar (emoção característica).
Assim, a moralidade, fenômeno intrínseco à natureza humana, ao mesmo tempo que nos agrega em
grupos que compartilham matrizes morais semelhantes, nos cega para o fato de que em outros grupos
também existem pessoas com coisas importantes para dizer.
OPINIÃO
O trabalho de Jonathan Haidt afasta o foco simplista de que moral é o mero julgamento de valores
(onde há o certo e o errado, o bem e o mal) e traz o debate da moralidade para a esfera dos fenômenos
cognitivos e sociais, focando no que podemos identificar via de método científico e possibilitando a
criação de soluções mais viáveis e efetivas tanto para problemas atuais, como é o caso das
polarizações, como para os mais antigos, que é o caso dos preconceitos.