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A revista Arkhan RPG chega a sua segunda edição. Como

na edição anterior, contou com a colaboração do
Prancheta.com, Portal RPG e Portal MtG.
Algumas mudanças podem ser vistas claramente nesta
edição. A mais visível é o preço. Depois de muito analisar a
proposta da Editora de baixar o preço da revista, chegamos a
conclusão de que a única forma disso acontecer, sem perder
a qualidade de impressão, seria diminuindo o número de pá -
ginas, aproveitando melhor o formato. Partindo desta pre-
missa, chegamos ao preço final de RS 3,90. A variedade de
matérias continua, tentando agradar não só aos jogadores
experientes como também aos iniciantes.
A diagramação continua limpa e séria, apenas definindo
melhor as seções da revista.
A responsabilidade é muito grande, pois o púbico RPGista
é muito exigente. Por isso, na primeira edição, tentamos ab-
sorver todas as críticas e elogios da melhor maneira possível,
tentando trazer, cada vez mais, um produto melhor para você.
A evolução de uma revista está diretamente relacionada
às atitudes do leitor. Sendo assim, não deixe de mandar sua
sugestão, crítica ou opinião.
Esperamos, sinceramente, chegar a uma terceira edição
muito melhor que as anteriores, mas isso depende de você.
Adquira, indique essa revista para seus amigos e faça parte
de nossa equipe. Ela é feita para você com muito empenho e
dedicação, apesar de todas as dificuldades.

Muito obrigado!
Mareio Corrêa · Editor

Cartas do Leitor 9
Atravesse o Portal 10

RPG é História 14

Samurai X 020 16

Vampiro 27
EIRPG - Inscrição 31

Dead Lands 33

Tormento 36
Senhor dos Anéis - Card Game 39
Magic - Decks Econômicos 40

A História dos War Games li 42

Fala, Prancheta! 44

Laços de Sangue 46

3
 Notícias e Novidades
......
~~~~~~~·~~
revista arkham rpg

Quidditch
Cup(Copa
Quadribol)
A versão em inglês da primeira
expansão de Harry Potter TCG já está
disponível, e a versão em português já
está a caminho, trata-se de Quidditch
Cup (Copa Quadribol), uma coleção com
80 cards (76 cards novos e 4 cards de
Lição) disponível apenas em boosters.
Além de Lições, Objetos Mágicos e
Encantamentos relacionados ao
Quadribol, Quidditch Cup traz também
um tipo de card inédito: "Match Card".
Para baixar uma carta de Partida,
você precisa usar 1 das suas Ações e ter
a quantidade de Poder necessário
descrita naquela carta. Só pode haver
uma carta de Partida na mesa ("em
jogo") de cada vez. Assim, se você ou o
seu oponente já tiver 1 carta de Partida
em jogo, nenhum dos dois pode baixar
uma outra.

Harry Potter - Diagon Alley

DIAGON ALLEY (Beco Diagonal), a mais nova
expansão de Harry Potter Estampas Ilustradas já está
disponível em inglês, pela Devir.
DIAGON ALLEY tem mais de 70 novos cards,
incluindo Itens Mágicos e novos cards de Personagens.
E ainda, um novo tipo de card: LOCATION, que
descreve os lugares favoritos do Beco Diagonal.
Além dos Boosters, a Devir tem 1 Deck Pré-
Construído que contém 2 conjuntos de 41 cards, sendo
2 cards Premium exclusivos (eles não aparecem nos .
Boosters), 1 tabuleiro de jogo e um livreto de regras
incluindo as instruções para usar os cards Location.

Mais Informações: vvwvv.devir.com.br

Senhor dos Anéis

Magic the Gathering Estampas Ilustradas
Bonequinhos articulados dos personagens do
Magic: The Gathering
Começam a aparecer os sintomas da compra da Wizards pela Hasbro. Serão
lançados neste ano, osAction figures (bonecos articulados) do Magic: TG. Bonecos
representando cartas
famosas como SerraAngel,
Lord of atlantis, Erhnam
Djinn e Sengir Vampire
irão integrar a coleção.
Chegou a coleção básica em
português do jogo de estampas ilustradas
(cardgame) "O Senhor dos Anéis"
Confira também: Mines of Moria, a
primeira expansão que já está disponível
em inglês. www.devir,com.br

GURPS
Hellboy
Mike Mignola, o criador do
personagem Hellboy, irá lançar o RPG
baseado no seu personagem maior.
"He/lboy Ro/ep/aying Game and
Sourcebook" é um completo guia do
mundo de Hellboy, seus amigos e
inimigos, suas aventuras.Os jogadores
poderão encarnar o próprio Hellboy,
Abe Sapien, Agentes do BPRD e muitos
outros. O livro virá ainda com uma
exclusiva história escrita por
Cristopher Gold. O livro virá com o
selo " Powered by GURPS", ele sairá
em formato de uma Graphic Novel com
o sistema Gurps incluso. Conto, HQ e
RPG em um só pacote.
GURPS
Braille
O RPG ao alcance de todos. A Steve
Jackson Games está disponibilizando
cerca de 10 livros em Braille para
jogadores deficientes visuais, entre eles
o GURPS Supers, Fantasy e high·tech.
O Trabalho é desenvolvido por Nancy
Feldman de forma voluntária e com o
apoio oficial da SJgames. Bela
iniciativa! para contatos com ela:
braille@sjgames.com
Notícias e Novidades l
revista arkham rpg
Lançamentos
Mitsukai Editora
Imortais
Desde a aurora dos tempos, a humanidade vem sendo
influenciada por seres imortais, que se tornaram mitos e
lendas. Os imortais viveram muitas vidas se passando por
deuses e heróis de muitas culturas e nos dias de hoje
caminham em busca da evolução e aguardam o Ragnarok,
quando lutaram pelo poder máximo.
Em IMORTAL, você interpretará seres que desconhecem
a morte e enfrentam uns aos outros em busca da
REVITALIZAÇÃO e absorção do poder e conhecimento do
outro. Mas existem outros seres que põem em risco a existência dos imortais; são
os NOSFERATUS, WARLOCKS e outros.
Sociedades Secretas
Há séculos que as Sociedades Secretas conduzem o
destino da humanidade, influenciando anjos e demônios.
Algumas são controladas por outras forças que almejam
subjugar a humanidade, sem que eles percebam a verdade.
Forneceremos a descrição de numerosas sociedades
secretas reais e muitas outras exclusivas.
· Lançamentos si~tema d20 - MINIONS
Minions é um bestiário com mais de 90 criaturas para o
sistema 020 (compatível com D&D). São as mais variadas
criaturas que irão invadir suas mesas de jogo, fornecendo
novos desafios e agradando aos mais variados gostos. As
criaturas variam de plantas carnívoras a horrores subaquáticos
e de pequenos seres a criaturas gigantescas. As criaturas não
são resumidas a estatísticas. Todas contêm descrição de
como serem utilizadas em aventuras, como se comportam
em uma luta e suas estruturas sociais.
Taverna dos RPGistas
Inspirada nos reality shows da TV
brasileira, a Mitsukai está planejando
algo parecido no mundo RPGístico.
A Taverna dos RPGistas será uma
HQ simulando o que aconteceria se
os principais nomes do RPG nacional
fossem trancados em uma Taverna
de luxo e tivessem que conviver 24
horas por dia. O projeto promete, agora é esperar pra ver. Mais informações
no site da editora. www.mitsukai-editora.com.br
vvvvvv.mitsukai-editora.com.br
! Notícias e Novidades
revista ark ham rpg
Pool of Radiance
Aventure-se nas ruínas de Mith Dranor!
Pool of radiance usa as novas regras do D&D 3ª edição
Depois da revolução causada peta
série Baldur's gate, os jogos de RPG para
computador nunca mais foram os
mesmos. A adaptação perfeita das regras
do AD&D e a fidelidade ao cenário de
Forgotten Realms (o mais popular mundo
de fantasia) transformaram o jogo em
um verdadeiro fenômeno, provocando
até uma adaptação de Vampiro: a
máscara para os computadores.
Agora chega até nós o jogo Pool of
Radiance, o primeiro jogo para
computador, baseado nas regras do D&D
3ª edição. O jogo se passa nas ruínas de
Mith Dranor, uma cidade antiga e um
verdadeiro mito nos reinos esquecidos.
Outrora, uma cidade onde os elfos e anões
se reuniam. Ela agora está infestada de
criaturas malignas. Um lugar perfeito para
inúmeras aventuras no melhor estilo
Forgotten Realms, com personagens de
uma veracidade impressionante.
Pool of radiance possui um sistema
de criação jamais visto em um jogo de
computador, permitindo a escolha de
até seis raças diferentes e o mais fiel
possível às regras do D&D 3ª. Seus
gráficos estão excepcionais e a sua
jogabilidade está incrível.
Nlas para praticar este jogo, você precisa
de uma boa máquina. A configuração
mínima para jogá-to é um Pentium 11400, 64
MB RAM e 750 de espaço no seu HD. Lançado
peta UBI SOFT e distribuído pela Brasoft.
 Complete
Daemon Editora
A volta dos guias
guides of
GURPS !
A febre dos livrinhos verme l hos
(agora não tão vermelhos na 3ª edição)
chega à série GURPS. A série, já famosa
por seu detalhismo em compêndios dos
mais diversos tipos, explora agora as
classes de fantasia medieval. Uma
pergunta fica no ar: Por que demo-
raram tanto?
Três livros já estão programados: O
GURPS Rogue, com tudo o que você
queria saber sobre intri gas, fechadu ras
e surrupios e nunca teve coragem de
perguntar. O livro vem com 29 classes
diferentes de ladinos e mais de 100
personagens prontos abordando tudo
quanto é tipo de larápios. O GURPS
Wizards, com 28 arquétipos de magos e
feiticeiros, cobre desde os clássi cos
Indo no embalo das terceiras edições, a Daemon editora lança suas
magos até alquimistas, druidas e
novas versões dos Guias de armas e de itens mágicos. Com lançamento prestidigitadores, passando até por
previsto para meados de abril, os livros trazem suporte para diversos outros Super-heróis magos!. O GURPS Warriors
sistemas, incluindo Cyberpunk 2020. vem com 29 arquétipos cobrindo
O Guia de armas promete 200 armas novas ou atualizadas, enquanto soldados de todos os períodos históricos.
o Guia de itens mágicos virá com 3000 aparatos arcanos distribu ídos Bersekers , espadachins, comandos,
em 288 páginas. Mas a verdadeira novidade é o fato de o guia de itens paladinos: À Carga!
estar usando o sistema d20 e o open gaming license. Estes livros terão 128 páginas cada
e esperamos que sua versão nacional
saia o mais rápido possível.

Akritó Editora As forças da Terra conseguiram

Esferas
No ano de 2022, a Terra sofreu a
i nvasão de dois mundos: Faéria,
habitado por seres similares aos da
mitologia medieval e dotados de grande
magia: sidhes, anões, dragões, fadas;
Feral, habitado por homens-fera de
grande força e resistência.
rechaçar esses ataques e descobriu-se
que dois portais dimemsionais haviam
sido abertos: um no Rio de Janeiro, o
outro em Beijing, China. Os portais
levavam a misteriosas pontes de pedra
que conduziam a uma plataforma central
e dela para Faéria e Feral. Após uma
breve guerra sem vencedores, uma
trégua foi assinada. Na plataforma entre
os mundos foi construído o Palácio das
Esferas. Uma instituição autônoma,
independente dos mundos. Um centro
militar, diplomático, comercial, cultural
e com uma florescente comunidade civil.
Somente vinte anos depois, a Terra
redescobriu a magia. Faéria e Feral têm
de aprender a tecnologia humana. Muita
aventura, tentando equilibrar precon-
ceito e tolerância, magia e ciência,
guerra e paz.
 Notícias e Novidades
,,.....~-~~~~~~
revista arkham rpg
FLER
O RPG n a e s co la
Por Alessandro Vieira dos Reis
alevr@cfh. ufsc. br
O professor chega na
sal a e avisa aos alunos
que, para estudar a his-
tória da Guerra de Canu-
dos, eles terão uma aula
diferente. Uma aluna
pergunta se farão um te-
atro a respeito. Em ou-
tra sala, a professora de in- "1C.
glês entra dizendo que vão ex-
perimentar uma forma diferente de
praticar a língua estrangeira. Um _aluno
pergunta se será um jogo. O f ato e que,
nas duas situações, a resposta é a mes-
ma: "Na verdade, hoje vamos usar o RPG
na sala de aula".
Muito já foi dito sobre os fins peda-
gógicos da arte de contar histórias e do
t eatro, bem como do papel do jogo na
Educacão. Mas o que as pesquisas nes-
sa áre~ ainda não exploraram foi uma
nova ferramenta chamada Roleplaying
Game, uma forma especial de contar
histórias que reúne em si jogo e teatro.
Há um ano, financiado pela Univer-
sidade Federal de Santa Catarina, um
grupo interdiscipl inar de estudantes
vem desenvolvendo uma pesquisa cien-
t ífica em Psicologia da Educação, cujo
objetivo é produzir uma nova didática
que possibilit e o uso do RPG na sala. d_e
aula. Partindo de certos referenciais
teóricos, e utilizando o método cientí-
fico foi realizado, em equipe, um tra-
balho no Colégio de Aplicação da UFSC,
uma escola pública de Florianópolis. Em
caráter experimental, foram dadas au-
las de Hist ória e Inglês. O sucesso do
trabalho foi apresentado no XXI Con-
gresso Nacional da ABRAPSO (Associa -
ção Brasileira de Psicologia Social), e
agora, em 2002, rendeu como frutos um
Grupo de Estudo sobre RPG na UFSC, e
a atuacão garantida em mais uma es-
cola da' rede pública de Florianópolis, a
Escola Silveira de·Souza.
A partir da experiência de 2001 , foi
criada a FLER (Ferramenta Lúdi ca de
Ensino por Representação), uma didá-
tica derivada do RPG, para o uso em
salas de aulas. O uso da FLER desper-
tou muita curiosidade, tanto dos alu -
nos quanto
dos professo-
res. Talvez porque a
educacão e a diversão sejam duas esfe-
ras da ~ida que se encontram separadas
na nossa sociedade, por isso pode soar
meio estranho para muita gente falar em
tornar as aulas divertidas e assim mais
eficientes. Os alunos se divertem em
grupo, interagindo, i nterpretan_do. ~er­
sonagens, ouvindo e contando historias,
e esse lúdico mantém sua atenção to-
talmente voltada ao conteúdo da histó-
ria. E é nesse conteúdo que está o se-
gredo: ele pode ser desde uma ave_nt~­
ra em meio à Guerra de Canudos (Histo-
ria do Brasil), passando por uma viagem
à Amazônia (Geografia e Biologia), urna
odisséia espacial (Física) etc. As possibi-
lidades são infinitas.
A FLER é fruto de pesquisas. Conser-
va do RPG o Mestre e os jogadores, mas
acrescenta novas categorias de partici-
pantes, como o Consultor (que permite
ao professor tomar parte da avent ura),
dentre outras. Suas regras (lances de
dados, uso de mapas, bonecos etc) e
arranjos (desde a posição das cadeiras e
mesas, uso do tempo, até a distribuição
dos papéis) foram feitas pensando em
conciliar a imprevisibilidade do RPG com
a diretividade pedagógica, gerando as-
sim uma forma gostosa de aprender em
sala de aula.
Sem dúvida, ainda há muit a pesqui-
sa a ser fei ta. Mas o RPG não decepcio-
na seus fãs. E nem os educadores ...
Se você quiser saber mais, acesse
www.cfh.ufsc.br/-alevr
1
1ª UniFan,
Universidade da
Fantasia
O Senhor dos Anéis e suas
influências nas artes, cultura,
educação e entretenimento.
A Anel Um Jogos, em parceria com
a Universidade Estácio de Sá, está
produzindo a 1ª Uni Fan - Universidade
da Fantasia, que acontecerá nos ~ias 3
e 4 de agosto de 2002, das 10 as 19
horas. Será um evento dedicado aos
amantes de cinema, literatura e jogos
fantásticos, capita neado pela
consagrada obra do autor britânico J.
R. R. Tolkien, "O Senhor dos Anéis".
Contando com a excelente infra-
estrutura da universi dade, a Uni Fan
ocupará grande parte do Campus
Reboucas da UNESA (Rua do Bispo, 83 -
Rio Co~prido), incluindo uma sala de
projeção cinematográfica com 160
lugares e diversos ambientes com ar-
condicionado. A diretoria de Cinema da
Est ácio de Sá atuará como porta-voz
da i nstit uição.
Para mais informações:
Rodrigo Castelo Branco
anelum@anelum.com.br
(55 21) 3084-5606
Av. Rio Branco 115/1405
~º..~·-.
~ ..- .. ---
·~--- ~- -
Criado em 1998, o portal sofreu im-
portantes mudanças es t ruturai s em
2001: a empresa Anel Um Jogos, pre-
sente há quatro anos no mercado de
jogos de Internet , assumiu toda a parte
de assessoria comerci al e de imprensa,
marketing e publicidade do site.
O Portal é uma ótima opção para
você que é apaixonado por t odos os
gêneros de jogos.
w~w.jogos.com.br
Contato: Nicole Mezzasalma, assesso-
ra de imprensa -nicole@jogos.com.br
Telefone: (21) 3084-5606
O Padrão Editorial
Olá, pessoal da Arkhan, parabéns
pela revista! A qualidade está excelente,
tanto em textos quanto em imagens.
Ouvi dizer que o padrão editorial de
vocês será bem diferente da con -
corrente. Isso é ótimo. Foi a melhor
notícia que ouvi sobre RPG nos últimos
tempos. Agora só falta vocês me
dizerem que vão dar o tratamento
adequado aos livros de outras editoras
menos conhecidas. Sou jogador fanático
de Crepúsculo e Era do Caos.
Confio em vocêsl
Abraços e sejam bem-vindos!
Ricardo Baesso
É isso af! Mas, a revista Arkhan não
chega para concorrer e sim para somar
esforços para divulgar mais ainda o RPG.
O padrão editorial será sério e . guagem clara, suprir a necessidade dos
diversificado, não esquecendo de jogadores experiente e iniciantes,
sistemas menos conhecidos.
Adaptações
Olá, pessoal da revista Arkhan,
parabéns pela revista, adorei a primeira
edição e espero que continue assim; e
claro que sempre evoluindo para
melhor. Achei legal o que vocês fizeram
com as adaptações, desenvolvendo para
um sistema que está começando a se
difundi r entre nós RPGistas que é o caso
do 020, mas não esquecendo de
descrever o cenário. O que eu peço é
que continuem descrevendo o cenário
e deixando que o mestre se preocupe
em adaptar para o seu sistema
preferido. Acho que por enquanto é isso,
até a próxima mensagem ...
Bruce McGregor
VeteranosXiniciantes
Caros amigos da Revista Arkhan.
Tenho 23 anos e por incrível que pareça
ainda não jogo RPG. Mas, como sou
viciado em ler, acabei me interessando
pelos livros e revistas de RPG. A revista
feita por vocês tem matérias claras, a
linguagem utilizada é moderna e gostosa
de ser lida, a diagramação das páginas
bem como as ilustrações, são muito boas.
Gostaria de pedir para vocês ten-
tarem apresentar matérias tanto para
o jogador experiente como para o
jogador iniciante. Espero que todos vocês
tenham sucesso com esta nova publicação,
continuem falando de todos os assuntos
abordados na primeira edição ...
Rubens "Ramalokion"
Tentaremos, através de uma lin- A seção "Cartas do
Leitor" está aberta para você
expressar sua opinião, dúvi-
abordando sempre diversos assuntos. A das, críticas. Por isso não
diagramação segue da mesma maneira deixe de enviar-nos suas
com um !ayout sério e limpo. cartas e e-mails.
Arte do Leitor

Quanto a isto não precisam se

preocupar. Sempre tentaremos des-
crever bastante os cenários, pois uma
adaptação não consiste simplesmente
em fichas de personagens.

Os Desafios
Parabéns pela iniciativa! Com a
publicação de Arkhan RPG , voltamos a
ter opções, não vou perder tempo
fazendo críticas, erros são desafios a
serem vencidos. De qualquer maneira
a revista está ótima.
Paulo Fernando dos Reis(Rpgista, Pai
e Avô) - 03/0212002.

Os erros acontecem. O importante

é reconhecê-los e tentar melhorar a
cada edição. Por isso, a opinião de vocês
é fundamental.

9
RPG
O que o RPG tem a v e r com o fute bol
imagina . O RPG també m é uma caixi

"Lá vem Romário, recebe pela

direita ... Trocou de caneta, lev
zagueiro, aplicou um lençol n
goleiro, é gol!Golaço!! Gol de
Romário! Maravilhoso, é gol d
craque, divi ... "

Por Wal!ace Garradini

ois é, estava vendo um jogo

P da seleção outro dia e me

peguei embasbacado com um
lance fenomenal do baixinho
Romário. Ele é um cara que consegue
extrair do futebol toda a essência, a
beleza que existe dentro do esporte.
Ele consegue enxergar e realizar suas
jogadas dentro da simplicidade que é o
futebol. Vocês devem estar se per-
guntando o que o Romário tem a ver
com o RPG. Na verdade nada, ou tudo,
depende do ponto de vista.
Tanto o RPG como o futebol são cons-
tituídos de elementos bem simples. A
essência, o necessário para jogar é algo
·1·ot

tão básico que praticamente qualquer

um pode fazê-lo.
Vamos aos pontos da questão: Do
que se precisa pa r a jogar RPG?
Basicamente, um grupo de pessoas, um
local para se reunir, um módulo básico
qualquer, meia dúzia de dados e um
pouco de imaginação. Com esses pré-
requisitos, qualquer um pode montar
um grupo de RPG. No futebol é igual,
você arruma uma turma de amigos, uma
bola, dois pares de chinelos e voilá, a
pelada tá arranjada.
Vocês estão percebendo aonde eu
quero chegar?
Mais de uma vez, estive em meio a
discussões com amigos sobre o RPG ser
ou não ser arte. Se o modo Hack'n slash
de jogar corrompe o RPG e se talvez
devéssemos todos jogar o verdeiro RPG
Shakespeareano.
Existe o RPG arte? Na verdade, a arte
do RPG está no representar bem o seu
personagem e criar aquela história épica
capaz de arrancar lágrimas do mais duro
bárbaro das montanhas. A arte está em
colocar elementos sutis que mantenham
a atenção dos jogadores sessão após
sessão. A arte está em transformar em
poesia um simples rolar de dados.
Lindo isso , não? Mas nem todo
mundo nasce Romário e vai sair fazendo
gol de placa todo sábado na garagem
do seu amigo. Na verdade, como no
futebol, a maioria de nós é tudo perna
de pau. Mas como no futebol, ninguém
precisa ser Fernanda Montenegro para
poder representar no seu RPGezinho de
fim de semana. RPG é diversão e o
principal aqui é se distrair, reunir os
amigos e comer aquela boa fatia de pizza
fria com guaraná sem gás enquanto
calcula o dano da espada dos kobolds.
O que se precisa, talvez, é começar
a se enxergar a arte no RPG. Do mesmo
jeito que aquela descrição compli-
cadíssima da caverna pode ser legal, o
ato simples de invadir a masmorra e
matar o dragão que, sabe-se lá como,
entrou ali, também é arte.
Peladas no fim de semana
O RPG, para a grande maioria de
nós, é como a pelada do fim de semana
pro pessoal do futebol. Depois de uma
semana cansativa no colégio ou no
trabalho, reunimos nossos amigos em
um local tranqüilo para colocar a
conversa em dia, tomar umazinha (ou
duazinhas) e matar uns dragõezinhos.
Se divertir.
 Quando jagamos RPG, estamos quase
sempre tentando fantasiar, esquecer um
pouco das nossas preocupações e nos
colocar em um local onde possamos viver
realmente como queremos. Todos os
jogadores, independente do seu estilo
(Roleplayer ou overpower), desejam
principalmente, isto.
Existe arte aqui. A arte de reunir
seus amigos, passar momentos agradá -
veis, exercitar o faz-de-conta que nos
diferencia dos outros animais.
Quando questionado por seu estilo
de jogo (você, principalmente iniciante),
lembre-se de que o seu grupo de
neófitos é acima de tudo como aqueles
moleques que jogam bola no terreno
baldio perto da sua casa. Vocês podem
não estar fazendo tudo certo, mas daí
podem sair grandes jogadores.
Jogar o bom RPG não é apenas fazer
representações teatrais. A magia do
jogo está no RPG despretensioso,
mágico, feliz e livre. Um grupo alegre
e comprometido primeiramente com a
diversão, consegue realmente alcançar
o objetivo do RPG.
A fantasia, a arte do RPG, está ligada
principalmente à liberdade. De que
adianta um grupo cheio de veteranos,
conhecedores de todas as regras e
técnicas de representação se ao se
reunir, apenas competem entre si, com
a obrigação de representar maravilho-
samente seu personagem e acabam
esquecendo de se divertir?
Jogadas de craque
Tudo bem, matar ores e trucidar
lobisomens é divertido, mas chega uma
hora em que tudo começa a ficar
previsível, repetitivo mesmo. Aí é que
entra o algo mais.
Daí surgem os romários e ronaldinhos
do RPG. Estes jogadores se cansam da
mesmice das regras e decidem mudá-
las. Começam a dar tiradas geniais nas
seções de jogo, representar perso-
nagens maravilhosos e vivenciar
cenas incríveis.
Os mestres começam a colocar um
NPC carismático que marca a aventura
e ninguém mais consegue esquecê-lo. Em
pouco tempo, o grupo tem uma história
;:ão boa que não se cansará de contar em
todo encontro de RPG que forem.
Estas são as jogadas de craques, as
cue tornam um jogo mais bonito e que
:ão a verdadeira cor a um grupo de RPG.
~orno no futebol, o grupo inesquecível
se-a aquele que fizer as jogadas mais
incríveis, aquelas que marcarão para para o jogo não ficar truncado no
sempre a sua "carreira" de jogador. meio de campo.
Tecnicamente, qualquer um pode Há também, o jogo overpower, mais
fazer isso, é só dar uma olhadinha mais centrado em regras e combates (mais
demorada no background do seu especificamente, regras de combate).
personagem, esquecer um pouco as regras Quase todo grupo de RPG tem pelo
e valorizar a fluência do jogo, deixar de menos um deles e muitos defendem
competir com o mestre e se unir a ele que, em várias ocasiões, eles são os
em prol de uma cena memorável. que decidem um combate impor·
O RPG arte deixa assim de ser a tante ou que fazem a diferença em
teoria dos livros básicos e passa a situações críticas.
enriquecer a sua mesa de jogo. Não Aproveitando as brechas no sistema
demorará muito e vocês já estarão de regras, o overpower tenta criar o
mudando regras para se adaptarem jogador invencível, aquele que vence
melhor às suas aventuras. Valorizarão qualquer inimigo e mesmo assim está
mais o grupo que o sistema, deixando de acordo com as regras. Muita gente
de criar seus personagens apelões para condena este tipo de personagem, mas
criar personagens com alma. praticamente, todos nós já fomos
Normalmente , destes grupos, overpowers um dia.
surgem os DelDebbios e Ricons da vida, Eles são os atacantes do time. Incisivos,
os jogadores que expandem as incompreendidos e rebeldes, eles estão
fronteiras da garagem de casa e sempre tentando "driblar" as regras para
colocam o seu jogo à disposição de alcançar o seu objetivo.
todos. Esses autores eram apenas Outro ponto é que mesmo os jogadores
jogadores comuns até que começaram veteranos gostam de jogos Hack'n slash.
a ousar, a tentar algo diferente. E o melhor tipo de personagem para esse
O RPG brasileiro, como no futebol, jogo e o famigerado overpower (também
está cheio de craques. Não foram conhecido como apelão). Esse é o momento
poucos os autores estrangeiros que para deixar agir a criatividade e se esbaldar
vieram ao Brasil e se maravilharam com em vorpais e milhares de ataques por round
as nossas mesas de jogo recheadas de (eu mesmo tenho um amigo a quem recorro
criatividade. Até os nossos overpowers para criar meus overpowers).
são melhores que os deles! Temos ainda o jogo descritivo,
extremamente descritivo. No qual
Esquemas de jogo proliferam os jogadores detalhistas que
Então o jogador mais puritano vai
dizer: "Viram? Tomem vergonha na cara
e vamos todos representar como num
teatro! "-Tiram a sua edição empoeirada
do Amber (Alguém ainda se lembra
deste jogo?) e declaram morte a todos
os overpowers. Peraí, gente! não é bem
assim. Como no futebol, o RPG também
revela craques em várias posições.
O jogo teatral, o comprometido em
contar histórias e mais fiel às raízes
(lembrem-se: RPG significa jogo de
representação) revela aquele jogador
sensível, preocupado com as angústias
do seu personagem, com o seu papel
na trama e a sua importância no status
do universo.
Com o estilo mais romântico de
jogo, estes são os meio-campos do time,
responsáveis por contar as histórias e
por organizar a partida.
Mas, cuidado! Discussões filosóficas
e discursos são ótimos para quem tem
paciência para isto, quando não se
está com saco, isso pode se tornar
irritante. Portanto, vamos maneirar
 ver e.:esmeratêí'ãf menina e
elos negros como a noite que
aenunciavam a 1nocência de seus treze
anos vividos nos campos de ldaho."
Estes são os zagueiros da equipe,
algumas vezes, eles são os que seguram
o clima da aventura mas, em outras,
eles realmente tornam o jogo violento
e impossível de jogar.
A descrição de um ambiente é
realmente importante para o transcorrer
do jogo. Uma cena bem narrada faz com
que nós entremos no clima e visu-
alizemos realmente a situação. Mas o
excesso de descrições muito detalhadas
tornam a aventura maçante, pois o
pessoal passa mais tempo descrevendo
ambiente do que realmente jogando.
Portanto, "zagueiros", cuidado!
Alguém já deve ter perguntado:
E o goleiro?
O goleiro é o mestre de jogo. Ele é o
pilar de todo time e de nada adianta
craques em todas as posições se o mestre
não corresponde (taí o Flamengo do ano
passado que não me deixa mentir).
O mestre de jogo deve ser come-
dido, seguro e quase sempre agir por
reflexo. Sobre o mestre fica a grande
responsabilidade do jogo. O mestre pode
agir bem durante toda a campanha mas,
se em algum momento, ele falhar, todas
as críticas irão cair sobre ele. Ser mestre
não é fácil, não é à toa que debaixo da
cadeira do mestre não cresce grama ...
Pois é, já temos jogadores em todas
as posições e falta muito pouco para
podermos começar a jogar. Um doce para
quem adivinhar quem está faltando.
Os juízes de regras! Pois é, só falta
aquele pessoal que comprou todos os
suplementos de todas as edições do seu
jogo preferido e que sabe de cor e
salteado a história de todos os
antidiluvianos. Por mais que sejam
odiados por muitos, eu sou obrigado a
dizer que, algumas vezes (muito poucas
vezes), eles são úteis. Os juízes sempre
têm à mão aquele suplemento com as
regras de respiração debaixo d'agua ou o
nome daquele lich que vive na torre de
prata que saiu num suplemento obscuro
de Forgottem realms.
Os árbitros das partidas são, talvez,
os mais fiéis às suas contrapartes
futebolísticas, quando acertam não
12
RPG arte é
simples, leva à
fantasia, seja em
interpretações
cinematográficas,
seja em combates
de robôs gigantes
ou solucionando
enigmas
complicadíssimos.
boa partida. Um pouco de compreensão
também não faz falta a ninguém.
Em um ambiente destes, todos os
integrantes podem aprender um pouco
sobre outros estilos e perder também o
preconceito que um tem com o outro.
O jogador mais teatral pode aprender
novas técnicas de combate e ao mesmo
tempo ensinar ao overpower corno
representar dentro do combate.
Acreditem, um combate bem violento
e dramatizado é muito legal e termina
tam9ém com aquela rolagem inter-
minavel e tediosa de dados em que
ninguém entende nada e todos ficam
interessados apenas em rolar o dano.
Sabem aqueles momentos de baixa
das aventuras? Depois que o irmão mais
novo do mestre fez um escândalo ou
depois que o seu amigo saiu no meio da
A arte está aí, em todàs as matizes e
para todos os gostos, basta querer vê-la.
Existem as campanhas que duram
anos e contam com histórias dignas de
um pocket da TSR, existe um joguinho
de final de semana que não tem
pretensão nenhuma além disso.O que
temos que entender é que tanto no RPG
como no futebol, as duas modalidades
são belas e têm o seu valor.
Uma final de copa do mundo tem
uma função diferente de uma pelada
em um campo de grama sinté·
tica.Mas em ambas, o principal
objetivo do amante do futebol (ou
do RPG) é se divertir.
Pense bem, antes de condenar este
ou aq uele grupo de RPG, avalie
primeiro qual é a proposta daquele
grupo e não exija uma superprodução
de Holywood de uma novela das sete.
Agora tomem cuidado para não
extrapolar e transformar a partidinha
no fim de semana naquela agressão aos
princípios do RPG. Não tornem o jogo
vazio com a justificativa de estarem
apenas se divertindo.
Um jogo sempre fica mais bonito
se tiver aquel a tabelinha, aquela falta
bem batida e um golzinho de bicicleta.
Inovem, tentem, busquem se libertar
do pragmatismo e joguem sempre o
RPG arte.

• •
RPS 1n1
Tamanho não é documento
Por Wallace Garradini
O
GURPS é uma das linhas
~ais populares ~o. país. O
siste ma generico e
universal de represen -
tação foi o primeiro RPG a ser traduzido
no Brasil e até hoje se mantém entre os
três jogos mais populares na preferência
dos jogadores. Apesar de todo esse
sucesso, nos últimos tempos, o jogo foi
erroneamente rotulado como um jogo
complicado e de regras excessivas.
Revitalizando este sistema, foi lançada,
há algum tempo, a série MiniGURPS. Com
um número reduzido de regras (apenas as
necessárias para se iniciar a j ogar) a um
preço bastante acessível: Por menos de dez
reais, pode-se comprar qualquer um dos
livros e sair jogando por aí.
Idealizado por Douglas Quintas Reis,
um dos autores da DEVIR, e Luiz Eduardo
Ricon, um dos autores do saudoso
Desafio dos Bandeirantes, a linha se
tornou muito popular entre professores
e interessados no RPG didático. Isto
porque os primeiros suplementos da
lin ha focavam temas históricos: O
descobrimento do Brasil, Quilombo dos
Palmares e Entradas e Bandeiras.
Mas possuir um caráter histórico não
implica dizer que um jogo não seja
divertido. Para jogadores neófitos e até
para seus pais, iniciar nas artes da
representação por um tema histórico
nacional pode ser de muito mais fácil
assimilação que aprender conceitos como
elfos, kobolds e outras figuras do folclore
europeu estranhas a nossa cultura.
Além do que, a série é uma das mais
populares senão a mais simpática em
relação a pais e professores dos
jogadores, algo muito importante nesta
época de turbulência no nosso hobby.
"A segunda trilogia" da linha mini
GURPS manterá ainda seu caráter
histórico, apesar de não se centrar mais
na história do Brasil. Focada em fatos
marcantes das idades antiga e média do
mundo, a série irá abordar, de um modo
mai s histórico que fantasioso, estes
acontecimentos, servindo além de tudo
como excelente fonte de referência para
outros jogos, enriquecendo campanhas
em qualquer sistema.
Estes lançamentos são:
Escrito por Luiz Eduardo Ricon, t raz um
cenário histórico com vári o s per-
sonagens prontos, como Ri ca rdo
Coração de Leão. O livro t rará regras
para se jogar com Cruzados ,
Templários, Assassinos e vários outros
personagens t ípicos deste ambiente.
Mas visto de uma ótica muito mais
realista que fantasiosa.
Na verdade, este livro não será bem
um sup le me nto e si m uma grande
aventura solo. Daquelas como as antigas
aventuras fantásticas. Este livro nos traz
de volta Ygor Morais, o autor do pioneiro
Tagmar e do Millenia. Inspirado na Ilíada
de Homero, você j oga como um jovem
rei da Grécia que vai lut ar ao lado de
Ulisses, Aquiles e vários outros heróis na
maior guerra da antiguidade. O livro será
ilustrado pela fábrica de quadrinhos.
Um cenário de fantasia e magia
inspirado nos relatos do famoso viajante
e aventureiro, Marco Polo. Toneladas de
idéias de aventuras e personagens como
arqueiros, falcoeiros. feit iceiros e muitos
outros. Inclui uma aventura pronta e
muita i nformação sobre o mundo
fantástico, narrado por Marco, em seu livro.
Após esta trilogia, outros livros já estão
agendados para lançamento. Livros que
est ão em fase de produção e que levarão
a linha para uma série mais híbrida, com
temas nacionais mas sem se prender ao
caráter histórico das "trilogias" anteriores.
Vocês estão curiosos para saber quais são?
Então lá vai!
RPG Nacional 1
revis t a ark ham r p g
- Terra de Jagunços
Escrito por Marcelo Telles e Luís
Ricon. O livro terá como cenário o
sertão brasileiro, "causos" místicos,
coronéis, jequit ibás e outros elementos
de nossa literatura e folclore. Jagunços
a serviço ou contra os vários coronéis
da época, enfrentando as criat uras que
povoavam a imaginação do povo
brasileiro.
- As missões
Escrito por Arthur Vecchi e Luis Ricon.
O livro trará material de campanha e
regras de personagens para se jogar nas
várias missões que desbravaram o
território nacional.
- lntempol
Um cenário anárquico de viagem no
tempo, baseado em um livro nacional
premiadí ssimo, escrito por Otávio
Aragão, desenvolvido coletivamente por
ele, Fábio Fernandes e muitos outros
autores brasileiros de ficção científica.
A série miniGURPS, apesar de pouco
badalada, é uma das que mais crescem.
Livros baratos e com material de
qua l idade, escritos por autores
nacionais e o melhor, abrindo espaço
para muito "sangue novo" e revita-
lizando nomes antigos. A DEVIR se
mostrou disposta a analisar qualquer
materi al enviado por escritores que
queiram ver seu livro publicado no perfil
desta linha. É uma grande pedida, pois
além de lançar pela maior empresa do
ramo, o novo autor ainda conta com o
suporte de um sistema de regras
consagrado no mercado.
Para os que ai nda não experimen-
taram os livrinhos, fica aqui a dica. Como
diria aquele comercial de cerveja: É
preciso experimentar coisas novas.
Mais Informações:
www.devir.com.br
iliiii;iitêfl: ?\f·ti tj
revista
1
ark h am rpg

A história dos
Samurais
Os samurais foram os guerreiros do antigo Japão feudal. Existiram desde
meados do século X até a era Meiji no século XIX e são utilizados em vários
RPGs,como Legend of the Five Rings, Gurps Japan e Sengoku.

nome "samurai" significa,

O em japonês, "aquele que

serve". Portanto, sua maior
função era servir, com total
lealdade e empenho, os daimyo (senhores
feudais) que os contratavam. Em troca
disso recebiam privilégios terras e/ou
pagamentos , que geralmente eram
efetuados em arroz, numa medida
denominada koku (200 litros).
Tal relação de suserania e vassalagem
era muito semelhante à da Europa
medieval, entre os senhores feudais e os
seus cavaleiros. Entretanto, o que mais
difere os samurais de quaisquer outros
guerreiros da antiguidade é o seu modo
de encarar a vida e seu código de ética.
Inicialmente, os samurais eram apenas
coletores de impostos e servidores civis
do império. Era preciso homens qualifi-
cados para estabelecer a ordem e ir
contra a vontade dos camponeses.
Posteriormente, por volta do século
X, foi oficializado o termo "samurai", e
este ganhou uma série de novas funções,
como a militar. Nessa época, qualquer
cidadão podia tornar-se um samurai,
bastando para isso adestrar-se nas artes
marciais, manter uma reputação e ser
habili doso o sufici ente para ser
contratado . Assim foi até o xogunato dos
Tokugawa, iniciado em 1603, quando a
classe dos samurais passou a ser uma
casta. Assim, o títu lo de "samurai"
começou a ser passado de pai para filho.
Após tornar-se um bushi (guerreiro Todos os samurais dominavam o códi go, os samurais não poderiam
samurai), o cidadão e sua família manejo do arco e flechas. Alguns usavam demonstrar medo ou covardia diante de
ganhavam o privilégio do sobrenome. Além também bastões, lanças e outras armas. qualquer situação.
disso, os samurais tinham o direito (e o Eram chamados de rounin os samurais Havia uma máxima entre eles: a de que
dever) de carregar consigo um par de desempregados: aqueles que ainda não a vida é limitada, mas o nome e a honra
espadas à cintura, denominado "daishô": tinham um daimyo para servir ou quando podem durar para sempre. Por causa disso,
um ve rd adeiro símbolo samurai. Era o senhor dos mesmos morri a ou era esses guer reiros prezavam a honra, a
composto por uma espada pequena destituído do cargo. imagem pública e o nome de seus ancestrais
(wakizashi), cuja lâmina tinha aproxi ma- Os samurais obedeciam a um código acima de tudo, até da própria vida.
damente 40cm, e uma grande (katana), de honra não-escrito denominado bushidô A morte, para o samurai , era um meio
com lâmina de 60cm. (caminho do guerreiro). Segundo esse de perpetuar a sua exi_;tência. Tal
 RPG é História
r e vist a a r kham rpg

filosofia aumentava a eficiência e a não-
-hesitação em campos de batalha, o que
veio a tornar o samurai, segundo alguns
estudiosos, o mais letal de todos os
guerreiros da antiguidade.
Talvez, o que mais fascine os
ocidentais, no estudo desses lendários
guerreiros, seja a determinação que eles
tinham em freqüentemente escolher a
própria morte ao invés do fracasso. Se
derrotados em batalha ou desgraçados por
outra falha, a honra exigia o suicídio em
um rit ual denominado haraquiri ou
seppuku. Todavia, a morte não podia ser
rápida ou indolor. O samurai fincava a sua
espada pequena no lado esquerdo do
abdômen, cortando a região central do
corpo, e terminava por puxar a lâmina
para cima, o que provocava uma morte
lenta e dolorosa que podia levar horas.
Apesar disso, o samurai devia demonstrar
total autocontrole diante das
testemunhas que assistiam ao ritual. A
morte, nos campos de batalha, quase
sempre era acompanhada de decapitação.
A cabeça do derrotado era como um troféu,
uma prova de que ele realmente fora
vencido. Por causa disso, alguns samurais
perfumavam seus elmos com incenso, antes
de partirem para a guerra, para que isso
agradasse ao eventual vencedor. Samurais
que matavam grandes generais eram
recompensados pelos seus daimyo, que lhe
davam terras e mais privilégios.
Ao tomar conhecimento desses fatos,
os ocidentais geralmente avaliam os
samurais apenas como guerreiros rudes e
de hábitos grosseiros, o que não é verdade.
Os samurais destacaram-se também pela
grande variedade de habilidades que
apresentaram fora de combate. Eles sabiam
amar tanto as artes como a esgrima, e
tinham a alfabetização como parte
obrigatória do currículo. Muitos eram
exímios poetas, calígrafos, pintores e
escultores. Algumas formas de arte como
o lkebana (arte dos arranjos florais) e a
Chanoyu (arte do chá) eram também
consideradas artes marciais, pois treinavam
a mente e as mãos do samurai.

Miyamoto Musashi, o mais

famoso samurai da história do Japão
Sua história é muito conhecida pelos japoneses, e seu nome chega a ser um mito.

usashi destacou-se por sua

M
força e habilidade desco-
munais. Criou o estilo de
esgrima com duas espadas (Niten-lchi), uma
em cada mão, e escreveu o livro Gorin-No-
Sho (O Livro dos Cinco Anéis), sobre a arte
da espada e estratégias marciais.
Musashi foi um dos poucos samurais que
se destacaram em períodos de paz. A única
batalha de que participou foi a "Batalha
de Sekigahara", no ano de 1.600, quando
tinha apenas 17 anos. Desde então, nunca
mais o Japão presenciou o fogo das guerras
interfeudais, pois o país foi totalmente
unificado pelo xogun Tokugawa leyasu, na
chamada era Edo. Apesar disso, não
faltaram a Musashi oportunidades para que
ele mostrasse a sua habilidade no manejo
da espada. Em honrados duelos, sua espada
matou cerca de 60 homens. Entre os seus
mais impressionantes feitos, está o famoso
"Episódio do "Pinheiro", em que Musashi
derrotou, sozinho, toda a academia
Yoshioka de artes marciais, muito famosa
na época. Em uma mesma madrugada,
Musashi aniquilou mais de trinta discípulos
do clã e depois fugiu para poder sobreviver.
Essa foi a primeira vez em que utilizou as
suas duas espadas simultaneamente.
Também é lendário o êpisódio em que ele
venceu o seu mais importante adversário:
Sasaki Kojiro, um samurai muito acla-
mado. Kojiro era conhecido por sua afiada
arrogância, sua habilidade nata e a sua adquire um caráter contemplativo e
peculiar espada de lâmina reta, que tinha sereno. Na verdade, o tempo que dedicava
aproximadamente 1 metro de comprimento, à esgrima era proporcional ao interesse
apelidada por ele de ''Varal". O duelo se que tinha pelas finas artes e pelo Zen-
realizou na Ilha de Funashima, e atraiu uma Budismo. Musashi praticou o Zen até o fim
grande multidão para o local, apesar da de seus dias, passando inclusive longas
proibição oficial da presença de mais ninguém. temporadas isolado em montanhas apenas
De todas as lutas de Musashi, apenas em para meditar. Foi por tudo isso considerado
urna deu "empate". Trata-se do duelo o exemplo vivo do verdadeiro samurai.
contra Muso Gonnosuke, um lutador de
origem camponesa que praticava o Bojutsu
(arte do manejo do bastão). O curioso é
que tanto Musashi como Gonnosuke
afirmam enfaticamente em seus livros
que, no dia do duelo, foram derrotados
um pelo outro. Posteriormente,
Gonnosuke tornou-se um dos melhores
amigos de Musashi e criou o seu próprio
estilo na arte do bastão, o Jojutsu. Além
de excelente esgrimista , Musashi foi
também um grande pintor e escultor. Suas
obras são relíquias valiosíssimas,
espalhadas pelo Japão. Pintava quadros
com a chamada técnica "Surniê"(quadros
monocromáticos com variações de
tonalidade da tinta Sumi).
Determinação, humildade, coragem,
paciência e destemor da morte são
virtudes que sempre estiveram presentes
na vida deste guerreiro. Apesar de na
juventude ter sido um garoto sanguinário
e inconseqüente, ao longo de seu
amadurecimento espiritual Musashi

Saiba mais: vvvvvv. o samurai. h p g. i g. com. b r

1
Samurai X
revista arkham rpg

Adaptação do seriado
para RPG(Gurps)
Por Rodrigo Santos e luiz Eduardo Giangiu/io Coelho

"Do itashimas-hite Samurai-san, poderia

dar-me a honra de polir vossa espada
enquanto se senta e bebe uma xícara de nosso
delicioso chá verde? Aguarde um momento
que a atendente virá dentro de poucos
instantes para receber seu pedido. Se não for
muita intromissão, gostaria de sugerir o
sashimi de salmão fresco para o almoço,
realmente, está uma delícia nesta tarde !
Enquanto come, poderá ainda ouvir o
agradável som da biwa de nosso artista local.
Seja bem-vindo a Edo, e espero que sua estada
em nossa humilde Casa de Chá lhe deixe
agradáveis recordações!"

Bem-vindos ao Japão do século XIX, uma

era cheia de guerras e intriga, em que cada
casta da sociedade luta para sobreviver a um
novo tempo. Onde os Samurais que outrora
foram os grandes guerreiros da nação,
testemunham a cada dia seu status diminuir e
o respeito do povo desaparecer. Uma época em
que a influência dos gaijins (estrangeiros) cresce
cada vez mais, arrastando o país para um novo
tempo, repleto de indústrias e modernização.
Acabando, muitas vezes, por destruir séculos
de tradição e cultura no processo.
É nessa época em que acontecem as
aventuras de Rurouni Kenshin, ou como ficou
conhecido por aqui, Samurai X, que luta para
se redimir dos crimes que cometeu no passado
e esquecer as duras lembranças que carrega.
A seguir, daremos todas as informações e
dicas que você vai precisar para mestrar um
jogo nesse período tão fascinante do Japão,
o início da era Meiji.

16

História ·
Tradicionalmente, o Japão , há
muitos séculos, sempre foi governado
pelo Shogun (literalmente régua da
nação) que teoricamente seria o líder
militar do país, mas na prática detém
todo o poder decisório, fazendo do
imperador uma autoridade figurativa, sem
poderes reais para governar. Desde a
implantação desse sistema, muitos Shoguns
de diversos clãs tiveram o poder em suas
mãos. O século XVI foi marcado por muitas
guerras pelo Shogunato que culminaram
na batalha de Sekigaharano ano de 1.600,
com a vitória de Tokugawa leyasudando
início à Era Edo, período durante o qual
mais de 200 anos seus sucessores seriam
os governantes do império.
M.as, no século XIX, o sistema Tokugawa
começou a ruir, e muitos dos Daymios
(pequenos senhores feudais, governadores
de províncias) começa ram a ficar
descontentes com o Shogunato, e não
apenas os nobres, mas também uma
grande parcela da população pedia por
mudanças. A situação se agravou com a
chegada do Comodoro Perry, um enviado
do governo norte-americano, que tinha
por missão estreitar os laços comerciais
com o Japão, que desde o início da era
Tokugawa já havia cortado todos os laços
mercantis com os estrangeiros.
O país então se dividiu em facções,
algumas a favor da entrada dos
estrangeiros na economia japonesa,
outras contra, culminados com grupos
que desejavam pôr fim ao sistema do
Shogunato. Foi quando nasceu uma
facção chamada Meiji lshin, composta
por Daymios que objetivavam
"devolver" o poder ao imperador e
voltar a negociar com os estrangeiros,
este movimento era encabeçado por
três pessoas: Shintarou nakaoka, Ryouma
Sakamoto, Toshimichi Ookubo.
O governo Edo formou uma polícia
especial que tinha por finalidade caçar
e matar todos os rebelados, esta se
chamava Shinsengumi, por sua vez o
Meiji lshin começou a contratar
assassinos, e Ronins e formaram sua
própria tropa, os lshinshishi. É neste
ponto que a história de Kenshinse separa
da realidade; no lshinshishj, existiu um
espachim que matou tantos homens que
ficou conhecido como Hitokiri(assassino)
Battousai(retalhador). Apenas a menção
de seu nome era suficiente para encher
de medo e terror o coração de seus
inimigos. Mas nada se sabe, na vida
real, sobre esse espadachim, após a
vitória, ele desapareceu, e é aí que
entra a Saga de Kenshin Himura, uma
ficção sobre a história de Hítokíri
Battousai, o Retalhador.
A restauração Meiji (como ficou
conhecido o conflito) terminou em
1868, com a vitória do Meiji lshin dando
início a uma nova era, onde a abertura
das fronteiras começava a industrializar
o Japão e modernizar a nação, o novo
governo transferiu a capital da
tradicional cidade de Kyoto (residência
do Imperador) para Edo (que mais tarde
viria a se chamar Tóquio). Mas a guerra
civil (Bakumatsu) deixou um grande
número de descontentes, a começar
pelos próprios samurais. que com a
queda do sistema feudal não tinham mais
senhores a servir, e ficaram margina-
lizados na sociedade, dando origem aos
ruouni (andarilhos) pois sem emprego, a
muitos restava apenas a chance de vagar
pelo país em busca de algo melhor.
Durante muitos anos, o atual governo
ainda perseguia os defensores do antigo
regime, dentre eles samurais descontes
com sua atual situação. Poucos anos
depois, o governo ainda proibiu o porte
de espadas (Katanas), enfurecendo ainda
mais, os guerreiros andarilhos.
Sociedade
Antes da restauração Meiji, o Japão
se dividia em castas: os Hinins (não-
pessoas) essa classe inclui aqueles cuja
profissão lida · com tudo que é
considerado impuro, dentre eles:
gueishas, curtidores de couro, lixeiros,
todas as profissões ligadas ao toque em
Samu~iX ·
revlst~ arkham rpg
matéria organica morta; Os Heimins
(Meio-pessoas) fazendeiros, criadores e
artesãos , aqueles que criam ou
produzem; Os Samurais: Os guerreiros,
mestres nas artes da espada; e os
nobres, que faziam as leis e regiam o
país. Tendo, figurativamente, à frente
da nação, o Imperador e sua corte (que
sempre tiveram um custo altíssimo aos
cofres do país) e o Shogun como real
governador do estado.
Após a guerra civil, a classe samurai
desapareceu e os nobres perderam muito
de sua influência e uma nova classe surgiu,
os mercadores. Com a abertura das
fronteiras, muitas das tradições foram
perdidas, mas alguns costumes perma-
neceram intactos. Com a queda do
Shogunatoe o desaparecimento da classe
Samurai, a divisão social similarizou-se ao
Ocidente, pois os ricos negociantes e os
membros do governo detinham o
verdadeiro poder, ao invés da nobreza e
dos samurais.
As mulheres estão sempre um nível
social abaixo dos homens de igual
classe, assim detêm menos direitos
que seus maridos e filhos. Uma
mulher, empunhar uma espada,
sempre foi um fato raríssimo na
história do Japão, a elas restava a casa
e os afazeres domésticos.
Na era Meiji, o capitalismo invadiu
o Japão dando àquele que tivesse maior
capital, mais influência. Em muitas
partes do Japão, os estrangeiros ainda
são vistos com muita desconfiança
devido à grande diferença cultural entre
o Ocidente e o Oriente, mas lentamente
eles foram penetrando no cotidiano do
povo do Japão.
17
 Samurai X
revista arkham rpg

Amor
O amor romântico é considerado um
sentimento proibido, pois ele turva a razão
e atrapalha o pensamento, o sentimento
que une duas pessoas em casamento é o
dever, uma vez que todos os casamentos
são arranjados, o amor verdadeiro é digno
apenas das gueishas, fazendo desta sua
maior utilidade
Gueishas
Diferente do que muitos pensam,
gueishas não são prostitutas, seu
objetivo é entreter seus clientes, elas
são, na verdade, artistas que cantam
dançam, pintam, t udo para ajudar seus
clientes a relaxar, elas também ouvem
seus problemas e os aconselham. A
decisão de ir paru a cama com algum
cliente é inteiramente da gueisha e
quando acontece, geralmente existe
algum sentimento mútuo. Até lá são
necessárias várias visitas e presentes da
parte do cliente. Uma gueisha é muito
mais que uma simples prostituta.
Gempuku
Para os japoneses não existe
adolescência, o homem passa da
infância para a fase adulta o que ocorre
por volta dos 16 anos, com uma
cerimônia para comemoração. Essa
cerimônia tem o nome de Gempuku.
Antes dela, o indivíduo é considerado
uma criança, sem quaisquer responsa·
bilidades ou deveres, apenas a
obediência. Logo após a cerimônia, já
é um homem completo com todos os
direitos e deveres da sua estatura.
geralmente passam alguns dias antes do
Seppukku enclausurados, escrevendo
poemas sobre suas vidas e cartas para
seus familiares. Os nobres devem se
matar cortanto a barriga com uma faca
ou espada curta, as mulheres cortam o
pescoço, e os camponeses geralmente
se enforcam. Os samurais acreditavam
que se morressem através do honrado
seppukku renasceriam dentro de pouco
mais de um mês, por isso não tinham
receio algum em tirar suas próprias vidas.
Justiça
Naquele período, nenhuma pessoa
podia ser condenada por crime algum,
sem uma confissão. Nem que para isso
fosse necessário tortura de todas as
formas, o que realmente acontecia. Se
um prisioneiro fosse morto sem uma
confissão, as conseqüências de seus
crimes não recairiam sobre sua família,
caso contrário, a fa míli a também
sofreria as conseqüências.
Etiqueta
-Deve-se sempre se curvar diante de
pessoas da mesma classe social que a
sua, e se ajoelhar diante dos membros
de uma classe social superior.
-Não interrompa enquanto alguém
estiver falando
-Sempre retribua um presente com
outro do mesmo valor ou importância, dar
um presente que não pode ser retribuído
é falta de educação.
-Ignore o vexame alheio, não se
intrometa.
-Se a verdade causar constran-
gimento, minta.
Ninja
Os ninjas, como hoje são conhecidos,
jamais tiveram qualquer registro na
história do Japão, sempre foram um
mito popular, e sua forma atual se
deve mais ao cinema americano do
que às referências históri cas. Mas se
sabe que existiram famílias, ou clãs
especializados na formação de
assassinos que servi am ao senhor que
pagasse melhor. Eram mestr es no
disfarce, veneno e no ocul t amento,
tudo para se aproximar e mat ar seu
alvo. Por isso os " Game Masters"
podem se sentir liv res para dar o
for mato que quisessem aos ninjas
em suas campanhas.

lnkyo
Após os 40 anos, os japoneses passam
para uma outra fase da vida, período em
que buscam a iluminação e se preparam
para a morte, geralmente, na cerimônia,
o indivíduo raspa a cabeça e se junta a
um templo budista, transferindo todo o
seu patrimônio e responsabilidades ao
seu sucessor.

Seppukku
Para o povo do Japao, o su1c1d10 e
um ato honrado, e é visto com bons
olhos pela sociedade em geral, quando
se comete suicídio (seppukku) quaisquer
máculas de um indivíduo são retiradas
de sua família, fazendo assim com que
seus erros não recaiam em seus entes
queridos ou em seu senhor. Os nobres

18

RELIGIÃO E MlTOLOGIA.
O Japão possui, na realidade, duas
religiões: o Budismo (em japonês
Bukkyo), vindo da China, e o Shintoísmo,
nativo do país. Com a chegada dos
missionários portugueses, o catolicismo
foi introduzido na ilha mas logo foi
proibido com o final das guerras pelo
Shogunato no século XVI, mais tarde ele
retornaria, mas apenas no século XX é
que se firmaria como uma religião de
expressão no Japão.
O Budismo iniciou-se na Índia, pelas
pregações do príncipe Siddarta Gautama,
o primeiro Buda, cujos ensinamentos
diziam que o homem deveria superar
as 5 paixões para assim se livrar dos
1 grandes pecados: ignorância,
cobiça e paixão.
Samurai X
revista arkham rpg
O Shintoísmo reverencia os
deuses da natureza e todos os seres
ou coisas que possuem inspiração
divina, Shinto quer dizer "O caminho
dos Kami " Sendo os Kami espíritos
a serem venerados, alguns são
deuses, outros, simples manifes-
tações de fenômenos naturais ou até
mesmo grandes homens que tenham
sido elevados a esse status.
Os primeiros missionários
Budistas no Japão pregavam que os
Kami seriam Avatares dos Budas e,
com essa teoria, as duas religiões
foram mescladas, e em toda ilha
ambas são praticadas. Quando duas
pessoas se casam, fazem através de
um ritual de Shinto, mas enterram
seus mortos com rituais Budistas.
19
 "' Hohshu, a maior de todas, c:obre, a
região central <ltr país; Sni)<oku, àq su\~
eom aproximadamente 8%do tamanho dé
· Honshu; Kyushú, pouco abaixo dé
Shik0ku; Ezo (atualmente Hokkaido), ao
norte de Honshu, lar dos Ainu, um povo
primitivo, um tipo de aborígene. 0s
japonêses conquistaram o sul de E;zo,
empurrnndo os Ainu para 0 extremo
norte, onde comercializam com os russos.
o Japão possui capro:Ximadamehte
150 vulcões, sendo 50 ainda em Seaof Japan
atividade. O terreno é basicamente
montanhoso e acidentado, tendo poucas
planícies. Muito~ pântanos se este.ndem OKJISLAND
pelo terrtório, deixand0 pouco espaço o
para a plantação.
Terremotos são freqüentes e
geralmeAtt; são segui dos de TSunamts, HONSHO
ondas gigantescas que assolam a costa.
Vendavais também não são raros e
esporadicamente arrasam uma cidade
ou outra.
Muitos rios adentram o continente, Pacific Ocean
mas nenhum suporta navegação
mercantil, devido ao baixo calado.
~o final do Shogumato, o Japão tinha
uma população de aproximadamente 35
milhões de habitantes (2 milhões de
nobres e soldados, 4 milhões de artistas,
1 milhão 1ile comerciantes e o resto de Mapa extraído do Livro Gurps Japan
çamponeses, aproximadamente).

- DINHEIRO E ECONOMIA

' ' . '. '- \ ."'~
MONS1:R<;>S . >
MITO...OGICOS '. . · '~
Gaki (espíritos famintos):
Sâo espíritos de pessoas cheios de ódio
que caçam à noite. Cada Gaki tem fome
por algo, sendo sangue o mais clássico
exemplo, mas podendo também ser
jóias, armas, comida, ou o qt..ie o GM
desejar. C?eralmente aparecem na
forma de uma névoa negra, ou como
pequenas bolas de fogo frio. Podem
também assumir a forma de um ser
humano se assim quiserem. Geralmente
o fazem para enganar sua vítima e
alcançarem seus objetivos.
Tatsu (Dragões);
Diferente do Ocidente, no Japão, os
Dragões são reverenciados como
criaturas de extrema sabedoria, cujo
único ressentimento com os humanos é
o fato destes depredarem a terra onde
vivem. Seus corpos têm o formato de
serpente, pois não possuem braços ou
pernas, e parecem ser feitos de nuvens
e água. Não cospem fogo mas dominam
as águas e o clima. Podem cooperar com
os humanos se lhes for interessante e
são extremamente poderosos.
Kappa (espíritos dos rios):
São criaturas que vivem próximas aos
rios e possuem uma aparência
esverdeadçi, com. uma carapaça similar
a uma tartaruga. Não são agressivos à
primeira vista, mas gostam de desafiar
os humanos para uma luta dentro da
água. Possuem uma saliência na cabeça
no formato de uma cumbuca, e sempre
está cheia de água. Caso esta água caia,
ele ficara extremamente fraco e fugirá.
Geralmente roubam o que é de seu
interesse de pessoas que vivem às
margens dos rios.
Oni (Demônio):
Grandes criaturas vindas do inferno,
possuem a aparência clássica dos
demônios orientais, com chifres
salientes e grandes bocas com dentes
pontudos, geralmente possuem caudas.
Usam uma roupa feita de pele de tigre,
e empunham uma arma chamada
Tetsubo Uma espécie de tacape com
pontas. São inteligentes e fazem magia,
podendo se passar por humanos, mas
sempre quando o fazem , a ilusão possui
algu!T) erro, coíl1o um monge com um
terceiro olho, ou um samurai sem face.
~Sarnurai .X " -.· ·.
! revi"6ta a r k)lp;rn rpg
11
Rurouni'' (Katana)-22, meditação-16, Judô-16,
liderança-16, salto-20, sobrevivência-
16, etiqueta (Dojo)-15, trato social-12,
Kenshin t ática-20, estratégia-16, sensitivity-18,
style analyses-18, body language-20,
Katana art-20, Katana-28, parry missile
Hirnura, o weapon-24,
Battousai MANOBRAS
feint-32, hit location -28, lunge-28, 1
riposte-30, corps-a-corps-26, agressive
parry (Katana)-18,
PERÍCIAS CINEMATOGRÁFICAS
Kiai-20 , mental strenght-18,
pressure points-20, power blow-20, 1
breaking blow-18, flying leap-21, !
MANOBRAS CINEMATOGRÁFICAS
Enhanced Dodge, enhanced parry,
hand clap parry-20, whirlwind attack-
28, super dodge• 2., hiten mirsurugi
1
combo (30 pontos)*3• i
Altura : 158cm
Peso: 48kg
Data de nascimento: 20 de junho 1849
Típo sanguíneo: AB
Arma: Sakabattou com a lâmina
invertida
Estilo de Luta: Hiten Mitsurugi Ryu
Ficha: ST-13, DX-17, IQ-14, HT-15
VANTAGENS
Antecedentes incomuns,
vontade + 2, prontidão +3, Intuição,
noção do perigo, reflexos em combate,
grupo de aliados (120 pontos - Sano,
Yahiko, Kaoro, Megumi), reputação* 1 ,
visão periférica, sorte (15 pontos) ,
pontos de vida extra +2, fadiga +2,
audácia +2. treined by master, weapon
master (Katana). Style familiarity (18
pontos), carisma+2, prontidão +3.
DESVANTAGENS
Pacifismo (não ferir inocentes),
código de honra (Samurais), voto (não
matar), honestidade, estigma social
(Rurouni -5 pontos), senso do dever (15
pontos), Inimigos (vários!)
PERÍCIAS
Acrobacia-16, Karatê-17, conhe-
cimento do terreno (Japão) -14,
controle da respiração-14, corrida-14,
escalada-15, filosofia (Shitoísmo ,
Budismo e Taoísmo) -14, sacar rápido
21
. Samurai X
r e v i s ta arkham rp g,

Sanosuke Sagara Miyoujin Yahiko Takani Megumi

Ficha: ST- 9, DX-12, IQ-10, HT-11

VANTAGENS
Prontidão +3, força de vontade+2,
noção do perigo, patrono(Kenshin),
grupo de aliados (Kaoro, Megumi, Sano,
Audácia +4.

Ficha: ST-17, DX-14, IQ-10, HT-16
VANTAGENS
Patrono (Kenshin), grupo de
aliados (Kaoru, Yahiko, Megume),
recuperação alígera, rijeza +2,
reflexos em combate, audácia +3 força
de vontade +2, iron hand (15 pontos),
style familiarity (8 pontos).
DESVANTAGENS
mau-humor, impulsividade, senso
do dever (10 pontos), inimigos, código
de honra (Samurai), inimigos*4
PERÍCIAS
Judô-15, Karatê-15, filosofia-1 O,
espada de lâmina larga-17, Katana-13,
arremesso-15, throwingart-15, wrestling-
16, sumowrestling-15, sobrevivência-12,
tática -12, estratégia-10, salto-15,
conhecimetodo terreno (Japão)-11, style
analizes-12, etiqueta (Dojo)-11, briga-
18, i lntimidação-17, corrida-16, trato
social-10.
MANOBRAS
Roundhouse punch- 18, rabbit
punch-18, Jab- 15, head butt-15,
spinning punch-15, shuto-14, elbow
strike
DESVANTAGENS
Juventude, Senso de dever (5
pontos), Teimosia, lnimigos*4
PERICIAS
Fuga-13, furtividade-14, briga-11,
judô-11, Karatê-11, Katana-13, corrida-
1O, dissimulação-11 , lábia-12, punga-13,
salto-11, sobrevivência (urbana)-11,
conhecimento do terreno (Edo I Tóquio)- 12,
manha-11 , trato social-8.
MANOBRAS
Hit location-11, riposte-12.
PERÍCIAS CINEMATOGRÁFICAS
Nenhuma
MANOBRAS CINEMATOGRÁFICAS
Nenhuma
Ficha: ST-8, DX-1 1, IQ-15, HT-10
VANTAGENS
Patrono (Kenshin), grupo de aliados
(Sano, Yahiko, Kaoro), empatia, boni ta,
carisma+ 1, Status+1 (Família Takani ).
DESVANTAGENS
Senso do dever (10 pontos),
Honestidade, Hiperalgia, lnimigos*4
PERÍCIAS
Medicina-17, primeiros socorros-18,
herbalismo- 16, venefício-15, dignose-
17, Yin Yang healing-16, trato social-15
MANOBRAS
Nenhuma
PERÍCIAS CINEMATOGRÁFICAS
Nenhuma
MANOBRAS CINEMATOGRÁFICAS
Nenhuma

PERÍCIAS CINEMATOGRÁFICAS
Breaking blow-18, power blow-19,
pressure points-12, Kiai-12, push-15

MANOBRAS CINEMATOGRÁFICAS

22

Kamiya Kaoru
VANTAGENS
Reflexos em combate, patrono
(Kenshin), grupo de aliados (Sano, Yahiko,
Megume), audácia+2 , carisma+1,
atraente, stile familiarity (5 pontos), força
de vontade +2, riqueza (confortável).
DESVANTAGENS
Incompetência (cozinhar)-4, Hones-
tidades, Pacifismo (não matar) , senso
do dever (15 pontos), código de honra
(Samurai), teimosia, inimigos••
PERÍCIAS
Cozinhar-7, briga-16, Karate-16,
Judô - 15, Katana (Bokken ou Shinai)-
18, conhecimento do terreno-13 (Edo/
Tóquio). style analysis-13, etiqueta
(dojo)-15, filosofia (shintoísmo, budimo,
taoísmo)-15, corrida-12, meditação-15,
liderança- 12, salto-14, acrobacia-14,
tática-11 , body language-1 O, controle
da respiração-10, parry missile
weapons-14, fast draw (Katana)-15,
trato social-13, primeiros socorros-13.
MANOBRAS
Finta (Katana)-18, hit location
(Katana)-18, lounge-16, riposte(Katana)-17.
PERÍCIAS CINEMATOGRÁFICAS
Mental Strengh-15, Power Blow-15
MANOBRAS CINEMATOGRÁFICAS
WhirlwindAttack-18, Enhanced Dodge
e
História: Herdeira mestra da técnica
Kamiya Kashin Ryuu, tem 17 anos, é irritadiça
e agressiva, sendo bastante dura muitas
vezes, mas é apenas uma fachada para
encobrir sua sensibilidade e carência. É dona
de um dojo em Tóquio onde tenta manter
viva a técnica que aprendera com seu pai.
Tem uma ql,leda por Kenshin e ele por ela,
mas jamais chegam a ter algum envolvimento
além da amizade.
Obs.: Kaoro nunca usa Katana com lâmina de
metal, dando preferência à espada de madeira.
Makoto Shishio
Ficha: ST-15 / 19 *6 , DX-18, IQ-15, HT- 17
VANTAGENS
Reflexos em combate, hipoalgia,
prontidão+2, visão periférica, grupo de
aliaoos (Juppon Gatana), noção do
perigo, antecedentes, incomuns,
intuição, sorte (15 pontos), força de
vontade+ 3, recuperação alígera,
treined by master, weapon master
(Katana), fleuma, stile familiarity (20
pontos), artefato (katana)*7 •
DESVANTAGENS
Sanguinolência, megalomania ,
aparência (hediondo), cobiça, reputação
(-4), circunspecção, inimigos (Vários).
PERfCIAS
Acrobacia-17, Karatê-20, conhecimento
do terreno (Japão)-16, controle da
respiração-16, corrida-17, filosofia
(Shitoísmo, Budismo e Taoísmo) - 13,
sacar rápido (Katana)-27, meditação-
14, Judô-18, liderança-18, salto-18,
etiqueta (Dojo)-16, trato social-14,
tática-20, estratégia-18, style analyses-
18, body language-17, Katana art-22,
Katana-30, parry missile weapon-26,
Samurai X
rev i sta arkham r pg
f:t\ANOBRAS
Feint-30, hit location-30, lunge-28,
riposte-30, agressive parry (Katana)-
20, disarming-24, breakfall-20.
PERÍCIAS CINEMATOGRÁFICAS
Power blow-20, breaking blow-20,
pressure points-16, pressure secretes·
15, body control-16, flying leap-20,
imovable stance-18, kiai-16, mental
strengh-18,
MANOBRAS CINEMATOGRÁFICAS
Hand clap parry-20, enhanced parry,
sticking-18, whirlwind atack-30.
História: Makoto é um homem misterioso.
Uma vez ele foi o sucessor do nome Hitokiri
Battousai. Mais tarde o governo percebeu o
seu valor e tentou matá-lo. Ao invés de
morrer ficou cheio de ataduras, que cobrem
boa parte de seu corpo. Dominando cidades
uma de cada vez, fazendo a sua própria lei
com seu estilo Ware Ryuu, o seu domínio
perigoso trouxe Kerishin e Saitou para Kyoto,
tendo a finalidade de acabar com ele, e sua
organização, a Juppon Gatana. EConseguem,
depois de muita luta, matar Shishio e destruir
sua organização.
1 Samurai X
r e v i s t a ' arkham rpg
*1: A reputação de Kenshin é
variável, dependendo da pessoa com
que.mele se encontra ~ Para reconhecer
Kenshin, como o retalhador, apenas pelo
seu rosto, é necessária uma rolagem de
7 ou menos, mas se o seu nome
(Battousai) for pronunciado, ele será
reconhecido instantaneamente. · Kaoro, por andarem juntos de Kenshin
Geralmente a reação das pessoas é
de ·4 em virtude da fama de sanguinário
que possui, mas para alguns é de + 4
pelos seus feitos e proezas com a
espada, se o mestre quiser um resultado
aleatório, jogue um dado, com um
resultado de 1 a 4, a reputação tem
efeito negativo, 5 e 6, têm efeito
positivo.
*2: Kenshin tem a habilidade, única
de sua escola, de prever com precisão
as ações de seus oponentes, dando a
ele um bônus de 4 em sua esquiva.
*3: Esta técnica da escola Hiten
Mitsurugi, permite que as perícias e
manobras da escola sejam usadas
24
simultaneamente, ou seja, no mesmo
turno, e em conjunto. Ex.: Kenshin
poderia usar no mesmo turno as perícias
power blow, breaking blow, juntas com
flying leap, Riposte ou whirlwind atack.
•4: Sanosuke, Megume, Yahiko e
e terem a sua proteção, têm de pagar o
preço de agüentar seus inimigos. Ou
seja, os inimigos de Kenshin afetam
subsidiaríamente a todos os que andam
com ele.
*5 : As peculiaridades de todos os
personagens ficarão a cargo dos GMs
para darem a cor que desejarem a
sua campanha.
*6: Devido a seus ferimentos, Shishio
é imune a quase todo tipo de dor,
podendo levar seu corpo aos limites das
capacidades humanas e de acordo com
sua vontade , ficar mais forte. Em
contrapartida, uma vez engajado em
combate, Shishio só pode lutar por 15
minutos, se usar sua força sobre-
humana, este tempo será reduzido para
10 minutos, quando após, as
conseqüências de seu acidente voltam
a atormentá-lo e todos seus atributos
físicos são reduzidos à metade. Se ele
perdurar no combate por mais alguns
minutos, ele poderá morrer, pois
começará a tomar 1 ponto de dano por
turno, quando seu tempo acabar.
*7: A espada de Shishio, atualmente,
inflinge um dano de GDP+10 e BAL +10/
+11 , pois a cada 5 pessoas que ele mata
com ela a espada inflinge 1 ponto de
dano a mais, de acordo com a raiva
despertada no momento (critério do
GM), este valor pode variar, de Oaté +3.
As fichas foram baseadas no que de
mais evidente cada personagen possui. O
GM deve se sentir completante livre para
acrescentar, retirar ou modificar qualquer
uma das características relatadas para
adequar melhor os personagens ao seu
gosto e sua campanha.
RUROUNI KENSHIN - DOS
MANGÁS AOS ANIMES
O animê de Rurouni Kenshin terminou em setembro
de 1998 no Japão, e se compõe de 94 capítulos mais um
capítulo especial, o número 95, entitulado "O Episódio
nunca visto antes" que finaliza o seriado. A série foi
produzida pela Sony Pictures Entertainment do Japão (SPE
Visível Works) e teve uma tremenda audiência, levando
até a produção de um longa-metragem para o cinema
(este dificilmente passará por aqui).

Após o término das produções oficiais, uma última

série foi feita, que objetivava elucidar algumas dúvidas
pendentes do seriado original, chamada de OVAs (Original
Vídeo Anuunation) explicou um pouco mais a origem de
Kenslin, sua mulherTomoe e suas motivações, esta última
,, fase foi denominada como Reminiscence Chapter.

O Animê é bem fiel ao mangá, sendo sério durante as

lutas e momentos de tensão, sendo cômico nos intervalos
entre uma aventura e outra, quando este se concentra
no dia-a-dia dos personagens na Tóquio do início da era
Meiji... Com períodos longos de seriedade na história, a
série certamente se tornaria cansativa. Os momentos
humorísticos que sempre mantiveram a série passando,
·sendo tal comum em quase todos os animês de grande
duração no Japão. ~ ainda duvidoso para alguns que os
OVAs sejam mesmo o final da série.

A série da televisão tem alguns personagens a mais,

porém possui a mesma linha do mangá e estreou dia 10
de janeiro de 1996. Pode ser dividida em duas partes: O
Tokyo Chapter que aparece Kenshin e o resto dos
personagens principais que ajudam o Dojo Kamiya (é a
academia de Kaoru) a se reestabelecer. Após eles se
estabelecerem na hfstória., são mostradas uma variedade
de histórias individuais. Muitas destas histórias não são
achadas no mangá. A saga de Kenshin foi publicada entre
1994e1999, na revista senil Shonen Jump, o mais popular
gibi do Japão. Em suas mais de 300 páginas semanais, a
Jump foi o berço de séries como Cavaleiros do Zodíaco,
Dragon Bali, Super Campeões e o cult sobre a Segunda
Guerra Mundial, Gen Pés Descalços. A obra Samurai X,
batizada originalmente de Rurouni (ou Andarilho) Kenshin.
foi escrita e desenhada por Nobuhiro Watsuki, então com
24 anos e fã ardoroso dos heróis Marvel. Referências a
Hulk e aos X-Men Gambit e Wolverine foram utilizadas
em vilões do início da série.

Quanto aos fãs, só resta esperar que os OVA's não tenham

posto um verdadeir;ó fim à carreira de Rurouni Kenshin.

VIDA LONGA AO RETALHADOR

Elaboração das planilhas:

Luiz Eduardo Giangiulio Coelho: luizinhorpg@ieg.com.br
Rodrigo Santos: hantei38@ig.com.br

25
1
 o Encontro
Internacional de

Dias 24, 25 e 26 de maio de 2002

Local: Mart Center
Rua Chico Pontes, 1500 - Vila Gui lherme
São Paulo- SP

Informações e inscrições:
DEVIR LIVRARIA
Rua Teodureto Souto, 624
Cambuci - São Paulo - SP
Fone (11) 3272-8200 - fax (11) 3272.;8264
www.devir.com.br

Prepare seus dados, faça sua planilha e venha se divertir conosco

nestes 3 dias de aventuras

- Mesas de RPG, Jogos Especiais

- Lançamento de Livros
- Feira de jogos usados
- Palestras, exibição de vídeos
- 82 Campeonato Nacional de Magic: The Gathering
- 12 Campeonato Nacional de Mage Knight
- Torneio de Harry Potter, Estampas Ilustradas
- Real Master Pokémon, Estampas Ilustradas
- Torneio de Senhor dos Anéis, Estampas Ilustradas

Realização ÓJif
 A inscrição deverá ser enviada até o dia 01/05/2002 pelo CORREIO, por FAX, via n/SITE ou no endereço:
J,. •
uJ/f
Gibiteca Henfil - Centro Cultural São Paulo - Rua Vergueiro 1000 - São Paulo -SP
IBl Devir - Rua Teodureto Souto, 624 - Cambuci - CEP 01539-000 - São Paulo - SP
W fone: (Oxx11}3272-8200 1@ fax: (Oxx11}3272-8264
D
~ e-mail:eirpg@devir.com.br Q site: www.devir.com.br

DADOSPESSOAIS ATENÇÃO
Nome completo Preencher em letra de forma da maneira mais completa possível e legível

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

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n·1 11111111111·11 11111111111111111111··n-, Onde ou Como soube do evento?

::o:~::~s []] :::ou:::::re? []] :::::::::~~:) D 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Só PARA MESTRES
QUANTIDADE MÍNIMA 06 JOGADORES POR AVENTURA
Sistema: Cll Sistema:
Sub-sistema:
N
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SÓ
Titulo da Aventura: ~e~ Titulo da Aventura:

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N2 de Jogadores: [ 1 l e ,.,,
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Duração: [ 1 J horas Duração: ( J horas
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Aventura para principiantes ? S1• O NAo D .... Aventura para ptincipiantes ? S1• O NAo 0
MESTRES
Sistema:
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Título da Aventura:
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N" de Jogadores: [ 1 l
Duração: [ 1 ] horas
Aventura para principiantes ? S1M O NAo D
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-IV N2 de Jogadores: [ 1 J
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Aventura para principiantes ? S1u O NAo O
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Titulo da Aventura:
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1 J
CD C Dlnção: [ 1 J horas
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Aventura para principiantes ? S1• O NAo D
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Titulo da Aventura:
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Cll N' de Jogadores: [ 1 J
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N M
.,- Duração: [ 1 ] horas
Aventura para principiantes ? S1u O Ni o D
 RPG de Horror
p g

~\

NO
MAN'S
ND
Por Clayton Mamedes
lustrações: Alexandre Barbosa(Bar)

iferente é a palavra que

D define Deadlands. E os
motivos para isto são um
tanto óbvios. Primeiro, são
poucos os jogos de Horror disponíveis;
segundo são praticamente inexistentes,
no mercado, jogos que lidam com o
Faroeste Americano; depois não existe
sistema que consegue misturar, com
tanto sucesso, a brutalidade do Velho'
Oeste com o clima de desconhecido de
um ambiente assombrado.
A inovação está presente em todo
lugar. O si stema de regras é realmente
exótico: cartas são utilizadas para a
resolução dos combates (O Action
Deck) , e os atributos e manobras
possuem nomes estranhos como Mien,
Skedaddlin, Scrutinize e outros. A
munição é marcada com um clip de
papel preso em um cinturão de balas,
desenhado na borda da planilha, e a
condição física é anotada em um campo
em forma de caixão, através de um
sistema de cores!!

33
1 RPG de Horror
revista arkham rpg

homem. A Guerra Civil Americana Entre as principais criaturas que

O JOGO
O ano é 1876, porém a América não
é igual à retratada nos livros de
História. O Grande Terremoto atingiu
a Califórnia e levou grande parte do
estado para baixo d'água; o que
sobrou foi invadido pelo mar,
transformando-se no Labirinto, onde
mineradores e piratas lutam pela
Ghost Rock, um estranho minério, que
surgiu após o Terremoto , capaz de
produzir grande energia. Junto com a
pedra também surgiram varias
criaturas, nunca an tes vistas pelo
ainda não acabou, e nenhum dos lados
conseguiu ainda uma va ntagem
significativa. Tribos de índios
declararam como territórios seus,
partes do interior dos Estados Unidos
e os mortos levantaram-se e
caminham entre nós ...
No meio deste ambiente estão os
personagens jogadores, que variam
desde os tradicionais Xerife e Ranger,
até Cientistas Malucos, Shamãs, Padres
e Garotas de Saloon. Existe ainda um
tipo de personagem bem interessante,
os Hucksters, que utilizam baralhos
mágicos (parece familiar??) .
povoam o mundo de Deadlands podemos
destacar os t emíveis Los Diablos e
Hangin' Judge e os clássicos Werewolf
e Wendigo. Há também as engenhocas
inventadas pelos Cientistas Malucos,
(muitas vezes utilizando a energia da
Ghost Rock) que de tão arrojadas,
podem ser a fonte de muitas aventuras.
As aventuras possíveis são inúmeras
neste cenário: ci dades - fantasmas,
excursões pelo Labirinto, duelos ao pôr-
-do-sol, combates com índios, ser os
próprios índios defendendo o seu povo
de antigas lendas, como o Horse-Eater,
e por aí vai.

O LIVRO
O sistema de com-
bate não é dos mais
simples, e requer um
bom treino até que se
pegue familiaridade.
Com o Action Deck são
definidas as ações do
turno de combate,
tanto em número
quanto em ordem de
c::.s.-•m.-c.:..,. ataque; este último é
realizado utilizando-se um sistema de
dificuldade (Target Number), que
relembra o Storyteller, porém bem
melhor elaborado e justo. Com o tempo,
todas as ações tornam-se fáceis de
serem executadas, tanto para o Mestre
(chamado de Marshal) como para os
Jogadores. O sistema de dano também
é um pouco particular, porém, assim
como o restante do sistema, não chega
a prejudicar a dinâmica de jogo.
Um ponto muito interessante e
diferente é o uso das chamadas Fate
Chips (Fichas de Destino). No início de
uma campanha, o Mestre enche um pote
com fichas coloridas de pôker e os
jogadores pegam algumas delas durante
o jogo, na maioria das vezes corno
prêmio por ações bem sucedidas. Estas
fichas podem ser utilizadas em favor dos
jogadores, diminuindo o dano causado
por um oponente, ou ajudando a
melhorar o resultado daquele lança-
mento importante. Outro ponto dife-
rente é o uso de combinações de pôker
(3 of a Kind ,Royal Flush etc.) para
determinar efeitos de ataques e feitiços.
O livro em si é bem organizado, com
introdução histórica, capítulos sobre os
diversos tipos de personagens e um
grande capítulo de referência para o
Marshal. As ilustrações em pre to e
· branco e coloridas são ótimas e a
Planilha de Personagem é uma das mais
bem elaboradas, repleta de detalhes.
Por fim, Deadlands é um jogo que
possibilita um tipo inteiramente
diferente de aventuras, tanto por
utilizar um sistema de regras tão
exótico, quanto pela própria temática.
Com um pouquinho de esforço, as regras
são assimiladas rapidamente e o jogo
flui bem. A principal dificuldade é
acostumar-se aos nomes estranhos dos
atributos e manobras, e à idéia de
utilizar cartas na resolução de ações.
Superado este obstáculo inicial, longas
jornadas o aguardam. Deadlands ainda
é bem suprido de suplementos, de todos
os estilos, bolsos e gostos, desde
aventuras prontas, até manuais sobre
determinado tipo de personagem e
compêndio de monstros.
Prepare a sela, tire a poeira das
botas e carregue o seu Pacemaker .45.
Se o Oeste só era para os bravos,
imagine agora .. .
Ficha Técnica:
Deadlands. The Weird West
Roleplaying Game
Por Shane Lacy Hensey, 1996
Pinacle Entertainment Group
228 páginas. Colorido.
www.peginc.com

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A
frase célebre e marcante,
explicitada de forma ines-
quecível através do episódio
do Gigante Adamastor em
"Os Lusíadas", de Luís de Camões, pode
ter diferentes significados que dependem
da livre interpretação de cada indivíduo,
atingindo níveis de compreensão distintos
que variam da cultura e do repertório de
cada um. Algo semelhante acontece com
universos paralelos e inexplicavelmente
fantásticos que sobrevivem ao tempo e aos
preconceitos: os incontáveis mundos dos
quadrinhos e do RPG.
Pouco pode ser traduzido como
concreto ou exato quando se é um
cavaleiro medieval em pleno século XXI,
ou ainda quando se pode saltar sobre
edifícios e desafiar as leis da mecânica e
da física. O fato é que, tanto ao ler
quadrinhos como ao jogar RPG, podemos
viver experiências fantásticas e
extraordinariamente inusitadas, em que
não somente a imaginação de alguns
autores, mas acima de tudo a nossa própria
imaginação, é capaz de nos guiar por
caminhos bizarros ou por portais
encantadores, penetrar em castelos
assombrosos ou em tavernas aconchegantes,
e seja qual for o objetivo proposto pela
aventura, o objetivo humano de quem se
propõe a participar é um só: a diversão!
Até aos dias atuais, ainda sobrevive
um cert o preconceito quanto à validade
das histórias em quadrinhos como veículo
de transmissão de idéias e fonte poderosa
de cultura. Pelo contrário, ainda há quem
aponte as hqs como subproduto de cultura,
mas estes que lançam os quadrinhos ao
frio dos calabouços da ignorância, nada
conhecem sobre o assunto, ou mesmo
jamais leram quadrinhos, e por isso se
negam a explorar essas terras tão
prósperas e férteis, nas quais a imaginação
é que domina as nossas emoções. Não
da 1maginação
"Navegar é preciso,
viver não é preciso."
conhecem a história da história em
quadrinhos, nada entendem de comuni-
cação e por isso mesmo recusam-se a abrir
as velas de suas caravelas e trilhar um novo
e bonito horizonte. Navegar é preciso ...
Em tempos até bem recentes, o RPG
também sofreu uma certa marginalização
decorrente de mais um escândalo da
mídia, que pouco se preocupa em
informar, mas em manipular, revoltar e
deformar a realidade. A mesma realidade
que pode deixar de existir, ou mesmo
coexistir, quando abandonamos nossas
Pois quão finita é
nossa liberdade de ser
e de expressar, assim
pode ser infinita a
liberdade de imaginar
vestes e vestimos a pele de um
aventureiro rebelde ou de um anão valente
e feroz, pouco importando o que os dados
apontarem, pois nesse mundo pode e deve
acontecer tudo. Se morrer, paciência. É
possível tentar outra vez, num futuro
próximo. Viver não é preciso .. .
Não escrevo para tentar estabelecer
semelhanças e diferenças entre os
quadrinhos e o RPG, pois outros já se
ocuparam disso de maneira competente.
Apenas estou aqui para levantar uma
bandeira contra os estereótipos e à
banalização, que tendem a fortalecer um
inimigo comum: a alienação. Também não
pretendo ser prepotente a ponto de
almejar a formação de opiniões ou algo
que assim o valha. Muito antes pelo
contrário. Aqui deixo minhas palavras em
favor da imaginação. Assim sendo, pouco
importa aqueles que se julgam juízes aptos
a classificar o que é arte ou o que é sub-
arte, pois esses conhecem pouco de si
mesmos, exatamente por acharem que
sabem demais.
Ao ler "Os Li vros da Magia", do
mestre britânico Neil Gaiman, é fácil
entender como pode ser fantástico o
mundo que nossa imaginação pode criar.
Gaiman nos conduz por mundos
diferentes e, paradoxalmente, se-
melhantes ao nosso, o que estabelece
um vínculo entre emissor e receptor. O
mesmo acontece quando jogamos RPG
e nos vemos, bem devagar, ir entrando
num mundo que não é nosso, mas quando
estamos alí, entretidos, desafiando,
enfrentando, vencendo os obstáculos um
a um, sem os compromissos triviais,
somente nós e os inimigos ... ora
bolas, esse PODE SER o nosso mundo ... ao
menos enquanto a diversão durar.
Pois quão finita é nossa liberdade de
ser e de expressar, assim pode ser infinita
a liberdade de imaginar.
E isso ninguém ainda é capaz de nos
tirar. Como já disse Walt Disney, por
ocasião de uma pergunta sobre a
Disneylândia: "Esse mundo jamais estará
construído. Continuará sempre a crescer,
a se expandir e a cri ar coisas novas,
enquanto houver imaginação no mundo".
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