PM ColetaneaHarryPotterNaEscola Ebook

C O L E T Â N E A
HARRY POTTER
NA ESCOLA
PROFESSORES ENSINAM
O SEGREDO PARA
AULAS MÁGICAS
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS,
2021
Copyright 2021 por Professores Mágicos
Todos os direitos desta publicação são reservados
à Professores Mágicos Editora LTDA.
Nenhuma parte desta obra pode ser apropriada e
estocada em sistema de banco de dados ou
processo similar, em qualquer forma ou meio, seja
eletrônico, de fotocópia, gravação, etc., sem
permissão do detentor do copyright.
Produção editorial: Maiza Nara dos-Santos
Organização Geral: Stefânia Andrade
Capa e projeto gráfico: Maiza Nara dos-Santos
Co-autores envolvidos:
Aline de Souza Luna
Brandon Leenkon Rogério de Oliveira Domingues
Letícia Prestes Rodrigues
Maria Luciana Gil Nazario
Melissa da Silva Marin
Stefânia Andrade
Tatiana Caniceiro Mileo
Thays Cristina Bonifácio
Thiago Assunção Almeida
Victor Henrique da Silva Menezes
S816
Andrade, Stefânia.
1 ª Edição
Harry Potter na escola: professores ensinam o segredo para aulas mágicas/
Stefânia Andrade - São José dos Campos/SP: Professores Mágicos Editora
LTDA, 2021.
76 p.
1. Formação de Professores. 2. Criatividade. 3. Harry Potter
ISBN 978-65-996038-0-8 .
Os pontos de vista desta obra são de responsabilidade de seus autores,
não refletindo necessariamente a posição do Professores Mágicos, da
Professores Mágicos Editora LTDA ou de sua equipe editorial.
São José dos Campos/SP
www.professoresmagicos.com.br
ÍNDICE
PROFESSORES
MÁGICOS

Prefácio
5
Harry Potter na escola 6
Disciplinas
Polivalente (1) 9
Polivalente (2) 16
Artes 22
Inglês 29
Química 37
História (1) 43
História (2) 48
Física 59
Matemática 64
Sobre a organizadora Stefânia Andrade 71
Sobre o Professores Mágicos 73
Mural Virtual do ebook Harry Potter na Escola 75
PROFESSORESMAGICOS.COM.BR | @PROFESSORESMAGICOS
PREFÁCIO
PROFESSORES
MÁGICOS

Conheci Harry Potter em 2004, um pouco antes da chegada de Prisioneiro de Azkaban ao
cinema. Me apaixonei e levei os livros para a faculdade, debatendo sua proximidade com os
Contos de Fadas. Depois, sofri com as longas esperas para a chegada dos novos livros e
filmes, enquanto lia fanfics e traduções não oficiais no Orkut.
Iniciei a carreira docente em 2006 e já fiz meu primeiro “Clubinho de Harry Potter”. Ao
longo dos anos a saga permeou minhas aulas, especialmente como elo de ligação com os
alunos. Claro que houve resistência da comunidade algumas vezes, mas eu ressaltava a
importância literária da obra.
Em 2016 iniciei o Projeto Ordem da Fênix, um aprofundamento literário com alunos de
escola pública do Fundamental II. No contraturno os alunos estudavam os temas da história,
além de fazerem oficina de varinhas, duelo de feitiços, aula de poções e quadribol. Nossos
maiores objetivos eram o incentivo à leitura e produção textual e o protagonismo juvenil.
Nos anos de 2017 e 2018 o projeto ganhou atenção da mídia, aparecendo no jornal, revista
e TV, além de abranger novas escolas. Em 2019 estive fora do Brasil e em 2020 a pandemia
só permitiu um clube do Livro virtual para estudo da Pedra Filosofal.
Depois de muitos pedidos para ensinar a fazer Ordens da Fênix pelo Brasil, em 2020 iniciei
os Professores Mágicos, um espaço para formação de professores utilizando Harry Potter. Por
meio, principalmente do Instagram, mas também do Youtube e Telegram estudamos formas
de utilizar a saga nas aulas de todos os níveis de ensino e componentes curriculares.
Nesse sentido foram criados os cursos A Magia de Harry Potter e Desvendando Hogwarts,
além da Mentoria Criatividade Mágica. Todos eles são destinados a professores que desejam
fazer a diferença na vida de seus alunos, gerando transformações. Os cursos são mais
focados em Harry Potter como instrumento de ensino e a Mentoria é um acompanhamento de
10 semanas para resgatar o potencial criativo do professor por meio do mundo mágico.
Desde o 1 º Congresso Mágico para Professores, em outubro de 2020, passamos a realizar
lives com professores convidados que utilizaram Harry Potter em suas aulas, seja por meio de
atividades, sequência didáticas ou projetos. Assim fomos conhecendo professores de todos os
cantos do país que realizam trabalhos belíssimos com o mundo bruxo, inspirando e trocando
ideias!
Em meio às lives surgiu a ideia do livro colaborativo contendo dicas desses professores
bruxos a todos os Professores do Brasil, de diferentes níveis de ensino e componente
curricular. Depois de quatro meses de trabalho intenso de muitas pessoas, especialmente a
minha parceira Maiza Nara, temos esse material maravilhoso que ajudará você a tornar sua
aula mais mágica!
5
HARRY POTTER NA ESCOLA

Por que a escola precisa ser tão séria? Por que o lúdico vai desaparecendo quando as
crianças crescem? Por que vai ficando tudo tão chato? Alunos cada vez mais passivos e
desestimulados, professores cada vez mais frustrados. Eu nunca me conformei com isso e
sempre disse que a escola precisa ser um lugar que alunos e professores gostem de estar.
O aprendizado é tão mágico! É só olharmos para as crianças pequenas vidradas em
aprender sobre dinossauros ou borboletas. As aulas precisam ser leves, interessantes e
divertidas. É possível transformar um conteúdo denso em algo mais prazeroso, é
desafiador, mas temos grandes aliados na literatura!
Harry Potter é um grande exemplo: uma saga completa que pode ser usada por qualquer
professor de diferentes níveis de ensino e componentes curriculares. Cada tema presente em
Harry Potter pode gerar uma atividade, sequência didática ou projeto. Há professores ao
redor do mundo usando a saga da Educação Infantil ao Ensino Superior, nas mais diferentes
áreas.
Eu costumo dizer que todo mundo precisa ler ao menos o primeiro livro da saga Harry
Potter. Eu sei, tem quem não goste. Mas a maioria que diz isso nunca deu uma chance aos
livros. A história é de uma riqueza incrível, recheada de referências à história da humanidade:
desde as tapeçarias Babilônicas, passando por castelos medievais, pela mitologia grega,
romana e celta.
Existem mil motivos para você levar Harry Potter para sua escola, selecionei 10 que já vão te
convencer:
A escrita é simples, direta, sem ser simplória. Crianças com o domínio leitor lêem sem
dificuldades.
A história é envolvente, te levando a um mundo mágico.
Apesar da magia a história não é clichê, há muitas reviravoltas.
Há a presença de valores como amizade, tolerância, determinação e amor.
Há elementos de Contos de Fadas e da Saga do Herói, ativando o consciente coletivo.
A história é muito rica nas inúmeras referências a outras histórias como a Alquimia,
Astronomia e Astrologia.
Os personagens são envolventes e bem construídos, para além dos protagonistas.
O cenário principal é uma escola e há grande identificação dos alunos com ela.
É possível comparar sua escola com Hogwarts nas disciplinas, nos conteúdos, nas regras
ou professores.
Além dos livros e filmes, é possível encontrar inúmeros materiais sobre Harry Potter, desde
canais do Youtube, sites e notícias, até produtos ou estudos acadêmicos.
Usar obras literárias é algo comum nas aulas dos professores brasileiros… de língua
portuguesa! Mas eu posso garantir que é possível usar Harry Potter como instrumento de
ensino em todos os componentes curriculares e darei alguns exemplos:
PORTUGUÊS
- Personagens e adjetivos
- Paródias de HP
- Produção de fanfics
- Leitura dos livros
MATEMÁTICA
- Plataforma 9 ¾
- Sistema Monetário bruxo
(galeão, sicles e nuques)
- Xadrez bruxo
- Maquete
HISTÓRIA
- História dos Castelos
- As bruxas em nossa história
- Druidas, feiticeiros e magos
GEOGRAFIA
- Espaços da saga
- Ambientes naturais e modificados
- Inglaterra, Escócia e Reino Unido
- Classes sociais bruxas
7
HARRY POTTER NA ESCOLA

CIÊNCIAS
- Universo e as leis que o regem
- Astronomia
- Ciência x Magia
Tipos de Mágica:
- Fenômenos cinéticos – Voar, Levitar, Palavras para acender luz, etc
- De transformação – Plataforma 9 ¾, Beco Diagonal, Chave de Portal

- Psíquicos – Mudanças na memória, Chapéu Seletor, espelho mágico
ARTE
- Peça de biografias
- Exploração de Fanarts
- Oficina de varinhas
- Produção de objetos
INGLÊS
- Trechos dos livros originais
- Filmes com áudio original
- Nomes dos personagens e pronúncia
EDUCAÇÃO FÍSICA
- Aula de voo
- Quadribol
- Labirinto
- Duelo de feitiço
Podemos dizer que Harry Potter é uma história com conteúdos infinitos e você pode usá-la
para ter aulas mais criativas e alunos mais engajados!
Stefânia Andrade
8
MELISSA DA SILVA MARIN
PROFESSORA MÁGICA
POLIVALENTE
5º ano Ensino
Fundamental
Nascida na capital paulista, caçula de 3 irmãs e mãe de uma
mocinha linda. Fã de cultura pop anos 90 e livros, maratona séries
icônicas em seus momentos de lazer, como Friends e Gilmore Girls.
Adora um teatro musical, shows e dança todas as coreografias de
Sandy e Junior. Desfila no carnaval de São Paulo e participa de
corridas de rua. Harry Potter surgiu como um elo entre Melissa e sua
irmã Amanda, quando moravam em cidades diferentes. Hoje, atua
como Professora Coordenadora em uma escola do Programa Ensino
Integral e parte do seu trabalho é dedicado a incentivar a prática
da leitura na comunidade escolar.
Formação acadêmica: Graduada em Pedagogia
(Faculdade Anhanguera de Piracicaba), Pós Graduada em
Educação, Diversidade e Inclusão Social (Universidade
Salesiana Dom Bosco), Alfabetização e Letramento
(Faculdade UNINA) e Psicopedagogia (Faculdade UNINA).
/EDUCA_MEL
www.educamel.com.br
POLIVALENTE
INFORMAÇÕES SOBRE ESTE CAPÍTULO
Disciplina e anos envolvidos na(s)

atividade(s) relatadas no conteúdo:
5 º ano Ensino Fundamental
Envolve os componentes curriculares Língua
Portuguesa, Matemática, Ciências e Educação Física.

PROJETO EXPECTO PATRONUM
Precisando incentivar a leitura e engajar seus alunos nas atividades escolares?
Como educadora, sempre busquei incentivar a leitura e trazer para sala de aula opções de
livros que remetessem a realidade de cada turma.
Em 2017 lecionava para uma turma de 5 º ano do Ensino Fundamental e em parceria com a
diretora da escola e com o professor de Educação Física, nasceu o projeto “Expecto
Patronum”.
A proposta era apresentar a saga Harry Potter e incentivar a leitura nas crianças. Porém,
descobrimos muitas possibilidades de explorar a saga e o projeto se estendeu por todo o ano
letivo, culminando com uma exposição.
Primeiro Passo: “Apresentação da temática”
Proposição para a gestão.
1.
Conversa inicial com a gestão (direção e coordenação) sobre a ideia e propósitos
pedagógicos. Para isso foi importante ter clareza das etapas e objetivos, gerando
credibilidade e apoio dos superiores.
Proposição para os alunos.

2. Livros e outros materiais personalizados da saga ficavam sempre visíveis,
fomentando a curiosidade dos alunos e abrindo possibilidade de diálogo
investigativo, onde pude avaliar se havia neles uma vontade de trabalhar com o
projeto. Era necessário fazer sentido para o público-alvo, só assim eles estariam
engajados do início ao fim.
Apresentação para os pais.

3. Essa era a etapa mais delicada, apresentar o projeto sem ser mal-interpretada.
Transmitir a seriedade do trabalho e todo o valor cultural embutido na ideia, além de
esclarecer que não falaríamos sobre bruxaria ou outras tantas ideias
preconceituosas e pejorativas que rondam Harry Potter.
Com a aprovação de todos, iniciamos os trabalhos…
No início a proposta consistia em ler um livro da saga por mês e na última sexta de
cada mês, ainda que não tivéssemos terminado a leitura, assistiríamos ao filme
referente aquela leitura. Mas a saga abriu muitas outras possibilidades, acompanhe:
11

Atividades realizadas
1
BIOGRAFIA, PESQUISA UTILIZANDO FERRAMENTAS ONLINE, ANÁLISE CRÍTICA DE
INFORMAÇÕES E PRODUÇÃO COLETIVA.
Era importante as crianças saberem em que época estaríamos sendo inseridos,
como era aquela sociedade, como é a cultura dos locais retratados na saga, quem é
a J.K. Rowling, como ela vivia, porquê escreveu a saga, como se deu o processo de
publicação.
Todas essas informações eram importantes para a valorização da obra,
desmistificando a crença de ser “só mais um livro para crianças”.
Os dados foram pesquisados pelos alunos, discutidos em sala para que pudéssemos
verificar a autenticidade das informações e, assim, pensarmos sobre técnica de
pesquisa e análise crítica de dados, e por fim, tudo foi organizado em uma
produção coletiva.
LEITURA DE NOTÍCIA, TEXTO JORNALÍSTICO, CARTA E CARTA DE LEITOR.
2 Pensando que jornal e cartas são meios de comunicação muito presentes na saga,
introduzir esses dois gêneros do currículo durante as aulas foi muito simples. Sempre
que possível, as notícias trabalhadas eram sobre a saga, possibilitando uma imersão
ainda maior na temática.
SUBSTANTIVOS E ADJETIVOS
3 Conforme fomos lendo os livros e assistindo aos filmes, uma lista dos personagens
com maior popularidade entre os alunos foi criada e eles foram desafiados a pensar
sobre cada um e elencar suas características físicas e psicológicas.
Também eram feitas atividades com trechos dos livros para estudo das classes dos
substantivos.
PRODUÇÕES COLETIVAS
4 Os alunos foram convidados a produzir Fanfics coletivamente. Outras temáticas
envolvendo as personagens eram propostas, explorando a criatividade dos
estudantes e o trabalho colaborativo. Essas produções eram utilizadas durante
outras aulas, promovendo agrupamentos produtivos e possibilitando intervenções
como: uso correto de pontuação, verificações ortográficas e ampliação de
vocabulário.
12

5
CRIAÇÃO E ANÁLISE DE GRÁFICOS
Envolvendo o currículo de matemática, foram criados e analisados gráficos com os
seguintes dados: número de páginas dos livros e duração (em minuto) dos filmes.
Para isso, além da pesquisa, os alunos precisaram aprofundar os estudos de
conversão de medida de tempo.
FRAÇÕES E RECEITAS
6 Quando pensamos em Harry Potter e fração, logo a primeira referência é a
plataforma 9 ¾, porém o trabalho com frações e conversão de medidas não ficou
restrito a esse símbolo ou somente ao componente curricular de Matemática.
Aproveitando o componente de Ciências, trabalhamos o conceito estudando dieta
balanceada, pensando nos principais alimentos consumidos pelos estudantes de
Hogwarts, estudando receitas e replicando a receita da Cerveja Amanteigada.
13

OUTRAS ATIVIDADES…
CERIMÔNIA DO CHAPÉU SELETOR: no dia da leitura do capítulo de “Harry Potter e a
Pedra Filosofal” que relata a cerimônia de seleção, reproduzimos a cena na sala de aula.
Os alunos retiravam um nome de um saquinho e eram alocados nas casas em sequência.
A organização dos alunos em grupos determinados promoveu uma maior interação entre
eles, fazendo com que se relacionassem com colegas que antes não eram tão próximos,
melhorando a harmonia entre todos. Os estudantes também recebiam pontos pelas suas
entregas e participação nas atividades, bem como tinham pontos subtraídos quando não
cooperavam com as tarefas coletivas ou apresentavam postura inadequada. O sistema de
pontuação coletiva os fez perceber o quanto a corresponsabilidade é importante para o
convívio em grupo.
XADREZ: com o apoio do professor de Educação Física, os alunos foram inseridos no
mundo do Xadrez. Começamos com a história do jogo, apresentação das peças,
movimentação, até chegarmos as primeiras partidas. Ao passo que melhoraram como
jogadores passaram a ser monitores de turmas menores, criando uma cultura na unidade
escolar. Ao final do ano, tínhamos tabuleiros dispostos por todo pátio, onde alunos de
diferentes turmas se reuniam para partidas durante os momentos livres.
QUADRIBOL: sim, jogamos quadribol!! No Dia D (Dia do desafio do Movimento), jogamos
uma partida super divertida de quadribol. Bambolês foram colocados nas traves dos gols,
a bola de futebol era a goles, bolas de queimada eram balaços e uma bexiga, amarrada
a cintura de um aluno, foi nosso pomo de ouro. O apanhador que estourasse a bexiga
primeiro, ganhava 150 pontos para seu time e a partida era encerrada. Difícil foi apitar o
jogo!
DOBRADURA: fizemos um marcador de livro de dobradura, com direito a óculos e cicatriz.
14

EXPECTO PATRONUM
Em 2017 a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo realizou um projeto onde todas
as escolas deveriam estudar seus patronos. Juntando o livro “Hogwarts uma história” e o
feitiço “Expecto Patronum”, realizamos nossa exposição “Pedro Costa uma história”,
apresentando nosso patrono para comunidade escolar. Realizamos biografia e inventário do
espaço. Nas aulas de arte realizamos uma atividade de transferência de imagem. Um
quadro do patrono foi quadriculado pela professora, os alunos precisaram à mão livre
realizar a cópia da imagem para papel quadriculado, posteriormente, utilizando técnica de
carbono, repassar a imagem para papel canson, onde puderam colorir livremente, criando
assim cada um o seu patrono.
CULMINÂNCIA
Todas essas atividades foram apresentadas ao fim do ano letivo em evento aberto ao
público. A sala foi transformada em uma sequência de espaços. Os visitantes iniciavam a
visita entrando no Beco Diagonal, podendo folhear os portfólios dos estudantes na Floreios e
Borrões, e criar suas próprias varinhas no Olivaras. De posse de suas varinhas, ganhavam um
bilhete de embarque e somente de posse desse, tinham a passagem autorizada para a
plataforma 9 ¾, lugar onde tínhamos uma réplica do trem para foto. Seguiam, então, para o
salão principal de Hogwarts, recebidos por um banquete de doce de abóbora, tinham aulas
de quadribol, participavam de uma partida de xadrez e conferiam o placar da Taça das
Casas. Na sequência, curtiam um copo de cerveja amanteigada preparada pelos nossos
alunos, no Três Vassouras. A visita era finalizada passando pela exposição “Expecto
Patronum”.
O saldo de um ano de muito trabalho foi de engajamento total, aprovação de 100% da
turma, rendimento superior ao esperado em índices educacionais (IDESP e IDEB) e jovens
leitores!
15
MARIA LUCIANA NAZARIO
PROFESSORA MÁGICA
POLIVALENTE
3º ano | ENSINO
FUNAMENTAL
Entrei na escola aos cinco anos de idade e nunca mais
saí! Em minha família, muitas mulheres que me
antecederam foram educadoras. Cresci e hoje sou uma
professora apaixonada! Enxergo a escola como espaço
de excelência para a construção do ser de forma integral.
Formação acadêmica: Pedagogia - UFRGS
atuando na Rede Municipal de Porto Alegre.
Pós graduação em alfabetização.

POLIVALENTE

Atividades desenvolvidas em turma de terceiro ano do
Ensino Fundamental

A magia acontece na escola![1]

A estação de embarque...
Não. Não era a Estação 9 ¾!
Meu ponto de partida foi numa escola municipal de Porto Alegre, com uma turma de terceiro
ano do Ensino Fundamental. Um grupo de dez crianças com distorção de idade/ano-ciclo[2].
Vítimas do abandono e da violência doméstica, meus alunos não conseguiam conversar:
reproduziam constantemente a linguagem violenta que conheciam. Numa espécie de
autoproteção, preferiam negar os vínculos a correr o risco de sofrer novos abandonos.
Essa turma representava um grande desafio: tornar-me um porto seguro para aquelas
crianças, ser uma referência de autoridade, possibilitar-lhes o sentimento de pertencimento e
viabilizar o ensino formal.
E assim veio a ideia de apresentar Harry Potter àquele grupo.
Quem é essa criança?

Para apresentar a saga, disse-lhes que conhecia uma criança. Eles deveriam descobrir de
quem eu estava falando e escrever o nome da criança em um papel ao final da atividade.
Eles ouviram algumas características do pequeno bruxo, como ter crescido longe dos pais, ter
sido criado sem carinho, ser obrigado a realizar serviços domésticos e, ao entrar para a
escola, descobriu a amizade e talentos que nunca sonhara ter. Para a minha grande surpresa,
nove alunos escreveram seus próprios nomes no pequeno papel.
Aquele momento foi cheio de significados: minha turma se identificara com o Menino que
Sobreviveu. Aquelas crianças eram sobreviventes de toda a agressividade, da falta de colo,
de higiene básica, de condições cognitivas, de apostas no futuro...
Os filmes, as discussões e as descobertas

Assistimos aos três primeiros filmes: A Pedra Filosofal, A Câmara Secreta e O Prisioneiro de
Azkaban. Depois de cada um, debates e elementos mágicos eram colocados à disposição do
grupo.
A Pedra Filosofal
Estava na hora de conhecer a criança da qual eu lhes falara. Era a primeira experiência com
os filmes da obra de J.K. Rowling.
Depois da sessão de cinema (regada a pipoca e suco), conversamos sobre esse mundo novo
que se abria, sobre o personagem com o qual mais se identificaram e o porquê. Com essa
informação, confeccionei cadernos personalizados para cada aluno/a, ilustrado com o
personagem preferido.
18

Para estabelecer os grupos de estudo, o Chapéu Seletor recebeu a ajuda de cupcakes
recheados feitos em sala de aula.
Para isso, nosso gênero textual predominante de estudo foi a receita culinária.
Estes textos têm duas partes que se distinguem geralmente a partir da
especialização: uma, contém listas de elementos a serem utilizados (lista de
ingredientes da receita) [...], a outra, desenvolve as instruções. (KAUFMAN, 1995)
A escrita foi realizada em dois momentos: o primeiro de maneira coletiva, lançando as ideias
e problematizando a ortografia. No segundo, a reescrita contemplando as observações da
etapa anterior.
Assim como os cupcakes aromatizaram nossas aulas, também preparamos pães de queijo.
Ops! Pomos de queijo: ideia de proporção, multiplicação (tanto na receita, quanto na
colocação das asas e, também, na formação retangular ao colocá-los na fôrma para assar –
linhasXcolunas).
Também trabalhamos com a letra da música “Eu quero voltar pra Hogwarts”[3]:
Debaixo das escadas
Entre paredes descascadas
Só me restam
Sussurros do meu tio
Esse armário infeliz
Arde a minha cicatriz
Não há um dia
Que não seja um desafio
(...)
Eu quero voltar pra Hogwarts!
De trem, vassoura ou pó de flu
Preciso voltar pra Hogwarts!
Lá sou bacana pra chuchu
Lá tem aulas de voo, feitiços, poções
Tem trasgos, sereias, centauros, dragões
É tudo que eu amo e que eu sempre sonhei
Em Hogwarts! Hogwarts!
Tô louco pra voltar!
Houve a comparação dos meios de transporte de Hogwarts e do mundo muggle, assim como a
diferença entre as aulas oferecidas no mundo bruxo e as que temos em nossa escola.
19
A Câmara Secreta
Junto ao filme, veio a curiosidade sobre as aulas de poções. Mais receitas elaboradas em
conjunto. Novamente, escritas coletivas. O diferencial estava no estudo de mais um portador
de texto: o rótulo.
Os rótulos e embalagens são portadores de textos que cumprem a função de
informar, veiculando textos escritos curtos com imagens. Ser capaz de compreender
esses textos é fundamental para o exercício da cidadania e, se bem trabalhados na
alfabetização podem trazer contribuições importantes também para os avanços dos
alunos no processo de aquisição da leitura e escrita. (MEC, 2011)
Estudamos as fontes adequadas, quais seriam as informações importantes que as pessoas
deveriam saber ao ler o rótulo que produzimos. Também fizemos menção dos ingredientes e
dos cuidados que o indivíduo deveria tomar ao consumir a poção.
O prisioneiro de Azkaban
O filme nos apresenta Sirius Black, Remus Lupin e Pedro Pettigrew (Tiago já aparecera nos
filmes anteriores), conhecidos como “Os Marotos”. Também aborda uma questão
extremamente densa: os Dementadores – uma analogia à depressão que a autora sofreu.
Meus alunos ficaram fascinados pelo Mapa do Maroto: artefato mágico criado por Aluado,
Rabicho, Almofadinhas e Pontas na época de escola. A partir dele, criamos o mapa da sala de
aula e da escola.
A cartografia permite ler e interpretar o espaço próximo ou distante através de
símbolos que se relacionam entre si, representando no papel um espaço reduzido,
que fornece ao leitor informações que o ajudarão a se localizar no espaço e a
compreender os diferentes espaços do mundo e suas dimensões. Esta temática deve
ser trabalhada já nas séries iniciais do ensino fundamental, através de jogos e
brincadeiras (MARTINELLI, 1998).
A leveza da construção do mapa contrastou com a carga que a pergunta: “Quem é o teu
Dementador?” trouxe para nossa roda de conversa. Alguns alunos relataram traumas. Outros,
disseram não ter lembranças suficientemente boas para conjurar o Patrono. E o coração da
professora, como fica?
Além dos filmes...
Trabalhamos com muitas coisas que não estavam nos filmes. Dentre elas, destaco:
Sudoku de Harry Potter: adaptei algumas tabelas (4x4, 6x6 e 9x9) e apresentei aos alunos com
símbolos e letras.
Um dos benefícios do Sudoku é a necessidade de concentração exigida ao jogador
para utilizar um raciocínio lógico que lhe permita encontrar a solução para cada
célula. Durante este processo, o cérebro está focado apenas na tarefa em questão,
pondo de lado a fonte de stress ou ansiedade. (sudokuonline- 2020)
20

Jogo Boole de Harry Potter:
Também adaptado dos Jogos Boole tradicionais. Criei as histórias lógicas e utilizei as
categorias: personagens, meios de transporte, animais de estimação, criaturas e alimentos do
mundo bruxo.
Os jogos visam o desenvolvimento da capacidade de raciocínio lógico através de histórias
construídas sobre estruturas lógico-matemáticas, sob a forma de enigmas ou problemas. As
histórias são trabalhadas e resolvidas com os jogos de cartas (...). A partir da manipulação
das cartas que representam os elementos dos problemas, as crianças aprendem a passar,
progressivamente, do pensamento concreto ao pensamento abstrato.
(Retirado do site jogosboole.com.br)
Almofada de feltro:
Confeccionamos em feltro uma almofada cuja imagem era o rosto de Harry Potter. Para isso,
ensinei como fazer o ponto caseado (básico do patchwork). Além da atenção, do foco, tinha
também o entretenimento envolvido.
E a temporada em Hogwarts se encerra...
Um ciclo se fecha para que logo venha outro. Nossa caminhada não foi fácil. Muitos trasgos
surgiram no caminho. Muitas vezes, fiquei petrificada. Outras vezes, sofri como quem recebe
um crucius.
Mas deu certo. Aquele grupo de pessoas acabou se configurando como um grupo. Todos
cresceram e amadureceram ao longo do tempo. Alguns ainda não se apropriaram
completamente do mundo formal das letras e dos números (afinal, a defasagem era imensa).
Mas a certeza de possuir muitos talentos ficou em cada um deles. Já não se via mais a derrota
estampada nos rostos que conheci meses antes.
E, por
isso,
defendo
a ideia
de que A magia acontece na escola!
Referências bibliográficas
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaColecaoAula.html?id=492
https://www.sudokuonline.io
https://jogosboole.com.br/
KAUFMAN, Ana Maria e RODRÍGUEZ, Maria Helena (1995). Escola, leitura e produção de
textos. Porto Alegre: artes Médicas
MARTINELLI, Marcello. Técnicas quantitativas e cartografia: alguns comentários sobre uma
aplicação. São Paulo: Geociências, 1998.
[1] O presente trabalho versa sobre um relato de experiência.
[2] Nas Escolas Municipais de Porto Alegre, o Ensino Fundamental tem duração de nove anos,
está organizado em três ciclos de três anos cada e respeita o ritmo, o tempo, as experiências
e as características da faixa etária dos alunos, facilitando a continuidade de suas
aprendizagens.
As crianças tinham entre dez e doze anos de idade.
[3] Música apresentada sob a forma de ditado lacunado. Foram utilizadas somente essas
quatro estrofes.
21
BRANDON LEENKON
PROFESSOR MÁGICO DE
ARTE
6º a 9º ano
Interiorano com muito orgulho, professor há 8 anos,
amante das artes e também de universos mágicos.
Formação acadêmica: Licenciatura em Arte
@PROF_BRANDONLEENKO
N
@PROF_BRANDON
ARTES

6 º a 9 º ano, mas podem ser adaptadas para anos iniciais
como ensino médio.

Artes
6º a 9º ano
Ao apresentar Harry Potter aos alunos é normal que muitos deles sintam-se afastados da
temática por não conhecerem o universo mágico, alguns possuem até certo preconceito. Mas
deve-se mostrar a eles que é uma história rica que levanta assuntos do nosso cotidiano como
questões sociais, a importância da escola, o papel da mulher na sociedade entre outros. Após
as apresentações do Universo Harry Potter e colocar em práticas as atividades os alunos se
deliciam! Eles começam a buscar mais sobre o universo, se aproximando da magia por detrás
dos livros e filmes.
Vejam como podemos fazer!
Olá! Em nossas aulas de artes de hoje iremos conhecer algumas atividades relacionadas à
nossa temática mágica Harry Potter. Nas páginas a seguir você encontrará atividades bem
simples que você todos são capazes de fazer.

Atividade 1
Na nossa primeira arte mágica vamos
conhecer os chamados croquis, mas você
sabe o que são croquis?
Um croqui (palavra francesa traduzida como
esboço ou rascunho) costuma se
caracterizar como um desenho de moda
mas pode ser um esboço qualquer.
Um croqui não exige grande precisão,
refinamento gráfico ou mesmo cuidados
com sua preservação, diferente de desenhos
finalizados.
Agora que você entendeu o que é croqui dê
uma olhada nas imagens ao lado.
Após analisar as 2 silhuetas ao lado você
deverá criar sobre ela a sua ideia de como
imagina os uniformes de Hogwarts ou até
mesmo de Castelo Bruxo. Como você criaria
esses uniformes? Seja livre e criativo!
Você pode criar esboços maiores e
ampliando as silhuetas mostradas ao lado
para dar mais detalhes.
24
Atividade 2

Nessa nossa segunda atividade falaremos sobre os quadros de Hogwarts, que se movimentam
magicamente de forma semelhante aos GIFs que conhecemos no mundo não mágico.
Para falarmos um pouco dessa segunda atividade você deve saber o que é uma releitura.
Podemos fazer uma releitura utilizando uma referência artística e, por meio dela, dar origem a
uma nova produção, reinterpretando-a. É isso que faremos agora! Então mãos a obra! Você
deverá escolher uma imagem de algum quadro famoso que você conhece ou pesquisar uma
pela internet. Você pode criar uma composição de acordo com a sua criatividade também.
Depois...
Após selecionar o seu quadro onde você irá representar por forma de uma releitura por meio
de um celular. Você vai tirar foto e fazer vídeo curto de você nessa posição.
Após gravar o seu vídeo com movimentos curtos você deve entrar do link abaixo carregar seu
vídeo para assim fazer seu GIF:
https://gifmaker.me/
Use sua criatividade para criar seu próprio quadro de Hogwarts que se move, será muito
divertido!
25
YOURWEBSITE.COM
Atividade 3
Nessa atividade iremos trabalhar um Nessa atividade iremos focar no design
pouco sobre design, mas você sabe o que das varinhas de cada personagem de
é um design? O design, de forma geral, é Harry Potter. Se você prestar atenção nos
um processo para solucionar um dois primeiros filmes de Harry Potter as
determinado problema – seja ele qual for. varinhas são muito parecidas, são
Além da concepção do projeto, o design basicamente longas e finas.
é responsável também pelo
planejamento. A partir do terceiro filme da franquia o
diretor de arte e design preferiu dar
Existem categorias de design como o características às varinhas de acordo com
gráfico ou o industrial mas o que os seus donos. Exemplos: a varinha da
queremos aqui é focar em concepção, Bellatrix lembra muito a garra de uma ave
planejamento e execução de desenhos. de rapina, de Dolores Umbridge tem uma
joia enganosamente suave. Interessante,
Quando adicionamos a palavra "gráfico" né!?
ao design estamos falando dos elementos
visuais, em outras palavras a aparência.
Então vamos fazer uma varinha?
Você deverá contar com os seguintes materiais:
- Uma massa de modelagem pode ser Biscuit ou Durepoxi
- Um suporte interno como graveto, palito de churrasco ou agulha de tricô
- Tintas de cores de sua preferência, se possível uma tinta acrílica ou PVA
Após selecionar os materiais, você deve modelar a sua varinha de acordo com o designer que
você desejar, nela pode conter características pessoais como runas, símbolos etc. É possível
recriar um design existente ou fazer algo totalmente novo, fique à vontade!
Depois de esperar secar (mínimo de 2h) você pode colorir como desejar e estará pronta!
26

Atividade 4
Você sabia que a franquia "Animais Fantásticos e onde habitam" faz parte do universo Harry
Potter?
Nessa atividade iremos criar nosso Animal Fantástico baseado na nossa fauna brasileira. Mas
antes vamos pesquisar um pouquinho sobre o Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade. Ele atua na conservação das espécies da fauna brasileira, igual ao trabalho
do nosso amado Newt Scamander.
Alguns dos bichos mais incríveis do novo filme do universo Harry Potter têm muito em comum
com o nosso mundo e podemos nos inspirar neles para desenhá-los! Por exemplo:
Tronquilho parece muito com o Bicho-pau, veja:
Erumpente se parece com Rinocerontes
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Atividade 5

Nessa última atividade vamos usar o livro de "Contos de Beedle o Bardo". Esse livro também
foi escrito pela J.K. Rowling sendo um livro citado e lido pelos personagens dentro da
história. É um livro de dentro dos livros!
Convido você a escolher um dos contos presentes nesse livro e ilustrar uma cena presente
na história.
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TATIANA CANICEIRO MILEO
PROFESSORA MÁGICA DE
INGLÊS
Educação Infantil,
Fundamental 1 e 2
Tatiana é uma educadora apaixonada pela magia que a educação
pode trazer para a vida de cada um que faça parte dela, seja como
professor ou aluno! Ao longo de sua trajetória outros professores
ajudaram a manter a magia da educação acesa, seja em sua formação
em Letras ou em sua especialização em Ensino de inglês para crianças.
Aos 9 anos de idade ganhou seu primeiro livro do Harry Potter de sua
tia, aos 10 anos de idade se apaixonou pelo aprendizado de línguas
decidindo assim que seria professora de inglês e, aos 25 anos, juntou a
magia de Harry Potter com o encanto pelo aprendizado da língua
inglesa e fundou sua escola de inglês Lumus - English for kids and
adults.

Formação acadêmica: Licenciatura em Letras - Inglês pela
Universidade Federal do Paraná.
Especialização em Ensino de Inglês para crianças -
Universidade Estadual de Londrina.
/LUMUSENGLISH

INGLÊS

Educação Infantil
Fundamental 1 e 2

O ensino de língua inglesa (e de outras línguas também) deveria sempre andar de mãos
dadas com o trabalho de formação de leitores e literatura, porém, infelizmente, não é a
realidade comum que vemos por aí, certo? Por isso, desde que iniciei o meu trabalho como
professora particular e também como professora da educação infantil, tenho buscado
diversas formas de levar literatura para as minhas aulas, principalmente com os pequenos
desde educação infantil até o ensino fundamental II.
Levar Harry Potter para a sala de aula sempre foi algo que me alegrou muito, ainda mais
quando era pedido dos pequenos! Por isso, ao longo dos anos colecionei ideias de atividades
para ensinar inglês usando a riqueza da saga e, hoje, compartilho as ideias com vocês:
Primeiramente vamos para os tópicos que podemos trazer do filme para o chão, ou tela, da
sala de aula!
1
Características físicas dos personagens - Que tal aprender a descrever alguém
fisicamente usando como exemplos os personagens de Harry Potter? Levar fotos dos
atores e atrizes pode ser uma forma de introduzir o assunto na aula! Meus pequenos
amavam usar o idioma para se expressarem: “Hermione has brown hair”, “Ron has
red hair”, “Harry is tall”, dentre outra formas! Quer mais dicas de como usar esse
tópico de descrição? Na próxima parte do e-book trago as 5 dicas que prometi :)
2
Personalidade dos personagens - Se trabalharmos somente com as diferentes
personalidade do trio principal e amado Harry, Rony e Hermione já podemos ensinar
várias coisas, mas se ampliarmos para outros personagens importantes como Hagrid,
Dumbledore e Snape, a riqueza da sua aula só aumentará!
31

3
Material e ambiente escolar - Outra forma de trazer Harry Potter para a
rotina dos alunos é trabalhando vocabulário relacionado ao ambiente
escolar, como, por exemplo: aluno, professor, livro, quadro, cadeira, mesa,
escola, corredor, amigo, intervalo, almoço, enfim, toda a rotina escolar dos
bruxinhos pode ser útil para trabalhar a rotina dos nossos pequenos!
4
Meios de transporte - esse é um tema recorrente nas aulas de inglês,
certo? E na saga temos vários que podemos ensinar através dos filmes:
trem, carro, vassoura, ônibus, lareira! Que tal fazer um paralelo com os que
os alunos conhecem?
5
Família - Não tem como pensar nesse tema e não lembrar dos ruivos mais
amados da série com sua família gigantesca e cheia de oportunidades
para ensinarmos os parentescos para nossos alunos! Temos também o
parentes de Harry com o padrinho e com o primo Duda que podem ser
usados para enriquecer o vocabulário :)
6
Cores - Que tal fazer uma seleção para as casas de Hogwarts e junto
aprenderem as cores da sua própria casa? Maneira mais divertida de
aprender impossível!
Estações do ano e clima - Durante os filmes temos cena com neve, de sol,
7 com chuva e ao longo do ano e das 4 estações acompanhamos o trio em
sua jornada por Hogwarts, por que não levar fotos das cenas com
diferentes climas e ensiná-las para os pequenos?
32

8
Animais e criaturas - Já perguntou para seus alunos que animal levariam para
Hogwarts?
Dessa forma podemos inserir o tema dos animais e criaturas em sala de aula.
9
Lugares vistos na saga - Apresentar em inglês os lugares pelos quais os alunos
circulam é algo bem recorrente, porém em Harry Potter também temos lugares
interessantes para apresentar: castelo, casa, loja de doce, loja de roupa,
lanchonete, vilarejo, estação de trem!
10
Vestimenta - Aprender a falar sobre as roupas em inglês é um ótimo tópico para
incluirmos nas nossas aulas, apesar dos alunos estarem, na maior parte do tempo, de
uniforme, podemos levar algumas fotos deles em algumas cenas com outras
vestimentas e enriquecer o vocabulário dos pequenos conhecendo o estilo de cada
personagem!
Um passo muito importante para criar aulas interessantes para os pequenos é escolher um
tema que chame atenção deles e tenha sentido no processo de aprendizagem e assim não
focar somente em palavras soltas descontextualizadas. Alguns temas que podem ser
trabalhados com os tópicos acima são: “A importância da amizade no nosso dia a dia”
(trabalhar personagens que são amigos e suas personalidades), “Diferenças entre escola
bruxa e escola muggle” (material e ambiente escolar), “Os meios de transporte dos bruxos
são mais sustentáveis que os dos muggles?” (meios de transporte), “As relações familiares e
seu impacto na formação dos personagens” (família), “Quais os significados das cores e
influência no nosso dia a dia?” (cores), “Quais os ciclos da natureza ao longo do ano e
como isso muda de um país para o outro?” (estações do ano e clima), “Animais em extinção
e o que devemos fazer para protegê-los?”(animais), “Como a moda tem mudado nos
últimos anos e como é no mundo bruxo?” (vestimentas). Tem ideia de outros temas? Entra
em contato comigo e me conta que adorarei saber! :)
Ufa! Quantos tópicos podemos usar para enriquecer nossas aulas a partir de Harry Potter,
não é mesmo? Mas o que fazer com tanto vocabulário assim?
Vamos lá para as dicas de atividades práticas!
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Vamos começar com a educação infantil! Quando se trata dos pequenos ainda não
alfabetizados ou iniciando o processo de alfabetização, pensamos que não temos muitas
opções, certo? Não, não! Temos várias e mostrarei 5 delas pra vocês!
Jogo da memória
1 Que tal cortar quadradinhos e cada aluno desenha um par do jogo da memória?
Quais desenhos? Algo sobre um dos tópicos que mencionei acima! Se os alunos já
forem alfabetizados podem escrever em um quadrado e desenhar no outro ou
escrever nos dois :) Durante a atividade pode ser usado vocabulário de material
escolar e cores (na hora de pintar) também!
Amarelinha
2
Essa é campeã entre meus alunos e imagino que poderá ser entre os de vocês
também! Praticar os números em inglês e também usar imagens de algo da saga em
cada quadradinho da amarelinha é certeiro para divertir a criançada, incluir Harry
Potter na aula e ensinar inglês!
Craft
3 Já pensaram em criar o pomo de ouro com a criançada? Ou a varinha? Eles amam
colocar a mão na massa e podemos usar o vocabulário de cores, materiais e verbos
como cortar, dobrar, pintar, colar, durante a aula para colocar a língua em uso com
os pequenos, além de fazerem arte com Harry Potter!
34

Jogo de adivinhação com desenhos

4
Desenhar é sempre algo que as crianças amam! Que tal fazer um jogo em que um
desenha algo da saga que estão aprendendo em inglês e o outro adivinha fazendo
perguntas? Meus alunos amavam desenhar os materiais escolares, objetos, animais e
vestimenta!
Hide and Seek

5
Esconde - esconde com Harry Potter? Como assim? Sim! Essa era a segunda
brincadeira mais amada entre meus alunos! Levava cards (pode ser feito por eles
também!) com o vocabulário que estava trabalhando na aula e escondia cada card
em um local da sala e eles tinham que procurar e falar a palavra do card que
achava! Era diversão pura!
Agora vamos para os jogos que podemos fazer com os maiores e que também são pura
diversão!
Hangman
1

Jogo da forca sempre foi um jogo que as crianças amavam fazer com o
vocabulário que estavam aprendendo! Por que não incluir Harry Potter? ;)
Mímica
2 Nessa brincadeira não envolve escrita necessariamente, mas geralmente os maiores
que se empolgavam em fazer e quanto a Harry Potter? Eles amam imitar os
personagens!
35

Who am I?
3 Meus alunos maiores AMAVAM esse jogo com os animais, objetos e personagens!
Vamos aprender como jogar? Cada aluno escreve uma palavra em um pedaço de
papel e cola na testa do amigo, o qual não pode saber o que está escrito no papel
na própria testa. Todos os alunos precisam estar com um papel colado na testa e
não saber o que está escrito na própria testa. Assim cada um faz uma pergunta por
rodada para tentar descobrir o que está na sua testa, por exemplo: “Am I an
object?”, “Am I an animal”, “Am I a person?”... só vale uma pergunta por rodada e os
colegas vão respondendo sim ou não!
DICA EXTRA tanto para a educação infantil quanto para os maiores: Você pode
montar uma gincana com todas essas brincadeiras e fazer o dia da GINCANA
MÁGICA! Imagina só o sucesso que seria, não?
Espero que essas dicas realmente deixem suas aulas de língua inglesa, ou outro idioma, ainda
mais mágicas! Se quiserem continuar trocando figurinha comigo ficarei muito feliz de saber
suas experiências e principalmente se fizeram algo que sugeri aqui nesse e-book.
Um beijo, teacher Tati!
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THAYS CRISTINA BONIFÁCIO
QUÍMICA
ENSINO MÉDIO
Mãe da Valentina e fã de Química e Harry Potter.
Apaixonada por leitura e por doces, adoro andar de bicicleta
e amo ensinar.
Formação acadêmica: Licenciada e Mestre em Química pela
Universidade Estadual Paulista (UNESP), com especialização
na área de educação pela PUCRS. Atua como docente da
disciplina Química há 13 anos, nos níveis Superior e Médio,
buscando sempre usar o lúdico e a saga Harry Potter como
instrumentos de ensino.
/QUIMICA.LERNEN
QUÍMICA

Atividades desenvolvidas são para o nono ano do
fundamental II e todos os anos do ensino médio.

Proposta 1:
Separação de misturas : uma aula de Poções!
Proposta 1: Separação de misturas : uma aula de Poções!
Ensino do conteúdo separação de misturas usando as aulas de poções dos professores Severo
Snape e Horácio Slughorn em Hogwarts, contidos na saga Harry Potter.
As técnicas de separação de misturas são largamente utilizadas em pesquisas científicas,
seja na área de Química, saúde, engenharias, dentre outras. Também é utilizada largamente
em processos industriais, tais como a obtenção de combustíveis e gases através do petróleo.
Assim, seu estudo na disciplina de Química nos ensinos Fundamental II e Médio são conteúdos
relevantes na formação científica do aluno. Através da leitura de trechos do livro ou
visualização de trechos dos filmes da saga Harry Potter, o professor pode simular que o
laboratório de Química seria a sala de poções. Se não houver laboratório de química na
escola, o espaço pode ser adequado na sala de aula. A montagem das aparelhagens usadas
em cada técnica, com suas vidrarias adequadas e reagentes para os alunos realizarem uma
separação em cada aparelhagem, devem ser distribuídas ao longo de bancadas no
laboratório. Cada bancada conterá uma técnica e os alunos devem realizá-la, seguindo o
roteiro que estará disponível na bancada, e fazer registros dos equipamentos e vidrarias,
reagentes, fenômenos observados durante a separação da mistura, observações e
conclusões. As anotações podem ser feitas em um caderno, denominado “caderno mágico de
poções”, onde os alunos terão seus registros e, a partir dele, poderão confeccionar seus
relatórios.
Cada bancada terá uma “poção”, uma mistura homogênea ou heterogênea previamente
preparada, com seus componentes identificados, onde os alunos devem fazer a identificação
seus componentes e registar no caderno de poções, classificar a poção como mistura
homogênea ou heterogênea e realizar a separação dos componentes de cada poção. Devem
registrar também as vidrarias usadas e o porquê da seleção dessa técnica de separação. O
professor pode, por exemplo, usar trechos do capítulo 18 do livro “Harry Potter e o enigma do
príncipe”, onde o professor Slughorn solicita aos alunos de Hogwarts que destilem as poções
que têm em suas bancadas e identifiquem cada componente e os separe em frascos distintos:
foi uma separação de misturas apresentada no livro.
A dinâmica da aula de poções de Hogwarts como tema gerador para uma aula de
laboratório de técnicas de separação de misturar reforça o conteúdo teórico desse campo da
Química e desperta a curiosidade dos alunos, exigindo que eles reflitam, observem e anotem
fenômenos, para posteriormente analisá-los e formular uma resposta baseada nos conteúdos
teóricos e articulada com o desenvolvimento do conhecimento prático. As vantagens são uma
melhora nos processos de aquisição e articulação do conhecimento teórico, implicando em
uma aprendizagem mais eficaz, sem barreiras epistemológicas, além de promover a
criatividade e o protagonismo do aluno.
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Proposta 2:
A Química dos doces da Dedosdemel!
Estudar os conteúdos de viscosidade, pontos de fusão e ebulição das substâncias e
estruturas dos sólidos através do tema “a química dos doces da Dedosdemel”.
Quem não gosta de um algodão doce, todo fofinho e docinho? E as “penas de açúcar”
vendidas na Dedosdemel, que nunca teve vontade de provar?
O algodão doce, iguaria campeã nas festinhas de aniversário infantis, e as penas de açúcar,
sucesso absoluto entre os estudantes de Hogwarts, é feita basicamente de sacarose, cuja
fórmula molecular é C12H22O11. Como o algodão doce fica fofinho? Como são fabricadas as
penas de açúcar? É um processo relativamente simples, chamado de trefilação do açúcar: o
açúcar é colocado em um recipiente com aquecimento, fazendo-o chegar próximo ao seu
ponto de fusão. Quando ele atinge essa temperatura, fica viscoso e através de orifícios, que
em contato com o ar circulando na área externa, uma bacia de metal, formam-se linhas bem
finas, que ficam retidas na bacia. Com o auxílio de um palito de madeira, essas linhas de
açúcar podem ser coletadas por meio de movimentos circulares, formando o algodão doce.
Para o preparo das penas de açúcar, as linhas de açúcar obtidas na trefilação são moldadas
em forma de penas, as canetas dos bruxos.
O professor pode “fabricar” as linhas de açúcar no laboratório ou sala de aula, com ajuda
de equipamento adequado, caso haja, ou tentar a receita caseira, testada pela professora
Thays Cristina Bonifácio. Pode modelar as linhas de açúcar em forma das penas de açúcar
para oferecer aos alunos e simular o ambiente da Dedosdemel. Nas aulas que antecedem o
preparo, o professor deve falar sobre os conceitos de viscosidade, trefilação do açúcar, que
envolve ponto de fusão, as estruturas cristalina e amorfa do açúcar e a interação das
moléculas de água com as moléculas de açúcar (forças intermoleculares). O conteúdo é
diverso, portanto, recomenda-se que o aluno tenha conhecimento prévio deles antes da
prática, mesmo que alguns sejam introduzidos nessa aula.
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Proposta 3:
A Tabela Periódica e Harry Potter

Ensino da organização da Tabela Periódica dos elementos químicos através das
características dos personagens da saga Harry Potter.
Na Química, usamos muito a Tabela Periódica. Ela não é apenas um quadro colorido cheio
de símbolos; ela é utilizada para organizar os elementos químicos, naturais e artificiais, que
são conhecidos atualmente. Mas o que isso tem a ver com Harry Potter?
Assim como cada elemento químico tem sua característica em comum, e por isso podem ser
organizados em Famílias (Grupos) na Tabela Periódica, os personagens de Harry Potter
também possuem características próprias. Cada um é único mas apresentam também
semelhanças, iguais aos elementos químicos. Para que possamos entender melhor a
organização da Tabela Periódica, podemos listar as características de todos os personagens
da saga Harry Potter e organizá-las como se fosse uma Tabela Periódica de Harry Potter! Além
de aprender mais sobre a saga e treinar a leitura, de quebra você aprende Química lendo
Harry Potter.
O professor deverá ministrar uma aula com conhecimentos iniciais sobre a Tabela
Periódica, mencionando sua história e evolução dos modelos apresentados até a Tabela
Periódica usada atualmente. Deverá explicar sobre a organização e características dos
elementos químicos em cada grupo (ou família) nas colunas da tabela e suas características
nas linhas horizontais (períodos). Para explanar melhor o conceito da organização dos
elementos na tabela atual, e focar na semelhança entre as propriedades químicas que a
organização por número atômico de Moseley trouxe aos elementos de um mesmo grupo,
pode-se estabelecer uma relação com os personagens da saga Harry Potter: todos têm suas
características e semelhanças. Ao organizar os personagens, em um diagrama baseado na
tabela periódica (7 linhas e 18 colunas, 118 personagens), os alunos terão que organizar os
“elementos” da saga que tiverem semelhanças em suas características, por exemplo, o grupo
dos elementos do mal, composto pelos elementos Vl (Voldemort), Bl (Bellatrix Lestrange), Gg
(Gerardo Grindelwald), Lm (Lucius Malfoy), Pw (Pedro Pettigrew) e Du (Dolores Umbridge).
O professor deve usar trechos de livros e filmes da saga Harry Potter, indicar sites oficiais
da saga, como o Wizarding World (www.wizardingworld.com), para a coleta de informações
dos personagens. Os alunos deverão formular fichas para cada personagem, com
informações a respeito de suas principais características e nome completo, para que possam
consultar com clareza ao montar a Tabela Periódica dos personagens. Os alunos também
deverão conhecer sobre os elementos químicos que estão na Tabela Periódica atual e o
professor fornecer informações e bibliografia acerca desses elementos para auxiliar na
composição da proposta.
Indica-se o uso da tabela periódica atual, recomendada pela IUPAC (União Internacional de
Química Pura e Aplicada) e sua comparação com a Tabela Periódica dos personagens de
Harry Potter, elaborada pela prof. Thays Bonifácio, baseada nas siglas dos elementos da
tabela periódica química para escolher os nomes dos personagens.
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Referências Bibliográficas

Mundo da Química, https://www.omundodaquimica.com.br/curiosidade/algodao-doce,
acesso em 31 de janeiro 2021.
https://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/f9/2017/11/28/algodao-doce-
1511887851452_v2_1920x1289.jpg, acesso em 31 de janeiro de 2021.
GUIMARÃES, L. P. Lavoisier na sala de aula: uma sequência didática envolvendo o cientista e
a experimentação investigativa. 1 º edição, editora Appris, 2020.
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente.
5 º edição, ed. Bookman.
USBERCO & SALVADOR, Química volume único. 9 º edição, editora Saraiva Didáticos, 2019.
CRESWELL, J. Projeto de Pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 3 º edição, ed.
Penso, 2010.
CLEOPHAS, M. G.; SOARES, M. H. F. B. Didatização lúdica no ensino de Química/Ciências:
teorias de aprendizagem e outras interfaces. 1 º edição, editora Livraria da Física, 2018.
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THIAGO ASSUNÇÃO ALMEIDA
HISTÓRIA
Professor de nível Médio da rede pública estadual de
Iturama, Minas Gerais. Sou fã de Harry Potter desde 2001
e formado em História em 2008.
Formação acadêmica: Licenciatura Plena em História pela
Fundação Educacional de Fernandópolis [2008]
43

Comecei a imaginar uma aula prática que unisse minha profissão com o mundo de Harry
Potter em 2015. Inicialmente, imaginei algo mais simples, como usar os exemplos das
personagens em uma dinâmica social entre os alunos. Eventualmente, percebi que o filme
“Harry Potter e a Ordem da Fênix” poderia ser usado em uma aula direta sobre ditadura. Isso
acabou levando ao projeto “Harry Potter e a Ditadura”, que eu vou detalhar.
Harry Potter e a Ditadura
Objetivos
Entender a formação e a estruturação de um regime ditatorial.
Entender a influência da imprensa na manutenção do regime ditatorial.
Reconhecer as personagens alvo da imprensa e a motivação do regime contra essas
pessoas.
Reconhecer as personagens que lideraram o processo ditatorial nas esferas ministerial e
escolar.
Metodologia
Aula 1 - Explicar o conceito de Ditadura. Explicar os mecanismos de defesa do regime
ditatorial, como o controle da imprensa, o uso do medo para assegurar obediência popular e
a criação de leis distorcidas que ampliam o controle do Estado sobre a vida das pessoas e
impedem os direitos básicos comuns numa democracia.
Aula 2 - Exibição do filme. Como é um filme longo, é imprescindível que o professor organize
a sala de vídeo com antecedência para perder o mínimo de tempo possível no começo de sua
aula. Também é importante que o professor entre em acordo com seus colegas para
conseguir duas aulas consecutivas para a exibição do filme.
Aula 3 - Discussão do filme em sala de aula para aprofundamento das questões e uma
apreensão mais refinada do tema (com ou sem reapresentação de cenas do filme).
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Acompanhamento, avaliação e disseminação
A avaliação oral será executada durante a discussão em sala de aula.
A avaliação escrita é composta de um relatório que exigirá dos alunos:
o Conhecimento do enredo do filme ao compor uma nova sinopse.
o Conhecimentos das personagens envolvidas no processo ditatorial, tanto das
personagens que imprimem esse sistema, quanto das personagens que são oprimidas.
o Reconhecimento de atitudes antidemocráticas mostradas no filme.
RECEPÇÃO GERAL DO PROJETO
Bom, vou começar pela parte ruim, ou seja, pelas dificuldades que encontrei, pois elas são
mais relevantes. A maior parte dos alunos é indiferente sobre assistir Harry Potter para a aula
de História, no entanto, existem diversas contingências que o professor precisa ter cuidado:
Religião: vários alunos, católicos e evangélicos, alegaram que não poderiam nem assistir
ao filme ou responder um trabalho que tratava sobre Harry Potter, que julgavam algo de
“bruxaria” e contrário às suas religiões. Embora eu tenha tentado argumentar que o
trabalho era sobre política e ditadura, eles ainda se recusaram a fazer o trabalho.
Infelizmente, esse é um desafio difícil de superar e muito provavelmente não poderá ser
resolvido.
Fantasia: alguns alunos, felizmente uma minoria, não conseguiram levar o trabalho a sério
por causa do mundo fantástico a que relacionam Harry Potter. Embora eles não tenham
apreendido 100% sobre o tema, eles ainda realizaram o trabalho, mas os textos que recebi
deles foram os menos desenvolvidos. Esse ainda é um desafio que preciso superar.
Essas dificuldades são os maiores obstáculos. Eles podem variar de turma a turma, e de
pessoa a pessoa.
A parte boa foi a recepção positiva por parte dos alunos quanto ao tema. Falar sobre
ditadura não é um tema divertido para os alunos, já que é cheio de minúcias legais. O plano
de fundo do mundo Harry Potter atraiu a atenção dos alunos e permitiu uma maior
participação deles durante discussões éticas e políticas em sala de aula sobre o tema.
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ANEXO I
RELATÓRIO PÓS-FILME
(Alunos do Ensino Médio)
Prof.: Turma:
Aluno: ________________________________________________ Data: __/__/____
Argo Filch Alvo Dumbledore Belatriz Lestrange Cedrico Diggory
Cornélio Fudge Dementadores Dolores Umbridge Draco Malfoy
Lúcio Malfoy Profeta Diário Ministério da Magia Sibila Trelawney
Lorde Voldemort Severo Snape Rúbeo Hagrid Rony Weasley
Minerva McGonagall Hermione Granger Harry Potter Hogwarts
Após assistir ao filme “Harry Potter e a Ordem da Fênix”, e fazendo uso da tabela de
personagens acima, faça uma análise da obra seguindo o roteiro abaixo:
1. Reescreva a sinopse do filme com base no que você apreendeu de mais importante do
enredo.
2. Indique as personagens envolvidas no processo ditatorial, diferenciando aqueles que
oprimiram dos que foram oprimidos.
3. Com base no que você sabe sobre ditadura e os seus mecanismos, cite quatro atitudes
antidemocráticas tomadas pelo Ministro ou pela Alta Inquisidora.
4. Responda as seguintes questões sobre o tema Ditadura:
a. Você acredita que a ditadura é uma forma de governo válida? Justifique sua resposta.
b. Você considera que a forma de governo atual do Brasil é uma democracia ou uma
ditadura? Justifique sua resposta.

ANEXO II
RELATÓRIO PÓS-FILME
(Alunos do Ensino Fundamental)
Prof.: Turma:
Aluno: ________________________________________________ Data: __/__/____
Depois de assistir ao filme “Harry Potter e a Ordem da Fênix”, responda as perguntas abaixo:
1) O que você achou do filme?
_______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2) Qual sua opinião sobre Dolores Umbridge?
_______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3) Você acha certo o que Dolores Umbridge fez na escola? Por quê?
_______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
VICTOR HENRIQUE S. MENEZES
HISTÓRIA
anos finais do
Ensino Fundamental
Bacharel e Licenciado em História pela Universidade Estadual de
Campinas, UNICAMP (2015) e Mestre em História Cultural pela
mesma instituição (2018). Atualmente é Doutorando em
Gerontologia pela Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP
com pesquisa acerca das possibilidades, metodologias e
impactos do Ensino de História por meio de “Harry Potter” voltado
à terceira idade. Desde 2016 atua como instrutor do Programa
UniversIDADE da UNICAMP, onde ministra cursos sobre as relações
entre Harry Potter e a História.
Formação acadêmica: Historiador, Mestre em História Cultural e
Doutorando em Gerontologia pela UNICAMP.
/PARAALEMDEHOGWARTS
HISTÓRIA

Baseio-me nas edições do meu curso “Harry Potter:
Ficção e História” (Programa UniversIDADE/UNICAMP)
para sugerir propostas para o uso dos livros de J. K.
Rowling, no âmbito da disciplina de História, com
estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental.

“HARRY POTTER” NO ENSINO DE HISTÓRIA
Os livros de “Harry Potter” são compostos por, pelo menos, duas camadas narrativas: uma
primeira, facilmente identificável, que diz respeito ao enredo fantástico e a segunda, algumas
vezes presente apenas nas entrelinhas, que representa e discute – seja de forma intencional
ou não – questões históricas, sociais e culturais próprias de nosso mundo contemporâneo. O
protagonista da saga, o adolescente Harry Potter, é um bruxo que voa em vassouras, fala com
cobras e tem como animal de estimação uma coruja branca que leva e traz correspondências.
Mas ele também é um garoto britânico que, como grande parte da população atual do Reino
Unido, come ovos, salsichas e bacon no café da manhã e gosta de tomar chá com seus
amigos mais próximos (Reagin, 2011: 02). A sociedade bruxa na qual Harry é inserido aos 11
anos de idade têm costumes e culturas próprias, como uma escola de magia localizada nas
Terras Altas da Escócia, um pó mágico que permite que as pessoas viagem por meio das
lareiras e a possibilidade de se utilizar de feitiços para resolver problemas cotidianos.
Contudo, essa mesma sociedade é racista, mantém um grupo de seres mágicos como
escravos e está propensa a ser liderada por políticos autoritários. Os personagens e tramas
da saga, apesar de serem fictícios, compartilham, pois, muito do que há de real em nosso
mundo.
Isso acontece, em particular, por dois motivos: 1. Devido a autora J. K. Rowling, conforme
explicado por ela em 2007 durante uma conversa com fãs ocorrida em Nova York,
intencionalmente ter criado um mundo fantástico com questões e problemas muito
semelhantes ao do mundo real no qual ela e os seus leitores vivem; 2. Em virtude de toda obra
literária representar, discutir e/ou difundir, de alguma forma, temas e ideais próprios das
sociedades e dos tempos históricos no qual foi produzida. Diante disso, para além de
constituírem expressões literárias, os sete romances de “Harry Potter” – assim como os livros
“Animais Fantásticos e Onde Habitam”, “Quadribol Através dos Séculos” e “Os Contos de
Beedle, o Bardo” – são documentos históricos do tempo presente. Isto é, textos nos quais
encontramos uma série de discursos, representações e práticas culturais que são e/ou foram
compartilhados por grupos sociais em tempos históricos específicos. Os livros de “Harry
Potter”, claro, não são obras de História. Contudo, por serem produtos de uma determinada
cultura e sociedade é apropriado e legítimo que os leiamos por meio de uma perspectiva
dessa disciplina (Menezes & Pinto, 2018: 236-7).
50

Foi partindo desses pressupostos teóricos que, em 2017, criei e ministrei a primeira edição
do curso sobre Harry Potter e História voltado para os discentes do Programa UniversIDADE (1)
da UNICAMP. Essa mesma perspectiva embasa este capítulo no qual trago propostas para o
uso dos livros de J. K. Rowling, no âmbito da disciplina de História, com estudantes do Ensino
Fundamental II. Antes de apontar tais possibilidades, contudo, é importante assinalar que
podemos encontrar respaldos para o uso dos livros de “Harry Potter” na disciplina de História
com alunos dos anos finais do Ensino Fundamental no texto da mais recente Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), que traz a seguinte afirmação:
“Para se pensar o ensino de História, é fundamental considerar a utilização de
diferentes fontes e tipos de documentos (escritos, iconográficos, materiais,
imateriais) capazes de facilitar a compreensão da relação tempo e espaço e
das relações sociais que os geraram” (BNCC, 2018: 398).
Visto que, como apontado anteriormente, os livros de “Harry Potter” constituem
documentos históricos do tempo presente e a BNCC indica a necessidade de utilizar os mais
variados tipos de fontes e documentos como facilitadores da aprendizagem, não há nenhuma
heresia no fato de se trabalhar com este fenômeno literário contemporâneo em salas de aula
do Ensino Básico. A questão com a qual devemos nos preocupar, portanto, não é acerca da
validade em se trabalhar com “Harry Potter” ou quaisquer outras obras literárias no Ensino de
História, mas sim o como trabalhar.
Sem ter por objetivo esgotar o tema e baseando-me nas discussões que já abordei em
meus cursos, trago abaixo uma tabela na qual aponto sugestões de usos dos livros de J. K.
Rowling como fios condutores e/ou introdução de determinados conteúdos propostos pela
BNCC para os quatro anos finais do Ensino Fundamental. As temáticas listadas na coluna
“Objetos de Conhecimento” dizem respeito às indicadas no texto da BNCC enquanto que, as
inseridas na coluna “temas presentes nos livros…” são concernentes às representadas e/ou
discutidas – de formas explícitas ou implícitas – nos livros de “Harry Potter” referenciados na
seção “livro (s) com o qual trabalhar”:
(1) O UniversIDADE é um programa de extensão gratuito da Reitoria da UNICAMP e voltado às pessoas que tenham no mínimo
50 anos de idade. As palestras e cursos que o compõem são divididos em quatro eixos: “Arte e Cultura”, “Esporte e Lazer”,
“Saúde Física e Mental” e “Sócio-cultural e geração de renda”. Participo como instrutor voluntário do Programa, na área de
“Arte e Cultura”, desde o segundo semestre de 2016 e, por meio dele, até o presente momento ministrei cinco edições de
cursos sobre Harry Potter e a História. Para mais informações acerca do Programa UniversIDADE, acesse:
https://www.programa-universidade.unicamp.br/
51
Ano Escolar
6º Ano do Fundamental
Objetos de Conhecimento | BNCC – História
“O Ocidente Clássico: aspectos da cultura na Grécia e Roma”
“O papel da religião cristã, dos mosteiros e da cultura na Idade Média”
Livro (s) com o qual trabalhar
Harry Potter e a Pedra Filosofal
Harry Potter e a Câmara Secreta
Animais Fantásticos e Onde Habitam
Quadribol Através dos Séculos
Temas presentes nos livros que podem ser utilizados como fios condutores para a
abordagem dos objetos de conhecimento
Nomes de personagens tirados da mitologia e história greco-romana;
A presença do latim (a língua falada na Roma Antiga) nos feitiços utilizados
pelos bruxos.
Animais Fantásticos apropriados dos mitos e lendas greco-romanos e
medievais;
Bestiários medievais;
A construção de Castelos no período medieval.
52
Ano Escolar
“A escravidão moderna e o tráfico de escravizados”
Harry Potter e o Cálice de Fogo
A escravidão no mundo de “Harry Potter”;
O F.A.L.E. (que pode ser lido como um movimento abolicionista) criado por
Hermione Granger.
53
Ano Escolar
“A tutela da população indígena, a escravidão dos negros e a tutela dos
egressos da escravidão”
“Pensamento e cultura no século XIX: darwinismo e racismo”
Harry Potter e as Relíquias da Morte
A escravização dos elfos domésticos;
O racismo no Mundo Bruxo (pautado em supostas origens sanguíneas);
As perseguições aos nascido-trouxas e mestiços.
54
Ano Escolar
“A emergência do fascismo e do nazismo”
“A ditadura civil-militar e os processos de resistência”
“Os protagonismos da sociedade civil e as alterações da sociedade
brasileira”
“A questão da violência contra populações marginalizadas”
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
Harry Potter e a Ordem da Fênix
Harry Potter e o Enigma do Príncipe
Harry Potter e as Relíquias da Morte
Os Contos de Beedle, o Bardo
A licantropia de Remo Lupin como alegoria do HIV e AIDS;
A ditadura de Cornélio Fudge;
Censura e tortura na Hogwarts controlada por Dolores Umbridge;
Ordem da Fênix e Armada de Dumbledore como grupos de resistência civil;
O fascismo e o racismo no regime político de Lord Voldemort;
Perseguições aos seres mágicos tidos como inferiores pela sociedade bruxa
britânica (gigantes, centauros, lobisomens, etc…);
Protagonismo e agência das personagens femininas.
55

O (a) professor (a) pode optar por trabalhar com os livros de “Harry Potter” na íntegra
(solicitando que eles sejam lidos em casa) ou com excertos dessas obras escolhidos
previamente e levados para debate em sala de aula. Neste segundo caso em particular, antes
de iniciar as atividades com a saga, é necessário que o (a) professor (a) contextualize os seus
estudantes acerca do que acontece nos romances de Rowling com o intuito de que eles
tenham uma melhor compreensão dos excertos selecionados.
A título de exemplo, ao lidar com “A escravidão moderna e o tráfico de escravizados” e/ou
“A tutela da população indígena, a escravidão dos negros e a tutela dos egressos da
escravidão”, conteúdos do 7 º e 8º anos respectivamente, o (a) professor (a) pode levar para a
sala de aula as passagens de “A Câmara Secreta” e “O Cálice de Fogo” onde está explicada
a escravidão dos elfos domésticos e é mostrada a fúria da personagem Hermione Granger
diante de tal situação. Primeiramente, é necessário que o docente explique aos seus alunos o
enredo de ambos os romances e fale sobre a história e caráter de seus personagens centrais.
Feito isso pode, então, partir da ideia do F.A.L.E (Fundação de Apoio à Libertação dos Elfos
Domésticos), criado por Hermione no quarto romance de “Harry Potter”, para introduzir
explicações acerca dos movimentos abolicionistas brasileiros. A importância da luta
empenhada pela melhor amiga de Harry em prol da libertação e melhora na qualidade de
vida dos elfos pode ser utilizada como fio condutor para a apresentação dos homens e
mulheres que lutaram pelo fim da escravidão em nosso país. Enquanto que, argumentos como
o de que os elfos “gostam de servir” (defendido pelo personagem Rony Weasley) e de que
libertá-los “seria fazer a eles uma maldade” (defendido por Hagrid) podem ser equiparados
aos que eram propagados no Brasil do século XIX por aqueles que defendiam a manutenção
da escravidão (como o escritor José de Alencar que se colocou contrário à Lei do Ventre Live
de 1871 sob o pretexto de estar defendendo os escravizados).
Outro caminho que pode ser tomado é o da criação de atividades e/ou avaliações em que
os excertos dos livros de “Harry Potter” sejam utilizados com o intuito de que os estudantes,
individualmente ou em grupos, analisem, entendam e expliquem acontecimentos históricos
e/ou práticas sociais e culturais específicas. Os tópicos “A emergência do fascismo e do
nazismo” e “A ditadura civil-militar e os processos de resistência”, do 9 º ano, por exemplo,
podem ser explorados com os alunos de forma um tanto quanto semelhante com a que
trabalhei o tema dos Autoritarismos com os educandos da edição do 1 º semestre de 2019 do
curso “Harry Potter: Ficção e História” (Programa UniversIDADE/Unicamp). Na ocasião, como
eu pretendia que eles entendessem as características de um governo autoritário:
1
Dividi-os em dez grupos (com cinco integrantes cada) e lhes entreguei trechos
cruciais de “A Ordem da Fênix” e “Relíquias da Morte” em que há representações do
autoritarismo político de Cornélio Fudge, Dolores Umbridge e Lord Voldemort. Em
conjunto, lemos os excertos para que todos compreendessem e/ou relembrassem o
que acontece nestes dois romances.
56
2
Cada grupo se tornou responsável por escolher um regime político autoritário ou
totalitário do século XX e início do XXI e realizar, em casa, uma pesquisa acerca de
suas principais características. Foram selecionados por eles: Salazarismo (Portugal,
1926-1974); Stalinismo (União Soviética, 1927-1953); Ditadura Vargas (Brasil, 1937-
1945); Franquismo (Espanha, 1939-1975); Apartheid (África do Sul, 1948-1994);
Governo de Mao Tse-Tung (China,1949-1976); Cuba de Fidel Castro (Cuba, 1959-
2008); Ditadura Civil Militar (Brasil, 1964-1985); Pinochetismo (Chile, 1973-1990); e
Teocracia Saudita (Arábia Saudita, presente).
3
Tendo finalizado a pesquisa, em grupo e também fora do horário de aula, eles
tiveram que comparar os acontecimentos que marcaram/marcam o regime político
autoritário selecionado com aqueles que estão descritos nos excertos dos livros de
“Harry Potter” (como censura, tortura, criação e propagação de fake news,
perseguições políticas, criações de grupos de resistências, entre outros).
4
Num quarto e último momento fizeram uma apresentação para toda a sala, no
formato de seminário, sobre as conclusões às quais chegaram acerca das
características gerais de governos autoritários e as especificidades do regime
estudado pelo grupo.
Como a autora J. K. Rowling utiliza de signos próprios de governos autoritários do
mundo contemporâneo para criar as tramas do quinto e sétimo romances de “Harry Potter”,
torna-se didático o (a) professor (a) partir deles – ou utilizá-los como exemplos – para explicar
o que é autoritarismo, as diferenças entre governo democrático e governo autoritário e o
significado de estado de exceção. Ao verificarem que há semelhanças entre o que acontece
nesses excertos de “Harry Potter” e os fatos ocorridos, por exemplo, durante a Ditadura Civil-
Militar brasileira (1964-1985), os alunos tem a oportunidade, por sua vez, de melhor entender e
reconhecer alguns dos indícios que caracterizam a ascensão e/ou existência de um governo
ditatorial.
Conclusões como o Brasil de hoje está muito parecido com o enredo de “A Ordem da
Fênix” e existem muitos Cornélios Fudges em nosso país, como aconteceu com a minha turma
de 2019, por certo aparecerão entre alguns dos alunos do 9 º ano para os quais uma atividade
como essa for aplicada. Isso porque, como apontado pelo texto da BNCC (2018: 398), “os
processos de identificação, comparação, contextualização, interpretação e análise de um
objeto estimulam o pensamento”. O estímulo do pensamento propicia, automaticamente, o
surgimento de ponderações mais críticas e conscientes. Possibilitar a criticidade dos
estudantes acerca do passado e, sobretudo, de nosso presente é uma das principais tarefas
da História e do professor de História. Sendo assim, por que não construir e executar tais
propósitos por meio (ou a partir) destes livros que atraíram e ainda hoje – vinte e três anos
após a publicação do primeiro volume da saga “Harry Potter” – atraem milhares de leitores de
todas as idades e em todo o globo?
57

Referências Bibliográficas

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação. Brasília, 2018.
MENEZES, Victor H. S.; Pinto, Renato. “As possibilidades de utilização dos livros de Harry Potter
no Ensino de História”. In. Bueno, André; Crema, Everton; Estacheski, Dulceli; Neto, José (org.)
Aprendizagens Históricas: debates e opiniões. União da Vitória/Rio de Janeiro:
LAPHIS/Edições especiais Sobre Ontens, 2018, p. 236-45.
POTTERISH. J. K. Rowling no Carnegie Hall. Trad. Patrícia Abreu, 09/02/09. Disponível em:
https://conteudo.potterish.com/jk-rowling-no-carnegie-hall/. Acessado em 28/03/21.
REAGIN, Nancy R. Harry Potter and History. WILEY (TP), 2011.
58
ALINE DE SOUZA LUNA
FÍSICA
ENSINO MÉDIO
Sou apaixonada pelas palavras, filmes e séries...
Pós graduada em 15 temporadas de Supernatural e 16
temporadas de Greys Anatomy...
Apaixonada por Harry Potter!
Formação acadêmica: Licenciatura Plena em Matemática,
Física e Pedagogia. Pós graduada em Química, Estatística
e Astronomia.
/PROFALINELUNA
FÍSICA

Ensino médio.
Velocidade Média | Atrito |
Gravidade e Resistência do Ar
1ª Série Ensino Médio
Relacionar com a primeira aula de voo da vassoura, pode-se mostrar uma pequena parte do
filme para explanar a ideia.
A ideia é trabalhar com movimento, referencial, atrito, resistência do ar e gravidade. Sugestão
como pesquisa: qual a velocidade média de cada tipo de vassoura
Praticando: fazer uma corrida de vassouras com cronômetro e uma trena para verificação da
velocidade média de cada estudante.
Gravidade
Pode-se falar da aerodinâmica das vassouras, solicitar pesquisas sobre as propriedades
necessárias para voar, pesquisar sobre a gravidade em cada um dos planetas do Sistema
Solar
Leis de Newton – Pode-se utilizar o trecho em que a Hermione dá um soco no Draco, para se
refletir e comentar e compreender a lei da ação e reação e também a 2 ª lei de Newton.
61
Astronomia
1ª e 3 ª Séries do Ensino Médio
Constelações
Podemos relacionar o nome de alguns dos personagens da saga às Constelações, como por
exemplo o Draco, Sirius, Lupin, Luna, entre outros... Além de enfatizar o fato que a única
disciplina que temos em comum no mundo dos Muggles com o Universo Mágico é astronomia.
Pode-se fazer uma pesquisa sobre os desenhos as constelações, observá-las no céu...
Utilizo um programa chamado Stellarium, onde podemos fazer análises no céu em diferentes
locais e verificar como está o posicionamento de cada uma das constelações em um dia
específico. Costumo utilizar também a calculadora de idade em outros planetas, observando
o tempo que cada planeta demora para completar um dia ou um ano.
Energia Escura
Pode-se fazer uma ligação entre a energia escura e os dementadores, pois a Energia Escura
trata da expansão acelerada do Universo, tendo uma ligação muito forte com os buracos
negros, estes sugam toda a matéria que está a sua volta, o mesmo que os dementadores
fazem conosco, sugando a felicidade de nossa alma
Buracos Negros – Buracos de Minhoca
Faz-se uma referência a aparatação, pois quando a gente entra em buraco de minhoca
percebe-se a entrada, mas não se sabe onde será a saída
62
Óptica e Termologia
Óptica
Espelho de Osejed e Capa da Invisibilidade - Podemos analisar a diferença entre cada tipo
de lente: espelhos planos e esféricos, lentes convergentes e divergentes, podemos pensar
também na reflexão para a invisibilidade e, para a reflexão no Espelho de Osejed, pode-se
fazer uma analogia com a observação das estrelas no céu, pois o reflexo que vemos é o do
passado.
Térmica
Feitiço Lumus e Dragões – Podemos trabalhar com a analogia ao calor propagado pelos
dragões e falar sobre as transformações de energia. Por exemplo falar da energia luminosa,
energia térmica
Eletromagnetismo
Utilizar como referência a primeira aula de voo, quando eles usam o feitiço “SUBA”, pode-se
pensar no eletromagnetismo, os polos do imã, fazer pesquisas sobre as propriedades dele, o
mesmo serve para o feitiço “ACCIO”. A ideia para um experimento é utilizar um super imã
fazendo as coisas subirem por meio de uma magia convocatória.
63
LETÍCIA PRESTES RODRIGUES
MATEMÁTICA
Ensino fundamental e médio
Natural de Juiz de Fora, Minas Gerais, Letícia teve
dificuldades com matemática pois não enxergava aplicabilidade naquelas
milhares de fórmulas e desenhos. Resolveu cursar engenharia mecatrônica afim
de encontrar essa aplicabilidade, mas a engenharia não a encantou. Foi
quando colocou os pés dentro de sala de aula pela primeira vez, dessa vez
como professora e não aluna que os olhos realmente brilharam. Através desse
brilho no olhar, resolveu estudar matemática e misturar duas paixões: a poesia
dos números com a poesia da magia do mundo encantado de Harry Potter.
Formação acadêmica:
Bacharela em Engenharia Mecatrônica pelo Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas
Gerais – Campus Juiz de Fora;
Pós graduada em Engenharia da Qualidade – PUC Minas;
Cursando licenciatura em matemática – Universidade
Federal de Juiz de Fora.
/MATEMATICAUAI
MATEMÁTICA

Geometria plana/Trigonometria/Teorema de Pitágoras:
Ensino médio;
Frações mistas/Operações com frações: Ensino
fundamental II;
Conjuntos numéricos: Ensino fundamental e médio;
Análise combinatória: Ensino médio.

Geometria plana/Trigonometria/Teorema de
Pitágoras
No casamento de Gui e Fleur Delacour, Krum diz a Harry que Xenofílio Lovegood estava
usando o símbolo de Grindelwald no pescoço.
Sabemos que esse símbolo na verdade nada mais é do que a representação das relíquias da
morte, um triângulo cujo formato lembrava uma runa. Para nós, o símbolo das relíquias da
morte será tratado como uma circunferência inscrita em um triângulo equilátero.
Figura 1 - Símbolo das Relíquias da Morte. Fonte: Criada pela autora no software GeoGebra
A capa da invisibilidade é representada pelo triângulo equilátero, a pedra da ressurreição
pela circunferência inscrita e a varinha das varinhas por uma das alturas do triângulo
equilátero.
Com todos esses elementos citados, é possível trabalhar com o aluno a geometria plana. O
triângulo equilátero possui três lados com mesma medida, e todos os seus ângulos internos
_
medem 60°, somando assim 180°. De acordo com a definição, uma ceviana é um segmento de
reta compreendido entre o vértice e o lado oposto, dessa forma podemos citar como as
principais cevianas a mediana, bissetriz e altura. Para a varinha das varinhas, essa ceviana é a
altura relativa à base BC . No entanto, como trata-se de um triângulo equilátero, as cevianas
coincidem entre si não importando o vértice de origem. Sendo assim, a varinha mais poderosa
de todas pode ser considerada como altura, mediana e bissetriz.
Como dito anteriormente, todos os ângulos internos do triângulo equilátero medem 60°, e
como a altura é também uma bissetriz, os ângulos internos são divididos por ela e formam
ângulos de 30°. Sendo 60° e 30° ângulos notáveis, é possível então usar relações
trigonométricas como seno, cosseno e tangente para a determinação de medidas do
triângulo com a consulta da tabela de ângulos notáveis. Ressaltando que essas relações
trigonométricas são no triângulo retângulo e que o ângulo reto que aparece é formado pela
varinha das varinhas.
66
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Tabela 1 - Tabela de ângulos notáveis. Fonte: Criado pela autora
Outra proposta de trabalho é o Teorema de Pitágoras, e é possível utilizá-lo pois a altura
traçada relativa à base BC é perpendicular a essa base formando um ângulo de 90°.
Frações mistas e operações com frações
No livro A Pedra Filosofal, Harry tem o desafio de embarcar para Hogwarts na plataforma nove
e meia. Ao informar ao tio Válter que iria embarcar na plataforma nove e meia às onze horas,
tio Valter chamou todos de “loucos de pedra”.
Isso porque na estação de King’s Cross só havia plataformas com números naturais e a
plataforma nove e meia é um número racional.
Para um trabalho feito em sala de aula é possível abordar o conjunto dos números naturais,
inteiros e racionais. Como o tio Valter sabia que a plataforma nove e meia ficaria entre as
plataformas nove e dez? Em uma reta real, onde esse valor estaria representado?
Nos filmes a plataforma citada é nove três quartos. Como seria a representação dessa
plataforma na reta real? Ela estaria a frente ou abaixo da plataforma citada nos livros?
Figura 2 - Reta real. Fonte: Criada pela autora.
67

Um conceito interessante utilizado é o conceito de frações mistas; uma fração mista é
composta por um número natural e uma parte fracionária, e é possível transformar essa fração
mista em uma fração imprópria. Frações impróprias apresentam frações cujo numerador é
menor que o denominador.
A parte natural é igual tanto para o livro e para o filme, o que difere é a parte fracionária.
Para a transformação de uma fração mista em uma fração imprópria, basta multiplicar o
denominador da fração pelo número natural e somar com o numerador, e o denominador da
nova fração permanece igual ao da fração anterior. Veja:
O processo inverso também pode ser feito, ao transformar uma fração imprópria em uma
fração mista. Para isso, basta dividir numerador com denominador. O denominador
permanece, o quociente é o número natural e o resto será o novo numerador.
68
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39/4
39÷4=9 e resto 3
Outra possibilidade de conteúdo a ser trabalhado dentro de sala de aula é qual seria a
representação gráfica dessas frações. Para a plataforma citada nos livros podemos
representar:
Figura 3 - Representação gráfica da fração mista nove e meia. Fonte: Criada pela autora.
É possível trabalhar com o aluno o processo inverso também. De acordo com a
representação gráfica, qual é a fração? Essa fração é própria, imprópria ou aparente?
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Análise combinatória
Para a fabricação de uma poção, a ordem de inserção dos ingredientes no caldeirão importa.
Dito isso, o assunto de análise combinatória pode ser amplamente tratado em Harry Potter.
Severo com certeza gostaria de saber mais sobre o tema.
A poção mais famosa da saga é a poção polissuco. Um trabalho possível em sala de aula é
entender como a ordem desses ingredientes na poção importa, e através daí descobrir se é
possível utilizar o princípio fundamental da contagem, combinação ou arranjo.
Se o número de elementos é diferente do número de posições e a ordem importa, então
utilizaremos arranjo. Mas se a ordem desses elementos não importasse, usamos combinação.
Suponhamos que Hermione vá preparar uma poção polissuco para que Harry, Rony e Hermione
invadem a sala comunal da Sonserina. De quantas formas possíveis Hermione pode combinar
os ingredientes 10 ingredientes (suponha um número não muito alto) da poção? Se ela colocar
sanguessugas no caldeirão antes de Descurainia a poção sairá corretamente?
Ainda dentro de análise combinatória, um assunto recorrente são os anagramas. Para tratá-
los é possível utilizar os nomes das casas em inglês e português. Para Grifinória, a quantidade
de anagramas é:
Isso porque é um anagrama com repetição. Para essa palavra em inglês (Gryffindor) teríamos:
As possibilidades para tratar matemática e Harry Potter são inúmeras. Isso porque o universo
mágico de Harry Potter é vasto, mas a matemática também não deixa de ter a sua magia.
70
STEFÂNIA

ANDRADE

Stefânia Andrade nasceu em São
José dos Campos (SP), é educadora,
escritora, palestrante e formadora de
professores.
Formada em Pedagogia pela Unesp
de Araraquara, pós graduada em
alfabetização e Mestre em formação
de Professores, Stefânia passou por
diversos níveis de ensino da rede
pública e privada de ensino.
Ela é responsável pela Coleção
infantil Melissa e A Cara do Brasil,
com livros adotados em diversas
escolas pelo país. É autora dos 6
livros infanto-juvenis da Coleção
Contaí de educação financeira e co-
autora do livro Sussurros da Meia-
Noite.
Stefânia recebeu prêmios e a
atenção da mídia por diversos
projetos de educação e literatura,
como A Cara do Brasil e Ordem da
Fênix.
A autora leciona no ensino
fundamental, integra a Academia
Joseense de Letras e coordena os
"Professores Mágicos", um projeto de
formação de professores,
especialmente na área de
criatividade.

MAIZA
Graduada em Engenharia Florestal pela UFPR
(Universidade Federal do Paraná) e pós-
graduada (mestrado) pela University of
NARA Eastern
(Espanha),
Finland
trabalhou
e Universidad
por 6 anos
de Lleida
como
pesquisadora na área de sensoriamento
remoto em São Paulo.
Largou sua carreira como pesquisadora para
viver um grande sonho: fazer uma lua de mel
de volta ao mundo. Foi quando virou nômade
digital, criadora de conteúdo, empresária,
investidora e blogueira. Morou 6 meses em
uma minivan conhecendo os parques
nacionais dos Estados Unidos. Ama esportes
radicais como corrida de montanha, escalada,
trilhas, bike e montanhismo.
A pandemia chegou e colocou uma grande
vírgula no sonho, impedindo que a viagem
continuasse. Foi então que mergulhou de
cabeça no empreendedorismo digital.
Co-fundadora do Professores Mágicos, hoje
Maiza se dedica à empresa de formação de
professores especialmente na área de
criatividade.
Somos apaixonados pela educação e acreditamos que ela precisa ser
mais significativa, engajada e mágica!
Empresa especializada na formação continuada para professores que
busca uma sociedade:
+ justa;
+ leitora;
+ criativa.
Uma comunidade de educadores que deseja formar alunos mais
fazedores, criadores, autônomos e protagonistas. Acreditamos
que a educação pode e deve ser divertida, por isso pensamos fora da
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SÃO JOSÉ DOS CAMPOS,

Todos os direitos desta publicação são reservados

à Professores Mágicos Editora LTDA.

Nenhuma parte desta obra pode ser apropriada e

estocada em sistema de banco de dados ou

processo similar, em qualquer forma ou meio, seja

eletrônico, de fotocópia, gravação, etc., sem

permissão do detentor do copyright.

Produção editorial: Maiza Nara dos-Santos

Organização Geral: Stefânia Andrade

Capa e projeto gráfico: Maiza Nara dos-Santos

Aline de Souza Luna

Brandon Leenkon Rogério de Oliveira Domingues

Letícia Prestes Rodrigues

Maria Luciana Gil Nazario

Melissa da Silva Marin

Tatiana Caniceiro Mileo

Thays Cristina Bonifácio

Thiago Assunção Almeida

Victor Henrique da Silva Menezes

Stefânia Andrade - São José dos Campos/SP: Professores Mágicos Editora

1. Formação de Professores. 2. Criatividade. 3. Harry Potter

Os pontos de vista desta obra são de responsabilidade de seus autores,

não refletindo necessariamente a posição do Professores Mágicos, da

Professores Mágicos Editora LTDA ou de sua equipe editorial.

São José dos Campos/SP

Harry Potter na escola 6

Sobre a organizadora Stefânia Andrade 71

Sobre o Professores Mágicos 73

Mural Virtual do ebook Harry Potter na Escola 75

Conheci Harry Potter em 2004, um pouco antes da chegada de Prisioneiro de Azkaban ao

filmes, enquanto lia fanfics e traduções não oficiais no Orkut.

importância literária da obra.

Em 2016 iniciei o Projeto Ordem da Fênix, um aprofundamento literário com alunos de

escola pública do Fundamental II. No contraturno os alunos estudavam os temas da história,

maiores objetivos eram o incentivo à leitura e produção textual e o protagonismo juvenil.

só permitiu um clube do Livro virtual para estudo da Pedra Filosofal.

meio, principalmente do Instagram, mas também do Youtube e Telegram estudamos formas

de utilizar a saga nas aulas de todos os níveis de ensino e componentes curriculares.

focados em Harry Potter como instrumento de ensino e a Mentoria é um acompanhamento de

Desde o 1 º Congresso Mágico para Professores, em outubro de 2020, passamos a realizar

atividades, sequência didáticas ou projetos. Assim fomos conhecendo professores de todos os

bruxos a todos os Professores do Brasil, de diferentes níveis de ensino e componente

curricular. Depois de quatro meses de trabalho intenso de muitas pessoas, especialmente a

aula mais mágica!

O aprendizado é tão mágico! É só olharmos para as crianças pequenas vidradas em

aprender sobre dinossauros ou borboletas. As aulas precisam ser leves, interessantes e

divertidas. É possível transformar um conteúdo denso em algo mais prazeroso, é

desafiador, mas temos grandes aliados na literatura!

professor de diferentes níveis de ensino e componentes curriculares. Cada tema presente em

livros. A história é de uma riqueza incrível, recheada de referências à história da humanidade:

A história é envolvente, te levando a um mundo mágico.

Apesar da magia a história não é clichê, há muitas reviravoltas.

Há a presença de valores como amizade, tolerância, determinação e amor.

Há elementos de Contos de Fadas e da Saga do Herói, ativando o consciente coletivo.

Os personagens são envolventes e bem construídos, para além dos protagonistas.

canais do Youtube, sites e notícias, até produtos ou estudos acadêmicos.

ensino em todos os componentes curriculares e darei alguns exemplos:

- Leitura dos livros

- Sistema Monetário bruxo

(galeão, sicles e nuques)

- As bruxas em nossa história