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Fundação Centro de Ciências e Educação

Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro


Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Entrega:
AD 2 2009/2 Met. Det. II 15/10 – postagem Gabarito
20/
20/10 – no pólo

1. Seja f definida por f ( x) = 1 − x 2 .


a. Faça um esboço do gráfico de f .
Solução:
y

−3 −2 −1 1 2 3 4

−1

−2

b. Prove que f é contínua em x = 1 .


Solução:
 x 2 − 1 x < −1

f ( x) = 1 − x 2 = 1 − x 2 − 1 ≤ x ≤ 1
x2 − 1 x > 1

lim f ( x) = lim 1 − x
2

x →1 x →1

lim f ( x) = lim (1 − x ) = 1 − 1 = 0


2

− −
x →1 x →1
 ↔ lim f ( x) = lim f ( x) = lim f ( x) = 0
lim f ( x ) = lim ( x 2
− 1) = 1 − 1 = 0  x →1− x →1+ x →1
x →1 +
x →1 +

Por outro lado, f (1) = 1 − 12 = 0 .
Logo, f é contínua em x = 1 , pois lim f ( x ) = f (1) .
x →1

c. Determine se f é derivável em x = 1 .
Solução:
f ( x) − f (1)
Uma função f é derivável em x = 1 quando o existe. lim
x →1 x −1
 f ( x) − f (1)
lim x −1
 −
Para determinar esse limite é preciso determinar os limites laterais:  x →1
 f ( x) − f (1)
lim
 x →1+ x −1
f ( x) − f (1)
= lim
(
1 − x 2 − 1 − 12
= lim
)
1 − x2
lim
x →1− x −1 x →1− x −1 x →1− x − 1

= lim
(1 − x )(1 + x ) = (− 1)(x − 1)(1 + x )
x →1− x −1 lim
x →1− x −1
= lim (− 1)(1 + x ) = (− 1)(1 + 1) = −2
x →1−

f ( x) − f (1)
= lim
(
x 2 − 1 − 1 − 12
= lim
)
x2 − 1
lim
x →1+ x −1 x →1+ x −1 x →1+ x − 1

= lim
(x − 1)(x + 1) = x +1 = 1+1 = 2
x →1+ x −1 lim
x →1+

f ( x) − f (1) f ( x) − f (1) f ( x) − f (1)


Como lim ≠ lim , concluímos que não existe lim e,
x →1− x −1 x →1+ x −1 x →1 x −1
consequentemente, f não é derivável em x = 1 .

3
x + a3 − a
2. A função g definida por g ( x) = é descontínua em x = 0 ( g (0) não existe uma vez que
x
x = 0 não faz parte do domínio de g ).

a. Mostre que a descontinuidade é removível.


( )
(Dica: Utilize a identidade x 3 − y 3 = ( x − y ) x 2 + xy + y 2 para reescrever a expressão da função
g)
Solução:

( 
) ( x+a ) +a x + a 3 + a 2 
2
3
x + a − a 
3 3
3
x+a −a
3 3 3

g ( x) = = ⋅
x x ( x+a ) +a3 3
2
3
x + a3 + a 2
x + a3 − a3
=
x

( x+a ) +a
3 3
2
3
x + a 3 + a 2 

x
=
x

( x+a ) +a
3 3
2
3
x + a 3 + a 2 

1
=
( x+a ) +a
3 3
2
3
x + a3 + a 2
Assim,
1
lim g ( x) = lim
x →0 x →0 ( x+a ) +a
3 3
2
3
x + a3 + a 2
1 1 1
= = 2 = 2
a + a⋅a + a
2 2
a +a +a
2 2
3a
Logo, existe lim g ( x) . Sendo assim, a descontinuidade em x = 0 é removível.
x→ 0

b. Redefina g ( x ) a fim de que a descontinuidade em x = 0 seja removida.


Solução:
1
Basta definir g (0) = lim g ( x) = .
x →0 3a 2
 3 x + a3 − a
 x≠0
Assim, a função g pode ser redefinida como g ( x) =  x .
 1 x=0
 3a 2

1
0< x<b
 x
3. Seja f ( x) =  .
1 − 1 x x≥b
 4

a. Determine um valor de b de tal forma que f seja contínua em b .


Solução:
Para que f seja contínua em b , devemos ter lim f ( x) = f (b) .
x →b
1 4−b
f (b) = 1 − b =
4 4
Para determinar lim f ( x ) é necessário calcular os limites laterais.
x→b
1 1
lim f ( x) = lim x = b
x →b − x →b −
1 1 b 4−b
lim f ( x) = lim 1 −x = 1− b = 1− =
x→b+ x→b + 4 4 4 4
Para que lim f ( x ) exista, devemos ter lim f ( x) = lim f ( x) . Assim:
x→b x→b − x→b +

1 4−b
=
b 4
4 = 4b − b 2
b 2 − 4b + 4 = 0
(b − 2)2 = 0
b=2
 1
 f (2) = 2
Repare que fazendo b = 2 , temos 
1
⇒ lim f ( x) = f (2) , ou seja, f é contínua em b e
 f ( x) = x →2
lim
x→2 2
1
 x 0< x<2
f ( x) = 
1 − 1 x x ≥ 2
 4

b. A função f é derivável no valor b encontrado no item anterior?


Solução:
f ( x) − f (2)
Uma função f é derivável em x = 2 quando o lim existe.
x→2 x−2
 f ( x ) − f ( 2)
lim x−2
 x→2−
Para determinar esse limite é preciso determinar os limites laterais: 
 f ( x ) − f ( 2)
lim
 x → 2 + x−2
1 1 2−x

f ( x ) − f ( 2) 2−x
lim = lim x 2 = lim 2 x = lim =
x→2− x−2 x→2 − x − 2 x→2− x − 2 x → 2 − 2 x( x − 2 )

− (x − 2) −1 1
= lim = lim =−
x → 2 − 2 x( x − 2 ) x→2− 2 x 4

1 1 4−x 1 2−x
1− x− −
f ( x ) − f ( 2) 4 2= 4 2= 4 =
lim = lim lim lim
x−2 x−2 x − 2 + (x − 2)
x→2+ x→2+ x→2 +
x→2

− (x − 2) −1 1
= lim = lim =−
x → 2 + 4( x − 2 ) x→2 + 4 4
f ( x) − f (2) 1
Assim, lim = − , e, portanto, f é derivável em x = 2 .
x→2 x−2 4

f ' ( x + ∆x) − f ' ( x) a


4. Se f ' ' ( x) = lim , ache f ' ' ( x) considerando f ( x) = .
∆x → 0 ∆x x
Solução:
a a
Se f ( x) = , então f ' ( x) = − 2 .
x x
Assim, substituindo na fórmula dada:
− ax 2 + a( x + ∆x )
2
a  a
− − − 
f ' ' ( x) = lim
( x + ∆x )  x 2 
2
= lim
x 2 ( x + ∆x )
2

∆x → 0 ∆x ∆x → 0 ∆x
( )
− ax 2 + a x 2 + 2 x∆x + ∆x 2
x 2 ( x + ∆x ) − ax 2 + ax 2 + 2ax∆x + a∆x 2
2
= lim = lim
∆x x 2 ∆x( x + ∆x )
2
∆x → 0 ∆x → 0

2ax∆x + a∆x 2 a∆x(2 x + ∆x ) a(2 x + ∆x )


= lim = lim 2 = lim 2
∆x → 0 x ∆x ( x + ∆x ) ∆x → 0 x ∆x ( x + ∆x ) ∆x → 0 x ( x + ∆x )
2 2 2 2

a(2 x + 0) 2ax
= 2 = 4
x (x + 0)
2
x
2a
=
x3

5. Um líquido é produzido por certo processo químico e a função custo total para a produção de x litros
desse líquido é dada por C ( x) = 6 + 4 x . Determine:

a. A função custo marginal


Solução:
A função custo marginal é a derivada de C ( x) = 6 + 4 x .
1 2 2 x
C ' ( x) = 4 ⋅ = = .
2 x x x

b. O custo marginal quando 16l são produzidos.


Solução:
2 16 2.4 8
C ' (16) = = = = 0,5 .
16 16 16
Isto quer dizer que o custo aproximado da produção de um litro além dos 16 litros do líquido já produzidos é
R$ 0,50.

c. A quantidade de litros produzidos quando o custo marginal é de R$ 0,40 por litro.


Solução:
 2
C ' ( x) = 2 4
 x ↔ = 0,40 =
C ' ( x) = 0,40 x 10

4
2= x
10
20 = 4 x
20
x= =5
4
x =5
x = 25
Ou seja, quando são produzidos 25 litros do líquido, o custo marginal é de R$ 0,40.

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