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r
Figura 1
Segmento Orientado
Um segmento orientado é determinado por um par ordenado de pontos, o primeiro chamado origem do segmento, e o
segundo chamado extremidade.
O segmento orientado de origem A e extremidade B será representado por AB e, geometricamente, indicado por uma seta
que caracteriza visualmente o sentido do segmento. (Figura 2)
B
A
Figura 2
Segmento Nulo
Um segmento nulo é aquele cuja extremidade coincide com a origem.
Segmentos Opostos
Se AB é um segmento orientado, o segmento orientado BA é dito oposto de AB.
Medida de um segmento
Fixada uma unidade de comprimento, a cada segmento orientado pode-se associar um número real, não negativo, que é a
medida do segmento em relação àquela unidade. A medida do segmento orientado é o seu comprimento ou seu módulo. O
comprimento do segmento AB é indicado por AB .
Assim o comprimento do segmento AB representado na Figura 3 é de 3 unidades de comprimento:
A B
u
Figura 3
AB = 3 u.c
Observações
a) Os segmentos nulos têm comprimento igual a zero.
b) AB = BA
Direção e Sentido
Dois segmentos orientados não nulos AB e CD têm a mesma direção se as retas suportes desses segmentos são paralelas
(Figuras 4 e 5) ou coincidentes Figuras 6 e 7).
B D
A
C
D B
Figura 6 C
C A
Figura 4 B
D
A B
C Figura 7
A
D
Figura 5
Observações:
a) Só se podem comparar os sentidos de dois segmentos orientados se eles têm mesma direção.
b) Dois segmentos orientados opostos têm sentidos contrários.
Segmentos Equipolentes
Dois segmentos orientados AB e CD são equipolentes quando têm a mesma direção, o mesmo sentido e o mesmo
comprimento (Figura 8)
Se os segmentos AB e CD não pertencem à mesma reta (Figura 9). Para que AB seja equipolente
uipolente a CD é necessário que
AB // CD e AC // BD, isto é, ABCD deve ser um paralelogramo.
B D
D
C
B
A A C
Figura 8 Figura 9
Observações:
a) Dois segmentos nulos são sempre equipolentes.
equipolentes
b) A equipolência dos segmentos AB e CD é representada por AB ~ CD
Vetor
Vetor determinado
inado por um segmento orientado AB é o conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes AB
(Figura 10).
Figura 10
r r
Se indicarmos com v este conjunto, simbolicamente podemos escrever v = {XY / XY ~ AB} onde XY é um segmento
qualquer do conjunto.
r
O vetor determinado por AB é indicado por AB ou B – A ou v .
Um vetor AB é determinado por infinitos segmentos orientados, chamados representantes desse vetor, e todos
equipolentes entre si. Porém, qualquer outro segmento de mesmo comprimento, mesma direção e mesmo sentido de AB
r
representa o mesmo vetor v .
Desta forma, um segmento determina um conjunto que é o vetor, e qualquer um destes reprrepresentantes
esentantes determina o mesmo
vetor. Portanto, com origem em cada ponto do espaço, podemos visualizar um representante de um vetor.
r
Todos os representantes de um vetor v , inclusive este têm as mesmas características, isto é: o módulo, a direção e o
sentido do vetor são o módulo, a direção e o sentido de qualquer um de seus representantes.
r r
O módulo de v se indica por v .
Vetores Iguais
Dois vetores AB e CD são iguais se, e somente se, AB ~ CD
Vetor Nulo
Os segmentos nulos, por serem equipolentes entre si, determinam um único vetor, chamado vetor nulo ou vetor zero, e que
é indicado por 0 .
Vetores Opostos
r r
Dado o vetor v = AB , o vetor BA é oposto de AB e se indica por − AB ou por −v
Vetor Unitário
r r
Um vetor v é unitário se v =1
Versor
r r
Versor de um vetor não nulo v é o vetor unitário de mesma direção e sentido de v .
r
Por exemplo, tomemos um vetor v de módulo 3 (Figura 11).
Figura 11
r r r
Os vetores u1 e u 2 da figura são vetores unitários, pois ambos têm módulo 1. No entanto, apenas u1 tem a mesma direção
r r
e sentido de v . Portanto, este é o versor de v .
Vetores Colineares
r r r r
Dois vetores u e v são colineares se tiverem a mesma direção, ou seja, u e v são colineares se tiverem representantes
AB e CD pertencentes a uma mesma reta ou a retas paralelas (Figura 12).
r
v B D
D
C
r r
u r v
B u
A C
A Figura 12
Vetores Coplanares
r r r
Se os vetores não nulos u , v e w possuem representantes AB, CD e EF pertencentes a um mesmo plano π (Figura 13),
diz-se que eles são coplanares.
r
v α
r
u
r
w
Figura 13
r r
Dois vetores u e v quaisquer são sempre coplanares, pois podemos sempre tomar um ponto no espaço e, com origem nele,
r
imaginar os dois representantes de v pertencentes ao plano π que passa por este ponto.
Três vetores poderão ou não ser coplanares (Figuras 14 e 15)
Figura 14
Figura 15
Operações com Vetores
Adição de vetores
1º Caso
r r
Sejam u e v representados pelos segmentos orientados AB e BC (Fig, 16).
B
r
r v
u
A C
u + v
Figura 16
r r r r r r
Os pontos A e C determinam um vetor s que é, por definição, a soma dos vetores u e v , isto é, s = u + v .
2º Caso
r r r r r r r r
Se u // v a figura 17 e 19 indica a soma u + v com u e v de mesmo sentido, e na figura 18 u e v de sentidos contrários.
r
u v
r r u
u +v
r
Figura 17 r r v
u +v
Método do paralelogramo
Figura 18
r
u r r
u +v
r
v
Figura 19
Propriedades da adição
r r r r
I) Comutativa u + v = v + u
r r r r r r
II) Associativa ( u + v ) + w = u + ( v + w )
r r
III) Existe um só vetor nulo 0 tal que todo o vetor v se tem:
r r r r r
v +0=0+v =v
r r
IV) Qualquer que seja o vetor v , existe um só vetor −v
r r r r r r
(oposto de v ) tal que v + ( −v ) = v − v = 0 .
Diferença de Vetores
r r r r r r r
Chama-se diferença de dois vetores u e v , e se representa por d = u − v , ao vetor u + (– v ).
r r r r r
Dados dois vetores u e v , e construindo o paralelogramo (Figura 20), constata-se que a soma s = u + v é representado per
r r r
uma das diagonais e que a diferença d = u − v = é representada pela outra diagonal.
r r r
u u +v
r r
u −v
r
v
Figura 19
Exemplo:
r r r 5r r 2r r r
u = 3v u= v u=− v u = −2v
2 5
r r r r
c) Para cada vetor v , com v ≠ 0 , podemos associar dois vetores unitários paralelos a v que são:
r
v r
r de mesmo sentido de v
v
r
v r
− r de sentido contrário de v .
v
r
v r
O vetor r é chamado de versor de v .
v
Exemplos:
r
v
Se v = 3 , seu versor será
3
r 1 r
Se v = , seu versor será 5v .
5
Base Canônica
y
r
j (0,1)
(1,0)
r x
O i Figura 22
r
Dado um vetor v qualquer do sistema cartesiano ortogonal (Figura 23), existe uma só dupla de números x e y tal que
r r r r r
v = x i + y j ou simplesmente v = ( x, y ) onde x (abscissa) e y (ordenada) são as componentes de v na base canônica.
y
r
y j r
r v
j
r r x
O i xi
Figura 23
r
Deixando de se referir a base canônica C o vetor v = ( x, y ) é pode ser definido por (x,y) cujo par é chamado de expressão
r
analítica do vetor v .
Exemplos:
Escrever a expressão analítica dos vetores a seguir:
r r
a) 3 i − 4 j =
r r
b) − 2i + 3 j =
r
c) 5 i =
r
d) − 2 j =
Igualdade de vetores
r r r r
Dois Vetores u = ( x1 , y1 ) e v = ( x2 , y2 ) são iguais (u = v ) se, e somente se, x1 = x2 e y1 = y2.
r r
Exemplo: Determinar x e y para que os vetores u = ( x + 1 ;2) e v = (4 ;2 y − 4) sejam iguais.
Exemplos
r r
1) Dados os vetores u = (−2 , 3) e v = (1 , − 4) , determinar:
r r
a) 2u + 3v
r r
b) 2u − 3v
r r r r r 1r r
2)Sendo u = (2 , − 1) e v = (−2 , 3) , determinar o vetor x na igualdade 3x + 2u = v + x .
2
r r r r r r
3) Determinar os números a1 e a2 sabendo que v = a1v1 + a2 v2 e v = (10 , 2) , v1 = (3 , 5) e v2 = (−1 , 2)
O
x
Figura 24
Como visto anteriormente os vetores OA e OB tem expressões analíticas:
OA = ( x1 , y1 ) e OB = ( x2 , y 2 ) do triângulo formado por OAB temos que:
OA + AB = OB
AB = OB − OA
AB = ( x2 , y 2 ) − ( x1 , y1 )
AB = ( x2 − x1 , y 2 − y1 )
r r
Isto nos permite escrever que AB = B − A ou v = B − A ou ainda B = A + v (Figura 25).
y
A(x1,y1)
B(x2,y2
x
O
P ( x 2– x 1, y 2– y 1)
Figura 25
Lembrando que um vetor tem infinitos representantes que são os seguimentos orientados eqüipolentes, ou seja, tem mesmo
comprimento, mesma direção e mesmo sentido, o vetor OP é o que melhor representa o vetor AB .
r
O vetor v = OP é também denominado vetor posição ou vetor representante natural de AB .
Exemplos:
1
1) Dados os pontos A(–2 , 4), B(6 , –2) e C(–4 ,8), determinar o ponto D para que CD =
AB .
2
2) Sendo os pontos A(–2 , 4) e B(4 , 1) extremidades do segmento AB. Determinar os pontos C e D que dividem AB em
três seguimentos com comprimentos iguais.
A
yA
M
yM
B
yB
xA xM xB x
O
Figura 26
x + xB y A + y B
M A ,
2 2
Exemplo
Calcular o ponto médio do segmento de extremos A(2 , –3) e B(4 , 2).
Exemplo
r r
Verificar se os vetores u = (2,−3) e v = (4,−6) são paralelos.
Módulo de um vetor
r
Dado o vetor v = ( x. y ) utilizando o teorema de Pitágoras temos (Figura 27):
y
r
v
O x
Figura 27
r
v = x2 + y 2
Exemplo:
r
O módulo do vetor v = (−2 , 3) é:
Distância entre dois pontos.
A distância entre os pontos A(x1 , y1) e B(x2 , y2) é o comprimento ou módulo do vetor AB que indicamos como
(Figura 28):
d ( A, B ) = AB
y2 B
AB
y1
A
x1 x2
Figura 28
Versor de um vetor
r
È um vetor unitário de mesma direção e sentido de v .
r
r v
Versor de v = r
v
Exemplos:
r
1) Determinar o versor do vetor v = (−3,4) .
2) Dados os pontos A(–2 , 1) e B(1 , –4) e os vetores
r r
u = (−2 , − 1) e v = (−1 , 3) , determinar:
r
a) u
r
b) v
r r
c) u + v
r r
d) 3u − 2v
e) a distância entre os pontos A e B.
3) Determinar , no eixo Ox, um ponto P que seja eqüidistante dos pontos A(–1 , –2) e B(5 , –4).
r r
4) Dado o vetor v = (−3 , 1) , determinar o vetor paralelo a v que tenha:
r r
a) o mesmo sentido de v e duas vezes o módulo de v ;
r r
b) sentido contrário de v e metade do módulo de v .
r
c) o mesmo sentido de v e módulo 3;
r
d) sentido contrário de v e módulo 4.
VETORES NO ESPAÇO
r r r r r
A base canônica {i , j } determina o sistema cartesiano ortogonal xOy. Da mesma forma a base canônica {i , j , k } será a base
que determinará o sistema cartesiano ortogonal Oxyz (Figura 29).
z
r
k
r
v=(−3, )4
r
v=(−3, )4
r
O j
y
r
i
x
Figura 29
Denominação dos eixos cartesianos:
-eixo Ox: eixo das abscissas;
-eixo Oy: eixo das ordenada;
-eixo Oz: eixo das cotas.
r r r
Os vetores ortogonais e unitários do sistema cartesiano simbolizados por i , j e k todos com origem em O e extremidades
r r r r r r
em (1 , 0 , 0) , (0 , 1 , 0) e (0 , 0 , 1), sendo {i , j , k } a base canônica e i = (1 , 0 , 0) , j = (0 , 1 , 0) e k = (0 , 0 , 1) .
r r r r r
A cada ponto P(x , y , z) do espaço irá corresponder o vetor v = OP = ( xi + yj + zk ) ou simplesmente v = ( x, y, z ) que é a
r
expressão analítica de v .
Exemplos:
r r r r
a) v = 3i − 2 j + k =
r r r
b) v = 2i − j =
r r r
c) v = 3 j − k =
r r
d) v = 3k =
Igualdade de vetores
r r r r
Dois Vetores u = ( x1 , y1 , z1 ) e v = ( x2 , y 2 , z 2 ) são iguais (u = v ) se, e somente se, x1 = x2 , y1 = y2 e z1 =z2.
r r
Exemplo: Determinar x,y e z para que os vetores u = ( x + 1 , 2 , z − 2) e v = (4 , 2 y − 4 , 1) sejam iguais.
Exemplo
Calcular o ponto médio do segmento de extremos A(2 , –3 , 5) e B(–4 , 2 , 0).
Exemplo
r r
Verificar se os vetores u = (2,−3,4) e v (4,−6,8) são paralelos.
Módulo de um vetor
r
Dado o vetor v = ( x. y, z ) seu módulo será:
r
v = x2 + y2 + z 2
Exemplo:
r
O módulo do vetor v = (−2 , 3,2) é:
Distância entre dois pontos.
A distância entre os pontos A(x1 , y1 , z1) e B(x2 , y2 , z2) é o comprimento ou módulo do vetor AB que indicamos como:
d ( A, B ) = AB
d ( A, B) = (x2 − x1 )2 + ( y2 − y1 )2 + (z2 − z1 )2
Vetor definido por dois pontos
r
Dado o vetor AB de origem A(x1 , y1 , z1) e extremidade em B(x2 , y2 , z2) podemos escrever que AB = B − A ou v = B − A
r
ou ainda B = A + v
Exemplos
r r r
1) Sendo u = (−2 , − 1, 1) , v = (3, 0 ,−1) e w = (−2, 2 , 2) , e os pontos A(0 , 1 , –1) e B(1 , 2 , –1), determinar os números
r r r
a1, a2, e a3 na igualdade w = a1 AB + a2u + a3v .
2) Calcular o comprimento da mediana do triângulo, relativa ao lado AB, sendo os pontos A(4 , –1 , –2), B(2 , 5 , –6) e
C(1 , –1 , –2) os vértices do triângulo.
Referência Bibliográfica
WINTERLE, P. Vetores e geometria Analítica, São Paulo: Makron Books, 2000.
SIMMONS, G.P.. Cálculo com geometria analítica. São Paulo: McGraw-Hill, 1987. v.1.
STEINBRUCH, A., WINTERLE P., Geometria analítica. São Paulo: Makron, 1987.