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De modo geral, os agressores procuram, recriar com seus filhos o estilo educacional
adotado com eles mesmos em sua infância. Nos estudos realizados, os agressores se
revelam como pessoas com um alto nível de exigência em relação ao desempenho de
seus filhos, nutrindo expectativas não-realísticas acerca do comportamento infantil,
acabando por exigir das vítimas atitudes não-compatíveis com a sua idade
cronológica. Ao se pesquisar de forma aprofundada o histórico de vida destes
agressores, pode-se perceber que alguns haviam sofrido sérios espancamentos em
sua infância, mas outros não.. Os agressores haviam sofrido carências afetivas
importantes em sua infância, ou seja, conviveram com a profunda sensação de não
poderem contar com a afeição e o zelo de ninguém desde o início de suas vidas.
O que nos cabe ressaltar que nem todos os agressores são doentes mentais ou
alcoólatras. O álcool não pode ser considerado como causa de espancamento. O que
se pode pensar é que a disposição para bater nos filhos já estaria no agressor sob a
forma de uma vontade explícita ou como possibilidade latente à espera de uma
oportunidade ou de um pretexto para manifestar-se e atuar.
De acordo com dados ainda inéditos da primeira pesquisa brasileira sobre o assunto,
realizada na cidade de São Paulo, publicada em 1987, registra-se uma grande
diversidade de formas para se impor a violência a vítimas de 0 a 18 anos.
Não é fácil combater este tipo de violência. Importa que hoje saibamos que, além das
medidas emana das pelo Estado (policiais, judiciais), é preciso que se criem novas
formas de combate a esta violência, com a participação daqueles diretamente
associados ao problema.
Referências:
Scielo,disponivel em :
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64451986000300007