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22/05/2018 A FORÇA DO TRIÂNGULO MINEIRO - Indi

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A FORÇA DO TRIÂNGULO MINEIRO


Postado em 27/03/2017 às 09:47:10

Autoria: Fábio de Oliveira Alves e Davyson Demmer Guimarães Barbosa.

Agronegócio, genética bovina e produtos químicos: a


região do Triângulo Mineiro se destaca em todos esses
setores devido a características regionais privilegiadas.
Localização estratégica entre importantes estados
brasileiros, mão de obra qualificada, condições
perfeitas para o agronegócio e excelente infraestrutura
são os principais diferenciais da região.
Cabe ressaltar que em 2015 o governo de Minas Gerais reconsiderou a
subdivisão interna do Estado com o intuito de melhorar o
acompanhamento das demandas regionais e propor políticas públicas
mais assertivas. Nessa ocasião, a região do Triângulo Mineiro, e parte
da região então denominada alto Paranaíba, foi segregada em dois
territórios denominados Triângulo Norte e Triângulo Sul. Em extensão
territorial, somados, esses dois territórios correspondem a 13,67% de
Minas Gerais.
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O Território Triângulo Norte possui três microterritórios – Uberlândia,


Patrocínio e Ituiutaba – contendo 30 municípios – dos quais 18
apresentam Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM 2010)
alto e 12, médio – e população total de 1,179 milhão de habitantes em
2010 (MINAS GERAIS, 2016). Esse território destaca-se pela produção
de leite, soja e café arábica. Além disso, possui bons índices quanto à
infraestrutura das escolas públicas e tem a menor taxa de mortalidade
infantil do Estado[1].

Já o território Triângulo Sul também é composto por três


microterritórios – Uberaba, Araxá e Frutal – com 27 municípios (20 com
IDHM alto e sete, médio), e população total de 698 mil habitantes em
2010 (MINAS GERAIS, 2016). Esse território destaca-se na produção de
cana-de-açúcar e soja, na lavoura; e de leite, na pecuária. O Triângulo
Sul possui a segunda menor taxa de mortalidade infantil do Estado.[2]

A Tabela 1 resume alguns dados econômicos desses dois territórios.

Tabela 1 – Dados econômicos dos Territórios Triângulo Norte e


Triângulo Sul

Triângulo Total Norte e


Item Triângulo Sul
Norte Sul

PIB, a R$ R$ R$
preços 41.565.131,86 25.057.519,59 66.622.651,45
correntes mil (8,5% do mil (5,1% do mil (13,7% do
(2013) estado) tado) estado)

PIB per
capita a
preços R$ 29.433,93 R$ 30.346,77 –
correntes –
2013

Taxa de
desocupação 5,40% 5,41% –
em 2010

Fonte: elaboração própria. Dados extraídos de Minas Gerais (2016).

Percebe-se, pela Tabela 1, que o território Triângulo Norte apresenta


maior participação no PIB nacional que o Triângulo Sul.
Individualmente, o Triângulo Norte é o território que apresenta o
terceiro maior PIB de Minas Gerais – atrás apenas do Território
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Metropolitano, com 44,0% de participação, e do Sul, com 9,6% –


enquanto o Triângulo Sul, possui o quinto maior PIB (MINAS GERAIS,
2016). Juntos, esses territórios representam o segundo maior PIB do
Estado.

Com relação aos empreendimentos assistidos pelo


INDI, a Agência de Promoção de Investimento e
Comércio Exterior de Minas Gerais, atualmente 9,29%
dos projetos ativos na carteira de empreendimentos
assistidos pelo INDI, a partir de 2010, localizam-se
nesses territórios, o que corresponde a 17,25% do total
do valor investido. Essa participação é maior que a
supramencionada referente ao PIB, o que indica que
esses territórios são atraentes para implantação de
investimentos em Minas Gerais.
Apresenta-se, a seguir, algumas características desses territórios, de
forma agregada. Foram selecionados alguns dados socioeconômicos e
demográficos e itens que contribuem para o desenvolvimento da região,
como dados de exportação, cidades-polo, infraestrutura, instituições de
ensino, entre outros. 

Principais produtos exportados

Minas Gerais foi o segundo estado brasileiro que mais exportou em


2015, com US$ 22,01 bilhões exportados, o que representou 11,5% das
exportações brasileiras. Nesse período, o território Triângulo Sul
ocupou a segunda posição em valor das exportações mineiras, com
11,4% de participação, ficando atrás apenas do território Metropolitano,
com 44,1% do total exportado. Já o Triângulo Norte ocupou a quinta
posição nesse ranking, com 5,3% das exportações do estado em 2015.
Os principais itens exportados produzidos no Triângulo Norte estão
resumidos no Gráfico 1.

Gráfico 1 – Principais itens exportados provenientes do território


Triângulo Norte

Fonte: Exportaminas (2016)

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Conforme ilustrado no Gráfico 1, café, produtos de origem vegetal,


carnes e soja são os principais itens/grupos de produtos exportados
produzidos no Triângulo Norte. Analogamente, o Gráfico 2 ilustra os
itens predominantes nas exportações originárias do Triângulo Sul.

Gráfico 2 – Principais itens exportados provenientes do território


Triângulo Sul

Fonte: Exportaminas (2016)

Verifica-se que produtos metalúrgicos representam mais da metade das


exportações oriundas do território Triângulo Sul, enquanto o complexo
sucroalcooleiro é o segundo grupo, com quase 27% do valor exportado
por esse território.

Maiores cidades

A seguir serão apresentados alguns dados socioeconômicos ePT


demográficos dos cinco maiores municípios localizados nesses dois
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territórios: Uberlândia, Araguari e Ituiutaba, no Triângulo Norte;
Uberaba e Araxá, no Triângulo Sul. A Tabela 2 apresenta um resumo

geral de dados dos cinco maiores municípios localizados nos territórios
Triângulo Norte e Sul.

Tabela 2 – Síntese de dados dos cinco maiores municípios dos


Territórios Triângulo Norte e Triângulo Sul

Item Uberlândia Araguari Ituiutaba Uberaba

População
669.672   116.871    103.945     325.279
estimada 2016

PIB, a preços
25.774.947 2.860.584 2.545.711 10.882.907
correntes (2013)

PIB per capita a 39.857,78 24.881,13 24.953,06 34.509,47


preços correntes

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– 2013

Matrícula –
Ensino
78.053 13.232 11.279 36.019
fundamental –
2015

Matrícula –
Ensino médio – 23.384 4.050 3.443 11.641
2015

Pessoal ocupado
247.538 25.500 25.040 103.191
total

População
residente 537.713 97.365 83.277 263.932
alfabetizada

População
residente que
186.165 28.866 25.506 83.571
frequentava
creche ou escola

Índice de
Desenvolvimento
Humano 0,789 0,773 0,739 0,772
Municipal – 2010
(IDHM 2010)

Estabelecimentos
108 48 53 71
de Saúde SUS

Fonte: Elaboração própria. Dados do IBGE Cidades (2016).

O município de Uberlândia é o maior dos Triângulos e segundo maior do


estado de Minas Gerais, tanto em população quanto em PIB. Sua
população era de 604 mil habitantes em 2010, e estimada em 669,7 mil
pessoas em 2016, o que representa crescimento à taxa média anual de
1,73% nesse período. Além de ocupar a segunda posição estadual, o PIB
de Uberlândia também representa a 21ª posição nacional, com o valor
de R$ 25,775 bilhões em 2013 (IBGE, 2015).

Algumas empresas instaladas nos territórios Triângulo Norte e


Triângulo Sul
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Para ilustrar a representatividade do ambiente empresarial presente


nos territórios Triângulo Norte e Triângulo Sul, citam-se, a seguir,
alguns empreendimentos assistidos pelo INDI instalados nos maiores
municípios desses territórios:

Uberlândia: Adfert Aditivos Ind. e Com. Ltda, Algar S.A.


Empreendimentos e Participações (Algar Agro e Farming), Alsol Energias
Renováveis, Ambev, Cargill Agrícola S.A., Companhia Mineira de Açúcar e
Álcool Participações, Itambé Alimentos S.A., JBS, Martins Comércio e
Serviços de Distribuição S.A., M. Dias Branco S.A. Ind. e Com. de
Alimentos, Paranaíba Fertilizantes Ind. e Com. Ltda, Produtos Erlan
Ltda., Sadia S.A. e Souza Cruz S.A., ME-LE Energietechnik GMBH.

Uberaba: Black & Decker do Brasil Ltda., Companhia Mineira de Açúcar e


Álcool Participações, Dagranja Agroindustrial Ltda., Duratex Industrial
S.A., JBS, Magnesita Refratários S.A., Ouro Fino Química Ltda, Sipcam
Agro S.A., Vale Fertilizantes S.A. e Yara Brasil Fertilizantes S.A.

Araguari: Arroz Vasconcelos, Bunge Alimentos S.A., Frigorífico Mataboi


S.A. e Indústrias Alimentícias Maguary S.A.

Araxá: Bem Brasil Alimentos Ltda, Bunge Fertilizantes S.A. e Companhia


Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM).

Ituiutaba: Nestle.

Destaque especial pode ser dado à CBMM localizada em Araxá, a


principal fornecedora de nióbio e de tecnologias desse produto no
mundo. Alguns outros empreendimentos de grande porte na região, que
não receberam assistência do INDI são: ADM, Aliança Atacadista, Arcom
(Atacado Distribuidor), Louis Dreyfus Company (LDC), MonSanto,
Peixoto Comércio Indústria Serviços e Transportes S.A., entre outros.

Polos produtores

Indústria química

Os territórios Triângulo Norte e Triângulo Sul concentram um número


considerável de indústrias químicas que se destacam na produção
econômica de Minas Gerais. Dentre as empresas ligadas à química se
destacam os produtores de fertilizantes, principalmente os fosfatados
ou provenientes da rocha fosfática.

De acordo com a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda),


em 2015, o Brasil consumiu mais de 30 milhões de toneladas de
fertilizantes, enquanto produziu pouco mais de 9 milhões de toneladas.
Portanto, existe uma dependência de 21 milhões de toneladas de
fertilizantes no mercado brasileiro[3]. Com as previsões de crescimento
da produção agrícola, consequentemente, espera-se um aumento do
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consumo de fertilizantes fosfatados, o que, aliado à valorização da


moeda estrangeira, contribui para que sejam produzidos localmente os
recursos fertilizantes que a produção agrícola do Brasil necessita.

Minas Gerais detém cerca de 68% das reservas de fosfato do Brasil


(IBRAM, 2011) e é o estado brasileiro que apresenta a maior capacidade
produtiva de fertilizantes. A região dos Triângulos apresenta diversos
exemplos de empresas produtoras de matéria prima ou misturadoras
que atendem as demandas das culturas produtivas de açúcar, café,
laranja, soja e outras. Existem grandes empresas que receberam auxílio
do INDI para implantação, como FMC do Brasil, Ouro Fino Química, Vale
Fertilizantes ou Yara Brasil (empresa de origem norueguesa que forma
joint venture com a Galvani), que se localizam em Uberaba, no Triângulo
Sul. Esse município apresenta atrativos para indústrias químicas como
o Distrito Industrial III, que possui perfil adequado para receber
indústrias químicas e de fertilizantes.

Nesse sentido, espera-se que a região do Triângulo venha ser


contemplada com a implantação de mais empresas que possam ser
fornecedoras de matérias primas para fertilizantes, como as tentativas
feitas pela Unidade de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras em
Uberaba e da Vale Fertilizantes em Patrocínio, que obteve licença de
instalação aprovada em abril de 2016[4], além do projeto da Galvani em
Serra do Salitre, que está em fase de implantação.

Agronegócio/Genética bovina

A região de Uberaba ostenta o posto de maior polo mundial de genética


zebuína, e nesse município se encontra a sede da Associação Brasileira
dos Criadores de Zebu (ABCZ). A produção pecuária que envolve o zebu
garante a excelência da produção de leite e carne bovina de qualidade
que atendem o mercado brasileiro e internacional. Dentro da
agropecuária da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, de acordo
com a divisão de mesorregiões do IBGE, mais de 50% dos
estabelecimentos instalados nessas regiões se dedica à criação de
bovinos, o que engloba mais de 7.200 estabelecimentos. De acordo com
os dados da Relação Anual de Informações Sociais de 2014 (RAIS),
naquele ano havia mais de 66 mil pessoas empregadas na produção
agropecuária na mesorregião do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba e,
desse total, mais de 15 mil pessoas estavam dedicadas às atividades de
criação de bovinos.

Percebe-se, portanto, que as atividades de criação de bovinos se


destacam como principal atividade agropecuária nas regiões Triângulo
Mineiro e Alto Paranaíba no que diz respeito a quantidade de
estabelecimentos envolvidos e número de pessoas empregadas. As
Figuras 1 e 2 a seguir ilustram a relevância da criação de bovinos para
as atividades agropecuárias dessas regiões.
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Figura 1 – Estabelecimentos agropecuários no Triângulo Mineiro e Alto


Paranaíba

Para ver mais, clique aqui. 

Fonte: Dataviva/Rais

Figura 2 – Distribuição de empregados por agregação de classe

Para ver mais, clique aqui. 

Fonte: Dataviva/Rais

Com relação à produção da agropecuária, o Triângulo Sul encontra-se


em primeiro lugar entre os territórios de planejamento de Minas Gerais
na produção de lavoura temporária, com destaque para a produção de
cana-de-açúcar que foi de R$ 1,98 bilhão em 2014, seguida pela
produção de soja, R$ 774,8 milhões naquele ano. A pecuária do
território se destaca principalmente pela produção de leite proveniente
de gado zebuíno que foi de R$ 753,8 milhões, conforme pode ser
observado na Figura 3.

Figura 3 – Produção agropecuária do território Triângulo Sul

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Mais informações, clique aqui

Fonte: Minas em Números (2016)

Já a pecuária do Triângulo Norte destaca-se pela segunda posição no


ranking dos territórios mineiros.  Quantos aos produtos agropecuários
desse território, o principal produto da lavoura permanente é o café,
com produção de R$ 1,45 bilhão em 2014, seguido pela produção de
leite (pecuária) com R$ 1,14 bilhão, e a soja em grãos (lavoura
temporária), com R$ 972,6 milhões em valor produzido naquele ano,
conforme resumido na Figura 4.

Figura 4 – Produção agropecuária do território Triângulo Norte

Mais informações, clique aqui

Fonte: Minas em Números (2016)

Diante da importância da produção agropecuária e da produção da


indústria química além de outras indústrias, percebe-se que os
territórios do Triângulo Norte e Triângulo Sul estão entre as regiões que
apresentam relevante nível de desenvolvimento e dinâmica econômica
em relação a outras regiões de Minas Gerais, ocupando posição de
destaque tanto em produção agropecuária quanto industrial, que
atendem tanto o mercado brasileiro quanto estrangeiro.

O gerente de projetos do Brasil da ME-LE Energietechnik, Christian


Belt, confirma o potencial do triângulo para o desenvolvimento de
projetos relacionados ao agronegócio. A ME-LE é uma empresa alemã
especializada em projetos de biomassa, que se instalou em Uberlândia
em 2016. De acordo com o gerente, a empresa realizou um estudo de
viabilidade para a compreensão do potencial de biogás a partir dos
dejetos da suinocultura em diferentes regiões do Brasil e acabou
decidindo se instalar em Uberlândia. Para ele, a localização central no
Brasil e a boa conexão logística, com aeroportos e rodovias também
contribuiu para a escolha pela cidade. Christian Belt afirma ainda que
“o potencial (de Uberlândia) é muito alto para atração de novos
investimentos e, em geral, a cidade é muito vantajosa para investir”.
Contribuiu ainda para a decisão o acordo de cooperação assinado entre
o estado de Minas Gerais e a região de Mecklenburg Vorpommern,
estado alemão de origem da empresa.

Infraestrutura e Logística
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Existem dois aeroportos administrados pela Infraero localizados no


Triângulo Mineiro: um em Uberlândia, com capacidade de 600 mil
passageiros por ano; e outro em Uberaba, com capacidade de 200 mil
passageiros por ano (Infraero, 2016a, 2016b).

Além disso, a presença de duas Estações Aduaneiras de Interior – EADI,


conhecida como “porto seco” (dry port), em Uberaba e Uberlândia, é um
fator que contribui para a realização de comércio exterior por empresas
da região.

A EADI é um terminal alfandegado de uso público, situado em uma zona


secundária, destinado à prestação de serviços públicos
de movimentação e armazenagem de mercadorias sob controle
aduaneiro, serviço esse realizado por terceiros. Um porto seco pode
proporcionar os seguintes benefícios para os agentes econômicos
envolvidos com o comércio exterior, do ponto de vista das
exportações: redução no custo de transporte; proximidade entre as
autoridades aduaneiras e o exportador; agilidade no desembaraço
perante a fiscalização; uso de regime aduaneiro especial denominado
Depósito Alfandegado Certificado – DAC. Para as importações, também
existem vantagens (NASCIMENTO, 2002).

Também merece destaque a estrutura para transbordo e armazenagem


de grãos e açúcar do Terminal Integrador Uberaba, inaugurado em
junho de 2016, construído pela empresa Valor da Logística Integrada
(VLI), empresa que integra terminais, ferrovias e portos. O
empreendimento, localizado no km 116 da BR-050, está interligado à
Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), na rota agrícola do Corredor Centro-
Sudeste, com destino à exportação pelo terminal portuário da VLI
em Santos (VLI, 2016).

Esse terminal terá capacidade de movimentar 6,3 milhões de toneladas


de grãos e 2,4 milhões de toneladas de açúcar anualmente, quando
totalmente concluído. As cargas, provenientes de Mato Grosso, Goiás e
Minas Gerais – grandes produtores agrícolas – chegam ao local por
meio de transporte rodoviário. Na unidade, são realizados a descarga
dos caminhões, o armazenamento e o transbordo dos produtos para os
trens, que seguem pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela
VLI, até o Porto de Santos (VLI, 2016). A construção desse terminal em
Uberaba visa atender à demanda crescente de exportação de grãos do
País.

Os principais produtos desse terminal são soja, farelo, milho e açúcar


(este último após a conclusão das obras do terminal). De acordo com a
VLI[5], “Quando totalmente concluído, o TI Uberaba será também
responsável pela movimentação de açúcar, caracterizando-se como um
dos maiores e mais modernos terminais de carga da América Latina.”

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Além dos itens supracitados, esses territórios possuem boas condições


gerais de infraestrutura, logística e também de localização, dada sua
proximidade tanto com o estado de São Paulo, como com a região centro
oeste do País, por meio da fronteira do estado com Goiás e Mato Grosso
do Sul. Tais vantagens são ratificadas por um dos grandes
empreendimentos instalados na região: “A escolha de Uberlândia para a
instalação da nova cervejaria da Ambev se deve a excelente
infraestrutura, mão de obra qualificada e posição geográfica estratégica
– próxima aos grandes mercados consumidores, o que garante maior
eficiência na entrega e distribuição das bebidas da companhia.”
(AMBEV, 2016).

Uma vez que essa região conecta os estados de Goiás e São Paulo, ela
representa uma localização geográfica estratégica por ser o principal
corredor de ligação entre esses estados, que apresenta grande fluxo de
transporte terrestre de cargas, muito em função do trajeto para o porto
de Santos. Ademais, destaca-se que esses territórios se localizam em
uma região que une grandes centros consumidores e também
produtores, em especial, de grãos provenientes de Goiás e Mato Grosso.

Nesse sentido, essa localização privilegiada do Triângulo Mineiro


favorece a instalação de centros de distribuição. A existência de
empresas que atuam nesse segmento de atacado distribuidor, sediadas
em Uberlândia, ratifica essa informação:

Aliança Atacadista: atua em nove Estados brasileiros e no Distrito


Federal;

Arcom: criado há mais de 50 anos, atua em 14 estados além do Distrito


Federal;

Martins Comércio e Serviços de Distribuição S.A.: o maior atacadista-


distribuidor do País, instalado em Uberlândia há mais de 60 anos, e
atuando em quase todo o Brasil; e

Peixoto Comércio Indústria Serviços e Transportes S.A.: também atuando


há mais de 50 anos, atualmente abrange 12 estados brasileiros.

Formação de mão de obra qualificada

Nesses territórios estão instaladas duas universidades federais – a


Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com sede na cidade
de Uberlândia, e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM),
com sede em Uberaba. Há, ainda, mais dois campi da Universidade do
Estado de Minas Gerais (UEMG), uma em Ituiutaba e outra em Frutal.

A região conta também com o Instituto Federal de Educação, Ciência e


Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM), instituição pública de ensino
que abrange cursos superiores de bacharelado – graduação e pós, além
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de cursos técnicos e/ou integrados ao ensino médio. Esse Instituto foi


criado mediante integração do Centro Federal de Educação Tecnológica
de Uberaba e da Escola Agrotécnica Federal de Uberlândia. O IFTM
possui campi em Campina Verde, Uberlândia, Ituiutaba e Patrocínio, no
Triângulo Norte; em Uberaba, no Triângulo Sul; e em Paracatu e Patos
de Minas, no território Noroeste.

Também estão instaladas nesses territórios oito unidades do Serviço


Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI, em seis municípios:
Araguari, Ituiutaba, Patrocínio e Uberlândia, no Triângulo Norte, e em
Araxá e Uberaba, no Triângulo Sul. O Senai oferece diversos cursos
técnicos, de aprendizagem industrial, de qualificação e de
aperfeiçoamento profissional.

Outros atrativos da região

A região dos territórios Triângulo Norte e Triângulo Sul é marcada por


eventos de significativa relevância nacional, como:

Expozebu: A Exposição Internacional de Gado Zebu (Expozebu) é uma


feira de genética, tecnologia e negócios, promovida anualmente pela
Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), em Uberaba. A feira
reúne empresas de diversos segmentos, com destaque para aquelas que
compõem o setor produtivo do Agronegócio, sendo um polo de encontro
da cadeia produtiva da carne e do leite produzidos no Brasil (ABCZ, 2016).

Feniub: a Feira Nacional da Indústria de Uberlândia é promovida pela


Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub) desde 1969; e

Fenicafé: Feira Nacional de irrigação em Cafeicultura, em Araguari.

Considerações Finais

Os territórios Triângulo Norte e Triângulo Sul são


regiões que apresentam dinâmica econômica e social
relevantes para o estado de Minas Gerais e Brasil,
com destaque em produção agropecuária, da
indústria extrativa mineral, indústria química e
outras como as de alimentos e bebidas. Os
municípios dessa região apresentam altos índices de
desenvolvimento humano e estão aptos a receber
mais investimentos, o que pode ser viabilizado com o
apoio do INDI, a Agência de Promoção de
Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais.
Todos os serviços prestados pelo INDI são gratuitos
para os investidores e a Agência se encontra de
portas abertas para prestar todos os esclarecimentos
necessários para aqueles que anseiam investir em
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Minas Gerais, não apenas nos territórios Triângulo


Norte e Triângulo Sul. O INDI possui equipe técnica
especializada em apoiar empresas na viabilização de
empreendimentos, desde a concepção até a
implantação e operação do projeto. Ademais, o INDI
presta auxílio aos empreendimentos já instalados, de
acordo com a demanda do empreendedor, além de
auxiliar no processo de exportação e importação de
produtos e serviços das empresas interessadas em
comércio exterior.
Referências

[1] http://www.forunsregionais.mg.gov.br/regiao/triangulo-norte.

[2] http://www.forunsregionais.mg.gov.br/regiao/triangulo-sul.

[3] Informações disponíveis em http://anda.org.br/index.php?


mpg=03.00.00, acesso em 24/11/2016.

[4] Notícia disponível em


http://www.diariodocomercio.com.br/noticia.php?
tit=vale_retoma_projeto_de_fosfato_em_patrocinio&id=168476

[5] Disponível em: http://www.vli-logistica.com/pt-br/conheca#sessao1.


Acesso em 06/02/2017.

ABCZ. Associação Brasileira dos Criadores de Zebu. Sítio da associação.


2016. Disponível em:
http://www.abcz.org.br/Exposicoes/Conteudo/23296-Apresentacao.
Acesso em 04 de janeiro de 2017.

AMBEV. 2016. Ambev inaugura cervejaria em Uberlândia (MG) com


investimento de R$ 770 milhões. Disponível em:
http://www.ambev.com.br/imprensa/releases/ambev-inaugura-
cervejaria-em-uberlandia-mg-com-investimento-de-r-770-milhoes/.
Acesso em 03 de janeiro de 2017.

EXPORTAMINAS. Panorama do Comércio Exterior de Minas Gerais.


Governo do Estado de Minas Gerais/ Exportaminas. 2016.

FJP. Fundação João Pinheiro. Índice Mineiro de Responsabilidade Social


– IMRS – Perfil Municipal. 2015. Disponível em:
http://imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil. Acesso em 18 de novembro 2016.

IBRAM. Instituto Brasileiro de Mineração. Informações e Análises da


Economia Mineral Brasileira. 2011. Disponível em

http://www.indi.mg.gov.br/a-forca-do-triangulo-mineiro/ 13/15
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http://www.ibram.org.br/sites/1300/1382/00001456.pdf. Acesso em 28
de novembro de 2016.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sítio do IBGE


Cidades. 2016. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/uf.php?
lang=&coduf=31&search=minas-gerais. Acesso em 18 de novembro
2016.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produto Interno


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NASCIMENTO, S. S. Estação Aduaneira de Interior – EADI – Melhoria da


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