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ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE

SETÚBAL

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE


AUTOMAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL

APONTAMENTOS DAS AULAS TEÓRICAS

Sistemas e Circuitos Eléctricos

José Miguel Costa Dias Pereira

Setúbal, Março de 2007


Sumário

1 - Electrostática

2 - Análise de circuitos em corrente contínua

3 – Bases de electromagnetismo

4 - Análise de circuitos em corrente alternada

Cap. 1 1
BIBLIOGRAFIA

Apontamentos das aulas teóricas

Guia de trabalhos de laboratório

An Introduction to Circuit Analysis, A System Approach


Donald E. Scott

Introduction to Circuit Analysis


Scott

Engineering Circuit Analysis


William H. Hayt, Kemmerly

Fundamentals of Electricity & Magnetism


Kip

Signals and Systems


Oppenheim

Fundamentals of Process Control Theory


Paul W.Murrill

Cap. 1 2
AVALIAÇÃO

A avaliação de aprendizagens será realizada ao longo do ano lectivo pelos


professores em cada unidade de formação, conforme o plano curricular
proposto para a mesma.
O sistema de avaliação desta disciplina compreende modalidades de
avaliação formativa e de avaliação sumativa. A avaliação formativa
possui um carácter sistemático e contínuo e é objecto de notação
descritiva e qualitativa ao longo do tempo. A avaliação sumativa, que
neste caso adoptará, predominantemente, provas de natureza prática,
expressa-se na escala de zero a vinte valores. Considera-se aprovado na
unidade curricular o formando que tiver obtido uma classificação igual ou
superior a dez valores.

Cap. 1 3
DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS ABORDADOS POR SESSÕES

SESSÃO TEMAS

1a3 Apresentação do programa da disciplina. Bibliografia. Marcação de datas de


avaliação. Electrostática. Lei de Coulomb. Campo eléctrico. Potencial
eléctrico. Lei de Gauss. Definição de capacidade eléctrica. Associação de
condensadores.

4 a 12 Regime estacionário de corrente contínua. Definição de corrente, tensão e


resistência eléctrica. Análise de circuitos em corrente continua. Leis de
Kirchhoff. Circuitos equivalentes de Thevenin e de Norton.

13 a 16 Bases de electromagnetismo. Lei de Biot Savart. Força de Laplace. Efeito de


Hall. Leis do circuito magnético. Força magnetomotriz, fluxo e relutância
magnética. Definição de indutância.

17 a 24 Lei geral de indução. Transformador ideal. Regime forçado alternado


sinusoidal. Fasores. Analise de circuitos em corrente alternada. Definição de
impedância: resistiva, indutiva e capacitiva. Calculo de potências: activa,
reactiva e aparente. Circuitos trifásicos. Ligações em estrela/triângulo.
Potências em circuitos trifásicos.

25 a 28 Introdução à electrónica: semicondutores, diodo de junção, transístor de


junção bipolar.

Nota: a duração nominal de cada sessão lectiva é de 4h.

Cap. 1 4
Cap. 1 5
1 - Electrostática

1.1-Carga eléctrica. Polaridade


1.2-Lei de Coulomb
1.3-Campo eléctrico
1.4-Potencial eléctrico
1.5-Energia eléctrica de um sistema de cargas pontuais
1.6-Movimento de uma carga sob acção de um campo eléctrico
1.7-Lei de Gauss
1.8-Capacidade eléctrica. Associação de condensadores

Cap. 1 6
1.1. CARGA ELÉCTRICA. POLARIDADE

A unidade de carga eléctrica é o Coulomb.


Carga eléctrica de um electrão → q e .

qe =1,609×10-19 C

→ Positiva ( +)
Polaridade da carga eléctrica
→ Negativa (-)

2ro

d
Figura 1.1- Sistema de 2 cargas de polaridade oposta distanciadas do valor d.

Se r0<< d as cargas podem ser consideradas pontuais ⎛⎜ d r 〉〉1⎞⎟


⎝ 0 ⎠

Princípio de atracção/repulsão

¾ Cargas do mesmo sinal repelem-se


¾ Cargas de sinal contrário atraem-se

Se considerarmos apenas portadoras de carga negativa - caso dos electrões livres nos
metais - um corpo diz-se carregado negativamente se possuir excesso de electrões e
positivamente se existirem falta de electrões. O excesso e falta de carga eléctrica é
relativo à situação de neutralidade eléctrica.

Cap. 1 7
Neutro Negativo Positivo

Q=0 (C) Q=2 qe Q=-2qe

Q- Carga total
qe- Carga do electrão

Figura 1.2 –Carga eléctrica de um corpo.

1.2. LEI DE COULOMB

A força que se exerce entre duas cargas é directamente proporcional ao produto das
cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas.

Q1 Q2

d
Figura 1.3- Força de Coulomb entre cargas pontuais.

r 1 Q1 Q 2 r
F21 = u 12
4π ε d 2
ε - Constante dieléctrico característico do meio em que as cargas estão inseridas

ε
ε =
R
ε0
1
= 9.109 F-1 .m
4πε 0

Cap. 1 8
ε R - Permitividade eléctrica relativa
ε 0 - Permitividade eléctrica do vácuo ou vazio
Q1 , Q 2 - Valor das cargas. (unidade coulomb)
d - Distância entre cargas. (unidade metro)
r
u 12 - Vector unitário. Direcção 1 → 2
r
F21 - Força de Coulomb que se exerce sobre a carga Q2 devida a Q1. (unidade
Newton).

¾ Se Q1 .Q 2 > 0 Cargas do mesmo sinal


r r
F21 // u 12 Vectores com a mesma direcção e o mesmo sentido
Se Q1 .Q 2 < 0 Cargas de sinal contrário
r r
F21 // u 12 Vectores com a mesma direcção e sentido oposto

Q1 > 0 Q2 > 0
r
. . → u 12
r
⎯⎯⎯→ F21
Q1 > 0 Q2 < 0
r
. . → u 12
r

⎯⎯ F21

• Grandezas vectoriais (2 dimensões)

y
r
B F
α
A x
r r r
Figura 1.4- Grandeza vectorial a duas dimensões: F = Aux + Buy

r r r
F= A u x + B u y
r
F = A 2 +B 2 - norma (módulo) do vector

Cap. 1 9
α = arctg B A( ) - ângulo (fase) do vector
Adição vectorial ≠ Adição escalar ou algébrica
Regra do paralelogramo

b R
α α b sen α
a
b cos α
Figura 1.5- Adição vectorial utilizando a regra do paralelogramo.

Teorema de Pitágoras:

R 2 = (a + b cos α )2 + (b sen α )2
R= (a + b cos α )2 + (b sen α )2

Principio da sobreposição

(2)
(1) + (3)
r
F31
r r
F3 F32
r r r
F3 = F31 + F32

Figura 1.6- Princípio da sobreposição aplicado a forças de Coulomb.

No caso de n cargas a força que se exerce sobre a carga n+1 é dada por:

r 1 n Qi r
Fn+1 = Qn+1 ∑ ui
4 πε i=1 di
2

Cap. 1 10
1.3. CAMPO ELÉCTRICO

O campo eléctrico num dado ponto corresponde à força de Coulomb que se exerce
sobre a unidade de carga positiva colocada nesse ponto.

Unidade: V.m-1 (Volt/metro)

Representa-se geralmente com base nas linhas de força. Estas linhas são tangentes em
cada ponto ao vector campo eléctrico.

r
E

r
E
r
E

Topologias típicas do campo eléctrico


⎯→ ⎯
⎯→ ⎯
⎯→

⎯→ ⎯
⎯→ ⎯
⎯→

⎯→ ⎯
⎯→ ⎯
⎯→

⎯→ ⎯
⎯→ ⎯
⎯→
a)

b) c)

Cap. 1 11
d)

Figura 1.8- Topologias típicas do campo eléctrico. a) campo uniforme; b) campo


radial associado a uma carga positiva; c) campo radial associado a uma carga
negativa; d) campo associado a uma distribuição de duas cargas.

Continua a ser válido, para o campo eléctrico gerado por uma distribuição de n cargas,
o princípio da sobreposição
ur 1 n Qi r
EP = ∑ ui
4πε i=1 di2

r
(1)+ En
r
(2)+ E2
P r
(n)+ E1

Figura 1.9- Campo eléctrico no ponto P num sistema constituído por n cargas.

1.4. POTENCIAL

• O potencial eléctrico num dado ponto corresponde ao trabalho realizado pelo campo
eléctrico para deslocar a carga (unitária e positiva) desde esse ponto até ao infínito.
• Diferença de potencial entre A e B (VAB).

Cap. 1 12
VAB= VA-VB - Corresponde ao trabalho realizado pelo campo eléctrico para deslocar a
carga (unitária e positiva) do ponto A para o ponto B.

r rr
dw = F . dl

V(x) - Função potencial


x
V(x) = − ∫ E x dx
x0

x0 - ponto de referência para cálculo de potencial


dV(x )
Ex = −
dx

No caso geral (x,y,z):


r r ⎡ ∂V(x,y,z) r ∂V(x,y,z ) r ∂V(x,y,z) r ⎤
E= − ∇V = − ⎢ ux + uy + uz ⎥
⎣ ∂x ∂y ∂z ⎦

Princípio da sobreposição do potencial eléctrico aplicado a uma distribuição de n


cargas:

1 ⎛ Q1 Q2 Qn ⎞ 1 n Qi
Vn+1 = ⎜ + + ... + ⎟ = ∑
4πε ⎝ d1 d2 dn ⎠ 4πε i=1 di

Unidade -Volt (Joule/Coulomb)

1.5. ENERGIA

A energia associada a uma distribuição de n cargas eléctricas é dada por:

1 n
W= ∑ qi Vi
2 i =1
qi - Carga no ponto i
Vi - Potencial em i criado pelas restantes cargas (j ≠ i)

Cap. 1 13
Exemplo: Sistema com 3 cargas

Q1 . . Q2
∅1 ∅2
.Q 3
∅3
Figura 1.10- Sistema eléctrico constituído por 3 cargas.

1
W= ( Q1V1+Q 2 V2 +Q3V3 )
2

A fórmula anterior dá-nos a energia potencial dum sistema de três cargas.


No caso geral a energia total é dada por:

Q1, Q2, ..., QN - Cargas


V1, V2, ..., VN - Velocidades
r1, r2, ..., rN - Posições
m1, m2, ..., mn - Massas
V1, V2 ,..., VN - Potenciais

1 N 1N
E= ∑ mi vi2 + ∑ QiVi =
2 i =1 2 i =1
1 N 1 1 N ⎛ qi qj ⎞
= ∑ mi vi2 + ∑ ⎜∑ r r ⎟
2 i=1 2 4πε i =1 ⎜ j≠i ri -rj ⎟
⎝ ⎠

Energia cinética Energia Potencial

1
Caso particular (1 só carga): E = mv 2
+qV
2

Cap. 1 14
1.6. MOVIMENTO DE UMA CARGA SOB ACÇÃO DE UM
CAMPO ELÉCTRICO

Vamos admitir as seguintes simplificações:


• Campo eléctrico uniforme
• Válidas as leis da mecânica clássica

m- massa de particula
q- carga de partícula

+V y
d (2) r
E Voy Vo
(1)
Vox x

Figura 1.11- Movimento de uma carga eléctrica sob a acção


de um campo eléctrico uniforme.

V0- Velocidade inicial da partícula


Vox = Vo cos x
Voy = Vo sen x

d - distância entre placas

Vamos admitir que a partícula tem carga negativa (q<0).


Uma vez que o campo eléctrico é uniforme, dada a geometria do sistema, vem:

Cap. 1 15
r Vr
E = - uy
d
r V
E= E =
d
2 r d
V V
V12 = ∫ E . d y = ∫ - dy = - d = -V
1 0
d d

1.6.1. Equação do movimento

Uma vez que a única força que actua sobre a partícula é de origem eléctrica e vale:

r r V r
Fy = q E y =-q uy
d
r r r
Fx = q Ex =0
r
(q<0=F//uy )

Considerando válida a aproximação da mecânica clássica

r r
F = ma ⇔ Fx = ma x
Fy = ma y

ax = 0 → movimento uniforme (x)


Fy qv qE
ay = = = → movimento uniformemente acelerado (y)
m dm m

Vx = Vox = Vo cos α
qE
Vy = Voy + a y t = Vo sen α + t
m

x = Vo cos αt
1 qE 2
y = Vo sen αt + t
2 m

As 2 últimas equações correspondem às equações paramétricas da trajectória.

Cap. 1 16
y
Trajectória (ramo de parábola)

Figura 1.12- Trajectória de uma carga sob a acção de um campo eléctrico uniforme.

Tempo de trânsito entre placas (Ts):

y=d
1 qE 2
Vo sen αt + t = d2
2 d

1 qE 2
t + Vo sen αt-d=0
2 d

A B C

At 2 +Bt+C=0
-B+ B2 -4AC
Ts = → So uma raíz tem significado fisico (Ts >0)
2A

Energia Cinética

wC =
1
2
1
2
(
m v 2 = m VX + VY =
2 2
)
1 ⎛⎜ 2 q E ⎞⎟
2
q E2 2
= m V0 cos α + V0 sen α + α t =
2 2 2
t + 2V sen
2 ⎜ m ⎟
0
m2
⎝ ⎠
1 ⎛ 2 q E 2 q E ⎞⎟
2 2

= m⎜ V0 + t + 2V sen α t
2 ⎜ m ⎟
0
m2
⎝ ⎠

Cap. 1 17
Energia Potencial

1 Partícula Wp=qV (q<0)

⎛ 1 q E 2 ⎞⎟
w p = q E y = q E⎜ V0 sen αt + t =
⎜ 2 m ⎟
⎝ ⎠
1 ⎛⎜ q E 2 q E ⎞⎟
2 2

= m - t - 2V sen α t
2 ⎜ m2 m ⎟
0
⎝ ⎠

Energia Total

1 2
W = Wc + Wp = mV0 = Wc0
2
Wc0 - energia cinética inicial

Ao longo do movimento existe uma transferência de energia potencial (que diminui e


é negativa) em energia cinética que aumenta e atinge o valor máximo quando a
partícula chega à placa superior (y=d).
A energia total permanece constante ao longo da trajectória sendo igual à energia
cinética inicial ( Wc0 ).

W Wc

Wc0 WT=WC+WP=WC0

ts t
WP
Figura 1.13- Variação temporal da energia cinética e potencial da carga.

Cap. 1 18
1.7. LEI DE GAUSS

r
Sendo E um campo electrostático originado por uma distribuição de cargas e S uma
superfície fechada, vem:

ds- elemento de superfície


r
E - campo eléctrico
r
n - normal unitária relativa a ds
r r Carga no interior de S
∫s
E.d s =
ε

r
S E
r
n
ds

Figura 1.14- Superfície fechada (S) envolvendo uma distribuição


de cargas no seu interior.

Ex.: carga pontual Q

Escolhendo para S uma superfície esférica centrada em Q

r
E
+Q
R

Figura 1.15- Aplicação da Lei de Gauss para determinar o campo eléctrico


gerado por uma carga pontual (Q).

Cap. 1 19
Como o campo eléctrico é constante sobre a superfície da esfera, teremos:

r r r Q
∫s
E.d s = E S esfera =
ε

r Q
E 4π R 2 =
ε

r 1 Q
E =
4πε R 2

Sendo conhecida a distribuição das cargas fica determinado univocamente o campo


eléctrico associado

Metais

As cargas num corpo metálico em equilíbrio electrostático concentram-se à sua


superficie

• campo eléctrico é nulo no interior de um corpo metálico em equilíbrio


electrostático - blindagem eléctrica

r r
E Campo E = 0 E

Figura 1.16- Efeito de blindagem eléctrica utilizando


um corpo metálico ligado à massa.

Cap. 1 20
• campo eléctrico, na situação anterior, é normal à superfície exterior do metal

Metal carregado Campo eléctrico normal


positivamente à superfície do condutor

Figura 1.17- Campo eléctrico junto à superfície de um metal


em equilíbrio electrostático.

1.8. CAPACIDADE ELÉCTRICA


ASSOCIAÇÃO DE CONDENSADORES

(1) +Q -Q (2)
+V 0 (V)

(A) (B)
Armaduras
Figura 1.18- Elementos constituitivos de um condensador.
(1), (2) - Terminais do condensador
(A), (B) - Armaduras do condensador
Q - Carga eléctrica
V - Diferença de potencial aplicada

Por definição a capacidade é dada por:

Q
C= F
V

Cap. 1 21
A unidade de capacidade é o Farad e corresponderia à capacidade de um condensador
que ficasse com uma carga de 1 Coulomb quando lhe fosse aplicada entre as
armaduras uma diferença de potencial de 1 Volt.

Submúltiplos mais utilizados:

1 mF = 10-3 F
1 µ F = 10-6 F
1 nF = 10-9 F
1 pF = 10-12 F

Simbologia

C
Figura 1.19- Simbolo eléctrico de um condensador.

A identificação do valor da capacidade é muitas vezes efectuada pelo fabricante


utilizando o código de cores normalizado.
Na prática convém ter em consideração se o condensador que se utiliza tem
polaridade (ex.: condensadores electrolíticos) e qual o limite de tensão aplicada (a
tensão máxima é limitada pela disrupção do dieléctrico e pela corrente máxima
suportada).
Condensador Plano

r
E
+V 0 (V)
+Q -Q

d
Figura 1.20- Condensador plano.
Cap. 1 22
Dada a geometria envolvida vamos considerar o campo eléctrico uniforme entre as
duas armaduras do condensador
Nestas condições a intensidade do campo eléctrico é dada por:

r V (1)
E =E=
d

Sendo S a superfície das armaduras e ρ s = Q a densidade de carga superfícial, por


S
aplicação da lei de Gauss é possível concluir que:

r r ( 2)
D =ε E = ρS = Q
S

A constante ε corresponde à permitividade eléctrica do dieléctrico


De (1) e (2) podemos obter o valor da capacidade para um condensador plano

r v
Q = ε S E =ε S
d
Q =ε s
V d

s
C=ε (F)
d
Unidades:

[C ] - F
[ε ] - F . m-1
[S] - m2
[d ] - m

Cap. 1 23
Condensador esférico

-Q 0 (v)

+Q R1 4π ε
C=
R2 1 1
-
R1 R 2

+V
Figura 1.21- Condensador esférico.

Condensador cilíndrico

R
r0

-1
⎡ ⎛ R ⎞⎤
C = 2π ε ⎢ln ⎜⎜ ⎟⎟⎥
⎣ ⎝ r0 ⎠⎦

Figura 1.22- Condensador cilíndrico.


É possível verificar que independentemente da geometria o valor da capacidade é
dado por:
C= f(M) x g(G)
f(M) - Função do meio (permitividade do dieléctrico)
g(G) - Função da geometria do sistema

Associação de condensadores

Cap. 1 24
1) Série

1 1 1 1
= + + .... +
C EQ C1 C 2 Cn

V1 V2 Vn V


(Q1) (Q2) (Qn) (Q)
C1 C2 Cn CEQ
Figura 1.23- Associação de condensadores em série.

Q1 = Q 2 = ... = Q n = Q
V1 = V2 = ... = Vn
n
1 1
=∑
C EQ i =1 C i

2) Paralelo
n
C EQ = ∑
i=1
Ci

V V


C1 (Q) CEQ
C2

Cn

Figura 1.24- Associação de condensadores em paralelo.

n
Q = Q1 + Q 2 + ... + Q n = ∑ Q i
i =1

V1 = V2 = ... = Vn

Cap. 1 25
ANEXO AO CAPITULO 1

Integral

1) Integral de Linha

x2

∫ f (x ) dx = P f (x ) | = F(x 2 ) − F(x 1 )
x2
x1
x1

dF(x )
= f (x )
dx

Se f(x) for constante no intervalo de integração [ x1 , x 2 ] , vem:


x2

∫ f ( x) dx = K ( x
x1
2 − x1 )

K- valor constante de f(x)

K
O integral corresponde à área sob a curva
x1 x2

2) Integral de superfície

∫ f ( x, y) ds
s

No caso de uma superfície plana


ds = dx. dy

Cap. 1 26
Se f(x,y) for constante sobre a superfície de integração teremos:


S
f(x, y)ds = KS

K- Valor constante da função


S- Valor da superfície de integração

f(x,y)=K B

∫ f ( x, y)ds = KS = KAB
S

3) Integral de Volume

∫ f ( x, y, z)dv
V

dv- Elemento de volume


dv= dx.dy.dz - Coordenadas cartesianas

Se f(x,y,z)=K no interior do volume de integração teremos:

∫ f ( x, y, z )dv = KV
V

Cap. 1 27
Cap. 1 28

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