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Módulo 1 - Introdução
No segundo semestre de 2007, o evento Data Center World, realizado no Texas, EUA,
alertou para um forte aumento na demanda por eletricidade. Fabricantes de
hardware, software e empresas de armazenamento de todo o mundo reuniram-se
para discutir tendências desse segmento. Uma delas foi o uso de blade servers em
data centers. Os servidores blade diminuem a necessidade de espaço físico para
armazenar a mesma quantidade de dados.
No entanto, essa prática contribui para elevar o consumo de energia por metro
quadrado em data centers e, conseqüentemente, também demanda novas técnicas
de refrigeração do espaço, já que há mais máquinas em operação por metro
quadrado com o uso de blade servers. Nesse tema, serão analisados os prós e os
contras dessa tecnologia, o uso dos servidores blade por empresas de todos os
portes e o momento de surgimento desse conceito.
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Ainda assim, apesar desses números impressionantes, os blades atualmente são em
grande parte relegados a aplicações de nicho dentro do data center. Devido a
restrições no design que reduzem o poder de processamento, a taxa de transferência
de I/O e a memória integrada, os blades são limitados nas opções de implementação
e são mais adequados para os segmentos da Web e aplicações leves.
Mais performance
Um dos fatores que contribui para o sucesso dos blades é a sua luta diária de
diretores de informática e gerentes de TI com orçamentos cada vez mais enxutos e
custos ascendentes. Isso os leva a considerar a possibilidade de adicionar ou
substituir sistemas em rack ou blades em seus data centers, porque a tecnologia de
servidor existente não está se alinhando com suas estratégias de negócios. Em geral,
as empresas precisam de mais performance, para eliminar gargalos e reduzir a
indisponibilidade; maior eficiência, para obter mais desempenho com custos menores
de energia e refrigeração e maior densidade computacional; gerenciamento
aprimorado do sistema, para simplificar a integração, o gerenciamento e a
coexistência com a infra-estrutura existente, além de aumento da longevidade, para
expandir e crescer sem interrupção.
Esses pré-requisitos muitas vezes superam a capacidade dos blades atuais. Alguns
deles foram projetados para atender às demandas de aplicações menores e serviços
da Web, nos quais as organizações preferem expandir sua infra-estrutura
adicionando mais blades.
Quando se trata de aplicações maiores e mais críticas, bem como cargas de trabalho
de bancos de dados, essas mesmas empresas preferem optar por uma abordagem
de escalabilidade vertical, que tem o objetivo de responder ao aumento da
necessidade de capacidade com a implementação de servidores em rack cada vez
mais poderosos, mas que também consomem mais espaço e energia.
Obstáculo inicial
Mas o poder de processamento não é suficiente para fazer com que os servidores
blade estejam aptos a solucionar todas as necessidades empresariais. Com mais
ciclos de CPU, a taxa de transferência de I/O e a conectividade de rede são requisitos
que assumem maior importância. Em outras palavras, a largura de banda do
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backplane dos blades precisa ser aumentada para evitar a formação de gargalos no
sistema. Além disso, no I/O do gabinete a agregação precisa suportar diferentes
tipos de interconexão, incluindo 10 Gigabit Ethernet, Gigabit Ethernet, Fibre Channel
e Infiniband.
Alternativa inteligente
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unidades, de acordo com estudo IDC Brazil Quartely Server Tracker – 2007. A
companhia acredita que a movimentação para a adoção da tecnologia é uma
tendência irreversível. A empresa identifica que seus clientes têm apoiado
fortemente o compromisso de longo prazo em promover a substituição geral do RISC,
mainframe e computação de alto desempenho.
Mercado SMB
A HP acredita que não existam limitações para a tecnologia blade. É possível oferecer
uma série de soluções diferenciadas para todos os tamanhos de empresas. O
diferencial será o modelo de negócios e a capacidade de conhecimento de cada
fornecedor.
Muitos fornecedores acreditam que a tecnologia blade traz benefícios distintos para o
SMB, com mais eficiência técnica e econômica. Isso porque o conceito nada mais é
do que a capacidade de remover a complexidade, reduzindo os custos, o que é
plenamente adequado para empresas médias e pequenas.
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Tecnologia blade
Módulo 2 - Conceituação
Para conceituar a arquitetura blade, uma das maneiras é partir de um exemplo. Uma
arquitetura blade pode ter a seguinte configuração: um chassi com pouco mais de 30
cm de altura e 14 baias em seu painel frontal, suportando a instalação de 14
servidores em cada um, podendo ter um ou dois processadores e até 8 GB de RAM.
Esse chassi, surpreendentemente, ocupa apenas sete espaços (U´s) de um rack,
enquanto o padrão de indústria é de 42 U´s nesse mesmo espaço. Assim, a
arquitetura blade permite ter o dobro de poder de processamento, ou seja, 84
servidores e 168 processadores no mesmo espaço.
Implementação rápida
Escalabilidade e flexibilidade
A tecnologia blade foi criada para reduzir as antigas limitações impostas por designs
convencionais de servidor, nos quais cada servidor podia acomodar apenas um tipo
de processador. Cada blade em um chassi é realmente um servidor de estrutura
independente, executando seu próprio sistema operacional e software. Tecnologias
sofisticadas de alimentação de energia e refrigeração podem manter uma
composição de blades, com variação de velocidades e tipos de processadores. E
rapidamente essa tecnologia de desenvolvimento oferece proteção futura ao
investimento.
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Benefícios imediatos e reais tornam a tecnologia de servidor blade importante
contribuinte de uma revolução que vai ao encontro da computação on demand. Junto
com outras tecnologias em rápida ascensão, como a computação em grade, web
services e computação distribuída, entre outros, a economia, flexibilidade e eficiência
dos servidores blade transformam a capacidade computacional em algo como um
serviço de utilidade pública, algo assim como a energia elétrica, para se usar o
quanto quiser, sempre que precisar.
Milhões de dólares
A HP apresentou uma nova arquitetura blade que pode gerar para os clientes
economia de milhões de dólares nos data centers. Após três anos de
desenvolvimento, o HP BladeSystem c-Class apresenta inovações nos recursos de
virtualização, energia e resfriamento e administração do sistema, capazes de reduzir
tanto os custos operacionais, quanto os de capital em 46%, em comparação a uma
implementação típica de data center.
Com o novo design, um data center típico pode observar em um período de três
anos: uma economia de até 41% na aquisição do sistema; uma economia de até
60% nas instalações do data center; e uma economia de até 96% no tempo de
configuração inicial do sistema. O portifólio HP BladeSystem é um elemento
importante na solução Adaptive Infrastructure da HP, que ajuda os clientes a
promover a evolução de seus ambientes de computação, a reduzir os custos das
operações de TI e a oferecer serviços de mais alta qualidade.
Ecossistema HP BladeSystem
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O programa HP BladeSystem Solution Builder reúne centenas de fornecedores
independentes de software e hardware, integradores de sistemas e revendas de
valor agregado para desenvolver e oferecer um amplo conjunto de soluções para
clientes em todo o mundo.
Tecnologia blade
Note que entre as principais vantagens dos blade servers estão a possibilidade de
instalar mais servidores no mesmo espaço físico e a redução do volume de trabalho
consumido pelo cabeamento e pela manutenção dos servidores. Os blade servers
não são necessariamente mais baratos (pelo contrário), de forma que, em ambientes
onde o espaço não é problema, usar servidores tradicionais, em gabinetes 1U ou 2U
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acaba fazendo mais sentido, já que eles são quase sempre mais baratos e oferecem
melhores possibilidades de expansão.
Por isso, antes de decidir pelo uso ou não de servidores blade, o melhor a fazer é
analisar cuidadosamente os prós e os contras dessa arquitetura de implementação
de servidores. Quais as vantagens e desvantagens de se utilizar servidores em
arquitetura Blade em comparação à arquitetura convencional?
No próprio NextG, o tema surgiu no Fórum Arena Digital, onde foram feitos
comentários sobre a realidades do dia-a-dia dessa nova tendência tecnológica.
Acredita-se que ela veio para ficar e para revolucionar os data centers. Mas em geral,
só se fala a respeito das vantagens de migrar o CPD para a arquitetura blade. Isso
tende a deixar inseguros os profissionais que precisam tomar uma decisão. Será que
não existem problemas a serem enfrentados na implementação dessa solução?
O fato é que as desvantagens certamente existem, embora não sejam tão divulgadas
quanto as vantagens. Alguns itens costumam ser usados como bandeira para essa
tecnologia, como a densidade de servidores e de serviços, a implementação rápida, a
facilidade de manutenção, a escalabilidade, a alta disponibilidade flexível, além das
ramificações planejadas.
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da IBM é uma solução blade mais simples de gerenciar, utilizando menos energia,
produzindo muito menos calor, com maior vida útil e fácil de configurar e escalar.
Com o IBM BladeCenter, a empresa pode chegar a economizar até 19% com custos
de energia. No aspecto performance, o produto da IBM garante uma largura de
banda até 40% maior por blade. Além disso, a conexão Ethernet 10Gb da IBM
oferece até dez vezes mais performance, para garantir um ambiente operacional
intensivo de I/O.
Tendência forte
Uma das empresas que se integrou à iniciativa há pouco mais de um ano é a APC,
fornecedora líder mundial em soluções e serviços para ambientes críticos de energia
e refrigeração. Sua expertise nas áreas de energia, refrigeração e eficiência
energética contribui com o comitê no desenvolvimento de soluções de ponta para
servidores blade. A companhia foi eleita como membro-diretor da Blade.org e integra
o corpo diretivo da organização.
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Energia e refrigeração
Redução de custos
Tecnologia blade
Módulo 4 - Mercado
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O IBM BladeCenter tem como fundamento o compromisso da IBM de integrar
funcionalidade de servidor, armazenamento e serviços de rede com intercâmbio de
tecnologia e gerenciamento heterogêneo. O IBM BladeCenter oferece a facilidade,
densidade, disponibilidade, acessibilidade e escalabilidade que são a base da
tecnologia blade, com recursos do produto, que direcionam o caminho para a auto-
otimização, autocorreção e autoproteção essenciais para a revolução da computação
on demand.
Gerenciamento inteligente
Arquitetura aberta
Pequenas e médias
A HP, por sua vez, foca também no segmento PME (Pequenas e Médias Empresas),
oferecendo soluções HP BladeSystem específicas para as necessidades do setor.
Desde 2005, a companhia oferece soluções HP BladeSystem para pequenas e médias
empresas, bem como novos materiais de formação para ajudar parceiros de canal a
vender mais eficientemente estas soluções. A grande vantagem dessa oferta é a
disponibilidade do power enclosure de 1U com fontes de alimentação adaptadas para
pequenos ambientes de apenas 1 prateleira de servidores. As fontes de alimentação
proporcionam energia e redundância para sistemas elétricos monofásicos e trifásicos.
Essas soluções integram o programa HP’s Blades for Business, uma das três
categorias do programa HP ProLiant Business Advantage, cujo foco é proporcionar a
clientes PMEs soluções de servidores padrões de mercado.
Para responder ao aumento das exigências dos clientes para um serviço integrado
start-up de infra-estruturas HP BladeSystem, os Serviços HP desenvolveram uma
oferta care pack – a HP Installation e Startup para infra-estruturas BladeSystem –,
de maneira a assistirem com a instalação dos servidores HP blade, enclosures,
sistemas operacionais e ferramentas de gestão.
O Americas Partner Portal vai incluir links para o Blades for Business Solution Guide,
formação online, links para informação sobre o HP ProLiant Roadshow por todo o
mundo, folhetos para clientes, templates configuráveis de direct marketing e um
guia de soluções.
Tecnologia blade
Baseado no sistema operacional Linux, o cluster foi montado pela IBM, que combinou
seus equipamentos ao software da Landmark, em um projeto de US$ 2 milhões,
implantado em apenas três semanas. Nesse curto período, foi feita a instalação, os
testes e os equipamentos foram colocados em funcionamento.
O tempo era uma questão crucial para a Petrobras, porque os técnicos da companhia
de petróleo no Espírito Santo haviam se deparado com o que poderia ter se
transformado em um sério risco para os planos de exploração em águas profundas.
Isso porque as empresas petrolíferas devem obedecer a prazos específicos - de três
anos em média - para analisar uma área de concessão, antes de decidir pela sua
exploração. Depois dessa análise, a área precisa ser "devolvida" à Agência Nacional
de Petróleo (ANP).
Cluster “encolhido”
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O processamento sísmico, de maneira simplificada, seria a análise dos dados
colhidos sobre uma área geográfica em especial. Com base nesses dados,
interpretados por geógrafos, a empresa de petróleo decide se deve ou não investir
em uma determinada concessão. Portanto, quanto mais rápida e acurada for a
informação, menor risco correrá a empresa.
A Petrobras foi então ao mercado e, depois de uma seleção que levou dois meses,
escolheu a IBM e seu projeto de Linux, uma vez que a companhia já usava o sistema
operacional para essa tarefa, embora a capacidade de processamento anterior fosse
insuficiente.
Uma das novidades que o projeto da IBM introduziu foi justamente o uso da
tecnologia blade. Cada servidor é uma espécie blade ou disco que não apresenta
cabos, mecanismos de rede etc. Tudo isso fica em um gabinete - o bladecenter - que
compartilha os recursos com os servidores. Cada gabinete comporta até 84
equipamentos. O resultado é a simplificação da infra-estrutura, o que tornou possível
"encolher" o tamanho do cluster para adaptar o sistema ao pequeno espaço
disponível no centro de dados da Petrobras.
Mudar para o BladeSystem foi ótimo para a Kognitio, vendedora da base de dados
analítica de inteligência de negócios. Além de melhorar muito seu desempenho, a
Bracknell, uma empresa no Reino Unido, estima que economizará entre 1 milhão e
1,5 milhão de libras (de 2 a 2,5 milhões de dólares) por ano. A tecnologia Blade
System permitiu reduzir o número de servidores necessários para a mesma
quantidade de serviço. Além disso, mesmo com um número bem menor de
servidores, as tarefas agora são executadas até cinco vezes mais rapidamente.
Tecnologia blade
Módulo 6 - Tendências
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Notícias sobre os entendimentos entre fabricantes de servidores blade no sentido de
trabalharem em cima de um formato comum começaram a aparecer no fim de 2007.
Mas parece que até meados de 2008 o assunto não tinha avançado muito. De acordo
com o noticiário, a iniciativa foi da Fujitsu Siemens, que havia iniciado conversas
sobre o assunto com as empresas líderes do setor (IBM e HP), justamente de quem
se poderia esperar mais resistência.
Desde 2006, tentou-se iniciar essa discussão sobre algumas alternativas de formato
comum, mas a estratégia esbarrou nas recusas de alguns fabricantes líderes do setor.
No entanto, alguns executivos admitem que, ao menos nos bastidores, os principais
fabricantes de servidores blade estão freqüentemente falando entre si, para
encontrar maneiras criativas de padronizar o ecossistema dos servidores blade.
Por outro lado, a Sun e a Dell, duas empresas que gostariam de aumentar a
participação nesse mercado lucrativo e de rápido crescimento, assim como a Fujitsu,
mostram-se mais condescendes com o movimento. Elas têm menos a perder, o que
lhes garante um diferencial.
Modernização contínua
O que as empresas que querem contratar serviços de data center podem esperar
desse mercado? Um contínuo processo de modernização pode ser a melhor resposta.
Os fornecedores de data centers têm investido em soluções para consolidar e
virtualizar servidores, storage e equipamentos de rede, além de sistemas blade e
tecnologias para reduzir o consumo de energia. A preocupação tem crescido à
medida que o conceito de TI verde avança.
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A onda de consolidação e de virtualização dos servidores deve ajudar a resolver os
problemas de energia, ao criar novas formas de aproveitar a capacidade de
processamento e ao evitar que máquinas sejam subutilizadas. A virtualização vai
ainda pautar a TI nos próximos anos e, segundo o Gartner, as empresas que não se
adaptarem a esse conceito correm o risco de verem seus negócios atropelados pela
concorrência.
Trabalho duro
A Sun, embora tenha lançado seus produtos um pouco mais tarde do que a
concorrência, aposta que os blades já são suficientemente potentes para suportar o
trabalho duro de qualquer datacenter. Em 2007, a empresa lançou um novo
elemento do sistema modular Sun Blade, uma plataforma blade aberta, que oferece
o dobro do desempenho de E/S (entrada/saída) dos blades concorrentes.
Eficiência energética
A Sun argumenta que as empresas não desejam ficar atadas a uma solução de
gerenciamento, mas na verdade é o que acontece com boa parte das plataformas
blades, que requerem ferramentas de gerenciamento com o chassi de um fornecedor
específico. O gerenciamento aberto e transparente é uma das principais
características do sistema Sun Blade.
O McAfee Content Security Blade Server é uma solução que atua contra malware,
spam e outros conteúdos indesejáveis que tentam entrar ou sair de uma rede. O
projeto de servidor blade permite que as empresas reduzam seus custos de operação
por meio da redução da necessidade de adquirir vários produtos isolados. Os
servidores blade são mais eficientes que os appliances tradicionais, permitindo que
os usuários economizem, em média, até 37,5% em espaço de racks, utilizem 30%
menos energia e reduzam o cabeamento em até 94%.
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O programa HP BladeSystem Solution Builder é uma comunidade global de
fornecedores e prestadores de serviços de tecnologia que colaboram entre si para
definir, desenvolver, distribuir e implementar soluções para os clientes com base no
HP BladeSystem. Entre os integrantes do programa estão fornecedores de hardware
e software independentes, integradores de sistemas e revendedores de serviços com
uma prática considerável em segurança da informação e especialização no mercado
de blades que está em expansão.
Sob medida
Portanto, o futuro da tecnologia blade está nesses lançamentos de produtos cada vez
mais voltados para as necessidades de companhias de todos os tamanhos, que
tenham problemas de economia de espaço e de energia elétrica a solucionar. Essas
são questões que cada vez mais estão na ordem do dia.
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