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1ª CARTA A SRI KRISHNA

Krishna veio à Terra e assim a paz se fez.

“Mas que paz?” todos se perguntam?

Em meio às guerras e aos tornados da vida.

Em meio às segundas e terceiras vias das lidas.

Seriam estes pontos os finais dos encontros?

As pazes e os pais que nos consolam são os mesmos

que nos trouxeram de outros engodos.

Krishna veio com um único propósito e foi tomar posição.

Ofereceu a alguns o dom do exercício.

Ofereceu a outros o dom da companhia.

Quem quer que escolha algum dos caminhos,

Perceba!

São só goles e trocas de taças em quebras de outros vinhos.

Tons amadeirados,

Choros e enroscos enfileirados.

Krishna sabia bem quem havia de encarnar.

Krishna soube bem à quem trazer à luz seu berrante.

Trouxe a alguns o dom da voz,

Trouxe a outros o dom do corpo.

Confundiu com síntese e antítese toda sua prosa.

Krishna foi quem iniciou o grande protesto.

Contra sua família em lágrimas pereceu,

Mas sempre há um mas...

Com toda sua lida ele lidou e espaireceu.

Ele enfrenteu exercício todo

Da igualdade de seus parentes.

Guerreou e dilacerou em mímicas

Toda a ilusão,

A ilusão própria da mente

.
Quem é que sabe de Krishna a presença

Na vida em destaque?

Mas que seria de Krishna se na ausência

Seu presente em desencaixe

Tivera de um dia o dia todo

Em debates?

Krishna: um exímio questionador.

Ele deixou sua mensagem

Em elos de vida

Na sublime mensagem

Dos celulares e dos computadores

Em dialéticas de palavras

Em Krishna’s vidas.

Quem sabe daquilo que é

Senão somente a verdade?

Seria ela, esta essência de um todo

Um holograma em consolo

De uma febre em debates?

Debate-se muito, debatem-se todos

Em De’s e Bate’s a vida se destrincha

E relincha

Nos cavalos do entorno.

Seria Krishna exatamente

O poeta da juventude

Este a quem todos delimitam suas crenças

Mas a quem todos desconhecem seus lustres

Ilustre figura que veio e que se foi

Na mente de todos pareceu

E assim, em demandas e escambos

Trocou o voto dos símios pelo dos hebreus

Nesta imensa troca de vendas de relíquias


O que é que são os vômitos e as limpezas?

São excreções de toda uma vida

Este mesmo ser, esta figura ilumine

Este maravilhoso ente

A quem debatemos sem consultar

Do todo os amiúdes

Ele a quem toda fala

E há quem ela toda se responde

Estas mesmas voltas e revoltas

Estes mesmos devaneios

E estes enlaces

Krishna resolveu sem

Esgotar de sua lida

Um mínimo suor em escapes

Foi às ruas e lutou,

Saiu das luas e esvaneceu

Eles todos e elas a quem consultou

Pediu conforto na luz divina

Mas, em si mesmo, faleceu

Faleceu em ordens e progressos

Em esvaziadas expurgas de excessos

Para que pudesse assim perguntar:

Quando se vão as horas

Onde as horas passam em cafés

Tomados em filas e revanches

Deste chá?

Um questionador

Tomou por Arjuna seu herói

Fez no teu corpo a biga de tua fé


Krishna lutou sem um pingo de suor

Mas tomando no berrante sempre

A tua caminhada

Sob o sol, sob seus pés

Este ser encantado, este pequeno herói

Esta trajetória de vida

Em esquinas, ruas e lixas que emaranham

Todas, sem apreço, TODAS as vinhas

Quanta ira! Quem é que irá te perecer?

Quem irá cuidar quando da tua vida

Teu pó em ti escarnecer?

Escarifica na derme a alma de tua prole

E em atos e apóstolos

Ele pede a todos que se demorem

Porque tua vida irá há muitos custar

E a todos que o trombarem nas ruas

Todos irão escutar

Escutar pelos teus ouvidos

Os próprios gritos de vossas almas

Em crianças, lutos e vícios

Ele fez aquilo que era escolta

Guardou as ruas, trancou as favelas

Não deixou que entrassem nas casas

Daqueles que todos os dias já sofrem

Este ente querido a quem a vida me fez conhecer

Este ente, indiviso

É a quem a carta agora venho escrever

Será que nas balanças e nos rodeios

Não estará ele cuidando da justiça?

Seria ele toda a crista vida

De nossa vista?
O que é esta ilusão a quem todos relutam

A quem as vinhas da ira outrora reduzem?

Quantos questionamentos,

Engodos de uma vida em reversas

Extensas e excretas

Nos devaneios.

Despeça sem dó, acene sem cumprimento

Que é para não saberem da tua cabeça

Todas as vozes que atormentam

Esta é a ordem e o progresso deste ser viril

Viril em raça, classe e gêneros

De todas as eternas lutas

E de todas outras mil.

Quanta poesia ele veio a nós trazer

Em todos os recantos de tua vida

Neste eterno entardecer?

Quantas mensagens mais ele há de escutar

E quantas vida mais

Ele terá de curar?

Este ser guerreiro!

Que para estar na terra já em si

Nesta lida que te erra

Só pode ele ser verdadeiro

Quantos o viram,

Quantos o tocaram

Seriam todas as ilusões deste toque

Os mesmos berrantes a soarem?

Que os sons são assim, são ilusões

De ouvidos e vozes que ouvem

E de bocas e línguas que escorrem


Por entre os rios, em meio às prisões

Seria este repente mais uma de suas

Peripécias à beira da morte

À espera de outros caixões?

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