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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Sumário
1. Sistemas de Proteção de Direitos Humanos .......................................................... 2
1.1 Sistema Universal da ONU ................................................................................ 2
1.2 Sistemas Regionais ............................................................................................ 4
1.2.1 Sistema Europeu............................................................................................. 4
1.2.2 Sistema Africano ............................................................................................. 5
1.2.3 Sistema Americano (ou Interamericano) ....................................................... 6
1.2.3.1 Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da
Costa Rica) d ................................................................................................................... 8
1.2.3.2 Comissão Interamericana de Direitos Humanos .................................... 8
1.2.3.3 Corte Interamericana de Direitos Humanos........................................... 9
2. Tribunal Penal Internacional (TPI) ............................................................................ 10
2.1 Antecedentes históricos...................................................................................... 10
2.2 Criação do TPI...................................................................................................... 11
2.3 Crimes da competência do TPI (arts. 5º a 8º do Estatuto de Roma) .................. 11
2.4 Competência do TPI ............................................................................................ 13
2.5 Decisão do TPI ..................................................................................................... 13
2.6 Estrutura do TPI................................................................................................... 14
2.7 No Brasil .............................................................................................................. 14
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monitorar, fiscalizar e, até mesmo, investigar violações de direitos humanos. Boa parte
desses comitês permite que um indivíduo que tenha sido vítima de violação de direitos
humanos possa comunicar essa violação diretamente a eles.
Isso leva a doutrina a fazer a seguinte classificação:
Mecanismos Convencionais - órgãos criados por tratados específicos ou em
função deles.
Mecanismos Extraconvencionais - órgãos que existem para os direitos
humanos, mas não em função de tratados específicos.
Observação1: O próprio Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos tem um
Comitê de Direitos Humanos e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e
Culturais tem um Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
Observação2: À exceção do Comitê de Direitos Humanos, os demais comitês guardam
o mesmo nome do Pacto ou Convenção a que estão relacionados.
Observação3: Atenção à nomenclatura para não confundir Conselho de Direitos
Humanos, Comissão de Direitos Humanos e Comitê de Direitos Humanos.
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Pacto, a Corte Interamericana não tem atuação sobre esse Estado, uma vez que esta existe
só em função do Pacto.
2) Considere um Estado que é membro da OEA e signatário do Pacto de São José da
Costa Rica, mas não admitiu a Corte.
Observação3: É possível que um Estado seja signatário do Pacto de São José
(Convenção Americana), mas não se submeter à jurisdição da Corte Interamericana. Isso se
em razão da cláusula facultativa de jurisdição obrigatória (cláusula Raul Fernandes). Essa
“cláusula facultativa” refere-se à adesão à Corte. Assim, para um Estado aderir a Corte,
deverá fazê-lo de forma expressa. Em contrapartida, a “jurisdição obrigatória” se refere à
obrigatoriedade de os Estados que aderirem à Corte se submeterem as suas decisões. Ou
seja, tendo o Estado aderido à Corte, esta passa a exercer jurisdição obrigatória sobre ele.
Neste caso, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos pode atuar em relação a
esse Estado?
R: Sim. Tanto em relação à Declaração Americana, porque o Estado é membro da
OEA, quanto em relação ao Pacto, porque o Estado aderiu a este (mas a Corte não terá
jurisdição porque o Estado não aderiu a ela).
3) Considere um Estado que é membro da OEA, signatário do Pacto e aderiu à Corte.
Neste caso, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos pode atuar em relação a
esse Estado?
R: Sim. Aqui há uma situação plena. Tanto a Comissão, quanto a Corte poderão atuar
nesse Estado.
Observação4: A um Estado é possível aderir ao Pacto, num primeiro momento, e só
futuramente aderir à Corte. Este é o caso do Brasil, que aderiu ao Pacto em 1992, mas só
aceitou a jurisdição da Corte em 1998.
Observação5: A adesão (que é facultativa) à Corte pode ser condicionada ou
incondicionada à reciprocidade. Quando um país adere à Corte de forma condicionada (à
reciprocidade) significa dizer que ele só admite a jurisdição da Corte quando o Estado que o
denuncia também estiver sujeito à jurisdição da Corte. Já na adesão incondicionada, não há
essa exigência.
Exemplo: Como o Brasil aderiu à Corte de forma condicionada e os EUA não são
sujeitos à Corte, pois sequer são signatários do Pacto de São José da Costa Rica (são apenas
membros da OEA), o Brasil jamais aceitaria a jurisdição da Corte se a denúncia partisse dos
EUA.
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1.2.3.1 Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa
Rica) de 1969.
No seu conteúdo, trata basicamente de direitos individuais; ou seja, direitos civis e
políticos, direitos de 1ª geração, e, de forma genérica e abstrata, sobre direitos sociais.
Sendo a sua principal influência, o principal documento que o influenciou foi o Pacto
Internacional dos Direitos Civis e Políticos da ONU (1966).
Da mesma forma que na ONU existem, além dos documentos básicos, outros
complementares, aqui a lógica é parecida. O do Pacto de São José da Costa Rica é o
documento base, existindo outros tratados específicos, bem como protocolos adicionais ao
Pacto, sendo o mais importa o Protocolo de São Salvador (1988), que versa sobre direitos
econômicos, sociais e culturais (exatamente aqueles direitos que o Pacto não detalha).
*próximo à prova, vale uma lida nos tratados mais comentados nessa aula.
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Por outro lado, a grande importância das críticas foi que elas fomentaram o debate
para a criação de um tribunal penal internacional permanente. O que resolve o problema
das críticas. Esse debate é levado a ONU.
ONU - Debates (até 1951)
Guerra Fria - Paralisação dos debates
Tribunais para Antiga Iugoslávia (1993) e Ruanda (1994)
Esses tribunais também foram criados com a finalidade levar os criminosos de guerra
a julgamento.
Crítica a esses tribunais:
São criados post factum e para uma situação específica (ad hoc). Além disso, foram
criados pelo Conselho de Segurança da ONU, que não é um órgão jurisdicional. Ou seja, um
órgão criou outros outorgando poderes que ele próprio não tem.
Em que pese as críticas, eles atuaram. Assim, mais uma vez, deve ser retirado da
existência deles o que eles têm de contribuição, que é reforçar a mesma contribuição trazida
pelos Tribunais de Nuremberg e Tóquio: a responsabilidade internacional dos indivíduos.
Frise-se que, com o fim da Guerra Fria, os debates relativos à criação de um tribunal
penal internacional permanente tinham sido retomados, e a criação dos Tribunais para
Antiga Iugoslávia e Ruanda fomentaram ainda mais esse debate.
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Observação: O local para cumprimento de pena é feito por acordo (acordo de sede).
2.7 No Brasil
Problemas:
Prisão perpétua;
Imprescritibilidade (todos os crimes do TPI são imprescritíveis).
Para a doutrina majoritária, como a jurisdição do TPI não é doméstica, mas sim
internacional, não se aplicariam as regras da Constituição. Logo, o Brasil poderia entregar
um nacional, inclusive brasileiro nato, para ser julgado no TPI, mesmo havendo a
possibilidade de prisão perpétua e mesmo em relação a crimes já prescritos.
Observação: Não se falar em extradição para o TPI, mas em entrega.
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