Você está na página 1de 4

Guerra total na Europa e Ásia

Segurança nacional e considerações imperialistas guiaram a política externa dos estados


unidos nos anos de 1930 e 1940.

A invasão a italiana da Etiópia (em 1935), a Guerra Civil Espanhola (de 1936 a 1939), na qual
cidadãos americanos formam proibidos e por seu governo de lutar no lado republicano, a
tomada da Áustria (em 1938) e as invasões da Polônia e da Tchecoslováquia por Hitler (em
1939) – nenhum desses eventos provocou a entrada dos Estados Unidos na guerra.

O Japão invadiu a china no fim dos anos 1930 e começou a se expandir pelas colônias
francesas, holandesas e inglesas no sudeste da Ásia em busca de matéria prima, novos
mercados e de mão de obra barata.

Os Estados Unidos dominavam as Filipinas e várias ilhas do Pacífico e possuíam interesses


semelhantes em se manter na região.

Entre 1940 e 1941 ouve falha nas negociações e acordos de suas respectivas áreas de
influência.

No dia 7 de dezembro de 1941, a Força Área Japonesa fez um ataque surpresa à principal base
naval dos Estados Unidos situada em Pearl Harbour, no Havaí, danificando severamente a frota
norte-americana no pacifico. No dia seguinte, o Congresso Americano declarou guerra contra o
Japão e, três dias depois, os aliados do Japão, Alemanha e Itália, declararam guerra contra os
Estados Unidos.

“Os aliados tinham algumas vantagens decisivas diante de seus inimigos. As forças armadas
conjuntas dos Estados Unidos, Inglaterra, Russia e seus parceiros tinham clara superioridade
numérica, além de recursos naturais quase ilimitados e capacidade industrial relevante
situados nos Estados Unidos e Canadá, países distantes das frentes de batalha. Os aliados
também eram vistos como libertadores das populações ocupadas pela Alemanha e pelo Japão,
desfrutando de apoio crucial dos movimentos de resistência da Europa e Ásia.”

-------------

“A decisão de Harry Truman, que se tornou presidente depois da morte de Roosevelt em abril
de 1945, de lançar duas bombas atômicas contra as cidades japonesas de Hiroxima e Nagazaki
é o mais controverso ato militar da guerra.”

“As bombas atômicas, nas palavras do físico inglês P.M.S. Blackett, em 1948, foram não tanto o
ultimo ato militar da Segunda Guerra Mundial quanto a primeira grande operação da Guerra
Fria diplomática com a Russia.”

A falta de ajuda às vitimas do Holocausto também é uma das falhas morais mais penosas da
Segunda Guerra Mundial. [...] Se era de fato uma guerra genuína contra o fascismo, por que as
vitimas principais do nazismo não tiveram prioridade na estratégia dos aliados?

-------------
Os Estados Unidos e a União Soviética emergiram da guerra como grandes vencedores. A
grande maioria dos povos do mundo opôs-se ao fascismo e militarismo de Alemanha nazista e
do Japão, mas forças americanas de ocupação na Europa e Ásia conscientemente trabalharam
com antigas elites para restabelecer muitos aspectos antidemocráticos e conservadores da
velha ordem, ajudando os novos governos a reprimir iniciativas radicais, como, por exemplo,
suprimindo sindicatos e reprimindo comunistas no Japão nos anos 1940 e 1950. Os impérios
coloniais e informais da frança, Inglaterra e dos Estados Unidos, é claro, foram mantidos.

--------------

Guerra total nos Estados Unidos

O ato Smith, estabelecido em 1940 em preparação para a participação no conflito, criminalizou


qualquer oposição à guerra bem como a advocacia de doutrinas revolucionarias.

A luta contra as potencias do Eixo demandou uma mobilização ideológica e econômica total
dentro dos estados unidos. Após o ataque a Pearl Harbour, uma febre patriótica se instalou no
país. Milhões de jovens homens e mulheres alistaram-se nas forças armadas. A necessidade
por trabalhadores civis, atraiu 12 milhões de voluntários e a população aceitou com
tranquilidade passar por racionamento de comidas e produtos essenciais. 25 milhões
compraram títulos do governo para financiar a guerra. Muitos americanos acreditavam que
realmente se tratava de uma guerra do povo.

---------- slides dos cartazes

Roosevelt expressou publicamente os objetivos da guerra na ideia da defesa das “quatro


liberdades”: expressão, religião, segurança econômica e democracia.

De 1941 a 1945, o governo federal dos Estados Unidos gastou US$321 bilhões, o dobro do que
havia sido gasto nos 150 anos anteriores e dez vezes os custos da Primeira Guerra.

Os lucros das corporações cresceram de US$ 6,4 bilhões, em 1940, para US$ 10,8 bilhões em
1944.

---------

Se o idealismo dos anos 1930 foi truncado pelas necessidades da guerra definidas pelas elites,
a guerra também criou condições para ganhos econômicos e avanços do impulso reformista
entre a classe trabalhadora.

Mulheres, negros e imigrantes também gozaram de algumas melhorias. Apesar de pouco


desafiar a realidade discriminatória de gênero, houve um aumento de 60% o numero de
mulheres trabalhando o que alguns feministas classificaram como um ganho simbólico.

A chance de conseguir um emprego estável e bem pago na indústria representou um ganho


significativo para mulheres e minorias, dando confiança às campanhas pelos direitos civis
contra a discriminação.

As atitudes raciais do governo e da sociedade, porem mudavam lentamente e,


frequentemente, ressurgiam as antigas tensões violentas. Discriminações e, às vezes, violência
física eram realidade para imigrantes mexicanos, mas novamente foram os negros a sofrem
com mais demonstrações racistas. Mesmo nas Forças Armadas com em torno de 700 mil
negros alistados, a realidade era marcada pela segregação.

A perseguição aos nipo-americanos também ocorreu até mesmo com o apoio popular como
pode ser percebido num refrão muito citado na época: “O único Japa bom é o Japa morto”.
Uma população próxima de 110 mil nipo-americanos da Costa Oeste foram presos em campos
de consentrações até o fim da guerra. E os direitos democráticos defendidos na guerra?

Sociedade e cultura na guerra fria

A imagem coletiva mais difundida centra-se na questão da prosperidade econômica e na


estabilidade familiar dos anos 1950.

“Nessa visão, todo mundo na época tinha emprego estável e ampla oportunidade de
mobilidade social. A televisão, o cinema e a literatura de grande público destacam famílias
harmoniosas: pai trabalhador, mãe dona de casa e alguns filhos morando nos crescentes
subúrbios em casas com quintais próprios e suas indefectíveis cercas brancas.”

O PIB dos EUA saltou em 250% entre 1945 e 1960, com renda familiar crescente e baixas taxas
de emprego e inflação.

Nem todo mundo usufruiu de forma igualitária desse progresso econômico.

Em 1960, 1/5 das famílias viviam abaixo do nível oficial de pobreza estabelecido pelo governo
e muitas outras sobreviveram apenas com a mínima segurança e conforto.

A distribuição da renda não mudara muito: 20% mais rico controlavam 45% da renda;
enquanto 20% mais pobre controlavam apenas 5% de toda riqueza.

Os indígenas, relegados às reservas do interior do país, eram as pessoas mais pobres.

Idosos e trabalhadores rurais de todas as etnias e as populações afro-americana e latino-


americana estavam desproporcionalmente entre os indigentes e devido a falta de dinheiro
quase nunca desfrutavam das belezas da boa vida americana.

Mudanças importantes:
As mulheres romperam com o padrão pré-estabelecido da mulher como dona de casa e
cuidadora dos filhos.

Em 1960, 1/3 das mulheres trabalhavam fora de casa, desmistificando a ideia do salário
familiar e a ideia do homem como sexo dominante.

Aumento do uso de contraceptivos, práticas de aborto e transformações nas praticas médicas


e nas leis que regulavam a reprodução e a sexualidade.

As taxas de divorcio aumentaram e as famílias, que não a nuclear, também cresceram.

Lésbicas conquistaram espaço de empregos e educação superior e criaram seus próprios


espaços culturais nas cidades.

Surgimento de movimentos sociais contra a segregação racial e a luta pelos direitos civis.
Martin Luther King Júnior, Rosa Parks e Ella Baker.

A televisão substituiu o radio e em 1962 90% das famílias possuíam TV em casa. Esse veículo
foi muito importante na disseminação consumismo e do apoio aos valores sociais e culturais
do capitalismo.

Na literatura e na musica, muitos se utilizaram desses meios para expressarem suas


indignações e insatisfações com as desigualdades e conformidade cultural.

Geração beat – Jack Kerouac; Alan Ginsburg na literatura; Fritz Lang e Nicholas Roy – dirigiu
James Dean.

Através do rock and roll manifestavam sua indignação e descontentamento – destaque para os
roqueiros: Elvis Presley e Bill Haley – brancos; Chuck Berry e Little Richard – negros, que
viraram icones da geração baby boom.

Você também pode gostar