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RESPONSABILIDADE E
TRIBUNAL DE CONTAS
PEDRO MELO
Partilhamos a Experiência.
Inovamos nas Soluções.
Lisboa, 13 de Março de 2014
O TRIBUNAL DE CONTAS – ENQUADRAMENTO
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O TRIBUNAL DE CONTAS – ENQUADRAMENTO
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O TRIBUNAL DE CONTAS – ENQUADRAMENTO
Efectivação de responsabilidades financeiras das entidades que utilizam dinheiros públicos (“poder
sancionatório”).
2. Competências Inspectivas:
Realização de auditorias.
3. Competências Consultivas:
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A FISCALIZAÇÃO PRÉVIA DO TRIBUNAL DE CONTAS
Verificar, inter alia, se os contratos respeitam as leis em vigor e se os respectivos encargos têm
cabimento orçamental.
2. Fundamentos de recusa:
Desrespeito das leis em vigor que implique (i). nulidade; (ii). encargos sem cabimento orçamental;
(iii). violação directa de normas financeiras e (iv). ilegalidade que altere ou possa alterar o
correspectivo resultado financeiro.
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A FISCALIZAÇÃO PRÉVIA DO TRIBUNAL DE CONTAS
Enquanto os contratos aguardam o resultado da fisc. prévia, podem ser executados e produzir efeitos
jurídicos → eficácia jurídica plena dos contratos.
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A FISCALIZAÇÃO PRÉVIA DO TRIBUNAL DE CONTAS
Não podem, contudo, nessa fase, produzir efeitos financeiros (não há eficácia financeira “stricto
sensu”).
Após a recusa de visto, deixa de existir eficácia jurídica contratual → os contratos não podem (mais)
ser executados.
Entre a celebração do contrato e a notificação da recusa de visto, os trabalhos executados podem ser
liquidados, sob pena de enriquecimento sem causa, desde que estejam em linha com a programação
contratual / cronograma financeiro.
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A FISCALIZAÇÃO PRÉVIA DO TRIBUNAL DE CONTAS
Nota: uma forma de acautelar este problema (i.e., incerteza da concessão de visto prévio) → condição
suspensiva.
Nota: actualmente (7ª alteração à Lei do TdC, de 2011), os contratos de valor superior a 950k não gozam de
eficácia jurídica, nem, a fortiori, de eficácia financeira → acto integrativo de efic./
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A FISCALIZAÇÃO PRÉVIA DO TRIBUNAL DE CONTAS
5.1. A recusa de visto, em definitivo → ineficácia jurídica do contrato, logo, caducidade do contrato com
efeitos “ex nunc”.
Pagamento do preço dos trabalhos até à notificação de recusa de visto, se estiverem em linha com o
respectivo cronograma (não se trata aqui de uma indemnização hoc sensu, mas de uma
contraprestação que impende sobre a Entidade Adjudicante / Contraente Público).
+
Dano negativo / dano de confiança ou int./ cont./ negativo:
(danos que não se teriam se não se tivesse celebrado o contrato, não se incluindo na medida do dano
ressarcível o lucro esperado com o cumprimento do contrato)
↓
Gastos c/ a preparação da proposta e c/ a celebração do contrato
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A FISCALIZAÇÃO PRÉVIA DO TRIBUNAL DE CONTAS
neste caso, é preciso apurar o exacto grau de culpa da Entidade Adjudicante e do Adjudicatário.
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RECURSO OU RECURSOS DAS DECISÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS
M.P.;
O “Autor do Acto”;
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RECURSO OU RECURSOS DAS DECISÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS
Nota: O TdC tem notificado os particulares das decisões de recusa de visto → indicia a legitimidade
activa dos mesmos.
A doutrina diverge…
Caso se entenda que a decisão sobre o visto prévio configura um acto materialmente administrativo, a
resposta é afirmativa.
Nota: mas não será, então, um recurso alternativo (para os TA e para o Plenário da 1ª Secção do TdC).
Ao invés, caso se entenda que se trata de um acto jurisdicional do TdC, só poderá recorrer-se para o
Plenário da 1ª Secção do TdC.
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RECURSO OU RECURSOS DAS DECISÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS
Mesmo quem entende que as decisões do TdC s/ recusa de visto, consubstanciam actos jurisdicionais,
defende-o, em face de interpretações inconstitucionais do quadro normativo aplicável.
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Contactos
PEDRO MELO
Sócio
Coordenador da Área de Prática de
Direito Público de PLMJ
pedro.melo@plmj.com
T. (+351) 21 3197484