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Cω=X(Yω)
Fatores objetivos
1) Uma variação na unidade de salário : O consumo é uma função muito mais da
renda real do que da renda nominal. A renda real de um indivíduo sobe e desce
com a quantidade de unidades de trabalho de que pode dispor, isto é, com o
montante da sua renda medida em unidades de salário. Podemos, portanto,
admitir razoavelmente, como primeira aproximação, que, se a unidade de
salário varia, o gasto em consumo correspondente a certo nível de emprego
variará assim como os preços, na mesma proporção.
2) Uma variação na diferença entre renda e renda líquida: É a renda líquida que o
indivíduo tem em mente quando decide a escala de consumo. Em determinada
situação pode existir uma função que relaciona de maneira biunívoca a renda e
a renda líquida, mas se isso não ocorrer, a parte da variação da renda que não
afeta a renda líquida deve ser desconsiderada, pois não influi no consumo, e de
forma semelhante, deve-se considerar a variação da renda líquida que não
reflita na renda. (Fator pouco provável).
Além disso, uma queda no emprego não ocasionara uma queda no consumo
corresponde. Isso porque as pessoas podem não só gastar suas economias de tempos
melhores quanto o governo também auxilia com injeção e renda (em caso contrário, o
desemprego e a queda da renda chegaria a níveis muito mais profundos). Assim,
reitera-se a ideia de o emprego só pode aumentar com um aumento do investimento;
a não ser que ocorra mudanças na propensão a consumir.
Fatores subjetivos
Há, em geral, oito fatores subjetivos dos os quais os indivíduos abstêm de gastar
sua renda:
Keynes caracteriza, então, a sua teoria da taxa de juros. Diz inicialmente que a
“taxa de juros mede o prêmio a ser oferecido para induzir as pessoas a manter sua
riqueza sob alguma forma diversa do dinheiro entesourado. A quantidade de moeda
requerida pela circulação ativa para as transações correntes (consumo) determina o
montante disponível para saldos inativos, isto é, para o entesouramento. A taxa de
juros é o fator que ajusta na margem a procura de dinheiro para entesouramento à
oferta de numerário para o mesmo fim”. O indivíduo, caso não queria entesourar,
pode ainda emprestar seu dinheiro a taxa corrente de juro nominal, ou pode comprar
alguma espécie de ativo de capital.
Outro ponto que Keynes evidencia é que “além da causa devida à especulação,
a instabilidade econômica encontra outra causa, inerente à natureza humana, no fato
de que grande parte das nossas atividades positivas depende mais do otimismo
espontâneo do que de uma expectativa matemática, seja moral, hedonista ou
econômica”. “ As decisões humanas que envolvem o futuro, sejam elas pessoais,
políticas ou econômicas, não podem depender da estrita expectativa matemática, uma
vez que as bases para realizar semelhantes cálculos não existem e que o nosso impulso
inato para a atividade é que faz girar as engrenagens, sendo que a nossa inteligência
faz o melhor possível para escolher o melhor que pode haver entre as diversas
alternativas, calculando sempre que se pode, mas retraindo-se, muitas vezes, diante
do capricho, do sentimento ou do azar. (caderno ajuda a entender) Mercado
Financeiro
- “se a taxa de juros fosse menor, isto é, se a recompensa pela renúncia à liquidez e
reduzisse, o montante agregado de moeda que o público desejaria conservar excederia
a oferta disponível”;
- “se a taxa de juros se elevasse, haveria um excedente de moeda que ninguém estaria
disposto a reter”;
Sabe-se que a moeda pode ser meio de troca, unidade de conta e tbm reserva
de valor. No que tange essa segunda função, há, porém, uma condição necessária sem
a qual não poderia existir a preferência de liquidez pela moeda como meio de
conservação de riqueza. Essa condição necessária é a existência da incerteza quanto ao
futuro da taxa de juros, isto é, quanto ao complexo de taxas para vencimentos
variáveis a prevalecer em datas futuras.
Tem tbm outro motivo para a PPL quanto ao futuro das taxas de juros, desde
que haja um mercado organizado em débito. Este fenômeno está ligado, a tx de juros
pode ser determinada pela avaliação do mercado tal como ela resulta da psicologia das
massas, de maneira que têm seus reflexos na preferência pela liquidez. O indivíduo
para quem as futuras taxas de juros estarão acimas daquelas previstas pelo mercado,
tem motivos para conservar em caixa dinheiro líquido, ao passo de que quem diverge
do mercado em sentido oposto terá motivos para pedir dinheiro emprestado a curto
prazo, a fim de adquirir débitos a prazo mais longo. O preço do mercado se fixará no
nível em que a venda dos “baixistas” se equilibrar com as compras dos “altistas”.
Existem 3 motivos que governam a PPL: (i) o motivo transação: a necessidade
da moeda para as operações correntes de trocas pessoais e comerciais; (ii) o motivo
precaução: o desejo de segurança com relação ao equivalente do valor monetário
futuro de certa parte dos recursos totais e o (iii) motivo especulação: o propósito de
obter lucros por saber melhor que o mercado o que trará o futuro.
OBSERVAÇÃO: A taxa de juros e o preço das obrigações devem, então, fixar-se ao nível
em que a soma global, que certos indivíduos desejam conservar líquida (porque nesse
nível se sentem “baixistas” relativamente ao futuro das obrigações), seja exatamente
igual à quantidade de moeda disponível para atender às atividades do motivo de
especulação. Destarte, cada aumento na quantidade de dinheiro deve aumentar o
preço das obrigações o suficiente para exceder as previsões de alguns “altistas” e
influir sobre eles para que as vendam e venham juntar-se ao grupo dos “baixistas”.
Não obstante, se houver uma procura insignificante de moeda para satisfazer o motivo
de especulação, exceto para um curto período de transição, um aumento da
quantidade de moeda deve fazer baixar, quase imediatamente, a taxa de juros e no
grau necessário para elevar o nível de emprego e a unidade de salários na medida
suficiente para que a moeda adicional seja absorvida pelos motivos de transação e de
precaução. Via de regra, podemos admitir que a curva da preferência pela liquidez que
relaciona a quantidade de moeda à taxa de juros é dada por uma curva regular, a qual
mostra que essa taxa vai decrescendo à medida que a quantidade de moeda aumenta.
Há diversas causas que levam a esse resultado. Em primeiro lugar, à medida que a taxa
de juros baixa, é provável, coeteris paribus, que a preferência pela liquidez, em virtude
do motivo de transação, absorva mais moeda. Se a queda da taxa de juros aumenta a
renda nacional, o volume de moeda que convém reservar para as transações crescerá
mais ou menos proporcionalmente com o aumento da renda, enquanto, ao mesmo
tempo, diminuirá o custo da conveniência de manter abundante a moeda, em termos
dos juros perdidos. Resultados análogos serão produzidos se o aumento de emprego
que segue a uma baixa da taxa de juros determina uma alta dos salários, isto é, uma
alta no valor monetário da unidade de salários, a não ser que a preferência pela
liquidez seja medida em unidades de salário em vez de unidades de moeda (que é
conveniente em certos contextos). Em segundo lugar, cada queda na taxa de juros
pode, como acabamos de ver, aumentar a quantidade de moeda que certos indivíduos
desejam conservar, porque seus pontos de vista quanto à futura taxa de juros diferem
dos do mercado. No entanto, podem ocorrer determinadas circunstâncias em que
mesmo um acréscimo considerável da quantidade de moeda exercerá uma influência
comparativamente pequena sobre a taxa de juros. Esse grande acréscimo pode
ocasionar tal incerteza quanto ao futuro que a preferência pela liquidez decorrente do
motivo precaução pode ser fortalecida; por outro lado, é possível que haja uma
opinião tão unânime sobre a futura taxa de juros que uma ligeira variação nas taxas
atuais determine um movimento maciço em direção à busca da liquidez. É interessante
observar como a estabilidade do sistema e sua sensibilidade diante das variações na
quantidade de moeda dependem a tal ponto da existência de uma diversidade de
opiniões sobre o que é incerto.
Sabemos que a moeda pode varia a economia, mas para que um aumento na
quantidade de moeda reduza a taxa de juros, a PPL do público deve aumentar mais
que a quantidade de moeda, e, uma baixa na tx de juros estimulo o fluxo de
investimentos se a escala da Efmgk cair mais rapidamente que a tx de juros. Além
disso, um aumento do fluxo de investimento aumentará o emprego se a propensão a
consumir estiver em declínio. Se, assim, o emprego aumentar, os preços subirão numa
proporção que depende da forma das funções da oferta e da tendência da tx de
salários subir em termos monetários. Quando a produção tiver aumentando e os
preços subindo o efeito que daí resultará sobre a PPL será o de aumentar a qntd de
moeda necessária para aumentar dada taxa de juros.
O volume de entesouramento tem de ser igual à quantidade de moeda e a qntd
de moeda não é determinada pelo público a entesourar pode conseguir é fixar a tx de
juros de iguale o desejo global de entesourar ao encaixe disponível.
Motivo-renda: “Uma das razões para conservar recursos líquidos é garantir a transição
entre o recebimento e o desembolso da renda. A força deste motivo para induzir uma
decisão de conservar um montante agregado de moeda dependerá, principalmente,
do montante da renda e da duração normal do intervalo entre o seu recebimento e o
seu desembolso. O conceito de velocidade-renda da moeda é estritamente apropriado
apenas a este contexto”.
Segundo Keynes, os ativos podem ter três atributos: alguns bens dão um
rendimento, alguns sofrem desgaste(exceto o dinheiro) e o prêmio pela
liquidez(“montante (medido em termos de si mesmo) que as pessoas estão dispostas a
pagar pela conveniência ou segurança potenciais proporcionadas pelo poder de dispor
dele (excluindo o rendimento ou os custos de manutenção que lhe são próprios”).
- “a moeda, tanto a logo como a curto prazo, uma elasticidade de produção igual a
zero, ou pelo menos muito pequena, no que respeita o poder da empresa privada
como coisa distinta da autoridade monetária — querendo dizer por elasticidade de
produção neste sentido a resposta do volume de mão-de-obra dedicado a produzi-la
diante de um aumento na quantidade de trabalho que se pode obter com uma
unidade da mesma”; não se pode produzir mais moeda, por exemplo, porque há
aumento da demanda
- “ela tem uma elasticidade de substituição igual, ou quase igual, a zero, o que significa
que, quando o seu valor de troca sobe, não aparece nenhuma tendência para
substituí-la por algum outro fator, a não ser talvez em proporção ínfima, quando a
moeda-mercadoria é também usada na manufatura ou nas artes”; decorre da moeda
tendo utilidade apenas como valor de troca