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1 - Sai Portinari, entra Amaral — Até 1989, o hall do Palácio dos Bandeirantes era
decorado com o painel Tiradentes, criado em 1948 por Candido Portinari. Quando a
obra foi doada ao Memorial da América Latina, o então governador Orestes Quércia
(1987-1991) promoveu um concurso para escolher o novo painel. O vencedor foi “São
Paulo-Brasil: Criação, Expansão e Desenvolvimento”, de Antonio Henrique Amaral.
Fernando Moraes
A fachada: retábulos representam temas e personagens da história de São Paulo
6 - Preço de banana — Erguido para abrigar uma faculdade que a família Matarazzo
nunca inaugurou, o Palácio serviu como moeda de troca. O governador Adhemar de
Barros perdoou a dívida do grupo industrial em impostos, que teria atingido 2,1 bilhões
de cruzeiros (hoje, cerca de 13,9 milhões de reais, corrigidos pela Fipe) na década de
60, em troca do imóvel. Atualmente, é possível comprar duas casas de 800 metros
quadrados de área construída por esse valor no bairro.
7 - Nunca no Planalto — Desde que a sede do governo se transferiu para o Palácio dos
Bandeirantes, em 1964, nenhum de seus ocupantes chegou à Presidência da República.
Ao todo foram catorze governadores, a começar por Adhemar de Barros, que teve o
mandato cassado pelo regime militar em 1966. Alguns se candidataram ao posto
máximo do país, como o próprio Adhemar, além de Paulo Maluf, Orestes Quércia,
Geraldo Alckmin e José Serra. Todos perderam.
8 - Acabamentos bem incomuns — “Não há informação de que existam palácios no
mundo revestidos de pastilhas”, diz Reis Filho. As colunas frontais são cobertas de
pedra mineira, as mesmas usadas normalmente em torno de piscinas. Já a forração de
madeira das paredes dos gabinetes de primeiro escalão é de louro encerado, imitando
jacarandá.
9 - Acervo — Há cerca de 3 500 obras de arte, que podem ser apreciadas em visitas
gratuitas. “É um museu-casa”, diz a curadora Ana Cristina Carvalho. Existem trabalhos
de Tarsila do Amaral, Victor Brecheret, Candido Portinari, Tomie Ohtake e peças do
período colonial, como uma de Aleijadinho.
10 – “Daisy” — A escultura é uma das mais marcantes obras do acervo. A história não
oficial é de que foi encomendada por Oswald de Andrade ao escultor Victor Brecheret
para eternizar Maria de Lourdes Castro Dolzani de Andrade, a Miss Cyclone, ou Daisy,
normalista com quem o poeta modernista se casou à beira da morte dela, em 1919.
14 - Janela antirruído — Como muitas vezes só ia dormir por volta das 6 horas da
manhã, o notívago José Serra (2007-2010) trocou as janelas da ala residencial por
versões antirruído no primeiro ano de seu mandato. O horário era justamente o do início
dos exercícios dos PMs que trabalham no Palácio, em uma área bem ao lado da janela
do quarto do ex-governador.
Fernando Moraes
Ala residencial: quinze cômodos, dois banheiros e corredor com várias pinturas
15 - Área íntima — A ala residencial do Palácio tem quinze cômodos, dois banheiros e
uma sala principal com quadros de grandes dimensões, um piano de cauda e alguns
sofás. Um longo corredor com várias pinturas nas paredes, móveis e algumas peças de
porcelana leva até os quartos e às duas salas do fundo da ala, onde ficam uma televisão
e um home theater. A área passou por melhorias durante o mandato de José Serra.
Fernando Moraes
24 - Bolinha — Hoje no cerimonial, Claudia fez shows pelo país durante os anos 80 na
Caravana do Bolinha, organizada pelo apresentador de programas de auditório na TV.
Em 1987, gravou um álbum com músicas de forró e pop e, em 1988, chegou a ganhar o
Prêmio Sharp como cantora revelação. Formada em jornalismo, acabou se tornando
conhecida pelos livros de etiqueta.
Fernando Moraes
Jardim de inverno: decorado pela ex-primeira-dama Deuzeni Goldman
27 - Sósia — Mario Covas tinha um “dublê” no Palácio, que sofreu por causa disso.
Certa vez, o funcionário Plínio Augusto de Camargo foi confundido com o governador
em uma manifestação e passou perto de ser agredido. Em 2002, a escola de samba
Leandro de Itaquera fez um desfile em homenagem a Covas, falecido no ano anterior, e
Plínio foi destaque. Emocionado, começou a passar mal na dispersão e morreu pouco
depois, aos 62 anos.
Lucas Lima
Aníbal Fernandes: no Palácio desde 1964
32 - Pratos — Um dos principais salões do Palácio é o dos Pratos, com 65 louças que
trazem o brasão de tradicionais famílias paulistas. É possível encontrar sobrenomes
conhecidos, como Morato, Arruda Botelho, Salles Oliveira e Gavião Peixoto. É também
nessa sala que se realizam reuniões e eventos que envolvem todas as secretarias do
estado, além da formatura de oficiais da PM e de homenagens, entre outras celebrações.
Fernando Moraes
Galeria dos governadores: quadro de Mario Covas é o último colocado
Fernando Moraes
Fernando Moraes
38 - Cafezinho oficial — Não há uma estatística exata, mas estima-se que sejam
servidas 2 000 xícaras de cafezinho durante um único dia em toda a área do Palácio dos
Bandeirantes. O café, que teve papel importante no crescimento de São Paulo, está
representado no brasão oficial do estado.
Fernando Moraes
Fernando Moraes
Auditório: desmaios de calor durante posse de governadores
Fernando Moraes
Saulo Menezes: mudou-se para o terreno, ainda desocupado, nos anos 60
Fernando Moraes